quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Desabafo

Quando sei por mim, já tinha carregado no send... e lá foi este e-mail para o gabinete de um presidente de uma cena pública, que podia fazer mais e melhor. Que podia por as coisas a andar e... não põe...
A seguir, fiquei um bocado na dúvida. Mas, uma vez que as coisas não andam, ao menos disse o que tinha a dizer...

Caro XXXXX,

Antes de mais, agradeço a sua atenção e diligências efectuadas.
Conforme tínhamos falado, e tal como confirmado com a XXX, estamos efectivamente a tratar da questão da legitimidade de algumas áreas no XXXX  (aparentemente, no passado não era “costume” registar a XXX dos XXX ou, pelo menos, parte deles).
Acontece que só se chegou à conclusão que era esse o “problema” há relativamente pouco tempo. Acontece, também, que estas correcções/correspondências/regularizações são processos morosos que não se compadecem com o estado da nossa economia/país.
Peço, desde já desculpa pelo desabafo, mas a verdade é que temos o espaço (pronto para acolher uma excelente XXXXX HÁ 2 ANOS e que implicou já um investimento de mais de XXX de euros), temos clientes, temos o capital para o investimento, podemos criar mais postos de trabalho, podemos facturar mais e, como tal, pagar mais impostos, e temos uma XXX a dizer-nos para irmos tratar da papelada que, depois, logo se vê…
Facturamos, no ano de 2011, mais de XXX de euros a produzir e vender XXX, temos 154 funcionários, temos os pagamentos ao Estado todos em dia. Se pudéssemos contar com mais espaço, faríamos mais e melhor. Numa cidade que precisa de mais e melhor. Num país que precisa de mais e melhor.
Há que concordar que é kafkiano ouvir os nossos governantes a falar do “tecido empresarial”, das “pequenas e médias empresas”, a “apelar ao investimento privado” e depois ver a administração pública andar assim, a modos que… em câmera lenta.

Com estas premissas em jogo, pergunto:

Qual é o estrangeiro que quer investir em Portugal? Qual é o português que cá quer ficar?

Enfim, acho mesmo que o Estado e a Administração Pública deviam olhar para si próprios e adequar o discurso à prática. Porque não basta parecer gostar das pequenas e médias empresas…. É mesmo preciso estimá-las, adorá-las, amá-las loucamente… Caso contrário, o país vai mesmo ao fundo (já estivemos mais longe…)

(Peço misericórdia… a fúria tomou conta de mim….)

De qualquer forma obrigada pela atenção. Votos de um excelente 2012.

Nós, por cá continuaremos… A tratar dos nossos papelinhos.

Obrigada e até breve,

XXX

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