quarta-feira, 31 de julho de 2013

Eu vi pena nos olhos deles

Eu sei que as férias nos vossos blogs são sempre tranquilas, que tudo corre maravilhosamente, que se divertem imenso e chego mesmo a ter a sensação que vocês... descansam (?!). Já eu, não sei se é por me mandarem a correr à frente como uma espécie de cão, aqueles cães que vão a à frente dos cavalos nas caçadas, que entram nas tocas para as alargar e as pôr a jeito para o cão(sorte) grande e importante, quando chega, não ter muito trabalho a entrar e instalar-se, canso-me imenso. É acordar às oito com o sacana do cuco, ou lá o que é aquilo, que se pespega na minha janela a fazer úu-úu-úu-úu logo de madrugada, tratar dos pequenos-almoços, correr para a praia, pôr protector, pôr protector, e mais um bocadinho de protector, toma braçadeira, dá cá a toalha, olha o chapéu, não atires areia a esse senhor, correr para o almoço, senta-te na cadeira, pára de beber coca-cola, isso é para comer até ao fim, correr para casa, correr para a piscina e, nos outros anos... ah nos outros anos, enquanto eles se diluíam no cloro, eu conseguia descansar um bocadinho. Mas e agora, Palmier? Agora, não! E porquê, Palmier? Porque o pior programa de televisão de todos os tempos me arruinou a paz. Sim, estou a falar daquela anormalidade, aquela idiotice que me destabilizou as crianças, querem dar mergulhos iguais, de cabeça, de costas, mortal triplo encarpado, correm à volta da piscina a fingir que estão a subir à prancha, três metros, cinco metros, dez metros, gritam bip, bip, bip, luz azul, dão notas aos mergulhos um do outro, chapão para a frente, bomba para trás e eu a alucinar, desgrenhada, aos gritos (valha-me nossa senhora dos ricos que não estou na Comporta, caso contrário, era expulsa), "assim nãooooooooooo!", "mais um mergulho assim e vamos para dentro!", "acabou!", "saiam imediatamente de dentro de água!", puxo um, enquanto isso, o outro salta novamente para dentro de água, vou à volta, fogem-me para o outro lado, tiro os dois, enquanto agarro na toalha, um salta novamente, depois o outro vai atrás, é só mais um mãe, temos de desempatar, não desempataaaaaaaaaam naaaaaaaaadaaaaaaaa, à minha frente, já, imediatamente, passo-os na mangueira que já não tenho forças para lhes dar um banho como deve ser, quando agarro nas coisas para irmos para dentro, atiram-se de novo, atiro-me eu, nado como um tubarão enraivecido, até faço ondas com a rapidez, agarro nos dois, quando saio da água, reparo nas pessoas da casa do lado a olhar para mim, mesmo à distância vejo pena no olhar, ignoro, para dentro, agora, já, vestir pijamas, jantar, lavar os dentes, cama. Deito-me ao lado de filha que está praticamente a adormecer, ah... vou descansar um bocadinho... Cutxi e Cánis desatam a ladrar...
A sério pessoas... eu não sei como é que vocês fazem, mas eu, eu cá trabalho mais nas férias do que o acumulado do resto do ano... ah pois é... voltar ao trabalho é, geralmente, um alívio. Sentar-me na secretária, respirar fundo e suspirar um "isto é que é vida!". 

Eu também adorava brincar aos pobrezinhos...

Mas, infelizmente, a minha Natureza, mesmo no estado mais puro, é extremamente cultural...

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Hit the road Cutxi, and please come back with more, with more, with more, with more!

O que foi, hã?!

Não compreendo por que raio pequena Cutxi está a rosnar, de sobrancelha erguida e a deitar-me olhares fulminantes e indignados?!

Não percebo...

Tanta coisa, tanta coisa para nos alfabetizarem na maravilhosa arte de conjugar kits perfeitos para levar para férias e, depois, sobre o assunto fundamental, aquilo que interessa, ou seja, no que respeita ao tópico "como conseguir fechar as malas sem esforço", nem uma palavra! Acho indecente!

domingo, 28 de julho de 2013

Que orgulho, o meu filho também é fashionista!

