terça-feira, 30 de junho de 2015

A Grécia e a minha costela de merceeira

Não consigo ter uma opinião sobre a Grécia. Não consigo mesmo. Por um lado há em mim o lado de bom pagador, a minha costela Cavaco Silva, de quem levanta o dedinho para a lista de calotes na mercearia e diz com os olhos muito abertos ”pedisteS fiado, amanha-te, agora tens de pagar, contas são contas!”. Por outro, bem, por outro… parece-me impossível exigir à D. Andronika, a quem acabaram de cortar a electricidade e que já está a dever três meses de renda da casa, que venha pagar as três latas de atum e o pacote de esparguete marca branca, que levou na última quarta-feira. Claro que ainda me lembro de quando a Dona Andronika parava aqui à porta naquele Mercedes cinzento metalizado e, sem desligar o motor, entrava-me pelo estabelecimento, em cima dos seus saltos altíssimos, para levar aquelas latinhas de ovas de esturjão que custavam para cima de um dinheirão, e aí penso que havia de subir lá ao terceiro direito e levar-lhe o plasma de 95 centímetros, não há direito, o que ela para ali gastou, chego mesmo a subir as escadas para me deparar com o senhor Joaquim do talho, a D. Aurora da tabacaria, o Senhor Almerindo da loja de electrodomésticos, todos em fila, de braços no ar, com as facturas na mão, e lá em cima, os três filhos da Dona Andronika, agarrados à balaustrada, andrajosos e a chorar baba e ranho. Claro que a pessoa, perante aquele cenário, pega no seu papel pardo, o papel dos calotes, desiste da ideia e começa a descer os degraus, cabisbaixa, pensando que o melhor é deixar a Dona Andronika respirar um bocadinho, coitadinha, teve pouca sorte, talvez para o próximo mês ... Mas nisto, a Dona Andronika, assoma-se ao patamar, mão na anca, e desata aos gritos com os seus credores, andor, tudo daqui para fora, não se está mesmo a ver que não vos vou pagar nem um tostão, era só o que faltava, pagar o que pedi emprestado, onde é que já se viu?! Xô, xô… , e, perante isto, a pessoa agarra-se novamente no seu  papel pardo, e sobe os degraus muito depressa, a bater com os calcanhares, e a pensar “olha a sacana, então isto agora é assim?! Agora é que lhe levo mesmo o plasma!”

E pronto, assim vão os meus pensamentos sobre a Grécia.



75 comentários:

  1. E a tua linha de pensamento está mais que certa.

    A única coisa que eu admiro nesta situação é a coragem do novo governo Grego de, apesar de os Gregos não terem razão, achar que foi mandatado de uma determinada maneira e não alterar a sua postura a não ser que tenha um mandato do povo para isso!
    Aqui no burgo, por exemplo, foi eleito um governo que dizia que tinha de se baixar os impostos e o IVA, que os funcionários públicos mereciam mais reconhecimento e bla, bla, bla...
    ...e assim que chegou ao governo com um programa eleitoral e promessas claras, fez o quê?
    Aquilo que se esperava, claro!
    Aumentou os impostos, cortou salários e pensões e andou a transferir dinheiro do sector público para o privado à pázada!

    No fundo é só uma questão de honestidade intelectual, no caso da Grécia, e da falta dela, no caso do governo e oposições Portugueses!

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    1. Pois... não sei se queria estar no lugar dos gregos... ou melhor, sei: Não queria estar no lugar deles...

      (só espero que não estejamos no mesmo lugar daqui a um ano...)

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    2. Se quiseres saber mais da situação Grega, bem como sobre uma data de coisas que nos batem directamente à porta, lê "A mão do Diabo" do JRS

      Enquanto história é o pior livro dele. Enquanto livro, devia ser de leitura obrigatória. É, no mínimo, esclarecedor...

      :)

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    3. Cara Palmier, ninguém queria estar no lugar dos gregos, acho eu,
      E é um pouco como diz, a situação é complexa e ambos os lados tem argumentos válidos: se por um lado quem pede empréstimos tem que os pagar (ponto para a troika+BCE+FMI), por outro lado governos eleitos devem explicações a quem os mandatou- os seus eleitores (ponto para tsipras e sus muchachos).
      Ninguem sabe somo vão estar as coisas na próxima 2a feira. Espero que melhor para os gregos do que hoje, seja lá o que isso for, que situações destas não se desejam a ninguem.

