sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sai um cúmulo da ironia se faz favor!

Imaginem que o meu consorte tinha um blog, imaginem que ele fazia imensa publicidade encapotada nesse blog, agora façam um esforço e imaginem que ele vivia dessa publicidade. Estão a conseguir seguir a ideia? Pois agora imaginem que eu vos dizia que não percebia porque é que na novela Dancin'Days as miúdas passam a vida a falar da coloração da L'Oreal? Era uma estupidez, eu sei. Mas era super cómico, não era?

Queriam enganar-me, era?

Vêm aqui infernizar-me a vida a dizer que tenho de tratar dos cupcakes, das bolachinhas caseiras, de um bolo de pasta de açúcar carregadinho de corantes e mais não sei o quê, e eu vou desesperada para o supermercado (SuperCor, claro!) e, lá chegada, verifico que, afinal, o "kit refeições felizes" é constituído, apenas, por esparguete e coca-cola zero! Suas venenosas... queriam que eu fizesse má figura, é o que é!

Estou tão preocupada...

É que, quando enviei os convites para as festas de aniversário de filhos, não dei indicações precisas sobre o mood da festa. E agora que me pus a pensar nisso, percebi que as mães dos nossos pequenos convidados devem estar transtornadas a tentar decidir-se entre o kit tradicional, o moderno e o campestre, e isso, pessoas, deve ser uma situação deveras desesperante! Uma mãe ali, a olhar para os kits das suas bambinas e, depois, não tem uma única pista sobre o raio do mood da festa?! Oh pah... não brinquemos com coisas sérias! Isto, realmente, não é coisa que se faça a ninguém, nem ao nosso pior inimigo! Para além disso, também eu própria estou em risco! Imaginem lá que me aparece alguma convidada com um kit "Casamento no Monte Alentejano"!? A sério pessoas... se tal coisa acontecesse, teríamos, necessariamente, de bater com a porta da festa na cara dessa menina. Sim... nem pensar que ela ia entrar toda mal vestida e arruinar-nos o mood da festa! Não, nem pensar! Até pela sanidade mental da criança... é que toda a gente sabe... antes ficar à porta da festa, que ser vista com o kit errado! 

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Connosco, o Sporting vai sempre à frente!

Pelo menos, enquanto não esvaziar o banco de trás...
(sempre é melhor que nada)

Uma década. Dez anos. Dez anos de ti.

Nasceste naquele dia em que eu chorei logo de manhã, chorei lágrimas grandes e gordas que me saltavam dos olhos como num desenho animado. Chorei porque, a caminho da maternidade, reparei que me tinha esquecido do telefone. Não sei para que queria o telefone, mas tivemos de voltar para trás para o ir buscar.  Não precisei dele obviamente, estive bastante ocupada em trazer-te ao mundo e isso não se coaduna muito com telefonemas. Sabes, acho que estava com medo, medo de deixar de ser filha e passar a ser mãe e, por isso, aproveitei o esquecimento para chorar a minha aflição. Mas tu não te importaste nada com isso dos meus medos de filha e apresentaste-te perfeito, irrequieto, determinado e transformaste-me, como num passe de mágica, na (tua) mãe. Tinhas um super cabelo preto, vestiram-te a roupinha azul e minúscula que eu tinha escolhido para ti e, vamos manter este segredo super secreto, até tiveste direito a uma gola à Camões. No dia em que nasceste já tinhas esse olhar que é um misto de inocência e determinação. Desde esse dia que corro atrás de ti. Eu sei muito bem que devia ser ao contrário mas as coisas nunca se passam como dizem os livros e tu, quando queres alguma coisa, és imparável. Nestes dez anos triplicaste de tamanho, aprendeste a sentar-te, a gatinhar, a andar, a falar (e como tu falas... non stop de manhã à noite), a contar, a ler e a escrever. Aprendeste tantas coisas em tão pouco tempo. Lembro-me, como se fosse hoje, do dia em que leste pela primeira vez. Estávamos num elevador e tu olhaste à tua volta e leste. Não leste a palavra mãe, pai ou pato. Leste "Otis". Otis, perguntei-te eu. Sim, está ali escrito... tinhas cinco anos e leste Otis, a marca de elevadores que ficou para sempre associada à nossa incredulidade. Lembro-me de outra coisa desse dia, lembro-me dos teus joelhos, estavam tão magrinhos os teus joelhos, e eu, lá no fundo, sabia que alguma coisa não estava bem. Foi um espinho aguçado na nossa vida de rosas, foi difícil esse período, se calhar mais difícil para mim do que para ti, tu que eras tão pequenino, mas aguentámos e reaprendemos a viver de acordo com novas regras. Desculpa se às vezes não te dou o espaço que tu precisas mas, tens de te resignar... é que a tua mãe é mesmo assim, um bocadinho ansiosa. Mas, o importante, filho, é que, apesar destas nossas aventuras, apesar de seres um bocadinho bruta-montes, um bocadinho (grande) teimoso, um bocadinho (enorme) impaciente, de, às vezes, seres mesmo (momento em que deverás por a mão na boca e fazer uma expressão extremamente chocada) respondão (porque, vê lá tu bem, não és como os meninos dos outros blogs que se portam sempre impecavelmente) és, acima de tudo, um bom menino. És um menino sem ponta de maldade e isso, filho, é uma boa coisa.
Parabéns meu Pinguim.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Ups…

