sábado, 27 de fevereiro de 2016

Que grande confusão que vai por aí com essa coisa de ser Charlie

Ser Charlie não é comer e calar, ser Charlie é ver o cartaz do Bloco e poder dizer alto e bom som que não se gosta daquilo que se vê, que não saber ganhar é muito pior que não saber perder, que o cartaz é apenas e só a ponta do iceberg e que é revelador de um total desprezo pelo outro, aquele que pensa de forma diferente, ser Charlie é ver o João Soares na Assembleia da República a ameaçar demitir o outro do CCB, que não faço ideia se é bom se é mau, e poder dizer que aquele tipo de atitude causa em mim o sentimento de vergonha alheia, que se o homem não é competente, o demita, sim senhor, mas que o faça com o mínimo de dignidade e sem ameaças públicas, é ler as palavras da Joana Mortágua, em que diz que a abertura da ADSE a outras pessoas que não os funcionários públicos (e respectivos familiares - cônjuges e filhos até aos trinta anos - sem qualquer pagamento acrescido) "não faz sentido", porque "estaria a alargar o acesso de utentes aos hospitais privados com prejuízo claro para o SNS". Por isso "a ADSE deve manter-se como um sistema fechado a funcionários públicos e às suas famílias", e poder perguntar-se porquê? Por que não... todos nós? - por que raio se divide o país em duas castas, os funcionários públicos que, numa espécie de toque de Midas, transformam os seus familiares em funcionários públicos por osmose, e que passam a poder, através da ADSE, aceder aos hospitais privados e... os outros, os que, não podendo pagar seguros, têm bom remédio: amanhar-se com o SNS. Ser Charlie é poder dizer que isto é uma vergonha, que não se gosta e que não se concorda. Ser Charlie é isto. Comer e calar é a antítese de ser Charlie. É coisa de regime totalitário.


123 comentários:

  1. Embora eles, os funcionários públicos não tenham culpa,mas sempre foram privilegiados em tudo. Até nas horas de trabalho. Porquê? Uns são filhos da mãe e outros da p... ? E assim anda o nosso país à muitos anos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Sou enfermeira há 27 anos. Licenciada, especialista e com um mestrado. Trabalho por turnos, 40h semanais e só nas férias é que sei o que são descansar 2 dias seguidos. Desconto 3,5% do meu ordenado para a ADSE, que onde eu moro, no interior do país, não me serve para rigorosamente nada. Recebi de ordenado liquido este mês 1090€. Quem é que são os filhos da p... mesmo? É que já não se aguenta continuarmos a ouvir chamar-nos de privilegiados. Haja paciência...

      Eliminar
    2. Então não desconte... os descontos para ADSE são voluntários.

      Eliminar
    3. O serviço publico é isso mesmo serviço publico pegue na licenciatura e no mestrado e monte uma empresa de cuidados ao domicilio para idosos ou um posto médico; existirão meses em que vai ganhar menos outros mais, agora adeus à boa vida em vez de se lamentar com o valor liquido do seu salário vai passar a pensar onde vai arranjar dinheiro para pagar impostos, vencimentos, segurança social fornecedores e etc e tal e quanto ás 40 horas esqueça vai passar a perguntar-se porque é que o dia só tem 24 horas.Ainda acha que ser funcionário publico é assim tão mau? Podia comparar a um trabalhador de uma empresa privada mas esses trabalham as mesmas 40 horas e nunca têm a certeza se vão receber ou se é o ultimo mês que trabalham porque as suas capacidades já não se adequam à função que desempenham. Parece que sou do BE, não nem pense, sou é contra as pessoas que se encostam e depois se queixam que recebem pouco!

      Eliminar
    4. Pois são... Mas paga-se por ela, como um qualquer outro seguro da Multicare ou coisa parecida... Que qualquer cidadão possa pagar para ter ADSE, concordo. Mas que não se passe a ideia de que a ADSE é algo gratuito...

      Eliminar
    5. Os funcionários publicos são todos sempre uns coitadinhos e nada priveligiados mas nunca estariam dispostos a aceitar o que os funcionários privados têm e podem fazer.

      O que relata minha cara enfermeira, não é nada demais. Aliás provavelmente o seu vinculo contratual é eterno e nunca seria despedida. A maioria dos funcionários privados fazem o que relatou e até mais e ainda estão sujeitos a receber bem menos. se ficarem grávidas estão sujeitas ao despedimento e não podem fazer inúmeras coisas que quem trabalha, p.ex, em hospitais faz.

      E sabe como sei? Trabalho em função privada e estagio num hospital publico...o que mais vejo são pessoas a queixar-se mas na realidade nem têm noção da m**** que lhes sai da boca e das condições dos outros.

      Eliminar
    6. Eu não disse que era gratuito. Disse que o BE quer alargar a possibilidade dos cônjuges e filhos até aos trinta anos serem benificiários da ADSE, com base apenas no desconto de uma pessoa.

      Eliminar
    7. (ou seja: os filhos até as trinta anos e cônjuges não teriam de fazer qualquer desconto extra.)

      Eliminar
    8. Quando não se sabe do que se está a falar mais vale estar calado. A adse é obrigatória! Só deixou de ser para os que entraram na função pública depois de 2006. Esses, sim, fazem o desconto por opção.

      Eliminar
    9. Desde 2010 que a inscrição ou manutenção dos descontos para a ADSE é facultativa para todos os funcionários (novos e antigos).

      Eliminar
    10. Se não é, mais uma razão para haver um único sistema de saúde: o SNS.

      Eliminar
    11. Só vejo a malta do privado a chorar por causa das 35 horas.
      E o que fazem? Em vez de quererem também para eles e fazerem por isso, gritam para que todos os outros, dos do público tenham as 40.
      Enquanto andam uns contra os outros, os Passos desta vida gozam com o pagode.

      Eliminar
    12. Cap, vamos esperar pelos resultados da execução orçamental e depois logo se vê quantas horas vamos ter todos de trabalhar..