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    4. Também espero que sim (melhor para os gregos e, a longo prazo, para todos nós). Só não estou a ver bem como...

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  2. Eu sonho com a dívida grega, Palmier. Acordo cansada com tanta preocupação. É que é mesmo como dizes, por um lado temos vontade de ser inflexíveis, por outro, a realidade é que a Sr.ª D.ª Andronika não tem mesmo como pagar.
    Eu até ia ter uma reunião como uma senhora muito sensata, inteligente e informada, para ver se chegávamos a uma solução, mas parece que me perdi e pronto, lá ficou a questão grega em suspenso.

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  3. Doce Palmier
    Sem tirar nem pôr.
    Vejo o medo nos olhos dos meninos. Mais rapidamente os levaria a comer um papo-seco do que engrossaria o coro que os assusta. Saio dali a pensar na gravidade daquela carestia. Terei, também eu, alguma responsabilidade? Eu, que apesar de me aperceber das fofocas sobre a origem ignota das posses de D. Andronika - que isto, já se sabe, quem cabritos vende e cabras não tem - ainda assim lhe fiei... (E logo ovas, que os meninos detestam tanto quanto eu.) Recordo os tempos áureos, em que nos juntávamos no café do planalto, a planear o arraial e a venda de rifas que reverteriam para os carenciados do bairro. E, até o Dr. Frigorífico se dispusera a doar umas horas do seu precioso tempo, para ensinar economia doméstica, tal qual lecionava no colégio bem lá da metrópole. Só não me lembro do que foi feito das receitas...
    Boa tarde,
    Outro Ente.

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    1. Eu cá vejo o medo nos olhos dos meninos e dos credores...

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    2. Precisamente! Ou seja, muito embora se imagine do lado dos credores - e não vale a pena especular sobre o futuro quando ainda nem o presente sabemos resolver -, não consegue deixar de pensar que a falta de pagamento do que é devido lhe trará dificuldades que não mereceria suportar. Assim, numa análise muito simplista, talvez deseje aquilo que muitos outros desejam: uma solução de compromisso. Normalmente, quando se empresta dinheiro "em família" não se cobram juros. É mesmo para ajudar. Não sendo dado, porque será restituído, onera também quem empresta, que se vê privado do rendimento do capital durante algum tempo... Claro que isto pressupõe a existência de verdadeiros laços inter pares.
      De todo o modo, tenho como ideal uma solução de união.

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    3. "Laços inter pares" é uma bonita utopia :)

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    4. Nem a Grécia sequer teve laços "inter pares" para connosco. Aliás eles exigiram mais dinheiro para Portugal entrar no euro...a Alemanha, à qual Portugal perdoou uma dívida, o que fez agora quando Portugal precisou de ajuda?
      Nenhum país é isento, nem bom samaritano. Nós já o fomos e saiu-nos bem caro.

      Que se façam medidas justas de forma a que possam pagar sou 100% de acordo, mas não que se perdoe, nem que se aceitem situações de "ostentação" como o aumento do salário minimo nacional. O nosso é uma miséria e mal dá para sobreviver mas os gregos ganham 751€ como salário minimo... e nós é que lhes devemos perdoar a dívida?

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  4. Esta é uma visão excessivamente simplista e redutora das coisas, mas infelizmente é a de muita gente. O mundo não é uma mercearia, e há que levantar os olhos para além do balcão.

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    1. Claro que é uma visão simplista... acho que isso está subentendido no texto... o que disse é que não só não consigo ter uma posição nem contra, nem a favor e que, por mais que tente, não consigo vislumbrar qual é a solução...

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  5. "But, again, it’s not about the money. It’s about using “deadlines” to force Greece to knuckle under, and to accept the unacceptable – not only austerity measures, but other regressive and punitive policies."

    http://www.theguardian.com/business/2015/jun/29/joseph-stiglitz-how-i-would-vote-in-the-greek-referendum

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    1. Não me parece que seja apenas isso. Também há disso, mas não só...

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  6. Hum, haveria tanto p se fizer sobre este tema.
    Eu tb tenho sentimentos contraditórios, mas em boa verdade (e aqui q ninguém me oiça) tb já estou é um bocadinho farta dos alemães e da sua prepotência e arrogância...

