sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Estou esfuziante!

Lembram-se quando vos ensinei tudo sobre MODA? Esta é, evidentemente, uma pergunta meramente retórica, porque eu sei que sou o vosso ídolo e vocês nunca se esquecem de nada daquilo que eu vos ensino. Adiante...
Queria, apenas, acrescentar que estou extremamente feliz. Ao visionar Dancin'Days (contra a minha vontade, claro! Estava amarrada a uma cadeira e tinha as pálpebras coladas às sobrancelhas por meio de fita gomada, impedindo-me, assim, de fechar os olhos. Uma espécie de Laranja Mecânica da telenovela), vi que vos podia ajudar ainda mais. Isto é para que vejam como eu, mesmo enfrentando as mais adversas situações, estou sempre a pensar no vosso bem estar.
Assim, caso ainda não tenham conseguido resolver o vosso problema fóbico com a écharpe das baratas, carraças e gafanhotos que vos receitei (ver link do início), deverão reforçar a dose e envergar, permanente e simultaneamente tanto a écharpe como a camisola de baratas, carraças e gafanhotos (que vos deixo na imagem em anexo), durante um período estimado de três semanas. 
Caso a fobia persista, deverão envergar o conjunto também durante o período nocturno, aconchegando as baratas ao vosso corpo durante o sono.
No final deste ciclo, estarão, seguramente, curadas. Para a solidão que advirá deste período (porque todos os vossos familiares, amigos e conhecidos fugirão a sete pés - devem estar preparadas), apresentarei tratamento muito em breve. Até lá, sejam fortes!

Venho expressar publicamente a minha admiração pelo Rei de Espanha

Cada vez estou mais rendida aos encantos de D. Juan Carlos. Uma vez que vocês (ao contrário de mim) não fazem parte da realeza, vou tratá-lo por João Carlos. Só assim numa de perceberem melhor e não ficarem confusos.
João Carlos é muito esperto e sabe que o povo é um bocadinho (muito... pronto) idiota e que só lá vai à base de pancada. Assim sendo e seguindo o meu exemplo (AQUI referido), não só se zangou, como bateu no seu próprio motorista, para que ele entendesse, de uma vez por todas que, quem manda, é João Carlos. É ele, João Carlos, que sabe onde se deve estacionar o veículo automóvel. E eu, eu acho muito bem, porque temos de ser rigorosos com o local do estacionamento. Tem de haver método e disciplina. Eu própria, quando, em minha casa, vejo um objecto fora do seu lugar habitual, chamo logo o pessoal e pespego-lhes chapadões na cara. Nem lhes explico... (eles também não iam entender...), recorro logo à violência.
Foi certamente isso que aconteceu com o elefante de há uns tempos atrás. O elefante foi teimoso, estacionou fora do local determinado pelo João Carlos e pumba! Levou logo um tiro!
Teve muita sorte, o motorista, foi o que foi…

Eu própria,para além de motoristas, também já aviei uns quantos 
elefantes mal estacionados
Só me faltou foi a minha amante...

Não é por nada...

Mas, não era melhor alguém avisar esta senhora... não?


 

Tenham muito, mas muito, cuidado!

Fujam das ruas. Barriquem-se em casa. Não abram nem portas, nem janelas. Não façam barulho e não acendam as luzes! Acabei de ver na televisão que há maçons em pânico! Fui espreitar à janela e vi uma matilha de maçons a correr pelas ruas. Envergam, apenas, um avental em cima do corpo. São perigosos quando acossados. Podem morder!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Sindicalismo maternal

Os vossos filhos estão enlouquecidos? Chegaram das férias descontrolados? Dão-vos ordens continuamente? Quando chega a hora do jantar dizem coisas como:

a) Só como se for no prato da Kitty;
b) Traz-me um copo de água, JÁ;
c) JÁ TE DISSE que quero mais cenouras!

E, não me querendo alongar por ser assunto deveras fastidioso, pergunto-lhes, apenas, se também se sentem oprimidas, exploradas e espoliadas dos vossos mais elementares direitos? Se sim, e se pretendem momentos de qualidade como o que podem apreciar na fotografia em anexo (onde eu apareço a fingir que leio um livro que, claro, foi roubado, porque todas nós sabemos que eu não leio livros), deverão chegar-se mais à esquerda radical e acompanhar-me. Não se deixem submeter. Abraçaremos todas as formas de luta. Atentem em mim, juntas seremos mais fortes! Sigam-me, eu serei o vosso Arménio Carlos!

Eu até me esforço...

Mas, uma vez que as minhas ideias não são levadas a sério... passarei a apresentar-me sempre com este outfit laboral...

Estava eu ontem com receios (claramente infundados) de falta de tema...

