quarta-feira, 18 de outubro de 2017

E então, Palmier, ficaste apaziguada pela demissão da Ministra?

Não.

Quem nos falhou foi o Estado, o Estado que, momentaneamente, foi corporizado na pessoa da Ministra. Foi o Estado que deixou que morrêssemos, o mesmo Estado liderado por um chefe de Governo aparentemente tão insensível e indiferente que parece não compreender a indignação dos seus cidadãos, um chefe de Governo que aceita a demissão de uma Ministra (empurrada porta fora por pressão de outrem), não por uma questão de princípio, de moral, de rectidão de carácter, por se guiar por uma qualquer ética, mas apenas e só por uma questão de táctica. Táctica política. Nada mais do que isto. Deixemos a indignação crescer que, no momento certo, atiramos-lhes o osso. E é esse o sabor ácido que me fica desta demissão: o de um osso atirado para nos distrair a nós, os cães.


94 comentários:

  1. Concordo plenamente. É uma vergonha como tentam manipular as massas, é aflitivo e preocupante.

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  2. Parabéns pela análise cirúrgica e como sempre correta

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  3. Eu ontem não vi uma única palavra de ordem contra os Incendiários na manifestação!!

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    1. Se estava lá, porque não as gritou?

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    2. Mas que resposta...mas a manifestação não era contra os incêndios???

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    3. Anónima, o seu comentário é que é uma desconversa para a qual, por estes dias, digo desde já que tenho pouca paciência. Eu fui-me manifestar pelo direito... melhor, pelo DEVER de exigir um Estado que nos proteja. E um Estado deve proteger-nos dos incendiários e dos efeitos devastadores dos incêndios. Se não há polícia/meios/regras para a venda da madeira queimada, a culpa é sempre, em última instância do Estado.

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    4. Incendiários sp houve, governo a reboque de comunistas e bloquearas só nos últimos 2 anos

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    5. Bravo Palmier! grande resposta!
      O Estado serve (em teoria) como garante da população! A manifestação é, em grande parte, porque o Governo não cumpriu a sua parte! Planear, prevenir, legislar, responsabilizar ... e se tudo isto não surtir efeito aí acolher, proteger, garantir que o seu povo tenha dignidade para reerguer-se! Não me parece que qualquer um dos pontos tenha sido completamente acautelado. Sim, o governo não tem varinhas de condão para fazer milagres! Não tem! Mas caramba! Podia ser feito tanto, tanto mais... todos os anos o fogo nos aflige, a cada ano é pior ... mas mal a chuva volta, a viola volta para o saco e fingem que nada se passou! Que revolta!

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  4. Nem tenho palavras, é um sentimento avassalador, querer poder fazer algo e não saber o quê, nem por onde começar.

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  5. Agora vai para lá a Cristas ,que quando houve seca quando era ministra e lhe perguntaram o que fazer respondeu "vamos rezar a Nossa Senhora para que chova"???!!!!

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    1. (Não sendo crente e, portanto, pouco dada a acreditar nos poderes divinos, julgo, ainda assim, que fazer chover ainda não é uma das exigências que se possa fazer a um qualquer ministro...)

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    2. (além disso, nunca acreditei nessa técnica de desculpar os erros de uns com os erros de outros. Um erro + um erro não é = a uma coisa certa. É igual a DOIS erros.)

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  6. Nunca aqui comentei, mas hoje vou fazê-lo: subscrevo INTEGRALMENTE todas as palavras.

    Parabéns pela análise certeira e que, por certo, corresponde aquilo que muitos Portugueses pensam e sentem, mas que não têm a coragem de assumir.

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  7. Assim limpam as mãozinhas e a ministra é a grande culpada de tudo e de mais alguma coisa...a ministra "o bode expiatório".

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    1. muito bem dito!! e quem tem poder manda.

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    2. Palmier ia comentar mas o seu comentário ao comentário desapareceu???????

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    3. (sem querer comentei fora de sítio. A resposta agora está lá em cima, no sítio certo)

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  8. e infelizmente com uma demissão tem-se o assunto resolvido, como aconteceu com uma ponte há uns anos e depois é vê-la na maior (ou uma das maiores) empresas nacionais onde não deve estar mal colocado, pelo que para mim uma demissão não chega, deveria haver algo mais para quem faz esta gestão, não digo que fosse a ministra, mas quem está abaixo e mais directamente no terreno tem que ter responsabilidades e não é uma demissão...