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    1. Pois... não sei...

      http://www.publico.pt/mundo/noticia/foi-isto-que-atenas-sempre-quis-a-pergunta-passou-a-ser-legitima-1700365

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    2. Me, My Shit and I , só um bocadinho ?
      É pouco ! Só um bocadinho é muito pouco.

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  7. No entanto há quem lamente a situação da D. Andronika e crie crowfunding

    http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2015-06-30-Britanico-reune-65.000-euros-em-crowfunding-para-resgatar-a-Grecia

    E a minha alma fica pasma

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    1. Epá... eu também lamento a situação dos gregos... ... que não estou assim tão certa de que não venha a ser a nossa daqui a uns tempos...

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  8. A mim só se me eriçam os pêlos da nuca quando dizem que os gregos escolheram isto. Pois. Não escolheram. Alguns escolheram. Mas nem foi a maioria sequer. Se podemos numa Europa Unida virar as costas aos idosos gregos que não apoiaram isto e não foram tidos nem achados no deboche que foi a gestão da economia grega e dizer-lhes: "Pah... Desenmerdai-vos..."? Caramba... Eu acho que não. Mas por outro lado...(...) olha, estou como tu... Não tenho opinião.

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    1. É tramado é. Mas acho q isto de união, desde o inicio do problema (sim q isto n começou no ano passado), tem tido mto pouco... :(

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    2. Deviam fazer um re-branding... para passar a "Desunião Europeia".

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  9. Pipocante Irrelevante Delirante30 de junho de 2015 às 15:47

    Vou explicar a crise grega usando uma analogia dos blogs.
    Imaginemos, hipoteticamente que, a Picante pediu dinheiro emprestado à Doce. Usou essas massas para comprar os seus queijos de marca, o seu belo vinho, os Loubotins e tal. Passados uns tempos, a Doce vem pedir o dinheiro de volta, mas a Picante não tem suficiente para devolver, pois o seu blog é pequeno, tem poucas parcerias, rende pouco. A Doce tem duas opções; ou dá mais tempo à Picante para pagar a dívida, e ao mesmo tempo dá-lhe um workshop sobre como angariar marcas para o seu blog, de modo a que Picante possa facturar mais, ou então parte-lhe as rótulas. Escolhendo a segunda, pobre Picante, que agora com joelhos desfeitos já pode fazer o seu running, tirando fotos aos outfits e mostrando as apps, o que a leva a perder ainda mais rendimento. Passado um tempo, novo pedido de reembolso, mas a pobre Picante está cada vez mais endividada e com menos rendimento, desta vez a Doce obriga-a a vender o que tem no closet, abaixo de preço de custo, ou seja, no fim temos uma Picante pobre, despida, e sempre caloteira. A única solução? Pedir dinheiro emprestado à Mirone, pois claro...

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    1. O pior é quando a Mirone se agarra à carteira e larga a correr... :)

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    2. Pipocante Irrelevante Delirante30 de junho de 2015 às 16:05

      A Mirone tem todo o interesse em estender a sua área de influência, por isso faz um emprestimozito... é isso, ou à cor de rosa, e depois temos a Picante no seu belo classe A a atropelar ciclistas por essas estradas...

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    3. :DDDDDDDDDDD
      Largava a correr e de caminho tirava fotos, que postava no meu blog, para todos verem como sou fantástica e com isso arrecadar mais uns cobres.

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    4. Mirone, sempre a facturar! Uma verdadeira Alemanha! :DDDDDDDDDDDD

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  10. É mesmo essa dualidade que sinto. Isso e o medo do Nosso futuro.

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  11. Cavaco, bom pagador, honesto ahahahahah . Foi a criação de um mito, um mitinho.
    Pois, Palmier...a política não é mesmo o seu forte, e com as obras da casa em curso, compreendo que a situação da maior parte dos portugueses (a grega não tardará, e então seremos mais) não lhe convenha nada.
    Não ter posição sobre a Grécia pode parecer normal. Mas tem sobre a política europeia no caso grego ?
    ( que pensa da Mirone agarrada à carteira a fugir ? )

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    1. Era mais Cavaco, o Economista merceeiro...

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    2. (se não consigo ter sobre a Grécia, também não consigo ter sobre política europeia no caso grego. Acho que somos bombardeados com desinformação, o que dificulta, e muito, qualquer tomada de posição...)

      (também não percebi lá muito bem a ligação entre a minha obra e a situação dos portugueses...)

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    3. Palmier, arrisco dizer que há gente que devia nascer sem cotovelos. Seria tão mais agradável. Para todos.