      Eliminar
    13. Eu cá acho que deveríamos todos trabalhar 25 h semanais (5 por dia parece-me suficiente) e com os fins de semana livres, e deveríamos receber aí... sei lá... 2500 euros/mês, pelo menos, claro!! :D

      Alguns FP que vejo por aí (não são todos claro, que enfie a carapuça quem quiser) só produzem realmente aí umas 30 horas, devem perder 1 hora por dia (se não for mais) em cafés, converseta, a ajeitar os óculos para atender o próximo! A coisa é tão ruim que quando o meu pai está a almoçar/jantar e coloca os óculos em cima da cabeça (porque eles embaciam com o vapor da comida) eu digo-lhe: "pai, deixa de ter armar em funcionário público e põe lá os óculos!", true story!!

      Eliminar
  2. Ao menos o bom padre que dependurou o seu cartaz Jesus had 2 dads and he turned out just fine na paróquia acabou por substituí-lo por um menos polémico e igualmente bem intencionado Walmart isn't the only saving place. Welcome.

    Aqui.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Xilre, por mim o cartaz do BE pode estar em todo o lado, agora, quem o pendura, não esperará certamente que os outros não tirem as suas ilações...

      Eliminar
    2. Aliás, já disse no post anterior que não sou crente, mas defendo até à morte o direito de outros o serem.

      Eliminar
    3. Eu diria que a escassez de senso comum pode atacar tanto um padre de 73 anos como uma dirigente política de 43 (assumindo que foi sancionado por Catarina Martins, já que Marisa Matias se distanciou e bem) do cartaz.)
      Daí a ser feita a escalada a que se tem assistido nos últimos dias (e que o artigo do Padre Portocarrero no Observador é um bom exemplo), mostra como a dita escassez se torna contagiosa muito depressa. Suspeito que o Papa Francisco, esse sim com um bom senso normalmente notável, provavelmente não perderia um segundo com o tema.

      Eliminar
    4. Também li o artigo e também achei disparatado. Mas acho sinceramente que o problema do cartaz não é o cartaz em si mesmo, o problema é o que está por de trás, que é mesmo o desprezo pelo outro, pelo que pensa de forma diferente. No fundo há ali, e não deixa de ser irónico, um tiquinho de Cavaco Silva nos seus tempos da segunda maioria, um bocadinho daquele "eu nunca me engano e raramente tenho dúvidas" que a mim me deixa muito desconfortável...

      Eliminar
    5. E se calhar valia a pena perdermos um bocadinho do nosso tempo a pensar sobre isto...

      Eliminar
    6. Com uma diferença, afinal: a Catarina Martins veio assumir o cartaz como um "erro". O nosso cessante presidente nunca tal faria. Alguma evolução houve, neste reino não da Dinamarca :)

      Eliminar
    7. Mas fê-lo por convicção ou por conveniência? Essa é que é a questão... :)

      Eliminar
    8. Fez algo raro neste país, onde os jogos se perdem sempre por culpa do árbitro: assumiu a responsabilidade da direcção do BE no caso. Pode ser que tudo sirva de história de proveito e exemplo não na política, mas na Liga, quem sabe? :)

      Eliminar
    9. Só se for na Liga. Na política tenho pouca esperança:)

      Eliminar
    10. Caro Xilre, quando em praticamente todos os quadrantes políticos e sociais, não vou falar do silêncio incômodo do PS (até se pode dar o caso de ser falta de informação minha e já alguém do partido do governo se tenha manifestado publicamente), sejam dentro do próprio BE, seus fundadores, sejam partidos da direita, sejam organizações de defesa dos direitos dos homossexuais, seja, evidentemente, da igreja católica, se levantaram vozes de repúdio, o reconhecimento do erro por parte de Catarina Martins (tinha lido uma notícia em que era referida Marisa Matias em vez de CAtarina Martins) não é um feito assim tão "extraordinário" por parte de quem tem aspirações governarias. Por outro lado, dar o exemplo de Cavaco Silva parece-me nivelar por baixo, o que nem em política (ou sobretudo em política) é recomendável.
      Ainda ontem comentava neste blog que quando vi o cartaz pensei atribuir-lhe a importância que dedico a provocações pslermas, nenhuma, mas depois de ver a onda de protesto que se levantou também não me ocorreu por alguma forma diminuir quem se tenha manifestado.
      É sim, o grande Papa Francisco tem uma enorme capacidade de encaixe, direi mesmo que se situa a anos de luz da que o BE mostrou.

      Eliminar
    11. Na verdade, Marisa Matias e Francisco Louçã repudiaram primeiro, e Catarina Martins, assumindo o erro e a responsabilidade, agora. Diga-se, contudo, de passagem que o cartaz é uma tradução de um criado numa paróquia da Igreja Anglicana, e depois adoptado pelo menos numa da Igreja Católica. Que não hajam dúvidas: o cartaz é de uma inépcia atroz -- seja afixado numa paróquia, seja no mural do FB ou lá o que foi, do BE.

      Eliminar
    12. o que eu gostava de saber era o que é que o meu amigo Xilre pensa daquilo da adse, porque isso do cartaz é "palha para entreter burros".

      Eliminar
    13. Precisamente flor, porque o cartaz em si não me incomoda nada, mas incomoda que as pessoas que perderam tempo (consequentemente dinheiro) a inventá-lo poderiam ter "perdido" tempo a pedir que os trabalhadores privados também só trabalhassem 35 horas, que os trolhas viessem para a reforma mais cedo, porque a profissão não é a mesma que estar numa repartição das finanças (por ex.), etc etc... O cartaz em si, é cagativo, eles perderem tempo com merdas e piadinhas (como quando estão na AR a rirem-se feitos parvos e a mandar piadolas)é que é grave, mais grave é haver quem defenda esta balbúrdia.

