segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

E para entrarem bem em 2013...

Façam lá aquelas coisas que vocês gostam de fazer. Jantem, bebam, dancem, atirem serpentinas, papelinhos e purpurinas, abram o champagne, brindem, comam as passas mas, quando chegar à meia-noite... quando chegar a meia-noite, esqueçam aquela coisa de entrar com o pé direito. Este ano, meus amigos, quando o 2013 vos bater à porta, entrem directamente de pé em riste. 

Conselho amigo do vosso velho Palmier

P.S. Uma boa entrada a pés juntos também serve...




Eu vi imensos presépios por esse blogo-mundo fora...

Mas, é por demais evidente que eu tinha de encontrar o melhor... Numa parceria inédita entre o Vaticano e Silicon Valley, apresento-vos o "Presépio Tecnológico"! O único no mundo a reunir figurinhas de barro, palha e servidor...
Num supermercado Continente perto de si...

Cánis e Cutxi estão prontos para entrar em 2013...


(Antes que perguntem... Sim. É óbvio que foram ambos ao mesmo cabeleireiro...)

Tolan... perdão...

Aconteceu o pior. Aqui há uns dias, certamente sob a influência de fortes substâncias psicotrópicas, dirigi-me à Fnac e, em vez de avançar com segurança para a secção de livros para colorir (os únicos de que gosto), enganei-me e peguei em livro de autor proscrito. Tal acto só pode dever-se ao facto de não estar em mim e de ter os sentidos toldados. Caso contrário, julgo que não o teria feito. Mas a verdade é que fiz. E, repara, sabia bem o que estava a fazer... é que me lembro bem que olhei para todos os lados com medo de ser apanhada. Juro que verifiquei, uma a uma, as pessoas que me rodeavam, não fosse dar-se o caso de, alguma delas, poder ser o Tolan. Estava aflita e envergonhada, quase como se tivesse nas mãos "As Cinquenta Sombras de Grey". Corrijo... pior do que se tivesse nas mãos "As Cinquenta Sombras de Grey". O meu cérebro perguntava-me incessantemente: "E se o Tolan te vê com isto nas mãos?! Como é que te vais explicar, hã?!" E, apesar desta aflição que me consumia, persisti na minha escolha. Claro que disfarcei o livro de autor proscrito com um da Hello Kitty mas, ainda assim, trouxe-o para casa. Confesso isto com as orelhas baixas de um cão que sabe que fez asneira. O cão sabe... o cão sabe... mas, ainda assim, o cão faz. Assim sendo, o cão chegou a casa, e deixou o livro escondido debaixo de outros, como se fosse um osso enterrado na terra. Acontece que o cão sabia que ele ali estava. O cão farejava-o ali escondido. Mas o cão sentia remorsos. O cão pensava: Como é que foste fazer uma coisa destas ao Tolan, cão malvado?! Então, o cão pensou, pensou e decidiu: "Vou lê-lo às escondidas na casa de Papai". E assim fez. O cão trouxe o livro e tratou de o ler. Acontece que, a cada página, o cão pensava no Tolan e dizia: "Está descansado cão parvo, que isto vai piorar!"  O cão ainda acalentou a esperança de não gostar do livro e de o poder dizer aos sete ventos. Mas não... o cenário é o pior que se pode imaginar... o cão gostou...
P.S. O cão está neste momento de patas para o ar e a fazer olhinhos doces, a fim de ser perdoado. O cão sabe muito bem que fez disparate... o cão sabe...

domingo, 30 de dezembro de 2012

Tempos houve...