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    4. Ah... se calhar o anónimo das 16:21h pensa que vai criar um abrigo, lá no sítio das suas obras, e "derivado" à "situação da maior parte dos portugueses" não vai conseguir dar guarida a todos...

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    5. :DDDDDDDDDDDDDD

      Na verdade, eu não queria dizer... mas estou a construir um bunker!

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  12. Palmier, são exatamente iguais aos seus, "os meus pensamentos sobre a Grécia", é mesmo essa dicotomia.
    Ontem o primeiro ministro grego, deu uma entrevista na televisão pública Grega e entre outras coisas disse "Não acredito que nos queiram pôr fora do euro, já que os custos para os credores seriam demasiado elevados". E lá fico eu (outra vez) com vontade de lhes ficar com o "plasma". Parece aquela coisa do, nhã, nhã, nhã, nós sabemos que a nossa saída não vos interessa, porque a verdade é que as consequências são imprevisíveis, estão a fazer-se difíceis, mas no fim vão ceder. E os outros países que estiveram e estão a braços com a austeridade e tiveram que e têm de e estão a cumprir com o que lhes foi imposto, qual é o exemplo que fica, é o de que se pode pedir dinheiro à vontade e ficar a dever, porque depois alguém há de arcar com as consequências, desde que não sejamos nós, depois logo se vê e os que estão a ver-se aflitos para cumprir e para pagar as respetivas dívidas são uns tolinhos, não pagassem. Mas, depois, fico numa aflição, por tudo o que aquelas pessoas estão a passar e por tudo o que ainda podem vir a passar, caso as coisas não se resolvam da melhor maneira, eles e nós, toda a Europa. Aflição é mesmo o que sinto em relação a esta situação toda. Aflição e dúvidas.

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  13. Quem vendeu o LCD à D. Androceu? Pediu dinheiro a algum amável banco para o comprar? O amável banco não lhe terá mesmo recomendado a compra do LCD como coisa absolutamente necessária e de fácil pagamento através dele?
    O tão amável banco não será tão amigo dos amáveis governantes que já conseguiu transferirá dívida da D Anroyca para dívida soberana? E o sr merceeiro o que é que pensa fazer com o seu papel pardo? Entregue-o ao estado, que depois o pagamento é feito por todos nós.

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    1. Ninguém obrigou ninguém a comprar... claro que se incentivou o consumo como se não houvesse amanhã mas, em última instância, o problema está nos políticos medíocres que elegemos...

      (eu cá, como sabes, tenho o meu próprio papel pardo... arrumei-o numa gaveta e esqueci que existia. Não vale a pena sonhar que um dia há-de ser pago...)

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    2. Palmier, incentivou e continua a incentivar. Ainda no outro dia fiquei maluca com uma proposta de crédito q um dos meus bancos me estava a fazer (sem eu ter solicitado o q fosse). Um banco q por sinal, a par com mtos, ainda há pouco tempo estava (está) em maus lençóis...
      E a mim aquilo choca-me. Vêm fundos p os bancos, o q é q eles fazem? Aprendem com os erros e mudam a postura? Não, voltam a cair na mm merda.
      E depois? Depois cá estamos nós, os contribuintes, p pagar a caca q eles andaram a fazer.

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    3. Se me permite, eles não voltam a cair, eles sabem que podem lá estar, pois para eles é perfume do melhor. Perfume da nossa essência .
      " caca" é infelizmente e muito injustamente só do nosso ponto de vista.
      Isto vai mal, vai.

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    4. Ainda assim, hoje em dia há muito menos assédio dos bancos. Lembro-me da fase áurea da Cofidis e afins, com juros altíssimos, que enredaram muito boa gente (tenho N pessoas com vencimentos penhorados à conta desses "empréstimos" - ou deverei dizer "roubos"?)

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    5. Mas hoje em dia , com tudo o que sabemos, não é uma questão de assédio. O mínimo que se lhes exige é um pouco de pudor.