      Eliminar
  3. É mesmo tudo isto. Eu nem sou nada púdica, mas acho o cartaz uma provocação infantil e bacoca.

    ResponderEliminar
  4. Mais nada! As pessoas pegaram no Charlie e decidiram adaptar áquilo que bem lhes apetece. E usam isso como defesa e como desculpa para tudo o que dizem.

    ResponderEliminar
  5. Acho o cartaz francamente tolo e desnecessário mas também acho bastante desnecessária toda a indignação à volta disso. Com tanta coisa para nos indignarmos neste país e no mundo. Mas, claro que as pessoas têm todo o direito de se expressar como é evidente e muito desejável.
    E fazendo usufruto desse direito acho de uma enorme dignidade os católicos que não se sentem minimamente ofendidos com um cartaz tolo daqueles. Dão-lhe, efetivamente, a importância que tem.

    ResponderEliminar
  6. Palmier:
    -a Adse é um seguro, pelo qual pago o mesmíssimo valor que pago pela Multicare (2 dependentes), já uns aninhos.
    -nem todos os funcionários públicos usufruem deste seguro, uns porque não lhes foi dada essa oportunidade, outros porque, passando a valor de seguro privado, optaram pelo privado.
    Quanto ao resto, concordo em absoluto. :)

    ResponderEliminar
  7. Palmier, esclareça-me: a questão da osmose existe mesmo? É que, a ser verdade ( ao contrário das questões anteriores, esta passou.me ao lado), ando há 21 anos enganada. :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Não percebi bem a questão... a questão da osmose refere-se a uma proposta actual do BE...

      Eliminar
    2. Ah...Uma mera proposta, então!
      Propostas valem o que valem. Não são vinculativas.
      Quanto à questão anterior, posso garantir que a ADSE não traz prejuízo. Bem pelo contrário. O governo anterior aproveitou o excedente para cobrir buracos que não vinham da ADSE.
      Como disse, há uns anos que é paga como outro seguro.
      É inaceitável que se continue a olhar para tudo o que respeita o funcionalismo público com altivez.
      Na função pública, como em tudo o resto, há bons e maus profissionais.
      Posso garantir.lhe que preferia um horário de 45 horas a trazer,constantemente,TPC para casa.
      Votos de um excelente domingo.

      Eliminar
    3. Mas já foi assim. O meu marido (com 34 anos), filho de funcionária publica, teve aparelho dentário completamente gratuito numa altura em que só tinha acesso a ele quem era rico basicamente.

      Eu pessoalmente acho uma injustiça tremenda. Já o disse à minha sogra várias vezes.
      Quando ela passou por um tratamento mais invasivo teve a oportunidade de escolher entre ser tratada no Hospital S. João ou na CUF... ela pode escolher Só ela. A funcionária publica... a vida dos outros portugueses não vale tanto obviamente.

      Eliminar
    4. Mas eu não disse mal dos funcionários públicos... ou disse? referi-me a uma proposta do BE que acho errada. A ADSE é anterior ao SNS e nessa altura fazia sentido já que não existia proteção na saúde. A partir do momento que o país tem o SNS que serve a todos os cidadãos, por que razão coexiste um sistema paralelo fechado a funcionários públicos (que agora se propõe que seja alargado a cônjuges e filhos até aos trinta anos)? Parece-me uma pergunta legítima...

      Eliminar
    5. A proposta do BES é descabida.
      Mas, reitero, a ADSE é paga e bem paga. Não percebo o constrangimento. Se fosse há uns anos, entendê-lo-ia. Agora, não.
      (Releia tudo o que foi escrito sobre o funcionalismo público nesta caixa de comentários.)

      Eliminar
    6. Eu refiro-me apenas à proposta do BE e à injustiça na existência de dois sistemas de saúde paralelos, sendo um deles fechado à maioria dos cidadãos. Admito que haja quem tenha extrapolado.

      Eliminar
    7. Anónimo das 21:18 a questão da osmose para empregos públicos existe mesmo! E ou não vê porque não quer, ou anda "tapadinha", basta ir saber quem são os funcionários da sua câmara (por ex.) e o parentesco entre eles (alguns claro)!

      Eliminar
  8. Pois eu achei o cartaz engraçado. Seria uma piada normal dentro do círculo religioso (há tantas!!), mas que os religiosos se mostram muito ofendidos quando as piadas são ditas pelos não-religiosos. O que ue não achei mesmo nenhuma piada e isto não é mesmo ser charlie, é falar-se em "tiro", mesmo no sentido figurativo do mesmo.
    Ser-se Charlie significa, sobretudo, poder fazer-se piada com a religião, mas parece que em Portugal continua a não se poder fazê-lo. Será por causa da nossa costela de mouro?

    Filha, não te preocupes, o João Soares vai tirar aquele do CCB, mas vai pôr um que foi saneado pela tua querida coligação PSD-CDS. Como vês, é apenas uma troca de galhardetes, não vale a pena esquentares-te.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Anónima, ser Charlie é apenas e só termos todos o direito de expressar a nossa opinião como bem entendemos. É, por exemplo, o direito da Anónima tem de vir aqui deixar este comentário mal-criado.

      Eliminar
    2. Filha??!!!! Cruzes!!

      Eliminar
  9. Ser charlie n tem nada a ver, confere. Charlie seria alguém pegar numa caçadeira e limpar malta do BE (é melhor n dar ideias).
    O cartaz é parvo. Na minha opinião, claro.
    Mas sinceramente tb n compreendo o empolamento e a revolta dos católicos.
    Só me consigo lembrar, há mtos anos, um episódio do Herman em q ele recriou uma última ceia e estava tudo a tratar "Jesus" por JC. Bem, caiu o carmo e a trindade. Isto deve ter sido talvez há mais de 20 anos (credo, tou a ficar velha). E eu achava q entretanto tinhamos evoluido.
    Ok é um partido, não um humorista. Tudo bem.
    Mas eu gostava era de saber qts desses católicos ofendidos já n disseram das bocas para fora coisas como "os islamicos são todos uns radicais." "Esta gente da Síria vem é para cá violar as nossas mulheres" "o Corão manda-os matar os infiéis, são todos uns extremistas"...ou se calhar acham q as outras religiões tb n merecem respeito.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Me, conforme disse no post, o problema não é o cartaz. O cartaz é apenas a manifestação de um problema muito mais profundo...