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  9. Está espécie de patchwork que nos (des)governa podia sair de rastos pela porta dos fundos da história, onde só os relapsos têm o nome inscrito. A Sra. Ministra, coitada, era um pau mandado do Rei le governement c'est moi, mas é notoriamente inepta para comandar aquele ministério, ou outro qualquer. Há-de ser substituída por outro pau mandado, mas uma demissão pode ser o auspicioso princípio do fim. Agora k que é importante é ver o que vai mudar e obrigar à mudança.
    Para que nunca mais.

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  10. Cinismo. Muito que se tem visto nestes dias.
    Sábado há mais manifestações.

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  11. E as armas roubadas de Tancos foram encontradas!

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    1. Ah, então afinal sempre houve assalto...

      (Se não fossemos reais éramos uma comédia negra...)

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    2. E agora vão vir os xuxalistas dizer que a Cristas e os jotinhas roubaram-nas e devolveram-nas neste momento frágil do (des)governo. Vamos aguardar..

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  12. Só jogos, Palmier. Simplesmente jogos.

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  13. Primeiro a fúria da não demissão, agora a fúria da demissão. A seguir será a fúria da nova admissão. Cada povo tem o governo que merece.

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    1. Hum, hum...

      (mais de cem mortos, não sei se se recorda...)

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    2. Recordo... os 9 no Caramulo no Caramulo em 2013???Recorda....bastava morre 1 certo??E que tal irem no Sábado ajudar as populações e plantar arvores???Pois....passe bem!

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    3. Claro, Anónima, se morreram 9 pessoas em 2013, nós, em 2017, não nos devemos indignar por terem morrido 105... o melhor mesmo é cruzar os braços e habituar-nos (é o célebre "aguenta, aguenta" versão PS).

      (a cegueira partidária é uma doença realmente muito grave...)

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    4. Pois, há que respeitar isso e tanto falatório partidário não contribui em nada para isso. Só aproveitamento político na maioria das vezes...

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    5. Eu não acho que seja aproveitamento político - aliás, como disse acima já não posso ouvir a cassete do aproveitamento político, sinto-me indisposta de cada vez que é proferida - é indignação. Nós, os cidadãos podemos indignar-nos mas os partidos da oposição não podem? Podem e devem (fossem eles quais fossem): Quando um Governo falha em toda a linha é obrigação da oposição (repito: seja qual for o partido que esteja na oposição) apresentar-se com soluções melhores e diferentes. Chama-se a isso democracia.

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    6. Plantar árvores, cada um por si... pois sim, como cada um por si a dar corda aos sapatos para ir apagar fogos sem meios ou preparação.

      Anónimo, estamos num momento único para implementarmos uma política de ordenamento florestal com pés e cabeça. Omomento é o de ouvir quem sabe de planeamento florestal, quem conheça as plantas mais indicadas a cada tipo de solo e clima, etc.
      Mas para si, não. Fazer coisas de forma pensada?! Não, nem pensar!, o anónimo acha bem é que se comecem a plantar árvores "à Lagardére".



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    7. Não é aproveitamento político? Ligue para a sua Tv para o Parlamento e verá...é vê-los rir da desgraça em que caiu o governo. UM CIRCO.

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    8. Anónimo, estou a trabalhar, não tenho aqui tv, só vejo nas gordas dos jornais on-line o PM a dizer "quer ouvir-me a pedir desculpa, eu peço desculpa ", que, como toda a gente sabe é uma linda forma de não pedir desculpa a ninguém.

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  14. Não,a "Palmier" só fica apaziguada quando cair o governo!Mas em 60 dias já tem substituto para o Passos??Ai..é verdade,sobra a Cristas.....Que tristeza,aproveitamento político com tantas mortes!

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    1. Anónima, não posso mais ouvir a cassete do "aproveitamento político" que todos os apaniguados do PS engoliram nos últimos meses e que não se cansam de repetir até à exaustão. Eu não aproveito nada, não sou política, sou uma simples cidadã que paga os seus impostos e que exige um Estado que não nos deixa morrer.

      Tristeza mesmo é a cegueira do partidarismo.