Mandei para a escola os convites para a festa do sexto aniversário de filha. Acontece que, como não sabia o número exacto de meninos da aula e como sou ligeiramenteexagerada, mandei uns quantos (um montão deles, vá) a mais… 
Cá na minha pequena cabeça, os que sobrassem iriam para o caixote do lixo… Acontece que agora estou a receber confirmações de todos os lados, de meninos de quem nunca na vida ouvi falar. Parece que filha andou a distribuir convites pela escola inteira… a sério, pior, pior só me lembro DISTO

terça-feira, 28 de maio de 2013

Palmier revela segredos ancestrais... e úteis!

Buraco na meia?

No problem! Alguém tem um marcador?

Palmier já resolveu...

E o que eu deliro com ambientes piscícolas?

Difícil, difícil, vai ser tirarem-me daqui de cima! 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Por que é que me acontecem estas coisas?!

Pois que, de manhã, fui ao armário buscar um  pacotinho de lenços de papel  
Há bocado, a meio de uma reunião, fui acometida de nariz ranhoso e, desenvolta, saquei do pacotinho de dentro da mala, tirei o lenço, abri-o e, segura, assoei-me. 
Foi nesse momento que senti estranhos olhares a recair sobre mim e que, qual Jorge Jesus, perdi "o balneário"
 É que o verso do lenço tratou de arruinar toda a minha credibilidade...


Porquê?!

Por que é que, em vez de leões marinhos, filha não escolheu como trabalho da escola o estudo aprofundado de um animal elegante, um animal de porte altivo, um animal bem proporcionado, de pescoço longo e cabeça triangular?! Um mamífero hipomorfo, da classe dos ungulados e da ordem dos perissodáctilos! Mas, não. Nada disso. Filha foi escolher um mamífero carnívoro, da família dos otarídeos e da ordem dos pinípedes!  Em vez de escolher um animal nobre que nos transportasse para um ambiente hípico e nos fizesse delirar, filha vá de escolher um animal adiposo, redondo e que se arrasta pelo chão! É que isto é indecente... por mais que uma pessoa se boho-enfeite, a verdade é que não fica nada chique e, para além do mais, tendo em conta a estatura do leão marinho, é super fácil para qualquer um retirar-me lá de cima (ou lá de baixo... não sei bem)! Francamente... se queria escolher um animal aquático, ao menos que escolhesse o cavalo marinho!

domingo, 26 de maio de 2013

Então, seus inúteis?!

Foram para a praia? Foi tudo o que fizeram no fim-de-semana, hein? Vê-se logo que não vão longe, que não são minimamente empreendedores... pffff com tantas coisas interessantes para fazer, vão perder tempo precioso a torrar ao sol?! É incrível... Eu? Eu cá, estive a produzir, claro! Que eu não sou pessoa para estar parada.

