domingo, 28 de julho de 2013

Que orgulho, o meu filho também é fashionista!

- Mãeeeeee, sem ser as Havaianas, que sapatos é que eu posso calçar sem meias?
- Nenhuns...
- Oh mãe!? Porque é que não me compras umas Paez?!
Oh meu rico filhinho, por Deus, vou já correr para as lojas que eu não quero que te falte nada!

19 comentários:

  1. Não sei se sou eu que estou demodé ou se são vocês.
    Tive que ir ver o que eram umas Paez, para concluir que é aquilo que há muitos muitos anos se chamava com algum desdém umas alpargatas.

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    1. Obrigada Maman por não me obrigar a ir procurar. Também eu usei muitas alpargatas, sapatos de pobres, agora Paez calçado de rico.

      Também sou do tempo dos botins calçado de pobre, agora galochas calçado de rico...

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    2. O que este seu comentário me fez lembrar...
      É verdade, tempos houve em que havia calçado de pobre e calçado de rico; aqui havia até um clube dos pobres e um clube dos ricos, cujos frequentadores não se misturavam. Os ricos não eram necessariamente ricos e os pobres não eram necessáriamente pobres. Condição " sine qua non" a classe social.
      Como as coisas mudaram...
      Outro dia uma amiga minha contava-me que tendo ido para uma escola oficial ( como se chamava nesse tempo) a avó lhe dissera : " a menina não trate as outras meninas por tu porque quando forem mais crescidas elas podem ser criadas de servir e nessa altura vão continuar a trata-lá por tu"
      Como as coisas mudaram...
      Eu , R, com muita pena minha, nunca usei alpercatas, nem botas de àgua, dizia a minha avó, que era inteligente, que as "botas de água" não tinham respiração e concentravam a humidade. Quanto às alpargatas o problema era que deformavam os pés. Embora nunca me tenha falado de sapatos de pobre e de rico, a verdade é que eu me apercebi disso.

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    3. Mas Maman, eu ainda tenho uma melhor, que só prova que a minha família não era muito pobre, mas sim muito "fashionista":

      A minha mãe achava que calçar e descalçar os botins, perdão as galochas, sempre que precisava de ir aos currais dar comer ao gado, buscar os ovos, apanhar uma alface ou um tomate ao terreno, não dava jeito nenhum. Assim aproveitou uns velhos do meu pai já rotos e cortou-os de modo a formar uma espécie de chinelo, com um pouco de borracha na zona do calcanhar. A minha mãe apelidava-os carinhosamente de : "os sapatos da Maria Rita que enganou o diabo".

      Décadas mais tarde, comigo a morar por Lisboa, de repente vejo uma "senhora" a passear na rua com umas cópias muito mais coloridas dos sapatos da minha mãe...

      Além de rir até às lágrimas, telefonei histérica à minha mãe para a informar que afinal os sapatos dela já não se chamavam "os sapatos da Maria Rita que enganou o diabo" mas muito simplesmente crocs...

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    4. Mademoiselle Rose Bertin, modista da rainha Maria Antonieta modificando um chapéu a Sua Majestade, exclama perante a aprovação de Sua Graça.
      Ah, Madame! Só é moda o que está esquecido.

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  2. no jumbo há umas imitações a 5euros!

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  3. Por Deus Palmier, daqui a nada está a dizer que lhe compra umas calças amarelas e o veste no freeport. E depois? Como é? O rapaz vai dar em escrever livros sobre relações e organizar workshops, só vai querer sushi... Olhe que pode bem estar a criar um monstro..... Ah ah ah ah ah

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    1. Ahahahahahahahahahahahahahahahah
      Que cenário terrífico! Vou já alterar os planos e comprar-lhe umas botas caneleiras! :DDD

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  4. Orgulho de sobrinho!
    http://www.osexoeaidade.com/2012/06/nascida-e-criada-na-argentina.html

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  5. Quedo-me estupefacto!
    Então tratam-se todos por tu nessa casa?
    Imperdoável!
    :)

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    1. Realmente... Nós lá vamos descobrindo os podres! :DDDD

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  6. Paez.. que chique! Segue-se a pequena a pedir umas Repetto ou as recém chegadas Josefinas!

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  7. Estes comentários, estão um must!! Quanto ao seu filho,as observações dele são uma delícia!! Boas Férias!!

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