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    2. Olhe engraçado que eu também já não posso ouvir mais a cassete que a culpa dos 500 focos de incêndio no pais ao mesmo tempo é culpa do governo, que a culpa das estradas não estarem fechadas é culpa do governo (a guarda está ocupada a por radares na estrada), etc...

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    3. Olhe... habitue-se!, como diz o líder do seu partido.

      É que, até ver, ainda sou livre de me indignar com o que me indigna a mim e não a si!

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  15. Xilre trouxe à colação a figura do bode expiatório.
    Parece-me claro que a Ministra não pode ser vista como o bode expiatório, a sua saída do Governo não vai curar este Governo nem salvar o país de todos os males. A saída da ministra representa o afastamento de quem desde Junho mostrou não estar à altura do cargo que ocupava. A senhora estava em farrapos do ponto de vista emocional (no seu lugar eu também estaria, pairavam sobre si 64 mortes!), como se podia esperar que naquele estado conseguisse ter lucidez para tutelar o que quer que fosse?
    Não teve sequer a presença de espírito para bater o pé a Costa e sair mesmo. Costa, por seu, turno, levou a sua frieza e falta de humanidade a níveis maquiavélicos, exigindo da ministra um esforço que a ninguém aproveitou, nem a ela, nem ao governo, muito menos ao país (talvez tenha aproveitado ao ego do próprio PM), sacrificando os interesses do país deixando alguém incapaz de agir num momento em que, mais do que nunca, era preciso fazê-lo.

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  16. É tudo mau de mais para ser verdade, vivemos dias muito difíceis e pouco democráticos!

    A esquerda, mais à esquerda, que por força do hábito de não pertencer a maiorias, habituou-se a reclamar profissionalmente... por estes dias, comprometidos com dias menos fáceis na maioria governante, que fazem? Protestam contra a direita e contra quem possa de alguma forma ter opinião menos abonada contra o governo!

    Ora caramba, não há pachorra!!!

    100 mortos e andamos à bulha uns com os outros!
    100 mortos e a ministra tem de ser empurrada pelo PR!
    100 mortos e temos de comer e calar!

    Era só o que faltava! Sábado lá estarei!

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    1. Aonde??A ajudar as populações e plantar árvores no terreno??Perto da desgraça??Ai...não,é no "Camões" pois.....

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    2. Faço copy-paste do comentário da Mirone:

      Plantar árvores, cada um por si... pois sim, como cada um por si a dar corda aos sapatos para ir apagar fogos sem meios ou preparação.

      Anónimo, estamos num momento único para implementarmos uma política de ordenamento florestal com pés e cabeça. Omomento é o de ouvir quem sabe de planeamento florestal, quem conheça as plantas mais indicadas a cada tipo de solo e clima, etc.
      Mas para si, não. Fazer coisas de forma pensada?! Não, nem pensar!, o anónimo acha bem é que se comecem a plantar árvores "à Lagardére".

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    3. Caro anónimo, onde? Todos os dias com os meus impostos e amanhã à noite deixarei bens de primeira necessidade e outros, numa entidade para a qual colaboro e irá no sábado levar às populações afetadas!

      Espero que fique mais tranquilo e que colabore também! Se possível, e não for pedir muito, respeite!

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    4. Plantar árvores ao desbarato, sem planeamento, sem organização? Pensam que plantar árvores é como plantar coentros na varanda? A sério?!

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  17. Todos têm culpa: os que lá estão e nada fazem e os que lá estiveram e nada fizeram.

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    1. S*, é evidente que há problemas que vêm de trás, mas diluir culpas é uma forma muito confortável de nunca responsabilizar ninguém. Houve aqui uma desorganização total dos serviços da Protecção Civil e isso, lamento, mas não foi culpa de quem lá esteve antes. Foi culpa de quem lá está.

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  18. Quando um PM diz no parlamento “quer ouvir-me pedir desculpa, eu peço desculpa.” é porque não percebeu NADA do que os portugueses estiveram a dizer este tempo todo.
    Maria

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    1. Sinto vergonha alheia por este governo...

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    2. A serio que de tido o debate,só retirou esta frase??

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    3. Anónimo, não tem outro blog onde ir despejar esse desespero? Irra, que canseira...

