Fogo pah que já não posso ouvir falar do caraças do espião Silva Carvalho (úuuuuuuuu que medo) que tinha uma tesoura (tchak, tchak, tchak) e com ela recortava revistas e jornais, que juntava num clip e mandava para os amigos. Sim!!! O senhor fazia clipping!!! Ouviram!!! Fazia caraças de clipping!!! Ia para os cabeleireiros das senhoras e arrancava páginas da Caras, da VIP e até da Holla!!! e depois, lá esta, recortava aquilo tudo, punha no scanner e mandava ao Ministro Relvas (que se deleitava com imagens de Lili Caneças e de Cinha Jardim e até do Juan Carlos, com as presas de elefante - diz-se por aí que Relvas que adorou esse clipping).
É que isto é coisa extremamente perigosa, hã!!! Desde sempre que vemos filmes do 007, em que o James Bond anda armado com uns clips!!! Sim!!! Clips!!! Essa arma extremamente letal. Era ver o Q a produzir clips de todas as formas, cores e feitios que, depois, o James Bond utilizava contra os inimigos. Furava-lhes os olhos com clips cor-de-rosa e verdes e, a seguir, embrulhava-os em recortes de jornais e revistas... Todos nos lembramos de filmes como 007, os Recortes são Eternos ou 007, o Homem com a Tesoura de Ouro e, ainda, 007, ao Serviço de Miguel Relvas. São clássicos que habitam o nosso imaginário!
A sério, jornalistas, investiguem e façam reportagens como deve ser. Por favor, parem de nos dizer que o homem recebia e reenviava e-mails com recortes de jornais e revistas. Se oiço isto mais uma vez, vomito (tenho a certeza que, depois de proferir esta frase, vou passar os próximos dias a bolsar, na retrete...). É que, vamos lá a ver... não somos assim... tão, tão atrasadinhos... Ok?
Tens toda a razão. Mas olha que há anos que não há jornalismo de investigação por cá
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