... Quando, logo pela manhã, me entretenho a mim própria de forma tão fascinante... realmente... pensar que preciso dos outros para desenvolver profundos assuntos, é coisa totalmente absurda. Na verdade, eu basto-me a mim própria.
Depois de, em tempos, ter lavado os dentes com creme para as mãos, hoje consegui melhor. Muito melhor. Já lavadinha, vestida e pintada, fui, com o secador, dar jeitos especiais no meu cabelo. Por jeitos especiais, refiro-me a deixá-lo espetadinho em baixo e dos lados, para ficar com um look moderno e fresco (também conhecido pelo look João Vieira Pinto – como poderão confirmar AQUI). Devo, ainda, esclarecer que o meu cabelo, para além de necessitar de jeitos especiais, necessita, também, de laca. Sim… podem chamar-me Lili Caneças, que eu até gosto. É que, o meu cabelo é liso. Muito liso. Ao contrário dos vossos... que necessitam constantemente de alisamentos japonês, marroquino e de outras nacionalidades, aliados a operações extremamente complicadas (que envolvem químicos e princípios comuns à fusão nuclear) para se manterem minimamente apresentáveis… e… ainda assim… sabe Deus… que, às vezes, quando vos vejo, até me assusto...
Como ia dizendo, hoje, depois de dar sofisticados jeitos ao meu cabelo liso, puxei da laca fixadora para o manter controlado. Acontece que, em vez da laca…

Pois… apliquei spray pós-solar. Creme hidratante, portanto. Assim sendo, podem roer-se de inveja, pois, para além de liso, o meu cabelo é, agora, extremamente sedoso…

Estou bastante preocupada...

É que as minhas fontes de inspiração, agora que regressei à lavoura, não se encontram comigo o dia inteiro. Logo, sinto temor de não mais ter tema para dissertar. Hoje, lá no escritório, bem me pus a olhar para as pessoas para ver se elas faziam gracinhas. Mas não... aquelas pessoas estavam, pareceu-me, a trabalhar. Ainda pensei em atirar um osso para o meio do escritório, para causar um fait-divers e ver se algum saltava de trás da secretária com a pinta de pequena Cutxi. Ou se dois lutavam pelo osso. Mas, depois, pensei que seria um pouco perigoso. Não por poder ser despedida, que isso não é minimamente relevante... mas mais por causa das regras de HACCP. Podia aparecer a ASAE e, depois, era difícil eu explicar que tinha atirado aquilo por causa do meu blog. Para me inspirar. Acho que eles não iriam perceber a parte do blog. Lá na ASAE não devem saber o que são blogs. Excepto aqueles em que há muitas receitas e cozinhados. Que eu, diga-se de passagem, não acredito minimamente que sejam feitos pelas pessoas que escrevem os blogs. É impossível. Ninguém consegue fazer aquelas coisas. Muito menos ao pequeno-almoço. Querem-nos fazer crer que vivem em cenários de telenovelas brasileiras, com a mesa posta, croissants, pãezinhos de cereais, cereais sem pãezinhos, iogurtes, leite, chá, doces vários, fontes de chocolate, melão e churros. Mas, eu cá, não acredito. Tudo o que não seja um galão e uma carcaça com manteiga é uma rotunda mentira. Não creiam nessas coisas. São informações falsas... veiculadas pelos hipermercados. Para vos fazer gastar dinheiro. Para comprarem produtos que, depois, não podem pagar, porque não vos aceitam o cartão. 
Agora que pensei melhor, acho que amanhã posso levar a bolinha de Cánis. É certo que a minha articulação umeral ainda se encontra ressentida, mas, pelo menos, assim, não tinha de dar explicações à ASAE. Talvez os meus colegas lutem pela bolinha e eu, então, tenha coisas para vos dizer. Seria muito bom.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Eu até podia falar sobre as montanhas...

Mas, como estou extremamente ofendida pela ausência de resposta, vou só dizer que são altas.

P.S. Tendo em conta a perplexidade causada, devo acrescentar que me referia a estas montanhas. Julgava eu que todos saberiam...


Les uns et les autres

Enquanto alguns me desprezam, outros há que se sentem verdadeiramente atormentados com a possibilidade de se verem sem os meus escritos. Esses, fazem de tudo para ver se eu volto atrás com a minha ameaça…
Vejam! Vejam, como sou adorada! É certo que ainda não me oferecem quantidades absurdas de pulseiras, colares e anéis, mas… oferecem produtos naturais e genuínos, frascos gigantescos de mel… para ver se me adoçam a boca… 

P.S Este, é o mel do famoso agricultor Pickles, recentemente transformado em apicultor Pickles (já referido AQUI), que reconhece o poder da minha palavra e está disposto a tudo em troca de uma pequena publicidade da minha parte...

Ingratos!

É que estou desde ontem a remoer...
Uma pessoa mostra que regressou ao trabalho e exterioriza a sua depressão (anunciando, de véspera, que se encontra com delírios febris) e vocês nada!? Ficam para aí sem uma palavra de apoio, sem acorrerem em meu auxílio!? Logo vocês, que não fazem nenhum!? Andou uma pessoa a esfalfar-se o Verão inteiro (que nem férias, dignas desse nome, teve) a contar-vos as desgraças que lhe sucedem, para se poderem rir (de mim)... e vocês nada!? Nem reagem!?
Para vos castigar, devia estar calada durante uma semana. Então era ver-vos... todos a chorar e a virem pedir perdão. Com os olhos inchados e todos ramelosos das noites insones. Aí, talvez me dessem o devido valor... Para começar, nem sequer vos devia contar que, anónimos que me adoram e que se preocupam com o meu bem-estar, me ofereceram CDs para o meu regresso ao trabalho ser menos traumático. Coisas boas que estavam à minha espera em cima da secretária. Mas pronto... Passarei a escrever exclusivamente para eles, os meus verdadeiros amigos...
Este é tão bom que até tem DVD!

P.S. Quanto aos pedidos de perdão e as juras de amizade eterna que estão prontos a redigir, não se incomodem… não lerei um único!

Só mesmo mais uma coisinha antes de ir tomar o paracetamol...

