Cenário: Malas arrumadas, filhos e Cutxi sentados no banco de trás, pai a acabar de colocar as malas dentro do seu próprio carro. Nisto aparece Maman e dá-se início ao seguinte diálogo:
Maman para Palmier: Ajuda o teu pai a fazer a manobra.
(manobra feita em marcha-atrás, numa rampa bastante inclinada, a terminar em curva)
Palmier para Pai: Se quiseres, eu tiro-te o carro...
Pai ligeiramente ofendido, agarrando-se imediatamente à sua viatura:
- Nem pensar, não é preciso!
Maman para Pai: Olha que a Palmier faz esta manobra muito bem.
Palmier confirma a afirmação e dá conselhos automobilísticos:
- Olhas sempre pelo retrovisor e orientas-te pelo lado direito do portão. Não olhes para o lado esquerdo.
Antes que Maman insistisse na minha proposta, pai, sem querer sequer imaginar o seu carro a ser conduzido por outrem, salta para o banco da frente, vrrrrum, vrrrrrum, e vai por ali acima em marcha-atrás. Eu entro para o meu, vrrrrum, vrrrrrum, e vou logo a seguir. Maman volta para trás para fechar a casa.
Chegada ao cimo da rampa, olho pelo retrovisor e vejo o carro do meu pai parado logo após o portão, mas sem me dar espaço a mim para terminar a manobra. Depois de esperar um minuto sem que o carro dali saísse e com pouca visibilidade tendo em conta a inclinação, resolvo apitar, não fosse o meu pai não ter reparado que ali estava eu, qual pintarolas num semáforo, vrrrrrum, vrrrrrum, já com o carro a cheirar a borracha queimada, a fazer ponto de embraiagem. Maman, ovindo o apito, acorreu de imediato, pensando que eu me teria esquecido de alguma coisa. Nisto, vejo a cara de Maman, de queixo caído, a olhar lá para trás; olho imediatamente pelo retrovisor e vislumbro o meu progenitor, certamente por ter seguido à risca as minhas instruções e não ter olhado nem uma única vez para o lado esquerdo, a sair do carro, emergindo da valeta cheia de silvas aos tropeções, com os sapatos e as calças cheias de lama até aos joelhos. Foi nesse momento que percebi porque raio o meu pai não chegava o carro um bocadinho mais para trás...
Posso portanto afirmar, que ontem, dia 14 de Julho do ano da graça de 2013, me caiu um parente na lama...
Isso é que é azar!
ResponderEliminarDesculpa. Mas ainda me estou a rir!
ResponderEliminarah ah ah ah ah ah ah :p
Hoje também me dá vontade de rir... :DDDD
Eliminare a roda no ar??
ResponderEliminarmuito bom
E em cheio!
ResponderEliminarE por onde andou Miss Lulu, hein?!
EliminarAposto que fez a manobra de gás. É assim mesmo.
ResponderEliminarLembram-se daquela carta em que o filho escrevia ao pai a pedir dinheiro e que lida em tom diferente tinha um significado igualmente diferente?
ResponderEliminarPalmier em tom displicente e de ligeira superioridade : - Se quiseres tiro o carro....
Palmier em tom enfadado e menos ligeiramente superior : - Oh pai... É só guiares-te pelo retrovisor da direita e não olhares para a esquerda....
Não é verdade! Eu disse que tirava o carro, mas disse a medo! É que eu nunca guiei este carro e estava com um certo receio de pisar com um bocadinho mais de força no acelerador e sair disparada como um foguete!... e de levar tudo atrás, muro, portão, valeta... :DDDD
EliminarMuito elucidativo, a sua condução, sim senhor.
EliminarEntão numa rampa bastante inclinada a terminar em curva, e saindo em marcha-atrás, precisa de utilizar o acelerador para quê?
Devia era preocupar-se com o travão e não com a probabilidade de acelerar de mais. Daí ter dado erradas instruções ao pai e ser, por conseguinte, a causadora do sinistro.
A saída faz-se a subir em marcha-atrás! Daí a questão do acelerador! :DDDD
EliminarSó muda precisar de utilizar o acelerador porque de resto continua a ser responsável. Se manda o pai olhar só para o retrovisor da direita e só tomar atenção a esse lado, logicamente a parte esquerda vai para onde o destino a encaminha, ou não é?
EliminarNão sei se já reparaste que ao fundo há um mirone a observar o sucedido....
ResponderEliminarJá, já! :D Apareceu logo! Vindo do nada!
EliminarMirone? Juro que não era eu!
EliminarHá sempre um orçamentista por perto :)
ResponderEliminarÂngela
Ó Palmier. Ainda sobre condução e conselhos das filhas aos pais de como (não) devem efectuar as manobras; se um dia calhar passar por aqui; e não diga que Deus a livre que hoje está aqui e amanhã sabe Deus onde; se passar por aqui, dizia, é melhor ficar muito caladinha e não dar aulas nenhumas ao pai porque senão não se limita a enfiar o pai na valeta e sim a precipitá-lo por 1700 metros a pique sobre rochas.
ResponderEliminarTem aí muito trabalhinho meu, por isso faça fé no que digo.
http://www.youtube.com/watch?v=aPiGkBvekB0
Ahahahahahahahahah
ResponderEliminarPobre pai!
Então é assim que caem os parentes na lama?
Ahahahahahahahahahaha
Pensa lá... Antes ele que tu! Nem consigo imaginar o que seria enfiar o carro do meu pai na valeta...Já se for ele... olha são coisas que acontecem aos melhores!
ResponderEliminarHa ha. Que seja assim que caiam, nao era mau. E é sempre com algum estilo
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