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    4. Não que lhe interesse, anónimo, mas estou fora do país em trabalho e tenho pouco acesso às notícias, da que li no site da RR, pouco mais diziam do debate do que isso. E se está tão incomodado também é porque não percebeu nada do que se andou a dizer nestes tempos.
      Maria

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    5. Aquilo nem foi um pedido de desculpa, foi apenas uma palavra dita com raiva para tentar satisfazer alguns portugueses.
      Para mim foi demasiado triste, mais uma vez constatar a falta de caracter deste nosso primeiro ministro.

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  19. Na minha modesta opinião o problema não tem qualquer relação com o partido ou a cor partidária de cada um. É óbvio que muita coisa correu mal, provavelmente os governos anteriores também não fizeram nada de proveitoso pela prevenção dos incêndios, mas o que é indiscutível é que foi com este governo que morreram mais de 100 pessoas em consequência dos incêndios e do desnorte completo dos meios de salvamento e ajuda.
    Só este governo é que pode ser responsabilizado.
    Horrorizou-me a forma fria, distante e superior como o PM tratou este assunto, como se estes 100 mortes fossem apenas um número, um momento menos feliz e que, nas palavras dele vai repetir-se (e não, não sou uma pessoa de direita)

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  20. Pipocante Irrelevante Delirante18 de outubro de 2017 às 16:50

    Coitadinha da senhora... não tem culpa... tem cara de quem não dorme há uma semana... não podia fazer mais... pena dela.

    Da Dona Constança, excelente pessoa, nada contra. Se ela quiser vir cá a casa beber um copo, bem-vinda.
    Da Ministra Constança, porta da rua. Não tem competência para o cargo.

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  21. Ainda não encontrei o espírito para verbalizar mais do que uma ou outra frase solta aquando a partilha de um ou outro artigo, no que toca a esta matéria de incêndios. O que só demonstra o quão consternada ando, pois não sou propriamente pessoa de silêncios.
    Subscrevo na totalidade a opinião da Palmier. A pobre da Constança não tem figura nem arcaboiço para carregar com toda a responsabilidade do estado a que chegámos. Seria necessário todo um exército de Constanças para aguentar com o peso de décadas de ignorância, servilismo perante os interesses das multinacionais, corrupção, e toda uma imensa lista de ignóbeis pecados. Mas lá está, diz que a estratégia do bode expiatório é um clássico que ainda continua a funcionar...

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  22. Pipocante Irrelevante Delirante18 de outubro de 2017 às 17:44

    Difícil perceber que a Ministra não tem perfil e competência para o cargo?
    Alguém cuja estratégia é esperar que chova...

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  23. Então o Costa,já caiu????Não???Ora bolas!!

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    1. Anónimo, conforme lhe disse acima, há muitos outros blogs onde ir despejar essa partidarite. Eu cá já estou cansada do seu desespero...

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  24. Eu não sou do Bloco,nem de perto,mas para mim foi o discurso mais coerente,inclusive,quando confrontou a antiga Ministra da Agricultura,e chamou a atenção da moção de censura aparecer no primeiro dia de luto! Por respeito às vitimas (digo eu),algum resguardo.

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    1. Será que não percebe que foi o discurso mais coerente para si. Para si. Repito: para si! Que nem todos pensam da mesma forma...?!

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    2. Uma coisa tenho certeza, tivessemos no anterior governo, ja teriamos ouvido o BE pedir para todos se demitirem varias vezes, sem se preocupar com dias de luto, isto logo no incendio de Junho!
      Infelizmente este BE esta muito diferente do que era... tem sido uma desilusao.

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  25. Pipocante Irrelevante Delirante18 de outubro de 2017 às 18:09

    Parece que já houve inundações em Lisboa.
    Isto é tão previsível que nem graça tem.

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  26. Não a vou incomodar mais,e desespero é o vosso!!Não ganharam nas Autárquicas,e querem a todo o custo derrubar o governo!!Bem disse a Catarina Martins,que nem o luto Nacional respeitam! Passe bem!

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    1. Anónima, acabou. Cansei-me. Uma vez que não compreende que nem todos pensamos da mesma maneira e que temos o dever de nos indignar perante este estado de coisas, vou deixar de lhe publicar os comentários.

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    2. Pipocante Irrelevante Delirante18 de outubro de 2017 às 19:22

      Desespero é de quem perdeu familiares, casas, ou meios de sustento.

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    3. Pipocante Irrelevante Delirante18 de outubro de 2017 às 19:23

      Faz mal, dona Palm.
      A estupidez humana nunca deve ser escondida.

