Uma vez também fui a uma sunset party. E foi inesquecível.

Foi extremamente romântico, tudo se passou num banco de areia que existe ao largo de uma das ilhas, nas Maldivas. 

Ao final da tarde, arrumaram os hóspedes todos num barco e, uns vinte minutos depois, lá estava o staff do hotel à nossa espera no banco de areia:

Eis-nos à espera de vez para sair da embarcação, de forma ordeira e civilizada (eu sou a ordeira cidadã de saia azul) 

A questão que se coloca é: mas então, se estavam ordeiramente à espera de sair da embarcação, quem estava a tirar a fotografia? Ah! Lá está! Uma questão deveras pertinente! Pois que a fotografia foi tirada por consorte! Por consorte, Palmier? Mas então ele passou à frente de toda à gente numa enorme fossanga para sair em primeiro lugar dessa bela embarcação? Pois que não foi bem assim... e uma vez que se levantaram tantas dúvidas, vou então explicar detalhadamente a sucessão de acontecimentos. Ora, uma vez lançada a fateixa, e tendo em conta o ajuntamento de passageiros que pretendiam descer civilizadamente e de forma metódica e organizada pelas escadinhas do barco, consorte, o verdadeiro homem português com os genes dos marinheiros dos descobrimentos a correr nas veias, avaliou o mar e, fazendo as contas à profundidade das águas, resolveu saltar. Claro que não estava a contar que os genes lhe falhassem tão rotundamente e que, com um simples salto fosse naufragar logo ali de forma tão inglória. Sim... o nosso homem português fez mal as contas à profundidade e, perante o olhar estupefacto, atónito e petrificado dos restantes passageiros, CHLAAAAAP, saltou vestido para as águas do Índico, aí ficando submerso até ao pescoço. (Vá lá que, qual Camões, salvou a máquina fotográfica.)

Aqui sou eu, pessoa respeitadora das regras e com vestes secas e bem enxutas, para provar que a party foi, de facto, ao sunset

Infelizmente não há registo de consorte ao melhor estilo náufrago... é que eu estive extremamente ocupada a rir à gargalhada e de lágrimas durante toda a party...