Ontem fomos comprar o material

Hoje deitámos mãos à obra

E o que estivemos nós a fazer, deitam-se vocês a adivinhar... vestidos boho-chic?! Fofos amorosos para andar com as pernas assumidamente de fora?! Um kit navy com detalhes românticos?! Claro que não, digo eu. Nós aqui somos pessoas com visão!  E só produzimos coisas super úteis e necessárias. Nós aqui produzimos, nada mais, nada menos que... leões marinhos! Se estiverem absolutamente necessitados  do vosso próprio leão marinho (que eu sei que isto é coisa para vos estar a fazer falta) já sabem, falem comigo! Muita atenção que, a nível nacional,  eu sou das que pratica melhores preços para esta espécie!
E ai daquele que ousar insinuar que se trata de um rato marinho... 

sábado, 25 de maio de 2013

Poucas coisas serão mais enervantes...

Que estar de secador em punho a tentar, sem sucesso, domar um cabelo acometido de um grave ataque de electricidade estática. Epá... a sério... alguém me acuda, que eu estou pronta a disparar...

Mãe, já vou para o segundo!

É, portanto, caso para dizer que o primeiro BRIGADEIROMARCHOU.
(e sim Tio Pipoco... é triste admitir, mas dá-se o caso de irmos a comer dentro do carro...)

Afinal...

... ele há pessoas terríveis... apostadas em enviar-me fotografias que fazem de pequena Cutxi uma mera menina de coro...

Humpf... vou já adquirir um brand-new-convertible...

E, de repente...

Uma pessoa recebe ESTE vídeo no fb, sob o título "O primo motard da Cutxi" e lança-se imediatamente no visionamento das imagens, crente que o estilo Palmier está a alargar, a criar raízes, que existe já um conjunto de Cutxi-Gruppies, que pequena Cutxi é uma espécie de Justin Bieber do mundo animal, que, no fundo, somos já um role model nacional e que a breve trecho seremos convidadas para a rúbrica "Mães com Pinta". Acontece que, no primeiro visionamento, a pessoa fica em estado de choque. É que, em vez de uma pequena Cutxi, a pessoa tem a sensação de estar a visualizar uma outra raça de cão bastante menos conhecida. Sim, por segundos, a pessoa tem mesmo a certeza de estar a ver um Manoloqueiro como actor principal desta curta metragem. E, nesses segundos, a pessoa pensa que, afinal, aquele é um vídeo destinado a humilhar pequena Cutxi, já que a mesma não é possuidora de carta de motociclos. E então, a pessoa organiza mentalmente a sua vida, põe tudo em perspectiva e decide imediatamente comprar uma Harley Davidson, dois capacetes Louis Vuitton, contratar um carro de apoio e filmar uma longa metragem em que apareceríamos (eu e Cutxi, claro) vestidas de cor-de-rosa a fazer cavalinhos na Rua Castilho. E, por momentos, essa ideia pareceu-me muitíssimo boa, pareceu-me, aliás, das melhores ideias que já tive. É que, nesse momento, eu já só pensava "Não, não, não! Os cães delas não vão ser melhores que o meu! Isso é que não! Se os cães delas andam de mota, o meu também há-de andar!". Depois vi outra vez o filme, determinada a aprender a praticar aquele tipo de condução e pude enfim respirar de alívio... afinal era apenas o vento que estava a acachapar o estiloso pêlo do animal e a criar aquele estranho efeito, aquele efeito... Jack Russel...