      Eliminar
    2. Isso são outros 500. Ainda assim n compreendo toda a ofensa aos católicos. Fosga-se, passam a vida a gozar com as outras religiões, mas qd chega à católica ui. Isso é que não.
      Acho hipócrita. Muito.

      Eliminar
    3. E na senda política, já vi mais sururu por causa deste cartaz parvo do que por muitos cartazes que o PNR já teve (esses sim, extremamente ofensivos) mas lá está...esses n interessam aos católicos, q isto de amar todos de forma igual é só quando dá jeito e desde que sejam "dos nossos"...

      Eliminar
    4. E na senda política, já vi mais sururu por causa deste cartaz parvo do que por muitos cartazes que o PNR já teve (esses sim, extremamente ofensivos) mas lá está...esses n interessam aos católicos, q isto de amar todos de forma igual é só quando dá jeito e desde que sejam "dos nossos"...

      Eliminar
    5. Me, volto a repetir: o problema não é o cartaz em si, é o que lhe está subjacente (timming e agresssão gratuita) que é reveladora de uma postura na qual eu não me revejo. Quanto ao PNR, espero que nunca chegue à AR, muito menos a muleta do governo...

      Eliminar
  10. Qt a isso da ADSE, um pequeno apontamento, algo q me encanita.
    Nos últimos tempos (eu n diria só nos últimos tempos, mas n quero levantar ondas) os bancos têm sido alvo de benesses extraordinárias (sim, sim o colapso da economia, já sei), ora caso n saibam, os bancários têm um sistema de saúde próprio, o SAMS (já foi melhor sim senhora, e sei bem do q falo pq beneficiei dele 25 anos) e eu n vejo a malta surgir-se contra isso.
    Quer dizer andamos todos a levar aumentos nos impostos à conta das injecções nos (já) diversos bancos (buracos) e os meninos gozam todos de um granda sistema de saúde, com um hospital pp e tudo (e já agora, tb só têm 35 horas). Ah mas fazem descontos p o SAMS. Pois fazem. Tb os funcionários públicos para a ADSE.
    (E atenção n defendo a adse, mto menos os moldes em q já funcionou, apenas acho q as pessoas vão sp p o mm lado)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Me, a questão não é o facto dos funcionários públicos terem acesso à ADSE, é o facto da maioria dos trabalhadores portugueses não poder gozar de um sistema semelhante

      Eliminar
    2. Bem sei que estou velha, mas enquanto fui menor sem rendimentos ( dezasseis anos, ano 1984) era beneficiaria da ADSE porque a minha mãe era funcionária publica; lembro-me que ia ao dentista e a consulta eram 12.000$00 e a ADSE devolvia à minha mãe 500$00 no ordenado do mês seguinte à da consulta, ora isto e nada é quase igual.
      Assim que o meu pai morreu aos meus dezasseis anos com ele não era charlie nem funcionário publico foi-me retirado o direito ao serviço, porque apesar de menor tinha rendimentos próprios.
      Agora expliquei-me a ADSE tornou-se num serviço especial, na 8ª maravilha? É que cá em casa e enquanto a minha mãe foi viva sempre que recorríamos a um serviço de saúde particular nunca, mas nunca foi com o fito de obter benesses da ADSE porque o retorno era uma mer (perdão) porcaria. Não percebo como tal sistema pode fazer sombra aos serviços de saúde públicos? (desde 1995 que não há direito à super maravilha)

      Eliminar
    3. Palmy, disse o SAMS como um exemplo, e pq é aquele q em termos de regalias e condições se aproxima mais da ADSE (e olha q n são assim tão poucos a beneficiar daquilo).
      Acho q ultimamente (mais do q já é habitual, e contra mim falo q tb tenho a minha cota de maldizer os FP) anda tudo a cair em cima deles, qd por acaso eu acho q eles já foram mto, mas mto mais beneficiados no passado do q agora.
      A verdade é q boa parte do problema do país se deve aos valentes milhares q se injectaram na banca e curiosamente não vejo ninguém questionar as condições e regalias dos bancários.
      E já agora, eu n sei qt a vcs (aqui comentadores) mas eu tenho um seguro de saúde pago pela entidade patronal. E conheço mtas pessoas, a trabalhar no privado, q tb têm. Chama-se a isto benefícios e regalias.
      Repara, e já sei q dizer isto vai ser o ai jesus pq na cabeça dos q p aqui andam (mtos) não há bons FP. Mas há. E acham mm q se essas pessoas n tivessem algumas regalias n tinham ido p o privado?? E ficava lá quem? Os ainda mais merdosos?
      Se as condições necessitavam de ser assim tão boas...Não. mas isso, desculpem lá, mas tb é do tempo da outra senhora ou então dos altos cargos (q não correspondem à maioria dos FP)

      Eliminar
    4. Mas podem, Palmier. Um seguro privado funciona da mesma forma.
      Há 2 anos, optei pela muiticare e não pela ADSE para uma cirurgia do meu filho. Por que será? Serei eu, uma simples professora, assim tão rica que me dou ao luxo de pagar 70 e tal euros pela ADSE e outros tantos pela muiticare? Ou serei parva e, vivendo sozinha com o meu filho, autista, miúdo brilhante em termos académicos, mas a necessitar de terapias constantes, pagas a preço de ouro, deito o dinheiro pela janela?

      Eliminar
    5. Há muita gente que não pode dispensar setenta euros por mês...