Acho que alguém devia estar à procura daqueles 135 mil filhos que desapareceram das declarações de IRS. É que, afinal, trata-se de crianças... e podem muito bem estar em perigo...  

Reflexões sobre uma viagem na A2

A nossa viagem é feita com a roupa de praia, como se estivéssemos a regressar de uma ida à Costa da Caparica. Mostramos assim ao mundo a nossa modernidade e o nosso desprendimento. A música vai a bombar (cada vez gosto mais de ouvir música alto quando viajo de carro. Temo estar a ficar surda...) e o motor a ronronar. Ao entrar na A2 a viagem começa a ganhar o seu encanto. De Sotavento vêm os carros que (como o meu) ostentam a terra de quem passou um mês em praias algarvias. As bagageiras, para além das malas, levam areia. Dunas, mesmo. Há um sentimento de reconhecimento entre estes condutores de veículos de alta cilindrada (e cheios de crise) que circulam a grande velocidade. Com o sol do lado esquerdo a bater nas nossas peles bronzeadas, ultrapassamo-nos mutuamente e olhamo-nos através dos nossos óculos escuros. Fingimos não nos ver. Gostamos disso. Mas, sentimos a partilha, a pertença. Depois do descanso, aqui vamos nós, com a nossa inteligência no banco de trás. Levamos a inteligência nas cadeirinhas-auto, para ir bem segura. Não pode ser desperdiçada. Vamos trabalhar em coisas importantes para salvar este país. Vamos a fazer conference calls para nos irmos habituando. Mandamos no mundo. Somos bons. Os nossos carros vão sujos. Não lhes damos importância. São apenas objectos. De luxo, mas objectos. E isto, é maravilhoso. Chego a ficar extremamente emocionada. Não damos importância aos carros comerciais (não fazem parte do nosso círculo). Ignoramos os camiões de mercadorias que transportam tomate. Muito tomate circulava hoje pela A2. Certamente para nos arruinar o nosso cenário de grandeza. E para dar azo a piadas brejeiras. Paramos nas áreas de serviço e fazemos xixis. Também comemos sanduíches. Ficamos embuchados.  Temos de beber água que, infelizmente, nos sai pelo nariz. Ás vezes bebemos cafés. Mas depois os dentes não ficam tão brancos e não podemos sorrir de coisas engraçadas. Não que existam coisas engraçadas nas áreas de serviço. Mas nunca fiando.
Amanhã, vou trabalhar... Acho que estou com delírios  febris... 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Que agradável...

Melhor do que (no momento em que damos início à viagem de regresso) o carro anunciar que necessita desesperadamente de óleo, é mesmo não saber abrir o capot...

P.S. 1. E não fazer a mais pálida ideia de qual é o óleo...
P.S. 2. E agora que um garboso senhor conseguiu penetrar nos confins do motor, também ajudava saber onde pára a vareta...
P.S. 3. Uma vez que ninguém encontra a vareta (já tenho um grupo de entendidos à minha volta) sugeri que esquecessem a vareta e, simplesmente, atirassem óleo lá para dentro. Riram-se muito. Devo ser muito engraçada...

Se precisarem de ajuda, não hesitem em contactar-me...

Ontem à noite, estávamos nós muito bem na sala, quando, de repente, Cánis, que já dormia na sua casota, acorda afogueado e começa a atirar-se à porta de vidro com a urgência estampada no seu rosto canino. Eu, na minha qualidade de psicóloga animal, informei, de imediato,Maman:
- Olha... alguma coisa se passou, que o teu cão está cheio de medo.
Maman, vendo o seu menino em perigo, dirige-se rapidamente à porta, permitindo, assim, a sua entrada no interior. Assim que se viu lá dentro, Cánis, contrariando a minha opinião profissional, revelou as suas verdadeiras intenções. Cánis arrastou pequena Cutxi, com os seus afiados dentes, para o meio da sala, para com ela praticar as artes da violação. A urgência de Cánis (seguramente depois de ter lido as cinquenta sombras de Grey) baseava-se num desejo súbito de praticar o sexo desenfreado perante o nosso olhar complacente. A cena, absolutamente pornográfica, tinha contornos sádicos. Pequena Cutxi era atirada, com violência em várias direcções e Cánis exibia, inclusivamente, a sua pilinha cor-de-rosa.
Ora eu, guardiã reconhecida da moral e bons costumes, salto do sofá, onde me encontrava apática e em estado de choque, com uma propulsão que até a mim me surpreendeu, aterrando no meio da cena tórrida como um inquisidor-mor numa fogueira de bruxas da Idade média. Com movimentos bruscos e pouco ágeis, domino Cánis e, gritando-lhe impropérios, atiro-o para o exterior sem dó nem piedade.
Claro que, com toda esta actividade física, praticamente desloquei a minha articulação umeral, sofrendo agora de intensas dores no deltóide. Mas pronto... evitei que se verificassem mais comportamentos imorais neste mundo, e, na realidade, isso é que é importante...