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ando aqui com uma dúvida…


Preciso de saber se vocês, os entendidos nesta matéria, também têm de desligar a internet em vossa casa... é que eu ando desconfiada que consorte me anda a dar indicações algo anacrónicas... 
Pois que, à noite, sou obrigada a ir desligar a ficha da tomada para não estragar a internet. A sério… até me telefona lá de longe, do estrangeiro, a perguntar se eu já desliguei a internet. Mesmo quando a diferença horária é significativa, acho que ele fica acordado até de madrugada para, por volta da meia-noite, me telefonar a perguntar pela internet. Assim, como quem não quer a coisa, como se a internet fosse uma espécie de Cinderela, uma Cindernet que pode, a qualquer momento, transformar-se numa abóbora virtual. Só depois de se assegurar que eu estou a tratar bem da "nossa" internet, a nossa bebé, é que pergunta se estamos todos bem e se já tranquei as portas para, por fim, voltar a dizer “não te esqueçasde desligar a internet!”. Temos, portanto, que a segurança da internet está sempre em primeiro lugar. E eu cá acho isso deveras estranho...  é que nunca ouvi relatos sobre incêndios causados pela internet, electrocussões por internet, ou até mesmo de explosões de internet… por isso pergunto:
- Tenho mesmo de desligar a internet? E o frigorífico? O congelador? Cortar a corrente no quadro-eléctrico? Ir dormir para uma caverna aquecida pelo bafo de um mamute? 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O look de little C - Pink Day, Rua Castilho

Eu sei que sou uma fraca... mas doze horas sem laços é o máximo que consigo aguentar... já estava com sintomas de privação por ver a nossa little C assim... desnuda.

O que vês da tua janela, Palmier?

Agradecia que não tecessem qualquer tipo de comentário sobre o pombo mirone, infecto e perneta que, desde há um mês a esta parte, montou residência na minha janela e me admira ao longo de todo o dia de trabalho. 

terça-feira, 21 de maio de 2013

E agora.... hein?

Lembram-se deste meu livro, lançado no decorrer do mês de abril? Sim? E agora? Digam-me! Vá, vá! Sou ou não sou uma visionária, uma verdadeira trend-setter em matéria de encadernação literária?

Sua feia!

É isto que anda a fazer aos tapetes da sua dona? É? Pois agora, de castigo,  vai andar nua! Ouviu? Nua! Sem um único laçarote! 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Podem, por obséquio, esclarecer-me?

O "Eu, Cláudio", do Cláudio Ramos, já era um blog Clix, ou veio para substituir o Arrumadinho?

Já eu, vou a caminho do Conselho de Estado...

Fui convocada na qualidade de conselheira de moda. Para dar umas dicas sobre tendências no pós-Troika.

domingo, 19 de maio de 2013

The ultimate weapon

No meio de uma luta de murros e pontapés, filha resolve a coisa arrancando um dos seus próprios cabelos e, aproveitando-se da fobia capilar de filho, ameaça-o com o arremesso daquele singelo fio. É portanto armada com um único fio de cabelo que consegue dele tudo o que quer...

sábado, 18 de maio de 2013

Entretanto, chez mon père...

Coisas estranhas acontecem...


A cabeça antes do poltergeist

A ausência de cabeça depois do poltergeist

...

- Não, nem pensar! Não vamos levar esses sapatos! São sinistros, acho que são os sapatos mais PIROSOS que já vi...
Filho perplexo a olhar para o pé de filha:
- Perigosos?! Pffffff... como é que esses sapatos podem ser assim tão perigosos?!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Julgavam que não era verdade?!

Pois olhem, já lá fui buscar mais uma linda clutch!

Comigo, não brincam!

Na verdade, só vim aqui para vos dizer que ontem fui jantar ao chinês e, quando chegou a altura de pagar a conta, perguntei logo onde estava a minha clutch. O raio do chinês fez-se desentendido e, em vez da clutch, trouxe-me um porco doce. A sério pessoas! Não se admite! Uma pessoa à espera da clutch e depois é confrontada com um suíno cortado em pequenos rectângulos sobre cama de molho carmesim e borrifado com iccing-sugar?! É que nem a brincar! Fiz-lhe logo ver que não era aquilo que pretendia e com sinais claros fiz o gesto universalmente conhecido para clutch e expliquei claramente que "se as outlas levam clutchs, eu não vou sail dlaqui sem a minhla, plecebes!". O fulano desatou a falar comigo em caracteres chineses com o claro objectivo de me  dissuadir, mas eu não cedi! "Quelo a minhla clutch, e quelo jlá! Ele ainda tentou acalmar-me com umas colherzinhas de arroz xau-xau, mas rapidamente percebeu que não tinha outra hipótese se não oferecer-me a clutch da ajudante de cozinha que, nos tempos livres, também é fashionista. É que nem pensar... eu não ia admitir que os restaurantes chineses das outras também fossem melhores que o meu! Isso é que nunca! Que fique aqui bem claro: Eu cá, não sou pessoa de sair do restaurante chinês sem uma clutch!