Em que a sala da casa de mon père era uma sala normal. Com sofás e outras coisas excêntricas do mesmo calibre... Acontece que mon père foi tomado por um amor súbito por cadeirões. Cadeirão passou a ser o seu middle name. E, como tal, resolveu investir em cadeirões. Assim sendo, temos cadeirões para todos. Há cadeirões por todos os lados. Cadeirões que, como cogumelos, nascem todas as noites. Cadeirões que, num processo incessante de divisão celular, se reproduzem ad infinitum. Cadeirões impossíveis de arrumar... 
Tendo em conta que tenho andado com dificuldades em manter a minha sanidade mental no meio de tantos cadeirões, vou apresentar-vos várias hipóteses para uma harmónica disposição dos mesmos, de forma a que me possam ajudar a escolher a melhor. Ora então, cá vai:

Temos a versão - loja de cadeirões

A versão - Sala de espera de um consultório médico


A versão - Barbearia

A versão (até agora é a minha preferida) - Boeing 747 

Então, hã?! O que é que me aconselham?


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Num passeio bucólico...


Nas tenebrosas florestas mágicas que rodeiam a casa do meu pai, encontrámos o robe de chambre de Maman... misteriosamente desaparecido do seu quarto há muito, muito tempo...

Cánis...

Num inesperado gesto de amor, trouxe-me flores fresquinhas... ainda com raiz e tudo... acabadas de arrancar do vaso...

Cánis Report

O Natal correu-lhe muito bem. Uma orelha de porco fumada para roer (oferta muito gentil do talho do Sr. Coentro), é muito bonita... até se vêm as veias (claro que tem o problema de cheirar mal como tudo) mas ele adorou e isso é que interessa, uma gabardine daquelas a sério (com forro em xadrez), um fraque, uma coisa de ganga que ele odiou (e eu também... chorámos os dois durante horas, agarrados um ao outro, perante o extremo mau gosto daquela indumentária) e um tigre de verdade... daqueles que estão praticamente extintos mas que nós gostamos de dar ao cão... coitadinho... também merece... afinal é Natal e toda a gente sabe que a carne de tigre é muito saborosa. Por fim, comprei-lhe uma gravata Hermès... que o meu cão acha as coleiras demasiado rústicas... 

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Porque eu sou uma pessoa agradecida...

Com os restos do teu Natal, fiz uma... "roupa-velha"!
P.S. Anónimo, querido, não se aflija! O carro não é meu! Não sei se sabe (se não sabe, devia saber) que eu estou disposta a tudo pelo meu blogue... Carjacking (para me fotografar no interior de potentes viaturas alemãs) é apenas uma dessas coisas!

Oh pah!

A sério... como é que isto é possível?! há bocado, enquanto tirava fotografias da minha própria sombra (a fazer lobos, cães e patinhos com as mãos) para impressionar o tio Pipoco com a minha arte nas sombras chinesas, transformei-me no Fernando Pessoa! A sério, pessoas! Vejam! Acho que isto é um sinal (inequívoco) do além para, também eu, lançar o meu próprio livro!

Anónimos!


Vocês entendam-se! É que, assim, não dá! Vem um e diz que eu estou patologicamente magra, vem outro e diz que estou gorda que nem um texugo... e, assim, uma pessoa não sabe o que fazer! É que uma pessoa é extremamente influenciável e, quando algum anónimo lhe aponta a magreza extrema, desata a comer de forma absolutamente selvagem. Acontece que, quando a pessoa se encontra com a boca atafulhada de bolos e chocolates, aparece um novo anónimo que lhe diz que está gordíssima (praticamente obesa!)!? E agora? Hã?! Digam-me! O que é que eu faço?! Cuspo tudo?! Engulo os bolos e o chocolate?! Como os bolos e deixo o chocolate?! como o chocolate e deixo os bolos?! Digam-me! 
Vocês tenham piedade deste pobre Palmier... é que, com estas contradições, arrisco uma psicopatia alimentar gravíssima! 


E porque o vosso Palmier anda sempre um passo à vossa frente...


Juntou esforços com a costureira Almerinda e com o relojoeiro Vítor Daniel, para vos presentear com uma peça única e discreta (mas super estilosa) para usarem no vosso Reveillon. Apresento-vos:

O vestido "Doze Badaladas" 


Para não se atrasarem a entrar em 2013...