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O meu drama familiar

Estava eu aqui a escrever o meu novo livro, intitulado "Olá, eu sou o próximo prémio Nobel da literatura", quando, de repente, me deu uma grande urgência e tive de parar tudo para vir aqui explicar-vos  uma grave situação. 
Amanhã termino as minhas férias e retiro-me de volta a chez moi. Mas, faço-o com um estranho sentimento. Um sentimento de profundo pesar, cuja origem é muito específica. Tudo passa por Maman. Maman, depois de muitos anos de convivência próxima, resolveu votar-me ao abandono. Eu, a amada filha única, fui abandonada em prol de père. É que, ao contrário do que poderiam pensar, Maman e père não eram, há muito, um casal. Maman e père estavam divorciados vai para mais de trinta anos. É claro que, como são pessoas extremamente civilizadas, sempre foram amigos. Mas tanto?!
Tudo começou há cerca de um ano atrás quando Maman e père partiram, em dueto, para um on the road em terras de de Espanha. Ora, uma pessoa estranha, mas, uma pessoa é crente nos sagrados princípios do divórcio, pelo que, não questiona. Eis que, após esse on the road, seguiram-se muitos outros on the road. on the road para o Norte, on the road para o Sul, on the road para todo o centro, on the road para todo o lado. Houve até um dia em que, encontrando-se num hotel, Maman me mandou o seguinte sms:


Uma pessoa disfarça, dá umas gargalhadas plásticas e forçadas mas, na realidade, uma pessoa começa a arquear a sobrancelha e a ficar seriamente desconfiada. Mas, então, o que raio é isto? Pergunta uma pessoa a si própria. 
De seguida, começaram as estadias alternadas, em conjunto e cada vez mais longas, nas respectivas casas e, depois, sem qualquer aviso prévio, père subtrai-me Maman, sem apelo nem agravo. Maman foi-me sonegada sem dó nem piedade. 
É que vejamos, é necessário ter em consideração os sentimentos alheios (os meus próprios sentimentos, neste caso) e proceder com o cuidado aconselhado para situações desta natureza. Reunir os filhos (reunirem-me a mim própria, portanto) e explicar abertamente a situação de modo a que não se criassem equívocos e que eu viesse a aceitar tamanha harmonia familiar sem ficar traumatizada.
No entanto, nada disto foi feito. A coisa apareceu como um facto consumado. Sem uma palavra, sem uma sílaba, sem uma única letra. Nada. Colocou-se, assim, em causa o bem estar da criança (eu própria), não a preparando para lidar com a realidade. Acontece que, hoje, completamente desprevenida, fui surpreendida com uma pergunta absolutamente traumatizante. Uma amiga de um familiar, que não vê nem Maman, nem père há largas dezenas de anos, colocou-me a seguinte questão:
- Então e os pais, estão bons? E, depois, acrescentou baralhada:
- Alguém me disse que eles se... divorciaram...?
Ao que eu, envergonhada, diminuída e até acabrunhada, tive de responder:
- Não... parece é que eles se juntaram... 

Conversa ao almoço

Filha para filho: Tu consegues estar em dois sítios ao mesmo tempo?
Filho: Sim...
Filha: Como é que se consegue estar em dois sítios ao mesmo tempo?
Eu, intrometendo-me na conversa:
- Quando se tem o dom da ubiquidade...
Filha: O que é isso?
Eu: É a capacidade de estar em vários sítios ao mesmo tempo.
Filho: Pois é... eu tenho isso... acho...

domingo, 26 de agosto de 2012

Interdito a pessoas cultas

Uma vez que as pessoas cultas (coitadas) não irão ler este maravilhoso texto, posso exprimir-me à minha vontade. Para enervar a Margarida Rebelo Pinto, podia já começar a atirar umas asneirolas, arruinando-lhe assim a teoria de que só as gordas é que soltam umas imprecações. No entanto,  e porque sou gentil, não quero fazer uma maldade dessas à Magui que, perante título tão sugestivo, será, seguramente, a primeira a percorrer estas linhas.
Queria que soubessem, meus queridos amigos absolutamente incultos (espero que, ainda assim, saibam ler - caso contrário seria um pouco estranho estarem aqui - até porque este texto, aviso desde já, não tem bonecos. Aviso que inclui MRP) que, ao contrário do que vejo nos outros blogs, eu não li um único livro nestas férias. É verdade... foi muito bom! Nem uma página, vejam bem! Consegui bater todos os recordes de não-leitura. Fui medalhada nessa modalidade. Não li, para aí, uns setenta livros (que, julgo, é o prescrito a qualquer blogger de sucesso, eu incluída). Não li a correcta média de dois livros por cada 24 horas. Não li, sequer, o primeiro capítulo de "O cemitério de pianos" de José Luís Peixoto que é, sem sombra de dúvidas (apesar de, evidentemente, o não ter lido), o mais bonito primeiro capítulo que se poderá vir a ler em muitos anos de atenta leitura.
Mas, reparem, para além de não ter lido qualquer livro, consegui fazer pior. Muito pior. Li a Caras (só porque foi oferecida porque, se assim não fosse, também não a tinha lido) e também li a Flash e a Vip (roubadas a pessoas igualmente incultas. Que nós, os incultos, andamos sempre em manada). Se quiserem, posso relatar-lhes as emoções que estas revistas me causaram e, seguidamente, tratarei de aconselhar, ou não, a respectiva leitura. O quê? Só a MRP é que quer? Os outros não? Pronto. Já percebi... então vou passar à frente. Gostava só de poder partilhar a minha experiência nesta área... Também só ia referir o facto de ter descoberto que as três revistas são plagiadas. Quer vocês acreditem, quer não, eram todas exactamente iguais. Concluo, portanto, que mais valia ter lido apenas uma. Tinha poupado tempo e esforço intelectual (este último não deve ser desperdiçado, por ser escasso). 
E pronto, não morri... é certo que agora sou loira e olho de viés para as gordas. Sobretudo quando elas vão para a praia de biquini e se alimentam - tout court- das suas lancheiras. Chego a ficar aflita de cada vez que as vejo comer um iogurte magro (daqueles 0% de açúcar, 0% de gordura, com 60 calorias) e, claro, tive de assassinar a senhora das bolas de Berlim (não fossem as gordas comer aquela merda. Aí que estupidez... aquela porcaria... que eu sou magra e não digo asneiras). Mas, tirando isso, acho que até estou bem...