- Mãeeeeee, sem ser as Havaianas, que sapatos é que eu posso calçar sem meias?
- Nenhuns...
- Oh mãe!? Porque é que não me compras umas Paez?!
Oh meu rico filhinho, por Deus, vou já correr para as lojas que eu não quero que te falte nada!

A viagem

Daqui a uns dias volto a fazer "a viagem", a viagem que já fiz tantas vezes que lhes perdi a conta, o destino é sempre o mesmo, o traçado já mudou vezes sem conta. A primeira vez que fiz a viagem, tinha meia dúzia de dias, parece que a fiz numa alcofa, que ainda não havia cadeirinhas, dessa viagem em concreto não tenho recordação, mas tenho de muitas outras, viagens que duravam uma eternidade, com a auto-estrada a acabar logo ali em Setúbal. Ainda falta muito? Perguntava logo a seguir à ponte sobre o Tejo. Lembro-me de a fazer com o meu pai, quando ainda me atrevia a andar de carro com o meu pai, brrrrum, brrrrum, primeiro num VW carocha amarelo e mais tarde num Brasília branco, a acelerar nas rectas, reduzir com a caixa para as curvas, ultrapassar, ultrapassar, acelerar, carros, camiões, reduzir, travar, vomitar já quase a chegar, ali no Espinhaço de Cão. A viagem com Maman, num VW carocha cor-de-laranja, num branco, num azul cueca, aquela vez em que se partiu o vidro da frente e em que tivemos de ir muito devagarinho com um vento ciclónico a entrar-nos pelo carro a dentro, e outra vez, com a nossa cadela, uma Doberman, chamada, muito apropriadamente, Fofa, acondicionada na chapeleira, lembro-me de uma viagem em que parámos para jantar algures no Alentejo, quarenta graus e a Fofa saiu disparada para um campo de erva alta amarela, eu fui a correr atrás dela, um primo meu atrás de mim, a Fofa saltava tão, mas tão alto, que aparecia por cima da erva que nos chegava praticamente à cabeça, como um coelho gigante ou uma bola saltitona, e eu ri-me tanto, mas tanto, que fiz xi-xi pelas pernas abaixo, dizendo depois que tinha caído numa poça de água... uma desculpa muitíssimo credível... uma poça, no Alentejo, no pico do Verão, com quarenta graus à sombra... A viagem com os meus avós, num Volvo bege, a viagem mais demorada de todas, demorada para partir, demorada a fazer, interminável, a minha avó agarrada àquela pega por cima da janela, os penduricalhos das pulseiras a tilintar, a dizer "oh Manuel, oh Manuel", e o meu avô a responder "e não chove, nem nada", e o carro cheio de tralha, a minha tia Lili sentada ao meu lado, a entupir-me de pastilhas elásticas Gorila, e a minha avó a dizer "oh Manuel, oh Manuel" e o meu avô a responder com aquilo da chuva, e a minha tia Lili a mostrar-me o saco de pastilhas e a dizer "oh Palmier... um Gorila dentro do carro?", e eu a adormecer para acordar estremunhada quando estávamos quase a chegar. Com uns dez ou onze anos, as viagens de camioneta, cinco horas, com desconhecidos sentados ao meu lado, a parar na Mimosa, a ir à casa-de-banho a correr com medo de ficar esquecida, cinco horas que pareciam dez, afinal eu ainda era pequena, por que raio me enfiavam na camioneta? Parava em mil terras, pessoas que saiam antes de mim, e eu a espreitar pela janela para ver se ninguém me levava a mala, a minha mala que durou anos sem fim, rectangular, cor-de-vinho, com umas fivelas douradas, o alívio de chegar finalmente ao destino e ter as minhas pessoas à espera. Depois as viagens em que eu ia ao volante, ah... que crescida! Que moderna! Aqui vou eu, ninguém me agarra, olhem bem, sou mesmo eu, janela aberta, musica alta, risota, amigas, amigos; a primeira vigem com um filho, aflição, Maman apresenta-se para me acompanhar, acontece que se apresenta com mais coisas do que aquelas que conseguíamos encaixar no porta-bagagem já de si extremamente cheio, dessa vez, entre a banheira portátil do bebé e a mala dos sapatos de Maman, optei pela banheira, Maman fez o Verão todo com os mesmo sapatos; mas até lá chegarmos, havia que verificar a cadeirinha, a aflição crescente, será que ele está a respirar, será que o sol lhe está a bater na cara, parar em todas as áreas de serviço, tirá-lo da cadeirinha, dar biberão, trocar a fralda, voltar a sentá-lo, verificar cinto, verificar cadeirinha, seguir viagem por mais trinta quilómetros, repetir a operação; depois aquela viagem  com um filho na barriga e outro no banco de trás, uma luz encarnada a acender no tablier, páro numa estação de serviço, ligo para a assistência, Maman a insistir que aquilo não devia ser nada, "vamos continuar" dizia, contrariada acedi, o carro parou cinco quilómetros à frente, no meio do nada, voltámos de táxi; e agora com dois filhos, que voltam a dar início ao mesmo ciclo e perguntam logo à saída da ponte sobre o Tejo se ainda falta muito.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Ontem nem consegui escrever um post...