O que é que se passa aqui?!

Estou a escrever-vos às escuras. Deitada na cama, com os lençóis puxados até às orelhas (acho que a empregada de mon père não sente afecto por mim. Só tive direito a dois miseráveis cobertores. O mon père não acredita em edredons. É um ateu dos edredons). Claro que me deitei vestida. Envergo, orgulhosamente, a minha camisola felpuda contra a intempérie. Estava, agora mesmo, a ponderar ir vestir um fato de ski. Mas, gostava de saber a vossa opinião... será suficientemente estiloso? É que vocês sabem que o estilo é tudo para mim... e que prefiro acordar com estalactites, do que passar uma noite fora de moda. Adiante... enquanto vocês não se pronunciam, informo que... brrrrrrrrr... oiço barulhos lá fora! Sim! De verdade! Acho que são máquinas! Só que, eu estou no meio do campo, em local ermo onde, evidentemente, não há máquinas. Mas eu estou a ouvi-las! Ligam e desligam. Parece que tenho um motor de ar condicionado dentro do quarto. Mas, os motores não são aqui! Ou serão?! Será que, também o mon père não sente afecto por mim e mandou instalar a bateria de motores do ar condicionado na parede de meu quarto sem, no entanto, instalar qualquer aparelho no interior do mesmo?! Não... Não quero crer nessa possibilidade...
Olhem... escusam de mandar opiniões sobre aquilo do fato de ski... é que o barulho das máquinas agora está muito forte (serão bimbys na velocidade 10?!) e eu tenho medo me levantar. Acho que as máquinas podem querer atacar-me, com a espátula...
Wish me luck!

P.S. Aproveitei um intervalo do barulho para a ir à procura de cobertores e... nada! São gavetas e gavetas cheias de toalhas turcas...
P.S.2 Hoje fui investigar o que se passava no exterior do meu quarto e... NADA! Cabos eléctricos. Apenas e só! Mas, para que não julguem que estou enlouquecida, ao perguntar a Maman se sabia de onde provinha tal barulho, filho disse: "Qual barulho?! Aquele de serras eléctricas, que me acordou?!". Concluindo... acho que era o Fredie Krueger...

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Meninas?! Então?!

O que é que vos deu? Ora vamos lá rever as regras! Quando vocês aqui vêm, devem dizer mal daquilo que eu própria digo mal! Por exemplo, hoje, o meu objectivo era única e exclusivamente que vocês dissessem mal do meu próprio anónimo! E o que é que vocês resolveram fazer, hum? Em vez de o atacarem com facas e baionetas, resolveram atacar-se umas às outras, deixando-me totalmente desprotegida! Olhem que isto torna a nossa guerra muito desorganizada! Eu a mandar atacar em frente, e vocês a desarrumarem-me a guerra toda a fugirem-me para os lados, e para trás!? É que, assim, um General não tem condições para trabalhar! As tropas têm de seguir as ordens do General Encoberto, certo? O nosso Bin Laden é o anónimo, certo?  Quando o nosso Bin Laden aparece a atirar aviões de papel contra os meus escritos, nós devemos concentrar-nos nele, sim? Pronto... então vamos aguardar que ele regresse, para podermos ter uma batalha em condições! Combinado?

Desconfio...

Que se avizinha uma grave disputa pela posse da Nancy Penteados...