Os meus aprendizes

Filhos já ostentam quase tão bem como eu.
Há bocado, perguntavam-me que carro levaríamos para a praia, amanhã. Filho queria saber se era o MacLaren, o Bugatti ou o Aston Martin.
Eu, baralhada, digo:
- MacLaren? Não sei qual é esse...
Filho, sem paciência para explicações, acrescenta:
- Olha, deixa lá... vamos de Bugatti... 

Lá vem a Duquesa de Alba...

Isto é um verdadeiro Inferno! É que ela não me larga! Deve querer dar uma voltinha na minha lancha... ou no meu carro... para ver se aparece nas revistas...

Eis que o exibicionismo volta a atacar!

Aqui, por exemplo, sou eu, ao volante da minha lancha de luxo.
Não pensem que isto foi sempre assim parado. Não... Quando comecei a acelerar parecia um foguete. Ao pé de mim, os meus colegas marinheiros do filme da Uenita são uns meninos de coro, é o que é...

Continuando a minha saga de exibicionismo...

Tendo em conta que ontem matei o motorista por desidratação, hoje pareceu-me mais prudente vir eu própria ao volante...


Dificultar, é o nosso lema de vida!

Estou em crer que, se tivéssemos comprado uma garrafa de Sumol de Ananás, teria sido ligeiramente mais simples... 


sábado, 25 de agosto de 2012

Já que fui publicamente desprezada...

Uma vez que, depois de um enorme dispêndio de tempo e esforço financeiro, fui pública, explicita e barbaramente desprezada, venho, agora, dar-vos conta da minha nova condição.
A minha principal condição é, obviamente, a de blogger desprezada. E essa é, sem dúvida, a minha principal característica. A minha segunda condição é a da mulher extremamente abastada. Desde que troquei de viatura (quando eu ainda era crente e seguia conselhos que, partia do princípio, eram dados com amizade e atenção), sou olhada de um modo totalmente novo. Revolucionário, mesmo! E isso agrada-me sobremaneira. Quando chego aos mais variados locais, pessoas olham-me com admiração. Observam as minhas roupas (também elas vítimas de total makeover), os meus acessório e os meus sedosos cabelos. Vejo, também, a atenção que têm à minha carteira. Sobretudo naqueles momentos em que a deixo cair, fingindo um acidente, e de lá saem maços de notas que se espalham ao acaso com o vento, como se de uma valiosa instalação artística se tratasse. E isso, isso dá-me um choque de adrenalina como nunca pensei ser possível. Sinto a inveja a penetrar a minha pele, sinto a cobiça, a ganância. E, digo-vos, isso é bom! Isso é muito bom! Melhor, isso é óptimo!
A partir de agora, poderão contar com muito oiro reluzente no meu blog. Muitas pedras preciosas, muita auto-promoção. A partir de agora, ostentação, is my middle name!

Para começar, deixo-vos com imagem da minha viatura a chegar à praia (tenho um bocadinho de pena do motorista que, com aquela farda tão quente, tem de passar o dia à torreira do sol. Mas... afinal... é para isso que lhe pago...)

O presente envenenado que Adolfo ofereceu a si próprio

Devo, desde já, avisar que esta é uma história triste, uma história com um final terrivelmente infeliz. Assim, se fores pessoa extremamente cor-de-rosa, deverás parar exactamente aqui, sob pena de graves consequências sobre a tua psique. Mas, como aqui se olha para a vida friamente e sem contemplações, vamos (falo no plural porque me tenho em tanta consideração que julgo constituir um grupo) avançar sem medo. Aqui vai:

Adolfo era um jornalista de enorme sucesso. Pessoa extremamente inteligente, assim uma espécie de Mário Crespo, mas das revistas. Adolfo era muitíssimo feliz já que era casado com uma mulher, a quem chamaremos esposa (porque era assim que Adolfo gostava de se referir à sua mulher) que o adorava. É certo que Adolfo tinha bastante dificuldade em encontrar a sua esposa no meio de tantas pulseiras, colares, óculos, sapatos e vernizes mas, ainda assim, quando se conseguiam encontrar, a relação era bastante satisfatória. Para ajudar outros casais, Adolfo criou um espaço próprio na internet onde, numa espécie de catarse, ajudava gentes infelizes a alcançar a felicidade que, ele próprio, já tinha atingido. Adolfo tornou-se, assim, uma espécie de Oprah Winfrey portuguesa, aumentando, exponencialmente, a sua reputação. No entanto, houve um dia em que Adolfo cometeu um erro. Um erro extremamente grave, crasso, mesmo. Adolfo comprou uns phones. Sim... Mas não foram uns phones quaisquer. Não... Adolfo comprou uns phones Beats by dr. Dre. Wireless (mais detalhes AQUI - deverão ter muito, muito, cuidado ao aceder a este link pois, caso contrário, poderão ser levados a querer comprar uns phones destes e isso é muito perigoso, conforme poderão constatar pelo desenrolar desta tragédia). A partir desse momento, a vida de Adolfo mudou. Adolfo não mais tirou os seus phones das orelhas. Os phones eram tão, mas tão, confortáveis (com as suas almofadas em pele), limpinhos (ficavam como novos com a simples passagem de um toalhete) e inodoros, que Adolfo se esqueceu do mundo exterior. Adolfo ouvia todas as notas de todas as músicas, no entanto, Adolfo deixou de ouvir a sua esposa... e todas as outras pessoas também. À excepção dele próprio, claro, que Adolfo sempre gostou muito de ouvir as suas próprias palavras. Parece que a esposa ainda tentou, sem sucesso, livrá-lo daquela estranha dependência. Fê-lo através de diversos ultimatos (o que é esquisito já que, tratando-se de um ultimato, deveria ter sido, apenas, um) mas, todos os esforços foram em vão... Adolfo não cedia. 
Fontes próximas do casal afirmam que a entrada dos phones naquele agregado familiar fez estremecer tão profunda relação e que se sentia um mau estar crescente no ar. Uma vizinha chegou a confirmar que, durante a noite, ouvia muitas discussões em que a esposa era a única interveniente (o que é natural... já que Adolfo não a ouvia). "Que chegou a pensar que a esposa do senhor não andava bem e que até disse isso à senhora do mini-mercado". Na palavra de alguns populares, "desde que o senhor usava aquela bandolete na cabeça, via-se que aquilo estava por um fio".

Ainda não se sabem detalhes. No entanto, temo informar-vos que Adolfo foi encontrado ontem, sem vida... mas ainda envergando os seus phones...

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tio Pipoco, tio Pipoco! Sou eu outra vez...

Peço mil vezes perdão por o estar a interromper neste seu momento tão... Hans Castorp. Mas, estava muito ansiosa para saber se, assim, está melhor...


P.S. Peço humildemente desculpa pela sujidade patente nesta viatura de categoria mas, tio Pipoco, em minha defesa, devo revelar que é terra do parque de estacionamento do Ancão, pelo que tem o seu o valor, não é? 

Dicas de beleza

Em dias de vento Norte, levantar extremamente cedo e rumar à Meia-Praia. Colocar protector solar (daqueles bem pegajosos), sentar na toalha e contemplar o horizonte. Deixar que a primeira areia da manhã, gentilmente trazida pelo vento, efectue nas nossas costas, o peeling químico por que tanto ansiámos. De seguida, voltar ao contrário e aguardar que a areia produza o mesmo efeito na nossa face. Por fim e para exemplar tonificação, deveremos levantar-nos e mergulhar de cabeça nesse frapé (parece que, em português, se escreve assim) a que chamam mar. Aviso já que vai custar um bocadinho (devido ao facto da nossa pele se encontrar em carne viva) mas, os resultados foram comprovados através de rigorosos testes numa só pessoa (eu própria).

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Não sei como é que ainda não vos tinha contado esta história...

Aqui há uns tempos foi solicitada a presença de meu ilustre progenitor, o médico psiquiatra, numa junta médica, para efeitos de reforma de um seu doente. Acontece que, por razões que desconheço, a junta médica teria lugar em Beja. Assim sendo, ilustre progenitor, comunicou-me de véspera que, no dia seguinte, partiria para um on the road. 
Até aqui, nada de relevante.
No dia seguinte, falando com progenitor ao telefone, perguntei-lhe como tinha corrido a sua viagem. Ilustre pai, iniciou, então, o relato dos acontecimentos.
Saído de casa em direcção ao Alentejo, pai (o racing) acelerou disparatadamente, como é seu apanágio (vide esta nossa curiosa conversa), até ao momento em que a sua viatura se avariou. Sim. A sua viatura fórmula 1 ficou parada numa estrada secundária no meio de nenhures. Acontece que a viatura de pai avariar é um acontecimento desde logo muito estranho, dir-se-ia mesmo assombrado. É que pai é pessoa para acarinhar as suas viaturas de forma extremamente exuberante. As suas viaturas são tratadas como eu própria (sua única filha), nunca fui. Há, portanto, que dissecar a sucessão de acontecimentos que levaram a tamanha desgraça. 
Recuando no tempo, encontramo-nos agora na garagem de pai. Nessa garagem, situada junto à sua habitação, em local arborizado, existem...tcharan... ratos. É claro que se tratam de ratos bonitos, ratos asseados, ratos do melhor que para aí anda mas, ainda assim, ratos! E, parece que é do conhecimento comum de quem sabe destas coisas (não eu... que eu, de ratos, sei muito pouco. É, aliás, dos poucos assuntos que não domino) que os ratos apreciam fios eléctricos. Assim sendo, parece que os ratos, sentido a qualidade dos fios eléctricos do veículo automóvel de meu progenitor, introduziram-se no motor e dedicaram-se a ingerir a cablagem na sua totalidade (uma espécie de ladrões de cobre, mas ao contrário. Estes ratos, por serem extremamente abastados, comem o plástico e deixam o cobre). Papai veio a resolver esta questão dando ordem à empregada para, durante a noite, largar felinos na garagem. É certo que agora, em vez da cablagem, o que se ressente é a pintura. Mas, como todos sabemos (vocês talvez não saibam, porque vocês sabem poucas coisas), os carros conseguem acelerar velozmente com riscos na pintura. Sem cablagem é que não. A verdade, é que não se sabe se são tigres ou leões que circulam no interior daquela divisão durante a noite mas, que há provas que o confirmam, disso não há qualquer espécie de dúvida. Deixo-as para vossa apreciação:



E, agora, voltando àquela estrada secundária no meio do Alentejo. 
Progenitor encontra-se no exterior da sua viatura, olhando-a entristecido e aguardando a chegada do reboque. E, agora, têm de imaginar progenitor. Progenitor é um homem alto, de barba branca, óculos redondos, fumador de cachimbo em modalidade intensiva e pessoa que, por estar habituada a ouvir, não comunica com o mundo exterior. Papai é, aliás, criatura de interiores que evita, ao máximo, a saída à rua. O protótipo clássico do psiquiatra. Muito bem... Agora que já puseram a vossa imaginação a trabalhar (coisa que raramente acontece), imaginem-no ao relento, na situação que atrás vos descrevi. Muito bem, muito bem... 

Agora, vão ter de fazer um pequeno twist (eu sei que é difícil... mas, prometo, que é a última mudança de cenário) e voltar à minha conversa telefónica do início da história. Quando querido pai se encontra a descrever a sua espera pelo reboque, numa estrada do Alentejo, eu pergunto-lhe se o carro se tinha avariado na ida ou na volta. Pai confirma que foi na ida. Ao que eu, acrescento:
- Oh pah (gosto muito de dizer "Oh pah") que maçada... então nem sequer foste àquela coisa do doente...
Papi, responde, muito convicto:
- Claro que fui!
Eu, estranhando, pergunto:
- Mas como? E, acrescento de imediato e lembrando-me que as seguradoras costumam mandar um táxi em caso de avaria:
- De táxi?
Ao que progenitor replica, ofendido:
- De taxi?! Que ideia... Claro que não! Fui à boleia!

Agora sim!

Eis que, arrasando todos os outros fotógrafos blogosféricos que tentaram antes de mim (tentativas absolutamente frustradas. Ridículas, mesmo), sou eu que consigo a VERDADEIRA fotografia da Bola de Berlim, passando um delicioso dia de praia!

Despistei-a novamente!

Ao chegar à praia, eis que vislumbro "a pessoa" a percorrer a passadeira à minha frente. Claro que parei imensas vezes para apertar os atacadores (apesar de me encontrar de Havaianas). No entanto, pessoaquesófaladedoenças ter-me-á identificado e abrandou o seu passo (provavelmente por sofrer de febre reumatóide) à espera que eu a alcançasse. É por demais evidente que tive de fazer uma alteração radical na minha rota, entrando, desta feita, na praia, rastejando através das dunas, qual soldado recruta em treinos no deserto...

Vou dormir tão bem esta noite...

Sabiam que esta doença...


 que tem arrasado as palmeiras, um pouco por todo o país, é causada por um escaravelho?

Esta, é uma imagem do escaravelho da palmeira (também conhecido como escaravelho vermelho) tirada, ao acaso, da net:


Esclarecidos? Óptimo...

Então, estarão preparados para confirmar que a imagem que se segue, é, também, de um escaravelho da palmeira. Certo?

Então...
 O QUE RAIO ESTAVA ESTA COISA A FAZER NO MEU QUARTO?!?!

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Alguém me dá umas moedas? É para uma sopa...

Já não bastava o sucedido aos congelados...
Cánis, acabou de se dirigir à cozinha e, numa fracção de segundo, comeu o nosso jantar. Todo.

Eu sei que daqui a uns tempos, filho não pensará desta forma...

Mas, por enquanto, filha está impedida de participar nas suas brincadeiras com os amigos, impendendo sobre ela a vil acusação de ter atitudes demasiadamente femininas...

Verão 2012

Filho e amigo a ler o rol de bebidas existentes no restaurante:

...
Filho: Sangria.
Amigo: Tequila sunrise.
Filho: Vodka redbull.
Amigo: Sex on the beach.
Filho (com um ar muito entendido e demonstrando algum -bastante- desprezo pela ignorância do amigo): Isso não é uma bebida... 
E, depois, baixinho:
- Isso quer dizer: "Fazer sexo COM a praia"!

Desculpe... não percebi...

Devo estar a sofrer de doença extremamente nefasta. Hoje, que estou consorte-free (consorte interrompeu as suas férias para ir a uma reunião com cidadãos da República Popular da China. Hoje em dia há verdadeiras escaramuças para a obtenção de reuniões dessa natureza, pelo que vale tudo para as conseguir. Já houve, até, casos de escalpes entre facções rivais), e que poderia ter aproveitado para desaproveitar a praia, derramei o meu olhar pelo mundo, espontaneamente e sem qualquer tipo de coacção física maléfica, antes mesmo das 9h00. E isso é coisa para me deixar bastante assustada. Dizem que, quando ficamos mais velhos, vamos dormindo cada vez menos e, esta minha incapacidade de re-adormecer (actividade em que sempre me destaquei), poderá ser um sinal da passagem do tempo. Assim sendo e para não ser apanhada de surpresa, corri para o espelho e observei-me de diversos ângulos. Claro que só vi beleza, juventude e classe pelo que, concluí, tudo não passara de um mal-entendido entre mim e o meu próprio sono. Mais descansada, vesti-me e pratiquei o meu Pilates de eleição (desporto criado especificamente para dificultar a entrega da bolinha por parte de Cánis -foto infra-, poupando, assim, os nossos membros superiores do desmembramento iminente). Já ginasticada e sentido-me esplendorosa e tonificada, cruzei-me com pessoa que não via há alguns anos e que proferiu a seguinte afirmação:
- Olha, deixa que te diga, estás muito bem para a tua idade!

