E já agora aproveito para vos perguntar se sou eu que estou maluca ou se vocês, quando lêem, também ouvem "a voz do escritor". Não sei bem explicar isto, mas a verdade é que há uma cadência na escrita que forma uma voz / um ambiente na minha (nossa?) cabeça, e isso é mais perceptível nuns escritores do que noutros. Diria que o Javier Marías é o que tem a voz mais constante e consistente; mal começo a ler um livro dele, pumba, aquela "voz" entra logo de rompante na primeira página...
Também me acontece a leitura não ser silenciosa, somente visual num movimento de olhos que vão devorando as palavras. Para mim há dois tipos de livros - os cinematográficos e os radiofónicos. Nos primeiros o enredo vira filme, as personagens ganham corpo, e este vai rodando na cabeça, e há outros em que surge a tal voz do narrador, e tenho cá para mim que a desse Javier teria uma cerrada pronúncia latina.
ResponderEliminarNunca tinha pensado sobre isto e tu já tens a resposta! tens toda a razão, é mesmo isso! :D
Eliminar:D
EliminarEntão fica aqui uma historieta engraçada: imagina ler um qualquer livro do Rodrigues dos Santos e ter que gramar com um narrador com voz de pivot de telejornal!!!
Mamma mia! Vade Retro! :DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
Eliminarsim, sempre uma voz que não a minha :)
ResponderEliminarAleluia! Sim, é sempre uma voz que não é a nossa :D Óptimo, então não estou maluca! Ou então estamos as duas/dois! :DDDDDDDDDDDDDDDDDD
Eliminaras duas :) e tal como a ana chagas diz, ou cinematográficos ou radiofónicos
Eliminar:))))
EliminarEu também oiço uma voz, mas parece-me sempre que é a minha própria voz... no entanto a cadência é o escritor que a impõe. A "minha" cadência preferida é a de Saramago, sinto-me embalada como nas ondas do mar, é uma espécie de tontura muito boa.
ResponderEliminarHá dias estive com esse livro de Javier Marías na mão para o comprar, mas depois trouxe outros. Na verdade, ainda não me iniciei verdadeiramente nesse escritor. Ficará, então, para breve. :-)
Eu oiço vozes diferentes (e nunca é a minha) (caramba, se alguém nos ouve leva-nos ao psiquiatra! :DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD), mas com o Saramago, tirando o Ensaio sobre a Cegueira, a voz vem-me diluída, acho que é porque eu leio mais depressa que a voz dele e portanto não estamos em sintonia (pronto, estão a levar-me na ambulância para o Júlio de Matos :DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD)
EliminarEu tenho uma tendência esquisita enquanto leio consigo ver tudo o que estou a ler passam imagem atrás de imagem de todos os momentos, é como se estivesse de ladinho a assistir à história.
ResponderEliminarInicialmente ficava desconfortável porque achava que estava a ficar meia maluquinha hoje em dia se isso não começar a acontecer nas primeiras páginas sinto um enorme desconforto.
É daí que eu digo que viajo muito sem sair do luga.
És uma leitora cinematográfica, como diz a Ana Chagas logo no primeiro comentário :D
EliminarJuro que vinha deixar um comentário a perguntar se não acha que a pintura, e que linda é!, lhe andava a roubar tempo de leitura. :)
ResponderEliminarTambém o tenho desde o Verão, mas ainda não o li.
A pintura "rouba-me" tempo a tudo! :D
EliminarAcabei de ler há uns dias o Coração tão branco dele e é lindo. :)
ResponderEliminarTambém gostei muito :)))
Eliminar"E já agora aproveito para vos perguntar se sou eu que estou maluca ou se vocês, quando lêem, também ouvem "a voz do escritor"."
ResponderEliminarHã-hã!
Claro que sim, meu bem.. E agora vai tomar um comprimido a ver se descansas um bocadinho, que andas sob uns nervos que eu sei lá...
Mas sim, isso da voz na cabeça acontece muito sim... Numas instituições mais que noutras, mas pronto.
Oh pá, não é "A" voz do escritor, é uma voz que nós atribuímos ao escritor, e se os livros têm uma cadência muito regular, a voz aparece sempre! E agora tchau, que estou a ser levada pela ambulância :DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
EliminarIsto da voz do escritor, não dA voz do escritor, daria bem em visual, numa parede... If iú nó uar ai min, baibi! ;)
EliminarSou leitora mais cinematográfica. Na maioria dos livros imagino os lugares, as personagens, e sou um corpo distante a vê-los passar. Mas há livros em que sinto a voz do narrador, por exemplo nos livros do Carlos Ruiz Záfon.
ResponderEliminar:)))))
EliminarTinoni, tinoni...fuiiii
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