Passei o dia todo numa azáfama, a abrir e a fechar gavetas, armários, caixas, caixotes e... pessoas, pessoas... nada! Nadinha! Nicles batatóides! Não encontrei um único objecto da Chicco nesta casa! A sério... foi desesperante! Eu, uma mummy-blogger de renome, com um estatuto a manter e, coisas da Chicco, que toda a gente sabe que são absolutamente indispensáveis para o bom desenvolvimento de uma criança... n-e-m u-m-a! Foi horrível... encontrei de tudo, Mustela, Bebé Confort, Pré-Natal, Avent, Johnsons's Baby... e aquilo que interessa, aquilo que nos faz vibrar, aquilo que aguça a nossa veia literária, que inspira post atrás de post, NADA! Já estava a chorar de raiva, deitada de barriga para baixo no tapete, a bater com as pernas e os braços no chão, exactamente como daquela vez em que tinha cinco anos e a minha mãe não me deu outra moeda para eu andar pela enésima vez na mota colorida do Centro Comercial Imavis, quando a minha empregada, também ela extremamente humilhada por trabalhar numa casa tão pouco prestigiada, uma casa Chicco-free, irrompeu na sala com as mãos ao alto, ostentando este troféu, para me provar que, afinal, também eu era uma mummy-blogger de sucesso!
Obrigada meus blogo-Deuses, por esta colher do conhecido faqueiro da Chicco! Salvou-me a reputação! 



Infelizmente, pequena Cutxi não parece nutrir pelos caixotes do lixo o mesmo fascínio que eu...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Pinscher radical :)

I have a dream

E vocês já sabem que eu sou rapariga pouco ambiciosa... acontece que os meus sonhos, apesar de simples, são simplesmente inatingíveis. Já pedi ajuda a várias pessoas, vi cabeças a acenar afirmativamente, que sim, que sim, que iam ajudar-me e, depois, à primeira oportunidade, viraram-me as costas. Já me candidatei a várias iniciativas destinadas a concretizar sonhos e, não percebo porquê, nunca obtive resposta. O meu sonho é tão simples…
Eu QUERO tirar uma fotografia dentro de uma coisa destas:


Pessoas, pessoas… sempre que passo por um varredor, até tremo de emoção. Ora imaginem comigo a fotografia: O carrinho virado de lado para a câmara, o senhor com a sua farda a empurrá-lo, e eu… oh pah…  eu ia dentro do balde da frente, muito direita e imponente, com um chicote na mão, como um verdadeiro imperador romano!

A sério… eu preciso disto! 



terça-feira, 23 de julho de 2013

Um funeral visto pelos olhos de uma criança

Hoje um amigo do meu filho telefonou-lhe a dizer que o avô tinha morrido, ele apresentou os sentimentos e, de seguida, inseguro, telefonou-me a perguntar se tinha feito bem.
- Eu disse-lhe "os meus sentimentos". Fiz bem, mãe?
- Fizeste, sim.
- Ainda bem...
Mas o assunto não ficou completamente esclarecido e, à tarde, voltou à carga:
- Mas, mãe, para que servem os cemitérios?
- Tem de haver um sítio para enterrar os mortos, não é? Esse sítio é o cemitério.
- Mas o que é que as pessoas fazem nos cemitérios?
- Então... as pessoas que gostam muito daquela que morreu, juntam-se para se despedir.
- Só isso?
- Sim... e normalmente choram porque estão muito tristes.
- Mas o que é que fazem ao morto?
- Enterram-no.
- Mas os convidados é que têm de enterrar o morto?!