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    4. Epá... Já não aguento mais! Está aqui desde manhã a ensinar-nos como pensar e sentir!

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    5. Obrigadinhas, sim? Está lá no meu blog aos gritos. Estou capaz é de a deixar berrar sozinha...

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    6. Fogo, fui ver. Copy-paste de todos os comentários!

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    7. Despero é de quem perdeu família, casa, bens e de muitas populações espalhadas pelo país que perderam os pulmões verdes que as circundavam. Desespero de um país que não percebe que áreas desta dimensão ardidas levarão ANOS a recuperar, prejudicando em muito a saúde de todos. Desespero de todos os portugueses. Se não é de todos, deveria ser.
      Maria

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    8. E claro que não me resisti a mandá-la pastar...

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    9. Minhas senhoras, então?
      As meninas andam muito exaltadas, vejam lá isso, parece que acordaram assim de súbito de algum coma profundo e ainda se não aperceberam que entretanto passaram muitos anos e que aquilo que pretendem denunciar não é nenhuma revelação mas senso comum, resultado da conivência de todos nós, menos das meninas, claro, não podem ser co-responsabilizadas porque estavam em coma. Sei.

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    10. Kina... e então, que propões? Que esqueçamos os mortos, e voltemos ao nosso palácio de cristal para mais um soninho de cem anos? Se, como dizes, a culpa é de todos nós - não sei bem porquê, se os sucessivos Governos têm do lado deles o dinheiro dos nossos impostos e com eles podiam ter investido na floresta/protecção civil- não percebo por que razão achas que não é o momento de fazermos qualquer coisa. Se este não é o momento de exigirmos, qual será para ti esse momento?

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    11. (Estou mesmo perplexa com este teu comentário... ah e tal, como isto antes também não era grande coisa, agora que é muito pior e morrem cem pessoas, não podem abrir a boca! Que raio de lógica é essa?)

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    12. (vou voltar para o meu coma e abster-me de responder, ando meia impaciente por estes dias)

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    13. Há quem tenha mui desenvolvido esse sentido, o da oportunidade, e esta é excelente, concordo contigo. Exija-se na medida da nossa participação. E se este for o momento para o início do nosso envolvimento enquanto membros de uma sociedade civil que integra o Estado, opá, largo já os tachos e vou para o meio da rua! Se é para espetar o dedo e escarafunchar nesta fractura ainda tão exposta...

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    14. Kina, então? Agora baralhaste-me.
      Então é suposto dar palmadinhas nas costas deste governo, passar-lhes a mão pelo cabelo e dizer-lhe que não, não podiam fazer mais nada, que isto tudo é fruto de erros passados e que, consequentemente, o governo está automaticamente desobrigado de fazer melhor (quiçá até tem legitimidade para fazer pior, assim como assim, perdido por cem, perdido por mil)? E depois? Fechamos os olhos e enrolamo-nos na posição fetal à espera que passe, porque no fim há de ficar tudo bem e se não está tudo bem é porque ainda não é o fim.
      Exigir mais deste Governo, exigir que faça melhor que os anteriores é apenas exigir que os nossos governantes façam aquilo a que se propuseram quando assumiram funções (repara que ninguém os forçou a formar Governo, formaram-no porque quiseram muito, tanto que fizeram as necessárias cedências à esquerda, para terem a certeza de que podiam reverter o péssimo rumo que a direita estava a imprimir ao país). Exigir que este governo proteja os seus cidadãos é o mais legítimo exercício da cidadania em democracia. Não é, nunca será, sinónimo de dar o aval a quem antes errou, parece-me óbvio.

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    15. Conforme disse algures nos comentários ao post anterior, em Junho, aquando da tragédia de Pedrógão, fiquei apática, sem reacção, incapaz de abrir a boca perante o horror, desta vez, exactamente por ser uma repetição do que se passou há apenas quatro meses, cresceu em mim uma indignação tal, que tem de haver forma de a extravasar. Acho que é isso que está a acontecer a muitos de nós. Ainda assim, e sendo honesta, acho que essa ideia de que há um determinado tempo e hora para a indignação é extremamente útil para quem não quer que se façam ondas: Deixa lá passar um tempo para ver se eles se esquecem...

      Assim sendo, não concordo de todo contigo. Aliás, estou extremamente convicta do nosso dever de exigir.