      Eliminar
    6. Me, faço copa-paste do meu comentário acima: eu não disse mal dos funcionários públicos... ou disse? referi-me a uma proposta do BE que acho errada. A ADSE é anterior ao SNS e nessa altura fazia sentido já que não existia proteção na saúde. A partir do momento que o país tem o SNS que serve a todos os cidadãos, por que razão coexiste um sistema paralelo fechado a funcionários públicos (que agora se propõe que seja alargado a cônjuges e filhos até aos trinta anos)? Parece-me uma pergunta legítima...

      Eliminar
    7. Há muita gente que não pode dispensar 70€ por mês, mas a mim, mãe solteira, com filho dependente, obrigam.me a dispensar esse valor para manter a ADSE, que me diminui os gastos em 2 terapias, e a dispender o mesmo valor na Multicare para cobrir a outra terapia.
      Faço e fiz muitas contas, chegando à conclusão que manter os 2 sistemas era a única forma que tinha de ajudar o meu filho.
      É claro que o único luxo a que posso aceder é ter NET em casa ( outra regalia dos professores, obrigados a dispender este valor porque parte do seu trabalho EM CASA é feito por e.mail).
      Mas, ainda que as despesas de saúde me retirem o conforto com que cresci, sou uma privilegiada: o meu filho não padece de males maiores e consigo tratá.lo.
      Reconheço que o meu desabafo não é simpático, mas custa.me muito, na conjetura atual, ler gente íntegra e informada julgar que este sistema é uma benesse. É um bombom envenenado.

      Eliminar
    8. Palmier, permite-me que acrescente que o SNS é uma bela porcaria e que, esse sim, tem que ser revisto e reestruturado para que o acesso à saúde seja para todos igual.
      Sobre a ADSE, concordo que deve ser alargada...desde que os contribuintes a paguem como nós.

      Eliminar
    9. Anónima, seguramente que o SNS não é perfeito (longe disso) e que podia ser muito melhorado, mas é o que temos para a generalidade dos cidadãos. E muitos há que é só o que têm...

      Eliminar
    10. E agora pergunto: E aqueles que numa mesma situação não têm acesso à ADSE nem possibilidade de pagar um seguro, como farão?

      (e não estou de todo a desmerecer os seus sacrifícios, que tenho a certeza que fará de coração, que todos nós fazemos tudo pelos nossos filhos, estou apenas a apontar uma falha no princípio da igualdade com que todos os cidadãos devem ser tratados)

      Eliminar
    11. Verdade, por isso me sinto uma privilegiada. Quando me perguntam como aguento a vida que levo, respondo que olho à minha volta.
      Diga-me, Palmier, como alargar a ADSE a todos, quando muitos, ao contrário de mim, nem dinheiro têm para comer? Pedindo aos funcionários públicos que a paguem, para a facultar gratuitamente a esses? É justo?

      Eliminar
    12. Esses, Palmier, são uns pobres. Os filhos, uns desgraçados.
      Sou mãe. O meu filho é a minha fonte de preocupação maior, mas tb sou prof, diretora de turma, cidadã.
      Aflige me olhar muitos dos meus "meninos" e perceber que até para nascer é preciso ter sorte
      Aflige-me esta desigualdade que muitos de nós procuram minimizar.
      Aflige-me muito mais essa pobre gente do que aqueles que podem recorrer a um seguro privado.
      Como disse atrás, em que moldes poderia a adse ser para todos? Paga por si e por mim?
      Injustiça e desigualdade social não se combate assim.
      Talvez os recursos estejam a ser mal aproveitados há muitos anos.
      Repensar o presente e o futuro de todos não passa por um mero cartaz. Passa por muito mais.
      Concluo que estamos entregues à bicharada, independentemente do governo.

      Eliminar
    13. Anónima, o que seria justo é que o SNS conseguisse dar resposta a todos os cidadãos...

      (eu, pela minha parte, e justiça seja feita, naquilo que tive de recorrer ao SNS, tenho a dizer que fui sempre muitíssimo bem tratada)

      Eliminar
    14. Palmier. Eu n disse q falaste mal dos FP. Mas repara, qd fazes post deste há comentários, seguramente lidos por ti. Mtas das minhas reacções a estes post mais polémicos deve-de mais aos comentários que leio do q ao post em si (embora nem sp).
      E tens de admitir q ultimamente anda ai um ataque aos FP (desde a conversa das 35h q é obra)

      Eliminar
    15. Também eu...também eu, antes do meu filho nascer.

      Eliminar
    16. (O uso que faço do SNS não é para mim, é exactamente para um dos meus filhos)

      Eliminar
    17. Me, acho que muitas vezes o ataque não é aos FP, ao serviço que prestam, à qualidade do seu trabalho, é, neste momento, a um favorecimento óbvio por parte do Governo, por comparação aos restantes trabalhadores do sector privado.

      Eliminar
    18. maria do rosário o meu marido, filho de funcionária publica teve acesso a inúmeros médicos, consultas, aparelho dentário, operações, etc tudo praticamente gratuito porque a mãe era beneficiária para a ADSE. Por isso não sei de que coisas irrisórias fala mas não é de certeza referente aos acessos e aos direitos que eles tinha,-

      Eu acho injusto é alargar-se a ADSE para todos os familiares sem que estes descontem para tal mas inibir-se o acesso aos restantes portugueses como se se tratassem de pessoas menos ...pessoas.
      Se a minha sogra pode escolher entre um tratamento na CUF e outro no HSJ ambos gratuitos para ela, porque não pode a senhora que nunca foi funcionária publica fazer o mesmo? É menos pessoa? Vale menos?

      E se ainda falassemos de garantir até aos 18 anos eu até percebia...mas aos 30 anos? Mas anda tudo maluco?! Quem paga isso são os impostos de todos, não são só os descontos dos funcionários publicos... pagam todos por algo que só alguns vão ter acesso. É injusto. Ou se dá a todos os portugueses as mesmas hipóteses ou, havendo um SNS, sendo nacional... ora, que se anule a ADSE para todos e quem quiser um sistema de saúde privado que o pague, em cheio.