Qual idade?! Estou, neste momento ao telefone com a assistente do Dr. Chams...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Tio Pipoco, tio Pipoco!

Desloco-me a grande velocidade, em carro super potente e a conduzir sem mãos! É uma grandA pinta, não é?

Desafiada que fui, eis a minha resposta!

Em resposta à Sexinho, acho que esta fotografia responde a todas as questões (bem... a quase todas). A minha melhor fotografia de sempre. Acho que, para além de revelar todo o meu mundo interior e os meus sonhos mais íntimos, saí muito favorecida na imagem!



Ao almoço...

Hoje um amigo de filho foi almoçar connosco. No fim, fazendo cerimónia, disse não querer comer gelado. Eu insisti, disse-lhe que era obrigatório comer e ele lá desistiu da cerimónia e foi escolher o seu gelado. quando regressaram à mesa, filho perguntou-me porque é que tinha dito que era obrigatório comer gelado, se nunca tinha sido obrigatório antes. Expliquei-lhe que o tinha feito porque o amigo estava a fazer cerimónia. Perante isto, ele pergunta:
- Mas o que é isso de fazer cerimónia?
Disse-lhe que, naquele caso, era dizer que não se queria uma coisa que, na realidade, se queria. Que se recusava por educação, por não se querer abusar do que nos estão a dar (by the way... é uma coisa um bocado estranha de se explicar...). Filho então disse:
- Ahhhh... então eu nunca fiz cerimónia...
Perante os nossos sorrisos, filho acrescenta indignado:
- O que é?!?! Eu não sabia como é que se fazia!!! 

Estou cada dia melhor!

Pessoa que só fala de doenças mantém-se pela praia. E eu, que já estava a levantar algumas suspeitas com o meu chapéu-de-sol andante, mudei rapidamente de disfarce e desloco-me agora furtivamente, vestida de grilo! Caso essa pessoa se aproxime, farei cri-cri-cri-cri de forma insistente e, estou em crer, passarei incólume!

Últimas novidades antes de me retirar para o meu leito

Maman pretende levar Cánis ao colo para a sua (dele) cama. E porquê? Perguntam vocês completamente descontrolados.
E eu explico:
- Porque, uma vez que não temos comida para lhes dar, Maman não quer que ele acorde e sinta a fome, a inanição, a larica. Maman quer enganar os canídeos com soporíferos!
E agora, antes de explicar a razão por que não temos comida para lhes dar, tenho de fazer uma pausa para ir ali à porta receber as associações para a defesa dos direitos dos animais que já ali se perfilam.
...
...
...
Desculpem o tempo que estiveram à espera. Acontece que fui selvaticamente espancada por membros de diversas associações, derivado aos maus tratos que dou aos meus próprios animais... Mas pronto.. Estou agora a escrever a custo e com a mão esquerda (a direita está partida), mas eu sou forte e consigo! Vocês estão antes de tudo (eu vou ao hospital depois, não há qualquer tipo de problema. Não se aflijam).
Estava eu a dizer que não temos comida porque, segundo as palavras da senhora da loja de comida de animais, a ração de Cánis e pequena Cutxi é demasiado luxuosa para ter em stock! Por isso, estamos a aguardar... talvez chegue amanhã... mas, lá está, nunca se sabe se teremos de voltar a recorrer ao Lexotan...

Alguém faça alguma coisa!

Estou ansiosa que acabem as férias. Não as minhas que eu, em ficando embalada, estou sempre bem onde estou (como, aliás, já tive oportunidade de vos explicar AQUI). Refiro-me às dos políticos e dos comentadores de economia (sobretudo dos comentadores de economia! Esses fazem muita falta, para ocuparem 90% do tempo das emissões televisivas). É que, se não param de se veranear rapidamente, temo que se dê uma terrível tragédia. É a saúde mental dos jornalistas das nossas televisões que se encontra em risco! Se esta ausência de notícias continua e os senhores jornalistas têm de continuar a falar sobre o burro que sobreviveu a dois incêndios, o tempo quente, os incêndios de Tavira e São Brás de Alportel e a falta de pinças nos centros de saúde, receio que se dê um suicídio colectivo nas redacções... já para não falar do suicídio em massa dos telespectadores. Eu, pela parte que me toca, já tenho o revólver na mão...

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Viajar sem sair de casa

Tendo em conta a vaga de calor que nos assola, Maman (contra as minhas ordens e recomendações) ligou o ar condicionado da sala. Agora que fui lá dentro ao quarto, abri a porta do corredor e... bem... o bafo (e a humidade) é de tal ordem, que parecia que estava a desembarcar no Brasil...
E pronto... isto é para vocês, que andam para aí a gastar imenso dinheiro em viagens. Eu cá acabei de ir e voltar à América do Sul e não gastei um tostão...

Faço de tudo para vos impressionar!

Estou cada vez mais ousada. Hoje, desafiei um dos meus maiores terrores para vos oferecer imagem inesquecível de pé com aranha! 
Enjoy it!