E eu fiquei na dúvida de qual era a melhor visão... se era o facto dele pensar que as pessoas que vão a um funeral são "os convidados", se imaginar os próprios "convidados" a deitar mãos à obra e a enterrar o morto...

Wild thing

Vigésimo mandamento: Não apelidar o nosso próprio cabelo de "selvagem" em vão.

Pequeno-almoço à Pequim

Estava eu tomar o pequeno-almoço, a minha carcaça e o meu galão, quando, de repente, irrompe pelo café uma excursão de chineses que se espalham, como formigas, pelas mesas disponíveis. E eu, sem nada melhor para fazer, observava, entretida, aquela azáfama. Acontece que as mesas não eram suficientes e os chineses deviam ter muita fome pelo que, sem que nada o fizesse esperar e sem me dirigirem uma palavra ou um olhar, se sentaram na minha mesa. Mas não se sentou um, nem dois, nem três, sentaram-se cinco. Abanaram a mesa, entornaram-me o galão, mas não se importaram, instalaram-se bem instalados e deixaram-me encurralada num cantinho. Depois puseram-se a olhar com os seus olhinhos pequeninos para a minha carcaça, e eu dava dentadas na carcaça e os olhinhos olhavam para mim, e levava o copo à boca e eles seguiam o meu movimento, muitos olhinhos, dez olhinhos, dez olhinhos atentos, e diziam palavras tua tau xi hua e olhavam mais um bocadinho. Depois... bem, depois eu fiquei intimidada e engasguei-me; e os chineses tiraram máscaras das suas malas e puseram na cara.



segunda-feira, 22 de julho de 2013

Comunicação à blogosfera de sua Excelência, a Professora Doutora Palmier Encoberto

Bloggers,

No passado dia 20, expus à blogosfera uma forma de ultrapassar estes tempos invulgares e particularmente graves. Apresentei a solução que considero a melhor para a resolução de todos os blogo-problemas - a fuga! Essa solução rápida e eficaz não foi, porém, acatada pelas partes, mantendo-se assim a actual crise. Efectivamente, ninguém seguiu o meu sábio conselho de correr para longe agitando os braços no ar e, uma vez que o não fizeram, acabaram por agudizar toda a situação, arruinando de vez a possibilidade do regresso da blogosfera, em condições mais favoráveis, aos bons velhos posts. Na verdade, ao ignorarem a minha sugestão, o normal funcionamento dos vários blogs ficou totalmente comprometido, inculcando ainda mais a ideia que somos uma blogosfera imprevisível e que se esgadanha à primeira contrariedade. Desde o início dos blogues que temos caminhado aos avanços e recuos: a um período de tule cor-de-rosa, segue-se um período negro, cheio de tachas e tatoos. Ao fim de uma década, ainda não encontrámos forma de nos libertar deste ciclo vicioso. As circunstâncias actuais eram particularmente propícias para que se fizesse um esforço sério para instaurar na Blogosfera uma cultura hippie-chic-blazé semelhante à que existe na generalidade das blogosferas europeias. A nossa situação é grave, e é elevado o risco dos leitores serem submetidos a novos e mais posts assustadores – e todos os bloggers estão bem conscientes disso. Nestas ocasiões de emergência, é um dever fundamental lutar pela solução mais consensual - em vez da manteiga, ou da margarina, podíamos bem optar por uma terceira via: a banha de porco!-, pela solução que traga uma esperança mais forte aos bloggers apelando ao sentido de responsabilidade de cada um, e a que coloquem o superior interesse da blogosfera acima dos interesses de cada blog.
Não querendo recriminar nenhum blogger, posso adiantar que na blogosfera, existem sempre soluções para as crises. Assim, e uma vez que não foi possível alcançar um Compromisso de Blogo-Salvação, considero que a melhor solução, a única que dá garantias reforçadas de solidez e seriedade, é a de auto-nomear-me Blogo-Regente durante o período de tempo em que persistir esta blogo-turbulência, dando assim a garantia de governabilidade que representa o melhor sinal de confiança que devemos transmitir aos nossos amados leitores. 

Boa noite.

Pelos blogo-deuses!