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    16. Palmier, ofende-me um bocado, enquanto pessoa, essa cassete do "morreram 100 pessoas". E a partir daqui começaria eu a exaltar-me e não quero. Devia ter estado calada, apre.

      (julgo compreender a tua indignação, mais do que legítima, mas não consigo concordar com a forma como a expões nem com os conteúdos/ argumentos que lhe associas, também eles legítimos, mas muito, muitíssimo redutores e selectos)

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    17. Olha, então está bem...

      (Não sabia que havia regras e argumentos especiais para a indignação...)

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    18. A regra é simples, parece-me: chama-se honestidade intelectual. Pressupõe honestidade na aquisição, análise e difusão de ideias.

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    19. Ah, claro... já cá faltava o argumento da (des)honestidade intelectual dos outros quando as suas ideias não coincidem com as nossas...

      desculpa,Kina, mas no comments...

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    20. Lady Kina, quem diz que toda a gente foi conivente com o que se passa não sabe do que fala. Ponto. Há mais de trinta anos que os sucessivos governos são alertados por populares e instituições (de "terreno" e académicas) que isto ia acontecer. A culpa não é de toda a gente. E não, nem toda a gente acordou só agora. E não, nem toda a gente foi conivente.
      E, porra, que vergonha tenho eu em ler tanta merda que os meus compatriotas por aí escrevem...

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    21. NM, curiosamente boto alguma fé na sua luta, não obstante a consideração em que tem aquilo que eu escrevo por aí, porque, efectivamente, não vale grande coisa.

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    22. (e não estivessem assim tão cegas pelo desespero, não seriam tão precipitadas na leitura do que escrevi, dificilmente concluiriam que sou contra toda e qualquer manifestação popular de indignação relativamente ao que aconteceu, muito menos, como afirma a Mirone, que me prontifico em palmadinhas nas costas do actual Governo. Só ainda não percebi o que é que pretendem, se alterações estruturais, efectivas mudanças, ou se apenas um virar de disco com a esperança (?!) de que a música venha a ser outra, em se mudando, ou nem por isso, a orquestra.)

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    23. Lady Mina, impossível não responder com exaltação, falo por mim, perante um:
      "Minhas senhoras, então?
      As meninas andam muito exaltadas, "

      Já perdi conhecidos para o fogo, sabes Kina....

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    24. Só posso falar por mim. Eu quero um Governo que por uma vez ponha de lado o populismo fácil e que pense no que é realmente melhor para o país. Quero um Governo que erre mas que tenha a humildade de assumir os erros, aprendendo com eles. Quero um Governo que ponha gente competente em cada lugar ao invés de paus mandados do partido sem qualquer experiência. Quero um Governo para os Portugueses e não para si.
      Infelizmente não acredito que António Costa tenha a capacidade de fazer isto tudo, é demasiado arrogante e cheio de si próprio, tem toda a escola Socrática. Mas isto não é novidade, eu nunca acreditei nele, só nunca pensei é que se estivesse nas tintas para se morria 1, 10 ou 100.

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    25. Eu estou-me a borrifar para quem está no governo. Não mudava rigorosamente nada àquilo que eu sinto e penso se fossem outros a lá estar. Nada disto tem a ver com política.

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    26. O sarcasmo pode ser terrível, bem sei, não digo que o não use por vezes como escudo, pois se eu te disser que também já estou a tremer dos dedos talvez não acredites, e olha que eu já tremi muito e tantas vezes por motivos análogos. Usei porém a expressão, se reparares, num momento em que a conversa já havia descambado para o âmbito do insulto.

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    27. Por acaso discordo, acho que isto também ter a ver com política.
      Mas sentiria exactamente o mesmo caso estivessem os da minha cor no poder, manifestar-me-ia igual. O 1º dever de qualquer Estado é proteger os seus cidadãos e isto não tem partidos, é válido para todos.

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    28. Para mim não tem a ver com política, Pic. Para mim.

      Pois LK... É daqueles temas em que... Enfim... Poucos temas mexerao tanto comigo como este da floresta...

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  27. Não será com certeza a demissão dela, que vai valer de alguma coisa, no entanto acho que nem devia lá ter entrado. Mas nada vai mudar claro, tudo voltará ao mesmo no próximo verão. E infelizmente assim será para sempre.

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