      Eliminar
    19. Palmier, dê graças: o seu filho ou a sua filha não é portador/a de espectro de autismo. É arrepiante o tempo de espera para ter acesso aos cuidados e nem sempre são os melhores.
      A adse também não tem os melhores. Muitas vezes nem as seguradoras.
      Este país é uma vergonha, no q toca a saúde e a educação.
      Como não posso investir em ambos, invisto no primeiro. Nem calcula a quantidade de consultas pagas por mim na íntegra.
      A restante população, como disse atrás, está ainda pior...ou não.

      Eliminar
    20. Anónima, não tenho a menor dúvida que há muitas falhas no SNS. Só me estava a referir à minha experiência pessoal para elogiar o serviço que nos prestaram, mas sei bem que, infelizmente, há casos - e àreas da saúde- em que as coisas não correm como era suposto.

      Eliminar
    21. Oh anónimo, não se enerve se a ADSE é essa maravilha então já entendo e até concordo com o que diz. É que já não há FP (o que eu gosto desta abreviatura...) há muitos anos cá em casa, olhe somos uns pobres diabos com seguro de saúde que pagamos todos os meses e quando é preciso lá vamos ao SNS.

      Eliminar
    22. Pobres seriam se não pudessem pagar o seguro e/ou a adse, como acontece a milhares de portugueses.

      Eliminar
    23. Ó Maria do rosário, eu também pago a ADSE. Quer saber quanto por mês?
      O Passos é que era bom porque aumentou a contribuição para a ADSE e os privados bateram palmas.

      Eliminar
    24. Então... se é caro e não compensa, mais valia acabar de vez com a ADSE e integrar os FP no SNS, como os restantes cidadãos, não?

      Eliminar
    25. CAP CRÉUS é claro que não! Isso de Passos e Portas também não interessa nada! Agora interessa é saber que cada vez que atesto o carro isso custa muito mais, já sei que ande de transportes, mas isso não é coerente ora analisado o nº de bactérias e vírus que existem nos transportes públicos é sabido que os custos do SNS, ADSE e não sei que mais vão subir! O ministro Centeno só não aumenta impostos porque fez as contas, aumentam as infecções mas em contra partida os custos com patologias ligadas aos consumos de álcool e tabaco diminuem.
      Isto sou eu a brincar, faz-me rugas daquelas que nem os cremes da cor de rosa tiram, sentir ódios viscerais por políticos ou por quem quer que seja. (e não me venha dizer que ande a pé ou vá de bicicleta km a fio, que isso na minha idade já é considerado um desporto radical)

      Eliminar
    26. Palmier não vê que isso de não compensa é mais uma daquelas coisas que lhes saem da boca para fora mas que nunca aceitariam não o ter? Porque sabem perfeitamente que têm acesso a melhores condições e por um preço que nunca teriam se pagassem um seguro de saúde do próprio bolso.

      Eliminar
    27. Este pessoal sabe que o SNS é dos melhores serviços de saúde do mundo? Não funciona na perfeição, certo, mas a grande maioria dos países (mesmo os mais ricos da Europa) têm piores condições (ou não as têm) nos serviços de saúde públicos do seu país. O pessoal fala e não sabe do que fala, enfim. Lógico que no interior do país estarão piores, em consultas de especialidade a espera deve ser longa, mas o dinheiro gasto na ADSE (muito dele mal gasto,mas adiante) distribuído pelo SNS estaríamos todos melhores.

      Eliminar
  11. Em vista de tudo o que já li concluo que ser Charlie é concordar com a esquerda.
    Pensei que soubesses que as pessoas de direita são más. E ricas. E se forem católicas então... ui,ui, vão parar ao inferno. Ah! Espera lá. O inferno não existe, melhor calar-me que é para ser Charlie.
    (Falta de paciência, caramba...)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Este novo Charlie dá muito jeito. Aparentemente é a forma de calar aqueles que pensam de forma diferente...

      Eliminar
  12. Ser Charlie é muito subjectivo. Ser ou não ser, eis a questão, e quando dá jeito ser Charlie, até se pode ser Charlie Brown, desde que se seja Charlie.
    Eu sou Palmier. Apoio incondicionalmente este texto, até porque o António Lamas não é nenhum estúpido, pode é ser um sonhador megalómano, mas o João Soares, que tem N + 3 telhados de vidro, devia deixar de parte os ódios de estimação e não se armar em Torquemada porque isto não é um auto de fé.

    ResponderEliminar
  13. O que seria justo é o SNS dar resposta a todos os cidadãos a ADSE atualmente funciona como um seguro de saúde um pouco mais acessivel (os desconto mensal é atualmente elevado), mas também como muito menos vantagens em relação a um bom seguro de saúde e não se estande a toda a toda a família mas apenas aos filhos.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é evidente que sim, que não faz qualquer sentido que os dois sistemas coexistam e que o SNS deveria dar resposta a toda a população. Relativamente à última parte, em que diz que só se estende aos filhos, é o regime que está actualmente em vigor, mas a proposta do BE vai no sentido de alargar aos cônjuges e filhos até aos trinta anos (sem qualquer custo acrescido para estes).

      Eliminar
    2. Não é não.
      Se os cônjuges quiserem, terão de pagar os 3,5%.
      Os filhos até aos 30 anos só entram se não auferiram rendimentos e se estiverem em casa dos Pais.

      Eliminar
    3. Cap, essa é a proposta do PS. A do BE é sem descontos.

      http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/bloco_quer_conjuges_na_adse_mas_sem_terem_de_descontar_35_do_salario.html

      Eliminar
    4. *auferirem

      Isso não concordo. Se querem entrar, devem pagar. Não me incomoda nada.

      Eliminar
    5. Cap, e os outros, os que não têm o golpe de sorte de ser filhos de FP? Por que razão não poderiam entrar se quisessem descontar? Então e o tal Princípio da Igualdade?