Então vocês não vêem que estão a assustar pequena Cutxi?!
A coitadinha, à cautela, já nem sai do bunker! 

domingo, 21 de julho de 2013

Já podemos voltar à blogosfera? Já é seguro?

Alguém me ajude! Alguém me dê alguma informação! Please! É que eu estou há mais de vinte e quatro horas aqui escondida e estou praticamente a desfalecer por inanição...

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Ai ele veio para aqui vangloriar-se que não me tinha trazido só um avental, arruinando totalmente o ambiente bidonville do meu post!?

E, o pior... vocês deram-lhe trela!?
Então, vejam... vejam bem a linda camisola que me ofereceu!
Escolhida, claramente, para me ajudar a ganhar o concurso da maior gola à Camões do blogo-mundo...



quarta-feira, 17 de julho de 2013

A grande surpresa

Foi na Quinta-Feira passada, pegou na sua malinha de cartão e lá foi para o estrangeiro, muito trabalho, disse-me, vida dura esta. Despedi-me com uma lágrima ao canto do olho, não sem antes perguntar, preocupada, se levava o pãozinho e o chouriço. Tens de te alimentar, ouvisteS, gritei ainda da soleira da porta enquanto o via afastar-se; os miúdos diziam adeus com as suas mãozinhas mascarradas, enquanto assoavam os narizes ranhosos à minha saia. Não te preocupes, murmurei de mim para mim, vai lá fazer pela vida que eu vou ser capaz! Eu fico aqui sozinha com os dois cachopos e hei-de dar conta do recado! Vá, vá... vão lá brincar que o pai, não tarda nada, já cá está, levou a enxada e talvez traga umas bratwursts no regresso, parece que foi lá falar com gente muito importante, cheia de anéis, são os Nibelungen ou Blaupunkt ou lá com'é que se diz, até lhe mandaram um émaill c'aquilo é gente muito esquisita e só se pode trabalhar se se apresentar este Visto:
Um dia depois, o telefone tocou, a viagem de cámineta tinha corrido bem, tivemos de ser rápidos por causa do Róming, um senhor alemão muito mau que desliga os telefones aos portugueses que vivem acima das suas possibilidades, mas estava tudo bem, o pai estava muito cansado, estava a trabalhar muito, coitadinho. Voltou a prometer as tais bratwursts, ou, no limite, se as coisas não corressem assim tão bem, umas kartofles; os miúdos bateram palmas de alegria. Hoje chegou de rastos, o pobrezinho, as solas gastas de tanto andar, mas, pessoas, pessoas... para além das kartofles, que, afinal, não deu para as bratwursts que estavam pela hora da morte, nem imaginam o que o meu senhor, que é tão meu amigo benzódeus, me trouxe lá do Schloss Neuschwanstein onde andou a servir pretzels e canecas de cerveja às Valquírias.... trouxe-me isto: 

Não é tão lindo? Um avental! Mas não é um avental qualquer, hã! É um avental cheio de símbolos da Ordem dos Cavaleiros do Cisne lá do Schloss! Ora digam lá se não vale a pena uma pessoa ficar aqui a martirizar-se ao leme do barco!? E agora vou já aproveitar para fazer um refogado que assim, sim, assim uma pessoa tem logo outra alegria a cortar a cebola e arranjam-lhe, seguramente, um lugarzinho em Walhalla! 



terça-feira, 16 de julho de 2013

E agora que os tempos da anca já lá vão...

Nós também já estamos a treinar as cavalitas!


E, só para verem como somos top, até já conseguimos sem mãos! 




Little C look para ir àquele hotel em Tróia

Um vestido intemporal, simples, clássico e prático, indispensável em qualquer armário!

(Só espero que little C não se aproxime de nenhuma daquelas pessoas que usam aquelas coisas nos pés... os Croques, ou Crocs, ou lá como essas coisas se chamam... ugh... vade retro satana!)