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Hã?


BILFA, eu?! Pessoas… eu não queria falar nisto mas… há uma impossibilidade técnica! A sério, este é um assunto muito delicado… eu já andava desconfiada, mas hoje tive a confirmação e, em havendo provas, tenho de me precaver. É que eu não posso simplesmente correr o risco de desfilar na passadeiradas BILFAS em vestido de noite, fato-de-banho e com o traje mais aguardado, o conhecido traje típico de cada blogue e, depois… depois de todo o esforço para me tornar extremamente atractiva, chegar ao fim e ser desclassificada...
Acontece que hoje, depois de me zangar de forma digamos…inflamada, com uma pessoa, o que julgam vocês que aconteceu? Que ela me ouviu,que acatou os meus dizeres, que me obedeceu?! Não! Nada disso! A pessoa achou por bem perguntar a toda a gente se já me viram zangado. Sim… perceberam bem: "zangad-O".À conta daquela fúria, a frase que corre como rastilho de pólvora em mato seco, é “Ela é um homem!”.  E eu… bem, eu não quero que depois, quando oconcurso estiver a decorrer e eu já estiver de mãos esticadas, praticamente a tocar na tiara reluzente e na faixa de Miss BILFA, nesse momento crucial em que as BILFAS têm de responder a uma difícil pergunta sobre a paz no mundo, nesse momento em que a assistência ou fala, ou se cala para sempre, haja alguém que se levante e grite a plenos pulmões "ela é um homem!". É isso pessoas... eu não quero passar pelo momento em que a equipa de segurança aparece e me empurra com maus modos, homem-a-homem, para o canto mais escuro do palco e, com um simples  uppercut me deixa ali... inconsciente... no chão.
A sério pessoas... não há direito... não percebo por que razão isto me foi acontecer... logo agora... logo eu, que tinha um futuro tão promissor como BILFA... mas a vida tem destas surpresas e, como tal, vou ficar para aqui sozinho, a ver as votações decorrer, enquanto cofio o meu bigode e ajeito o nó da gravata, ao mesmo tempo que me passam diante dos olhos marejados de lágrimas imagens daquilo que a minha vida podia ter sido... 

E aqueles multibancos...

Em locais manhosos, em que uma pessoa se aproxima discretamente, murmurando entre dentes que vai apenas consultar o seu saldo negativo, e eles  dizem altíssimo:
- POR FAVOR RETIRE O SEU DINHEIRO!
A sério pessoas... pior, pior só mesmo se dissessem:
- POR FAVOR RETIRE OS SEUS DUZENTOS EUROS!

Não que eu, como ex-sportinguista, não estivesse habituada às derrotas...


Mas, a de ontem.... a de ontem foi especialmente dura, sobretudo para a minha pobre filha que, no fim, chorou lágrimas grandes e redondas, que lhe escorregavam aos pares pela cara. Quando lhe pedi que se acalmasse, que era apenas um jogo, que para o ano havia mais, ela olhou para mim com um misto de raiva e profunda indignação e, com os olhos irados e a faiscar, proferiu a seguinte afirmação:
- Mas tu não vês mãe!? EU ESTOU A SOFRER!
E, perante este quadro dantesco de dor e pesar, vinha solicitar a quem de direito que, a partir de agora, se criasse no futebol uma regra idêntica à que já existe em muitos edifícios (nomeadamente hotéis) que passam directamente do piso 12 para o piso 14, evitando assim o famigerado 13º andar. Assim sendo, e para evitar toda esta tristeza infantil, agradecia que, por analogia, se eliminasse o minuto '92 dos jogos do Benfica.


quarta-feira, 15 de maio de 2013

Bem que eu desconfiei...

Ter vindo o caminho todo atrás de uma carrinha Melom (em que o "O" foi substituído por um melão), não podia dar bom resultado...