Querido Anónimo

Queria pedir-lhe desculpa... acontece que, ontem, passei horas e horas deitada na linha do comboio e... nada! Veja bem, querido Anónimo, a greve arruinou-me os planos! Foi sabotagem (digo eu!)! Não há direito! Uma pessoa cheia de pressa para se suicidar e... olha... depara-se com aquela gente a exercer os seus direitos constitucionais! É que uma pessoa investiu uma elevada quantia no passe-suicídio-expresso! Oh pah... acho que, assim, este país não vai para a frente! Aiiiii... Perdão, perdão querido Anónimo, não queria voltar à demagogia política... 
Retomando, então, o assunto que aqui me trouxe e para tentar minimizar este meu suicídio falhado, como detectei uma sensibilidade exacerbada nos seus comentários, deixo aqui um trecho de um livro infanto-juvenil que, julgo, poderá ser de alguma valia:

Escusa de agradecer querido Anónimo... a Palmier, está sempre aqui... pronta a ajudá-lo...

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

E porque hoje é dia de Natal..

E temos aqui connosco um Anónimo com carências e défice de afecto, resolvi fazer um pouco de caridade e dar-lhe toda a minha atenção. Assim sendo e antes de mais, deverão ler com toda a vossa atenção os sensíveis e argutos comentários deste nosso Anónimo:


Já leram?! Sim?! Óptimo! É que este nosso Anónimo é extremamente inteligente e, com estas parcas palavras, levou-me a reflectir sobre a minha triste existência. E, pessoas, só vos digo que ele tem toda a razão! O nosso Anónimo é uma Maya da blogo-mundo! Um visionário! Descobriu que eu tenho um cão, que é Natal, que tenho silicone e... tcharan... gel! Que sou lamechas, demagoga, ridícula (claro) e, por fim, vaticinou que a minha veia de engraçadinha estava esgotada! E eu pensei e disse de mim para mim: "Raios! O Anónimo tem toda a razão!" E, perante este cenário dantesco, tive de tomar a única medida adequada a estas situações! Pessoas... olhem... atirei-me à linha do comboio!
E, antes que a locomotiva me passe por cima, resta-me agradecer-lhe por me ter ajudado a ver a luz! Obrigada querido Anónimo! Mil vezes obrigada!

P.S. Acha bem, querido Anónimo? Concorda com a minha decisão? É suficientemente definitiva? Já lhe aconteceu ser trucidado por um comboio? Dói muito? Conte-me tudo!  

Conhecem aquele momento...

Em que alguém oferece um presente tão despropositadamente grande, que a pergunta que fica a pairar no ar (com direito a eco e tudo) é: "Onde raio vou pôr ISTO? ISTO? ISto? Isto? Isto?"
Sim?!
Pois fiquem sabendo que, este ano, calhou a filho...

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Porque há Natais e Natais...

Há um Natal que junta várias famílias e onde há um canídeo que sente amor por um dos convivas. Mas amor de verdade. Um amor luxuriante e libidinoso. Um amor inter-espécies e, claro, gay. O canídeo aproveita todas as oportunidades para quengar o dito conviva. O conviva levanta-se e o canídeo persegue-o com olhares insinuantes. O conviva senta-se e o cão abraça-lhe as pernas em movimentos ondulantes. Enquanto todos se encontram na sala a conversar e fingindo não ver, o canídeo pratica o sexo explícito com a perna do conviva. O conviva retorce as suas perninhas para debaixo da cadeira, mas sem qualquer sucesso. O canídeo ferra-lhe os dentes nas calças e puxa-lhe as pernas. Os donos zangam-se com o canídeo. Apesar de já o terem aceite, sentem vergonha de ter um cão tão abichanado. Pedem desculpa. "Pedimos desculpa por esta situação", dizem eles, ao mesmo tempo que enxotam o canídeo com palavras firmes. “Deixa o conviva em paz, seu...!” e, sem terminar a frase, põem-no na rua. Mas o canídeo não deixa o conviva em paz. O canídeo dá a volta e entra pela janela, pela porta, pela caixa do correio. O canídeo ultrapassa todos os obstáculos que o afastam da sua paixão. O canídeo espera ansiosamente, ano após ano, pela noite de Natal, para rever o grande amor da sua vida. O canídeo rodeia o conviva de todas as atenções e espera pelo momento alto. O momento em que todos se sentam à mesa e ele pode, finalmente e com alguma privacidade, quengar a perna do conviva debaixo da mesa, agitando, assim e ao mesmo tempo, o bacalhau, as couves, os grãos e os copos de vinho que se encontram primorosa e religiosamente dispostos sobre a mesa.