      Eliminar
    6. Por acaso aí a minha questão seria outra. Os 3,5% são auto - sustentáveis?
      Em sendo, é uma coisa. Em havendo necessidade de injecção por parte do estado é outra.

      Eliminar
    7. Me, mesmo que sejam, a questão mantém-se: Por que razão só é acessível aos FP e famílias. Porque não a qualquer um?

      (uma pergunta retórica, já que o que me faz sentido é que os serviços de saúde sejam prestados em condições de igualdade apenas e só pelo SNS)

      Eliminar
    8. Oh palmy,se fossem auto - sustentáveis essa questão tanto se coloca aos serviços deles como a outros 500.
      Acho q aí a questão tem exactamente a ver com quem n pode pagar.
      Pq isso implicaria q deixarias aceder a todos os que pudessem pagar a contribuição, e quem n pudesse, não tinha?
      Concordo ctg qd dizes q o SNS é q deveria funcionar em condições. E atenção, eu pessoalmente até nem posso falar mal. As experiências que tive, todas com o meu puto (com uma operação e tudo), foram todas 5 estrelas. Mais conforto menos conforto mas o q interessava, aspecto médico, n tenho queixas.

      Eliminar
  14. Por mim era simples. Quem quisesse ter ADSE pagava. Se a ADSE é alargada aos filhos até aos 30 e aos cônjuges, eles teriam que pagar para puderem ser beneficiados. Simples assim.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. A adse já é paga. Ponto.
      Quem quisesse estender a mesma a familiares, pagava por eles também. Ponto.

      Eliminar
    2. Quem quisesse = qualquer pessoa neste cantinho à beira-mar, capice?

      Eliminar
    3. E qual seria a diferença disso para um seguro de saúde?

      Eliminar
    4. Compreendi perfeitamente. Não me parece ter sido o seu caso.

      Eliminar
    5. Anónimo das 18:09, esse comentário era p mim? Não percebi, honestamente.
      A minha questão é se acham q deve ser extensível a todos (qq pessoa neste cantinho à beira mar) mas mediante pagamento, em q é q isso difere dos seguros de saúde q já existem?

      Eliminar
    6. Me, os seguros têm um valor fixo, não dependem do rendimento que cada um aufere...

      Eliminar
    7. Era para o anónimo das 12:06, Me, que me tratou com a mesma comcondescendência com que se trata um rato de esgoto.
      E agora saio da conversa.
      Palmier, beijo.

      Eliminar
    8. Sim palmy isso é verdade, mas ainda assim para uma pessoa q ganhe 530 euros seriam €18,35, não acredito q todos pudessem custear isso...
      Mas pronto, vamos todos concordar que o melhor seria o SNS funcionar em condições.
      Anónimo peço desculpa, realmente n estava a compreender p quem era o comentário ;) Obrigado.

      Eliminar
  15. A ADSE paga-se como os descontos do FP? Perfeito.
    A ADSE precisa ser financiada pelos que não têm acesso a ela? Nem pensar.
    O estado permite que uns cidadãos tenham acesso a cuidados de saúde e veda-os a outros ? Perverso. Principalmente se vindo de um governo de esquerda. Eu não defendo que se retire o que é justo aos FP. Injusto é ter uma lista de espera de 2 anos para uma cirurgia ou de 2 meses, dependendo se é FP ou privado, ou se tem dinheiro suficiente na conta para pagar no acto.
    Este governo é de esquerda? Só para os trabalhadores do estado.

    ResponderEliminar
  16. Lendo certas pessoas, só me dá vontade de os mandar catar pulgas. É impressionante como os funcionários públicos têm a distinta lata de virem dizer que não são privilegiados.
    Pois não! Sou eu!
    Atenção o meu pai era funcionário público. Mas seja como for, sei bem as regalias que tinha e tem.
    Fez cirurgias em hospitais privados e pagava à volta de 30% do valor total, coloca próteses dentárias a mesma treta, precisa de óculos, ora faça favor, afinal de contas… não paga nem metade do valor.
    Mas sabem, olhando para alguns "desgraçados" que vêm chorar porque só ganham mensalmente €1000,00 e tal euros, eu acho que só vou ali ao rio Tâmega mandar-me abaixo da ponte.
    Eu, funcionária do privado, devo dizer-lhe que trabalho 9 horas diárias e o sábado de manha (e olhando à minha volta, acontece com a maioria) e adivinhem lá quanto ganho? Pois é, uns míseros €575.00 e imaginem só, que apesar desta enorme quantia, vou ao SNS e tenho de pagar consultas, porque afinal de contas, sou uma pessoa muito bem remunerada. Ah... já me esquecia, quando os meus filhos estão doentes, não tenho o privilégio de os levar a qualquer um pediatra que apenas me cobra €4.00 por consulta por ser beneficiária da ADSE, pois é, pago entre €50.00 a €60.00.
    Num agregado de 4 pessoas, vamos supor que, mensalmente, há uma consulta de dentista, uma de pediatra e uma outra de qualquer especialidade (coisa que não é nada difícil), nesta situação, mensalmente teria que desembolsar à volta de €140.00. Um funcionário público desembolsaria, imaginem só… cerca de €15.00. Realmente têm razão de queixa.
    E agora assim de repente, um pouco ao lado do tema, mas, lembrando-me de algum comentário, deixem-me dizer-lhes que grande parte das pessoas que trabalham em hospitais, têm em casa uma farmácia cheia de toda uma série de artigos e medicação, que são retirados de forma despreocupada dos próprios hospitais e centros de saúde… mais um dinheiro que metem ao bolso, já eu, lá terei que os ir comprar.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Nem mais.

      MAs vem já aí algum FP dizer que não deve querer que ele seja igual a si, mas que você seja igual a ele... a música do costume!

      Eliminar
    2. É sempre giro atirar assim umas acusações ao ar sem se ter noção nenhuma da realidade!