Então, hein... tudo a postos para logo?

Ou julgavam que eu não levava o meu novo clube a sério?

Não percebo a vossa reacção...

Há registos que provam a veracidade da afirmação!

MOooOooOod matinal

Pessoas! Já tenho o meu kaftan boho-chic atemporal (eu preferia dizer intemporal mas a moda chama-se mesmo "boho-chic atemporal", por isso, nada de se enganarem!) agora é só pegar em little C, na minha equipa de fotógrafos profissionais (a equipa especializada em momentos simples que ficam para o resto da vida; para momentos complicados que ficam para o resto da vida, tenho outra equipa...) e rumar à praia. O quê?! Está um frio medonho?! No problem! O P. já lá vai ter no nosso helicóptero e leva o meu vison rasé!   

terça-feira, 14 de maio de 2013

Isso da bola


Filho e consorte são do Sporting e então eu, porque sou simpática, e querida…. e, claro, amorosa, também era do Sporting. Acontece que um dia, sem que nada o fizesse prever, filha saiu do armário e, contra ventos e tempestades, assumiu o seu benfiquismo. Esta decisão causou, como é evidente, um enorme tumulto familiar. Consorte levou as mãos à cabeça, rodopiou sobre si próprio e, depois de uma primeira conversa em que tentou, sem sucesso, fazer-lhe ver a luz (erro crasso, tendo em conta a duplicidade de sentido da palavra “luz”), caiu extenuado, perante tal desgraça. Foi então pedida a intervenção de um padre especializado. Um padre com batina de pêlo de leão e cofió em forma de juba, habilitado a executar o mais difícil dos exorcismos: “expulsar o demónio vermelho de um corpo verde e branco”. Ainda assim, e depois de horas e horas de rezas, o demónio não cedeu. “O Sporting é cocó!”, gritava filha ao ver o sacerdote aproximar do seu corpo o amuleto em forma de leão rampante, ao mesmo tempo que lhe fazia sobre a testa o sinal do 4,3,3. O padre acabou por confessar que aquele espírito era dos mais fortes com que já tinha lidado e, completamente desgrenhado e sem forças, arrastou-se para longe de filha abandonando o serviço a meio. Desde esse dia, foram tentadas muitas outras formas de conversão, desde a oferta de bonés e cachecóis vindos directamente da loja verde a que filha, gritando vade retro, guardava a devida distância; colocação sub-reptícia de phones com a música “Sporting Olé” nos ouvidos da criança adormecida, fotografias dos melhores jogadores do Sporting na mesa-de-cabeceira, e até à terapia mais radical: a exposição a benfiquistas barrigudos, barba por fazer e bigode farfalhudo aliados à sempre inevitável pergunta “é nisto que te queres tornar, é?!”.
E eu, depois de assistir a esta autêntica tortura, a este bullying desportivo sobre a pobre criança, resolvi também eu e para equilibrar as forças nesta casa, fazer um pequeno swap clubístico... a partir de agora, pessoas, declaro solenemente que sou do Benfica. E que ninguém ouse questionar este meu súbito amor a esta nova camisola... 
E agora vou só concentrar-me um bocadinho, para amanhã gritar ao lado de filha o meu primeiro... Viva o Benfica!

Porquê, porquê, porquê?!

Por-que-é-que-eu-es-tou-sem-pre-de-mo-dé?! Porquê?! Não há direito! Porquê?! Digam-me! Não é justo! Então logo hoje que eu finalmente aderi aos macro-laços, a tendência altera-se radicalmente  e passaram a usar-se flores e natureza no cabelo?! 
A sério pessoas... não aguento este ritmo... . 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

É assim que se usa? é? é? é?

Estou extremamente amorosa, ou ainda é um bocado pequeno?

hum...

Ainda assim, acho este laço de pequena Cutxi ridiculamente pequeno...
Tenho mesmo de rever esta situação...

Lá porque a Milupa não nos convidou para ir ao Jardim Zoológico...

Não julguem que nós não levámos pequena Cutxi a brincar com os patinhos...

E, de cada vez que pinto as unhas...