E pronto... era isto... achei que gostariam de saber que existem Natais assim... eróticos!

Ao passar em frente do stand da Ferrari

Filha: Quando for grande, quero ser rica!
Eu (estranhando tal afirmação): Para quê?!
Filha: Para comprar um Ferrari!
Eu (baralhada): Mas para que queres tu um Ferrari?
Filha (como se a resposta fosse óbvia): Para chegar a horas à escola.

(decisão de ano novo: Acordar mais cedo, para não acentuar o trauma que, claramente, já criei na minha pobre filha...)

domingo, 23 de dezembro de 2012

Porque há coisas que nos partem o coração...


Ontem fui arrastada por filhos para o topo do Parque Eduardo VII. Queriam patinar na pista de gelo que lá está instalada. Tomámos o nosso lugar na fila e ali ficámos durante quase uma hora. Á nossa frente, estava uma família de mãe, pai e filha. Todos gostaram de pequena Cutxi e iam-lhe fazendo festinhas. A filha, da idade da minha (cinco anos), foi-me perguntando várias coisas sobre pequena Cutxi. Quantos anos tinha, como se chamava, o que comia... disse-me que gostaria muito de ter um cão... mas que não podia. Depois, disse-me que já era a quarta vez que ali estava e eu gabei-lhe os pais. Que deviam ser muito pacientes, para esperarem tanto tempo na fila. A mãe, então, explicou-me que o marido estava desempregado e que tinha tempo para "aquelas coisas". Disse-o com o olhar perdido e com o medo a emergir turbulento à medida que ia falando. "Ele não pode deixar-se ficar... tem de fazer qualquer coisa. No último mês já não conseguimos pagar a casa. Precisamos do dinheiro, sabe como é...". E eu não sei... não imagino... . Posso fazer uma suposição. Posso colocar-me no lugar de quem não tem. De quem não pode. Mas não consigo imaginar a magnitude do medo. Aquele medo palpável que estava ali à minha frente. Um medo que arranhava como uma lixa de picos grossos. Que se agigantava a cada palavra. Depois, chegou a nossa vez. Deram-nos os patins e perguntaram-nos se queríamos uma "foca" (um objecto para ajudar a equilibrar os principiantes nas artes da patinagem). E a menina olhou-me com uma cara muito séria e avisou-me que não. Que a foca custava dois euros. E eu senti-me pequena, minúscula, uma partícula de pó. Dois euros... e aquela menina de cinco anos, mas com sabedoria de cinquenta, sabia que os dois euros iam fazer diferença aos pais. Que não podia ser...
Levámos as focas, é claro, e, no fim, a menina veio agradecer. Que, finalmente, tinha patinado no meio da pista em vez de agarrada às baias. 
- Não te vai fazer falta? Perguntou. 
- Não. Não me vai fazer falta, está descansada.
E a verdade é que os dois euros não me fazem falta. Mas, faz-me falta um país em que não haja meninas de cinco anos obrigadas a pensar como adultos de cinquenta. Faz-me falta um país que tenha empregos para os pais desta menina. Faz-me falta um país onde não haja medo nos olhos das pessoas. Faz-me falta um país onde as meninas possam patinar sem carregar nos ombros a falta de possibilidades. Isso, faz-me falta. Muita falta.

P.S. Afinal, havia uma razão para ter aquela enormidade de Nancys na mala do carro. Ficaram bem entregues...

Gostei TANTO!

Vejam bem o PRESENTE DE NATAL que a Scarlet me mandou!