segunda-feira, 15 de julho de 2013

A grande manobra

Cenário: Malas arrumadas, filhos e Cutxi sentados no banco de trás, pai a acabar de colocar as malas dentro do seu próprio carro. Nisto aparece Maman e dá-se início ao seguinte diálogo:
Maman para Palmier: Ajuda o teu pai a fazer a manobra. 
(manobra feita em marcha-atrás, numa rampa bastante inclinada, a terminar em curva)
Palmier para Pai: Se quiseres, eu tiro-te o carro...
Pai ligeiramente ofendido, agarrando-se imediatamente à sua viatura:
- Nem pensar, não é preciso!
Maman para Pai: Olha que a Palmier faz esta manobra muito bem.
Palmier confirma a afirmação e dá conselhos automobilísticos:
- Olhas sempre pelo retrovisor e orientas-te pelo lado direito do portão. Não olhes para o lado esquerdo.
Antes que Maman insistisse na minha proposta, pai, sem querer sequer imaginar o seu carro a ser conduzido por outrem, salta para o banco da frente, vrrrrum, vrrrrrum, e vai por ali acima em marcha-atrás. Eu entro para o meu, vrrrrum, vrrrrrum, e vou logo a seguir. Maman volta para trás para fechar a casa.
Chegada ao cimo da rampa, olho pelo retrovisor e vejo o carro do meu pai parado logo após o portão, mas sem me dar espaço a mim para terminar a manobra. Depois de esperar um minuto sem que o carro dali saísse e com pouca visibilidade tendo em conta a inclinação, resolvo apitar, não fosse o meu pai não ter reparado que ali estava eu, qual pintarolas num semáforo, vrrrrrum, vrrrrrum, já com o carro a cheirar a borracha queimada, a fazer ponto de embraiagem. Maman, ovindo o apito, acorreu de imediato, pensando que eu me teria esquecido de alguma coisa. Nisto, vejo a cara de Maman, de queixo caído, a olhar lá para trás; olho imediatamente pelo retrovisor e vislumbro o meu progenitor, certamente por ter seguido à risca as minhas instruções e não ter olhado nem uma única vez para o lado esquerdo, a sair do carro, emergindo da valeta cheia de silvas aos tropeções, com os sapatos e as calças cheias de lama até aos joelhos. Foi nesse momento que percebi porque raio o meu pai não chegava o carro um bocadinho mais para trás...



Posso portanto afirmar, que ontem, dia 14 de Julho do ano da graça de 2013, me caiu um parente na lama...


domingo, 14 de julho de 2013

Deixem-me lá pôr-me aqui a jeito...

Não vá dar-se o caso de se esquecerem de mim...

Dica da semana

Querem ter a cozinha num brinco? Tudo arrumado e a reluzir? Loiça na máquina e bancadas desimpedidas de migalhas? Sim? Palmier tem a solução!
Ponham os vossos filhos a brincar aos restaurantes! vocês só têm de aparecer no fim e fazer de inspector da ASAE...

P.S. É evidente que alguns pratos e copos acabarão devidamente acondicionados no caixote do lixo... Nada de importante face ao cenário de limpeza e desinfecção...

E aqui estamos nós...

Com pequena Cutxi a aproveitar todas as oportunidades para nos olhar de cima para baixo...

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Estás na Sibéria, Palmier?

Claro que não! Então não se vê logo que estou na Ericeira!

Não percebo!

Por que raio pequena Cutxi não tem para cima de 50 mil seguidores! Ora vejam-me ISTO!

E depois, há aqueles momentos...

Em que a pessoa percebe que alguém detonou um carro armadilhado nas suas aspirações snob-boho-hippie-chic. É que a pessoa sonha com um momento siamês com um kaftan adquirido em Ibiza... mas depois... depois... olha... vão lá, scrollem down, scrollem down, que logo vêem o que me foi acontecer...



quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ah-Ah moment

Estou com os senhores da Carris!
Também me deviam pagar generosamente para me submeterem a esta tortura do cabeleireiro...
(suplício!)

Ok Teleseguros. Mulher?!

Como achei que estava a ver mal, fui confirmar se a Ok Teleseguros tinha, de facto, feito um anúncio a um seguro automóvel com uma cobertura especial para mulheres, levando ao limite aquela verdade científica "mulher ao volante, já se sabe"... 



Ups...

