terça-feira, 27 de novembro de 2018

E no outro canto da bancada está a pessoa sozinha com a sua própria filha e uma simples mochila


E então lá fui a mais uma daquelas situações da minha filha andar de patins em concurso com outras meninas e, caramba, apesar de já não ser a primeira vez, não deixo de ficar boquiaberta com o ambiente, que aquelas coisa dos fatos sexy e cheios de brilhos dá pano para mangas às imaginações fervilhantes das mães, mas já nem entro por aí que, afinal, isso dos brilhos ainda acaba por ser o menos, o pior é mesmo a entourage de cada menina, os porta-fatos a serem transportados ao alto, como se contivessem o sudário de Nosso Senhor Jesus Cristo, dá licença, dá licença, dá licença, abram alas, abram alas, e lá vai o porta-fatos fuchsia com rebordo dourado a passar, seguido dos malões de rodas (para levar o que devia ser um maillot de prova) cheios de sabe-se lá o quê, os batons bermêlhos por todo o lado, os olhos esfumados com sombra preta, os apanhados próprios para noivas, os collants de renda, as transparências, as meninas com tshirts com o nome bordado a strass nas costas (Mariana, Kátia, Larissa…) e depois, bem… depois… até eu, que lá estava, tive dificuldade em acreditar …  as famílias!, famílias inteiras com tshirts iguais, mas nas costas acrescentam ao nome da menina : “Mãe da Mariana”, “Tia da Mariana”, “Avó da Mariana”, “Madrinha da Mariana”, todo um staff a reluzir por ali fora, a pentear, a maquilhar, a passar os fatos a vapor, a dar um pontinho nas mangas, a bater palmas frenéticas, a entoar cânticos…



quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Uma pessoa quer estar à vontade para escolher o seu próprio "abat-jour selva" sem ser alvo de olhares recriminatórios

Mas, depois, é confrontada com lojas de tecidos e fábricas de tapetes que escorraçam a pobre pessoa porque só vendem a profissionais.


Mas será que agora é mesmo obrigatório ter uma decoradora?


segunda-feira, 19 de novembro de 2018

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Palmier arranca a época de sugestões de presente de Natal - que comece a estação das festas!

Aparafusadora eléctrica.


a-pa-ra-fu-sa-do-ra e-léc-tri-ca!


Toda a gente devia ter a sua própria aparafusadora eléctrica.

Uma como deve ser. Não é preciso de ser uma mega, mas tem de ser uma bastante razoável, uma que aparafuse e desaparafuse. E uma caixinha de ponteiras de diferentes tamanhos e formatos, phillips, sextavada e em estrela. Pensem bem nisto que vos digo, no sucesso que vão fazer quando levarem a vossa aparafusadora para os jantares de amigos, almoços de família e festas de empresa para quando for preciso substituir a perna de uma mesa, arranjar a torneira da cozinha ou montar aquele bloco de gavetas do chefe! Não percam tempo, daqui até ao Natal é um pulinho e, claro, precisamos todos da aparafusadora mais cool do momento. A vossa nova aparafusadora será tudo o que precisam para brilhar neste Natal! 

Desde que tenho a minha aparafusadora eléctrica, sou uma nova criatura, até já sou conhecida como o James Bond da bricolage! 

(julgo que depois deste incrível testemunho de uma especialista no assunto, sei que, também vocês, irão aderir ao novo must-have deste Outono/Inverno. Vão rápido antes que esgote!)


terça-feira, 6 de novembro de 2018

Ainda estou vivinha

Foi então que no Domingo, ainda submersa em caixotes, percebi que tinha de ir em SOS comprar um colchão, para nos ser entregue, no máximo dos máximos, até esta sexta-feira, e naquele SOS só me sobrava o Colombo, local que evito a todo o custo uma vez que, dada a sua dimensão, quando atinjo o meu limite de tempo para Centro Comercial, um limite que pode aparecer a qualquer momento e sem aviso prévio, o momento em que a pessoa diz "não aguento estar aqui nem mais um segundo", ainda demoro um século a chegar até ao carro. Mas bem, uma vez que não havia alternativa, fiz uma meditação e convenci-me a mim própria que tinha de ser. Comuniquei então à minha família que não nos restava outra hipótese se não a de ir ao Colombo. E bom, já que temos mesmo de ir, o melhor é irmos já da parte da manhã, que sempre tem menos gente, compramos o colchão, comemos qualquer coisa rápida e voltamos para casa para continuar a desencaixotar.

E então a minha filha ficou ali paradona, a olhar para mim, até que se decidiu a acrescentar:

- Mas oh mãe... não é melhor irmos almoçar primeiro e comprar o colchão depois?
- Errrr... ainda é um bocado cedo para almoçar... mas porquê?
- Então, é que aquilo é uma grande confusão para depois andarmos ali no meio das pessoas com um colchão atrás...


(ainda me estou a rir a imaginar-nos a arrastar um colchão de cama de casal pelo Colombo, a subir a escada rolante, a levá-lo a almoçar, olhe, por favor, dê aí um jeitinho para o nosso colchão passar, obrigada, obrigada, nós e o nosso amigo colchão, sempre juntinhos para todo o lado)