Oh pah! ADOREI! Está maravilhoso! Obrigada! :D

P.S. cliquem na seta, na parte de baixo do ecrã, para irem passando as fotografias.



sábado, 22 de dezembro de 2012

Feliz Natal, tio Pipoco! :)

(vinho acompanhado a preceito... com pipocas salgadas...) 

Ancião?!

Estou à sua espera na Versailles! Hoje até trouxe o iPad (onde tenho para cima de cinco mil fotografias para lhe mostrar)!

Cocó ou perfume? Eis a questão

Pequena Cutxi, desde que foi manolizada, ficou a sofrer de graves problemas psicológicos (mais uma...). Agora, deu-lhe para fazer lindos e estilosos cocós na... sala de jantar. E isso, causa-me graves arrelias. Cada vez que a criatura se desloca naquela direcção, lá vou eu atrás, pé ante pé, colada à parede, para investigar as suas intenções. A verdade é que tenho sido ludibriada e tenho tido direito a inúmeros presentes. Presentes que dão origem a gritos de histeria na minha comunidade familiar. Hoje, por exemplo, acordei com uma horda de filhos que entraram de rompante no meu quarto, comunicando-me o sucedido com gritos ululantes: ELA FEZ COCÓÓÓÓÓÓÓÓÓ.... COCÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓÓ... MÃEEEEEEEEEE COCÓÓÓÓÓÓÓ... SÃO TRÊS COCÓÓÓÓÓÓÓÓÓS! LEVANTA-TE! VEM VEEEEEEEEER OS COCÓÓÓÓÓÓS! COCÓÓÓÓÓÓÓÓ... TENS DE IR APANHAAAAAAAAAAR O COCÓÓÓÓÓÓÓ... COCÓÓÓÓÓÓÓ... e isto, digo-vos, não é forma de acordar uma pacata cidadã! Uma pessoa salta da cama com o coração a bater nos tímpanos e atira-se à tarefa de limpeza e desinfecção. De seguida, aparece consorte, com uma lupa, a perguntar: Ela fez COCÓ?! Onde é que ela fez COCÓ?! Já limpaste o COCÓ? Ficou bem limpo? Já não há vestígios de COCÓ?! A sério, pessoas, não aguento isto.... Foi então que, recordando-me dos métodos que apliquei há um ano atrás quando pequena Cutxi veio residir na nossa habitação, fui buscar um perfume (porque os cães odeiam perfumes) para aspergir aquela divisão, de forma a evitar futuras incursões. Mas um dos bons... daqueles que alguém me ofereceu e eu não uso (porque consigo O-D-I-A-R perfumes, ainda mais do que os cães), com um fixador mesmo eficiente, e borrifei o chão todo da sala de jantar. Despejei, praticamente, um frasco naquela divisão da casa... 
Agora... agora estou aqui enjoada que nem um peru... com o perfume a entrar-me para a boca numa nuvem espessa e com um odor floral que se alastrou pela casa toda. A sério pessoas... pensando bem, acho que prefiro o COCÓ...

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Estou tão preocupada...

Encontrei este saco abandonado mesmo à porta de minha casa e, agora, estou com fundados receios que o Pai Natal tenha perdido o saco de presentes das fashionistas...
P.S. Se calhar, vou lá buscá-lo... assim, amanhã, podia fazer uma sessão fotográfica natalícia...

É só para que vejam...

Que, pessoas que se preocupam com o meu bem-estar familiar, se apressaram a adquirir, a expensas próprias e enfrentando multidões disformes que inundam superfícies comerciais com o único objectivo de adquirir esta preciosidade infantil, a minha própria Maleta de Penteados da Nancy (que também dá pelo nome de Maletín de Peinados).