E agora que cheguei à garagem, constato com enorme espanto que a minha amiga betoneira que ali esteve atirada nos últimos SEIS meses sem qualquer uso ou serventia... desapareceu misteriosamente. Ora eu sei que fiz tudo bem, que atravessei o carro à frente da betoneira, que abri as portas e que era impossível ser vista durante a sessão fotográfica. Mas a verdade... a verdade é que o raio da betoneira desapareceu durante esta noite! De todas as noites em que podia ter sido levada para outras paragens, escolheram ESTA noite para a levar! E agora uma pessoa está aqui dentro do carro a olhar disfarçadamente em volta, em busca de câmaras de vigilância marotas e a pensar se sobe para trabalhar como se nada fosse ou se, pelo contrário, regressa ao conforto da sua habitação e, à cautela, telefona a comunicar uma baixa médica por ter sofrido um transtorno psicótico agudo, transitório e não especificado...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Peço perdão pela desarrumação...

Mas estou a redecorar o blog, ok?

(socorroooooooo)

Já está...

Estou tão nervosa... digam-me coisas! 


P.S. Há que referir que esta fotografia foi tirada no edifício onde trabalho, depois de ter elaborado um complicado esquema para evitar que fosse vista nesta delicada situação (ligeiramente difícil de explicar), perdendo, para todo o sempre, a minha impecável credibilidade...

RIP my lovely header

Vou trocar-te por um mais novo, mais magro e mais giro! Olha... foi bom enquanto durou... 
 2011-2013

terça-feira, 9 de julho de 2013

Mudo, não mudo?

Palmier que é Palmier gosta pouco de mudanças, as coisas são como são e está tudo muito bem assim. A fotografia que tirei numa ida ao cabeleireiro em que, tendo ficado hipnotizada pelos secadores de cabelo, obriguei a uma mobilização geral dos presentes e à participação de vários figurantes para simularmos uma partida dos astronautas para o espaço, pareceu-me desde sempre suficiente. No entanto... no entanto, está-me cá a parecer que tenho em mãos uma nova fotografia... uma que poderá mesmo ser digna de header. E agora, o que faço? Mudo, não mudo? Problemas, a minha vida está repleta de problemas...

Pequena Cutxi aguarda ansiosamente um convite da Gelatina Alsa!


domingo, 7 de julho de 2013

Pequena Cutxi está curiosa para saber como correu o vosso fim-de-semana

Divertiram-se muito? Foram à praia? Tiveram muito calor? Contem-lhe tudo!

Entretanto, aqui em casa...

Pequena Cutxi fez questão de deixar bem claro que é do Benfica...
(Filho não gostou lá muito do statement elaborado sobre a sua bola...)

Oh mãe!? Eu não vou comer isto! Está cheio de algas!

Mas isto de estar nas piscinas municipais de Pequim, tem as suasvantagens

Tendo em conta a proximidade, uma pessoa pode absorver, por osmose, todas as novas tendências para o Verão de 2013. Eu cá, que, confesso, estava algo renitente, já estou praticamente convencida que não há objecto mais útil que as bonitas almofadas Caia em zig-zag. Vê-se que as minhas vizinhas de chapéu de sol estão extremamente confortáveis e que não resistiriam a um dia como o de hoje, sem aquele querido objecto a enfeitar a toalha, como uma espécie de galo de Barcelos em cima da televisão. Mas, mais importante que o conforto, é aquele sentimento de pertença, aquele sentimento de tribo que se gera entre as felizes possuidoras daquelas almofadas, aquele olhar que se cruza e que faz perceber que todas utilizam a mesma linguagem. É que, tendo em conta o que observo à minha volta, dá para perceber que está em curso um processo global de almofadização das praias portuguesas. E este complicado processo, é coisa que, a médio-longo prazo, trará as suas compensações. Lá chegará o dia em que em vez das almofadas, traremos para a praia o nosso próprio estofador. O meu virá à frente, para me preparar uma chaise-longue com um bonito efeito capitonè. Menos que isso, acho absolutamente patético...

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Olha Cuca!

Tenho as stars e uma mythical creature...

Temos feito os melhores workshops em Terrorismo dos Mares, MBAs de Pirataria, doutoramentos em abordagem ilegal de embarcações, competências devidamente comprovadas na lota quando, no outro dia, fomos comprar sardinhas e pudemos observar os peixes a encolher-se de medo nas bancas. Também temos treinado imenso em casa, escondemo-nos num qualquer canto e, quando passa alguém, saltamos como cangurus das estepes australianas, pondo à prova a nossa capacidade de espalhar o medo pelos mares e de aterrorizar o mundo! Julgo que poderás constatar que já estamos deveras assustadoras...