Como é que isto se explica?!

A sério... porque é que eu faço estas coisas?! Porque é que me deram alta do Júlio de Matos?! Porquê?! Porquê?! Já devia ter aprendido que nunca me safo…

Apareceu aqui no escritório uma senhora que quer, porque quer, tratar de um assunto, oh pah... pessoas... muitA, mas muitA seca (S-E-C-AAAAAAAAAAAAA)! Mesmo, mesmo, S-E-C-A! Mesmo! E eu, que a devia despachar em definitivo, não tive (mais uma vez) paciência e vá de me ocultar debaixo da secretária. A sério… imaginem o vosso querido e extremamente estiloso Palmier, de joelhos no chão e rabo para o ar, debaixo da secretária… Claro que isto tinha de correr mal, não é?! Pois…

Então, a senhora armou um enredo interminável e nada de abandonar o local. A secretária (pessoa), sem saber que eu me encontrava esparramada no chão qual pedra da calçada, ia-lhe dando trela e nada de pôr a criatura a andar. Quando já estava há, para aí, quinze (QUINZE!) minutos nesta infame situação, acreditando que seria impossível descer mais baixo, eis que toca o telemóvel (que não podia atender sem me denunciar), que tinha deixado em cima da secretária (mesa). E toca, e toca, e toca… e volta a tocar, a tocar, a tocar… Perante a insistência do telefonema, a secretária (pessoa) dirige-se à minha mesa (presumo que, para ver quem me estava a telefonar) e, eis senão quando, ao deparar-se com o meu corpo (extremamente estiloso, é certo!), caído e atirado para o chão… solta um grito de terror! Como que a dizer:

- Aiiiiiiiiiii a (minha querida) Dra. Palmier está aqui atirada para o chão, em estado falecido!

Claro que a senhora muitA S-E-C-AAAAAAAAA acorreu em seu auxílio para a apoiar naquele momento de dor excruciante. Foi então que, totalmente encurralada, achei que talvez fosse melhor abandonar o meu esconderijo e emergir com um ar saudável, fresco, fofo e normalíssimo, da minha toca…

Para que possam ter noção do meu campo de visão...