O meu anónimo sofre um agravamento do seu síndrome de La Tourette. 
Vá lá que o seu caso não é dos piores. O meu pai tinha uma doente muito bem posta que intercalava todas as frases com a expressão "Vacas, putas, alhos e badalos". Assim, ritmado e vindo do nada. "O senhor doutor sabe, eu até me sinto... vacas, putas, alhos e badalos... bem, e não percebo porque é que... vacas, putas, alhos e badalos... o meu marido insiste para que eu venha à sua consulta.". O meu anónimo ainda não está assim tão mal... por enquanto, só utiliza a expressão "unhaca de gel". Mas, veja lá isso... é que estas coisas têm tendência para se agravar...

É tão lindo fazer parte desta matilha urbana...

A dos pais que deixam os filhos na escola com um ar atarefado e, de seguida, respiram fundo, sentam-se no carro com o motor ligado e o ar condicionado no low, e aí ficam durante meia hora, agarrados aos telefones. Eu cá também lhes aceno e faço um ar compenetrado, como quem diz "ufa! Tantos e-mails..."; claro que, no meu caso, estou apenas a ler blogs...

domingo, 12 de maio de 2013

Pequena Cutxi, a figura pública

E hoje, enquanto passeávamos pacatamente por Sintra, eis que somos abordados por um cavalheiro que se aproxima de nós e pergunta de rompante:
- Essa cadela chama-se Cutxi?
E eu, por segundos, não percebi a pergunta, já que o verdadeiro nome de Cutxi é Rute Marlene, sendo Cutxi, apenas e só, o nome artístico da nossa diva. Acontece que, passados esses segundos iniciais, toda a dimensão da pergunta se abateu sobre mim e eu, com o sangue gelado nas veias e tentando adivinhar a cruel armadilha que me estavam a preparar, tratei de olhar em volta para me certificar que não havia por perto um saco gigante de pipocas doces, ou um conjunto de ténis de corrida extremamente arrumadinhos, ou, no limite, vários kits de roupa amorosa para toddlers, prontos a ser arremessados contra a minha pessoa. Quando me certifiquei que nenhuma destas horripilantes possibilidades se verificava, respondi a medo que sim, que aquela era a mundialmente conhecida Cutxi. Foi então que, para além do cavalheiro, se aproximou de nós uma fã! Sim... julgava eu que se tratava da  minha primeira fã... e a fã, sorridente, perguntou se podia tirar uma fotografia, e eu, já a sentir o sabor da fama, ali, pronta a ser agarrada, como a primeira dentada num Duchaise em dia de batota à dieta, compus o meu cabelo, relembrei qual o lado que mais me favorece nas fotografias, armei a pose e disse que sim, que claro que podia tirar uma fotografia!
Foi então que a fã se baixou e, com uma certa reverência, pegou em pequena Cutxi ao colo e fez-se fotografar... apenas com ela.
Foi portanto hoje, no dia 12 de Maio do ano da graça de 2013, que eu percebi, sem margem para dúvidas, que a criatura ultrapassou o criador...

Nova modalidade desportiva

Filho está lá fora a jogar futebol com um amigo. Filha, para participar, corre atrás deles e faz "grrrrrrrrrrrrau"
Talvez que se a tivesse soltado ontem no Dragão, as coisas pudessem ter sido diferentes...

sábado, 11 de maio de 2013

O grande jogo da bola

Por aqui também não se fala de outra coisa desde manhã. Prepararam-se as camisolas e os cachecóis, filho passou o dia a olhar para o relógio, a discutir os quatro-três-três, o plantel, as táticas, as estratégias, a antecipar resultados e as suas consequências na tabela classificativa. Pai e filho saíram agora para ir ver esse grande jogo, esse clássico do desporto que agita o país... o Sporting-Olhanense...

(Eu e filha estamos aqui a pensar pegar nos petardos e seguir para o Dragão...)

Não sei bem o que é melhor...

Se associar S. Lázaro a um talho, se a viúva à funerária...

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Não há volta a dar!

Consorte ofereceu-me flores

Pequena Cutxi não apreciou o gesto