quinta-feira, 31 de maio de 2018

Só para dar conta da minha situação

Os meus adolescentes estão a ligar algumas seis ou sete colunas em rede...

(temo a revolta conjunta dos aldeões)

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Ainda estou em negação

Não sei bem como é que embarquei nisto, mas quando dei por mim as coisas já estavam em andamento, a roda a girar, impossível de ser parada e hoje verifiquei que já não há volta a dar, que é oficial:

amanhã parto à aventura numa carrinha de nove lugares -praticamente uma camioneta!- com sete adolescentes, para quatro dias de loucura algures na zona oeste. Desejem-me s-o-r-t-e! 

(e se não for pedir muito, se houver aí um médico desse lado, uma baixa médica para descansar durante toda a próxima semana)

terça-feira, 22 de maio de 2018

E o bem que este par (só está aqui um mas são dois) de candeeiros vai ficar com aquela fotografia das meninas de rolos na cabeça?


Acho que nem Kafka conseguia melhor



Foi quando lhe disse que sim, que a íamos admitir, que ela olhou para o chão e me disse desalentada que não tinha documentos, que veio para Portugal com seis anos, que fez cá a escola, que vive cá desde essa altura mas que os pais, que nunca quiseram saber dela, não lhe trataram da documentação enquanto era menor e que, depois de ter deixado a escola e atingido a maioridade, não tem forma de provar que cá reside, que o SEF exige uma série de meses de descontos para a Segurança Social para poder passar a autorização de residência mas que ninguém lhe faz um contrato de trabalho porque não tem autorização de residência (sujeitando qualquer empresa que a contrate a uma multa) e os que o fazem, fazem-no à candonga e sem pagar segurança social. 

Então que peguei no telefone e falei para a pessoa que tem seguido o processo, que me disse “é preciso que alguém lhe faça um contrato de trabalho, é preciso que alguém se arrisque por estas pessoas”, que de outra forma não conseguem os papéis. Então…, mas assim estávamos a cometer uma ilegalidade e podíamos ser multados!… bem sei, disseram-me de lá, mas não há outra forma. Então e se fizermos um contrato-promessa de trabalho? Aí não estávamos a cometer nenhuma ilegalidade… pois, mas assim ela não preenche outro requisito, que é o de provar que tem meios de subsistência, porque não tem ordenado- só uma promessa de ordenado- e, como tal, não lhe dão a autorização de residência. E depois fui ver a lei, e lá está, como requisito de atribuição da autorização de residência a existência de um contrato de trabalho (ou promessa). Acontece que a lei também prevê que as empresas que contratarem trabalhadores sem autorização de residência estão sujeitas a multas que podem ir de dois a noventa mil euros…

E pronto, fiquei a saber que a única forma destas pessoas (condenadas pela lei a viver no limbo, a ser transparentes) serem legais é conseguirem que alguém lhes faça um contrato de trabalho ilegal…

quinta-feira, 17 de maio de 2018

E o que andaste a fazer hoje, Palmier?

Depois de muito pedinchar e insistir, depois de ter sido regiamente ignorada durante meses, desloquei-me secretamente à obra, às escondidas dos arquitectos, para pedir para me porem um estendal. 

(Agora acho que vou lá deixar um copinho de água com uma caixa de Lexotans para quando eles derem com a coisa...)

terça-feira, 15 de maio de 2018

E nestes extraordinários tempos em que toda a gente expõe a sua vida nas redes sociais ao mais ínfimo detalhe


Nós pomos em prática o regulamento de protecção de dados, destruímos papelada, fechamos armários à chave, pomos cadeados nas gavetas, compramos software para mascarar as informações das bases de dados. Caramba, isto parece um ministério em mudança de ministro, a azáfama é tanta que os destruidores de papel aquecem, temos de lhes levantar o capot e soprar, para de imediato continuar com a nossa destruição implacável, secretárias limpas e imaculadas, como se ninguém cá trabalhasse não vá a fiscalização aparecer e aplicar-nos uma grande multa. Depois quando soçobramos com dificuldades respiratórias, exaustos, cobertos de pó e tirinhas de papel, fazemos um intervalo, ligamos o instagram, o facebook e os blogs e lá estão os nossos protegidos, felizes, em casa, na escola, na praia e no campo, expondo os seus próprios dados e os dos filhos, os dos pais, dos avós e do periquito, fazendo valer a nova máxima de Descartes "apareço, logo existo"como se, se não se expusessem, não existissem realmente.

(curiosamente fui só ali num instante às internetes confirmar se naqueles documentos do Estado, de consulta pública, os dados também já estavam ocultos e não, ali está o meu nome, cargo, NIF, estado civil, nome do cônjuge, regime de bens e morada. À distância de um qualquer clique)

sexta-feira, 11 de maio de 2018

Esqueci-me de trazer o livro para esta situação de esperar que a minha filha ande de patins

Ora, estando limitada ao telefone e com o verão mesmo aí ao virar da esquina, fui para os sites das compras. E o que comprei eu?

 Umas botas... 

(nada como preparar as estações com a devida antecedência, para depois não sermos apanhadas de surpresa por uma aragem mais forte, ou por um aguaceiro ou assim)

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Bem que a marca me podia pagar este post como publicidade!

E então ontem, quando chegámos a casa, disse ao meu filho: olha, tens de me ajudar a levar as coisas que estão no porta-bagagem para cima. E então saímos do carro, abri a porta da bagageira e à visão dos dois sacos de ração de pequena Cutxi, daquela ração que cheira mesmo a ração, ele suspirou desiludido "Ah.... que pena... afinal é a ração da Cutxi... é que me cheirava tãooooooooooooooo bem dentro do carro que pensei que era o nosso jantar ou assim..."