E isto é um acontecimento muito bom e significativo porque neste momento e uma vez que, como não encontrava a Nancy e a sua Maleta de Penteados em lado nenhum, já tinha adquirido, à cautela, outras duas Nancys de iguais proporções.
Neste momento, sou a feliz possuidora, para além da Nancy Penteados (que seguro orgulhosamente na fotografia), da Nancy Animais de Inverno e da Nancy Estúdio de Disfarces…   


P.S. Alguém necessitado de uma Nancy? Please? Anyone?



Só queria saber...

Se, por acaso, vocês têm um senhor da manutenção tão estiloso como o meu...

Ás vezes...

Quando as negociações se tornam mais complicadas, prefiro (em vez das notas) utilizar barras de ouro. É que, como arma de persuasão, acabam por ser mais eficazes. Se tivermos pontaria, basta atirar uma…

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Olá, cá estou eu!

Como vêm, fui a primeira a chegar à Avenida da Liberdade! Aviso já que escusam de cá vir. Eu vou comprar TUDO! Hoje vai marchar a Santíssima Trindade, o Sudário de Turim, o Santo Graal e Deus Pai todo Poderoso. Não vai sobrar nada. Sinto-me bastante bem com esta minha decisão. Sinto-me uma angolana em Lisboa. Sou mesmo uma angolana em Lisboa. Vou pagar tudo em "nota", que essa coisa do cartão de crédito já era. Isso, hoje em dia, é coisa de povão. Comigo, é em cash. Saco do meu molho de notas e pago em petro-euros! Depois... bem... depois atiro tudo (vulgo: malas), de modo displicente, para o porta-bagagens do carro. Atiro com desdém, que isto, para mim, é como ir comprar muamba à feira de Luanda. Peço-vos, apenas, o favor de não dizerem nada às fashionistas que, se elas sabem, põe-se-me a rondar o carro como vampiros a farejar sangue e são capazes de me vandalizar a viatura (não que me importe com isso... porque comprava logo outra. O que me incomoda mesmo, é a perspectiva de ter de voltar a falar de fornos com o mecânico da oficina). A seguir... bem... a seguir vou almoçar um sushi, descansar um bocadinho porque, à tarde, ainda tenho de ir comprar um refugo de que me falaram agora mesmo...  a TAP. É que eu não tenho problemas com garantias bancárias. Conforme disse há pouco, é tudo em cash. Atiro com o cash (com jeitinho para não provocar contusões) para cima do meu interlocutor e fechamos logo o negócio. Caso contrário, continuo a atirar, até provocar o afogamento em notas e, se necessário, a morte. É que, em Portugal, esta minha arte tem surtido bons efeitos...
Em verdade vos digo que gostava mais de comprar a ANA, que sempre lida com as MALAS de viagem... mas a minha prima Aminata dos Santos já está a tratar disso....
E pronto... assim, ficam a saber um bocadinho mais sobre a vida de pessoas extremamente poderosas como eu...


Estou com tanto medo de ir ao Totta...

Acho que, a partir de agora e à cautela, de cada vez que precisar de ir ao banco, leio o "Estilo, disse ela" do princípio ao fim...


Como grande empreendedora que sou, proponho, desde já, um segundo volume: "Estilo, disse ela - O segredo para ser bem atendido numa sucursal do Santander Totta"



É oficial...

Este é o Natal mais escatológico de sempre!
(ou isso, ou então esqueci-me de tomar os anti-psicóticos..)

Digam-me que não recebi este e-mail...

E que estou, apenas e só, a passar por um novo surto psicótico...

O meu mundo, tal como o conhecia, está arruinado...

Pequena Cutxi tentou! Pequena Cutxi esforçou-se! pequena Cutxi viu as lágrimas a formarem-se nos meus olhos e a rolarem pela minha cara. Pequena Cutxi saltou para a esquerda, pequena Cutxi saltou para a direita, pequena Cutxi encarnou um canguru das estepes australianas... 



E ainda assim, e depois de tanto esforço, a minha linda, a minha querida, a minha bela canídeA... foi, nada mais, nada menos que... MANOLIZADA!