quarta-feira, 21 de março de 2012

Porque também eu sou uma exibicionista

E porque também eu passei um fim-de-semana a estudar as plantas (raiz, caule ou tronco, folhas, fruto, semente), as aventuras de D. Afonso Henriques (e a sua complicada relação com maman - dele), o relevo do nosso país (ilhas incluídas), a fazer contas de multiplicar e dividir, de somar e subtrair (com a variante casas decimais), também eu tenho o direito de exibir as notas de filho, como se das minhas próprias notas se tratassem.










P.S. Pobre filho não domina, ainda, a arte da negociação. Perante este naipe de notões prontifiquei-me, de imediato, a premiá-lo com um presente à sua escolha (pronta para adquirir uma PSP ou outra coisa do género). Pois que filho pensou, pensou e pediu (pouco seguro da viabilidade de tal exigência)... 10 carteirinhas de cromos... 

5 comentários:

  1. Parabéns a filho :D
    Ahahah coitado. Deve de ter pensado que haviam bastante clausulas então optou por um presente mais em conta xD

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  2. ..antes de mais parabéns ao filho. :))

    uma questão para reflectires.

    existe uma teoria sustentada por alguns psicólogos, pedopsiquiatras, sociólogos, etc., (entre eles Daniel Sampaio que muito admiro) que refere não ser adequado presentear as crianças em função dos resultados escolares que obtêm. dizem eles que o trabalho que efectuaram (estudar) já está recompensado pela nota que foi obtida (portanto a nota é uma recompensa) e uma recompensa não pode ser recompensada, é introduzida aqui uma contradição no processo e obviamente na cabeça das crianças induzindo-as num processamento da informação não muito saudável.

    também te quero referir que contra mim falo, pois em relação aos bons resultados escolares dos meus filhos sou quase de imediato impelido para a oferta material e afins :|

    sendo assim o que fazer, pois não deixa de ser de certa forma frustrante não podermos demonstrar a nossa satisfação assim como partilhar as suas alegrias, ficando fora a tão tradicional prenda. enaltecer as suas capacidades ficando apenas pela referência verbal parece muito pouco..

    é simples, segundo a teoria, devemos sim oferecer prendas aos nossos filhos mas fora do contexto tanto da recompensa escolar como do contexto temporal em que o facto ocorre. do género, recebe à mesma a prenda mas um mês depois, e porque nós gostamos dele, ou por exemplo porque se tem portado bem, facto que normalmente nunca é recompensado. aqui o processo tem uma relação certa: portou-se bem, é recompensado.

    pessoalmente a princípio torci um pouco o nariz a esta teoria, mas depois como a alternativa não deixava de fora a prenda, e o que estava em causa era o equilíbrio emocional daquelas cabecinhas que ainda se estão a formar, olha, aderi.

    só uma achega final, já reparaste que quase naturalmente ele desvalorizou o facto (pelo menos o material) e privilegiou a sua necessidade? talvez a sua natureza já esteja pré-formatada e no íntimo já se sinta devidamente recompensado, até porque é a filosofia utilizada em pedagogia e que eles ouvem da boca dos professores amiúde.

    :))

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  3. Ele estava feliz porque foi o melhor da turma (segundo ele, melhor que os 2 melhores alunos). Porque, ainda, não percebeu que também ele é dos melhores... Disse-me que achava que ainda não estava bem acordado, que estava a sonhar.
    Quanto à recompensa... não sei bem... O meu pai é psiquiatra (terá mais ou menos a idade do Daniel Sampaio) e, toda a vida, tivemos um esquema de recompensas que me parece ter funcionado bem. A coisa era até bastante desenvolvida. No início de cada ano lectivo faziamos um contrato (escrito) com um vencimento base. Depois, consoante as notas fossem boas ou más, acresciam ou subtraíam a esse valor. Fazia-me correr atrá da cenoura...
    Bem... A verdade é que filho estava tão contente que o presente foi absolutamente secundário. Disse-me que, para a próxima tínhamos de estudar AINDA mais :DDD

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  4. olha que bem, a dissertar acerca do universo cerebral com a filha de um psiquiatra.. :)

    obviamente que o teu pai, e muito bem, elaborou a sua própria teoria, e também é preciso termos a noção de que estas teorias valem o que valem, assim como a sua exequibilidade tenha de ser vista como regra sem excepção ou vice-versa.. provavelmente com a informação adequada a recompensa não tenha o efeito perverso que a teoria aponta... funcionou contigo :)

    na verdade, manter-se focado e devidamente informado a coisa dá-se sem dramas, ou percalços de maior

    :))

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    1. Filha de psiquiatra, não é igual a psiquiatra... podes dissertar à vontade! Temos de ir encontrando os mecanismos que funcionam com cada filho...

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