      Eliminar
  17. My humble opinion:
    - O cartaz do BE e' estupido. ponto. E eu nem sou pudica, nem catolica.
    - Como filha de funcionarios publicos (que passaram grande parte da vida a trabalhar no setor privado), tenho direito a ADSE. E' optimo para mim, que tenho rinite alergica severa e ando sempre mal. Mas honestamente, em termos de oftalmologia e medicina dentaria, e' um coco', para nao lhe chamar outra coisa.
    - A solucao nao e' ADSE para todos, mas sim REESTRUTURAR o SNS. De bom grado o meu pai terminaria com os descontos para a ADSE e ia para o SNS.
    - Os meus pais nao tem problemas em trabalhar 40h. O problema e' trabalharem 40h ao preco de 35h para os quais foram contratados e ganharem 750€ mensais. Essa e' a parte que ninguem se lembra.
    - A minha mae desistiu da ADSE ha uns anos porque ja nao compensava. So o meu pai continuou por causa de mim e do meu irmao.
    Sei que nao falaste mal dos funcionarios publicos. O problema e' que ha gente a comentar com base em preconceitos estabelecidos que lhes toldam o raciocinio. Ha gente boa na funcao publica. Os meus pais sao o maior exemplo de trabalho arduo e integridade que tenho. Ser funcionario publico pode ter sido muito bom, ou ainda pode ser, mas tens de ser um trabalhador da alta roda.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ana,
      Quanto ao SNS/ADSE estamos então de acordo, quanto às 35/40 horas, não deve esquecer que os FP reajustaram os seus vencimentos mas não foram - nem podem ser - despedidos. Muitos dos trabalhadores do privado não só viram os seus ordenados reduzidos como, no final, acabaram sem trabalho...

      (e só para que conste, os meus pais também foram FP - o meu pai foi médico no SNS e a minha mãe trabalhou numa dessas empresas que agora são privadas mas que já foram públicas)

      Eliminar
    2. Tenho uma duvida,algum FP me esclareça , por favor: Cada consulta de ortopedia custa-me 80euros no privado , 7 e tal no publico,neste caso com mais de um ano de espera...na ADSE, que não vale nada, como é? Claro que há otimos FP, disso não duvido, mas vamos supor que tenho um filho no 7º ano...até hoje as duas ou três aulas de geografia que teve foram passadas na brincadeira porque a srª estava entretida no facebook e apesar da situação ter sido presenciada pelo diretor da escola, nada foi feito porque a srª tem todos os direitos e mais alguns, ao contrario dos alunos. Vale ou não a pena ser FP?

      Eliminar
    3. Isso não é ser FP. É ser péssimo professor.
      (palavra de professora)

      Eliminar
    4. Pois claro,mas no privado concerteza seria despedida.

      Eliminar
    5. Luz
      Mude o seu filho para o privado. Os professores são muito mais competentes, os auxiliares e todo o pessoal técnico são excepcionais, os colegas são muito melhores, todas as infra-estruturas são de qualidade superior. Enfim, não há comparação possível.
      Faça um esforço (ou não) e mude o seu filho para um colégio. Vai ver que não se vai arrepender, de certeza que irá encontrar muito mais competência, profissionalismo, saber, conhecimento, etc, etc, etc.
      E já agora não vá ao SNS vá sempre a au hospital privado. Toda a gente sabe que os médicos, enfermeiros, técnicos de saúde, auxiliares, and so on, do público são péssimos funcionários. Incompetentes, burros, parasitas, etc, etc.

      Eliminar
    6. Sorri.
      É que eu lecionei 5 anos no privado, em regime de acumulação, há uns anitos largos (Veja, Palmier, isso sim, chocava! Contra mim falo!).
      Depois de muita pressão, numa altura em que poderia dar-me ao luxo de optar, escolhi o ensino público.
      O mais curioso é que também o meu marido, pediatra neonatologista, abandonou o privado.
      No hospital público é senhor do seu nariz...e nunca falta nem chega atrasado. Um orgulho este meu funcionário público (também o sou para si) :)

      Eliminar
    7. E agora que li os comentários, nunca, em momento algum, o meu marido trouxe para casa medicação e afins sem que os pagasse.
      Há gente com princípios. E há quem os não possua.

      Eliminar
    8. P.S: pressão para inflacionar os resultados, note-se!

      Eliminar
    9. Anónima, presumo que essa pressão exista em alguns colégios. Tenho a certeza que não é em todos...

      Eliminar
    10. Não é, de facto. Mas, acredite, que existe em muitos.
      Pior: a questão do ranking torna tudo mais descabido perante alguém que já lecionou nos 2 sítios e conhece a realidade de uma percentagem enorme de colégios do Porto.
      Naqueles em que não há pressão ou onde esta é menor, a direção dá-se ao luxo de escolher os meninos pelos resultados (que trazem do público!).
      Assim, é fácil ter bons alunos.
      Faz-me lembrar os tempos em que dei anos a fio explicações a alunos brilhantes, que só precisavam de passar de 18 para 20. E conseguiam-no. Mérito meu? De todo! Não conseguiria esta proeza com alunos medianos. :)
      Enfim. Isto tudo para dizer que se dizem uma data de disparates e outras tantas verdades.

      Eliminar
    11. Palmier, os únicos FP que reajustaram os seus vencimentos foram os médicos, todos os outros ficaram na mesma. Na mesma não, com bastante menos, pois os impostos aumentaram imenso e nos que faziam turnos as horas passaram a ser pagas a metade do valor anterior.

      Eliminar
  18. A ADSE (e outras regalias) fazia todo o sentido antes do 25 de abril, que os FP ganhavam menos que no privado, precisavam dum incentivo para irem para lá, a partir do momento em que passaram a ganhar tanto, ou mais, não faz qualquer sentido terem regalias. A regalia já é essa terem um emprego garantido, com salário garantido. Tenho dito!

    ResponderEliminar