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    6. Eu, pessoalmente, nunca mais fui assediada com propostas de empréstimos... há uns anos era uma constante (mandavam aquelas cartas com créditos pré-aprovados, acho que bastava assinar e voilá... nunca mais recebi nada disso. Se acontece, é em muito menor escala)

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    7. Obrigaram e continuam obrigar quem lhes pediu emprestado. Veja-se o sector imobiliário. Casas avaliadas por valores astronómicos, empréstimos condizentes e hoje em dia o que resta para o pedinte, é ser isso mesmo, pedinte e responsável pelo remanescente da divida, após venda/saque da casa.
      Quando a nossa política monetária e económica é definida pelo Banco Central Europeu e pela sua obsessão com a inflação... Só posso pensar, ora bolas! mais um banco a me lixar, tudo os bancos...
      (Na verdade, vejo-me grega para definir uma opinião, até porque nada é tão simples como os argumentos que aqui apresento).

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    8. Eu tb achava isso, até receber esta proposta há umas semanas. E soube de mais um caso assim. Pode ter sido uma situação isolada, mas temo o pior.

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    9. Eu recebo constantemente essas propostas (eu estou desempregada e o meu marido ganha cerca de 2000€ mas não está efectivo), pagamos uma renda, temos um filho, poucas poupanças... mas muito frequentemente recebemos mensagens/e-mails e até cartas de bancos e crediárias. Ainda recentemente recebemos uma mensagem a dizer que tinhamos um empréstimo de 20.000€ pré-aprovado e que era só fazer uma chamada que o montante seria transferido de imediato para a nossa conta!

      Pelo que eu tenho visto o assédio e a pressão para os empréstimos continuam...eu acho que as entidades bancárias também deveriam ser responsabilizadas por esta irresponsabilidade (desculpem-me a redundância). Para mim é inaceitável estes comportamentos. Claro que as pessoas só fazem empréstimos se quiserem e, não sendo legalmente inimputáveis, têm que se responsabilizar pelas suas coisas mas os bancos não são santos nenhuns.

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  14. Admira-me que a D Andronika viajasse de Mercedes e não de submarino...

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    1. Isso era só quando ia à praia, a desenvergonhada... :DDDDDDDDDD

      (ninguém os obrigou a comprar quatro (quatro!) submarinos... tal como nós, tiveram o seu quinhão de políticos corruptos... )

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    2. Concordo contigo em absoluto, P.

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    3. Lá está, por vezes tenho algumas reservas se n houve mm nenhuma "obrigatoriedade", tanto a eles qt a nós, n obstante da existência de corruptos, ainda assim.

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    4. Claro que houve pressão... o problema está em quem cedeu à pressão (ou por que razão se cedeu à pressão...)

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  15. Neste caso,irritam-me uma série de coisas,a começar pelo referendo (como é que fazem alguém votar um documento que não leu, e que parece já não ter validade nenhuma), mas o que me irrita mais é o Tuga que escreve por essas redes sociais "bem feita, ainda hão-de pagar mais....Agora é que vão ver como elas mordem, saiam do Euro e da UE, uns chulos, sempre a viver à grande....." O Tuga esse célebre zelador da moral e dos bons costumes, que se esqueceu do que se passa por cá, que se encosta à bananeira e diz que a Portugal não vai acontecer nada....
    Eu estou bastante amedrontada, com o que pode vir acontecer por cá e com o "mexilhão" na Grécia. É sempre o mexilhão que se lixa....

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    1. Yap... é não perceber que estamos todos no mesmo barco... e que quando abana do lado de lá...

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  16. Eu também vinha dizer o quanto esta questão me inquieta, mas paralisei no arrepiante conceito "a minha costela Cavaco Silva".

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    1. :DDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDDD
      Era no sentido "Cavaco, o Economista Merceeiro" :DDDDDDDDDDDDDDD

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    2. Daí até ser um bom pagador, vai uma grande distância! engana bem é o que é!

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  17. E depois ainda há a referir o Personal Trainer da D. Andrónika, aquele que se propôs against all odes , com trababalho, teimosia e lábia, ajudá-la a cortar nas gordurinhas e recuperar a antiga forma, de modo a que se sentisse fit para os embates com os credores e conseguisse recuperar a posição social perdida.
    Um homem de visão , o Motivador, o salvador da família.
    E enquanto a D. Andrónika e a família passam as provações necessárias ao processo de reabilitação, o PT entra no seu gabinete de meditação ( Zen, Euro, Dracma, Lotus...) e acena com a mãozinha que segura um Samsung S6 Edge, para mostrar como é solidário com o plano de recuperação pessoal da D. Andrónika e da sua família.
    Prepare todo o seu pianinho de entrecosto, Palmier, que a D. Andrónika há-de acabar esfomeada... :)

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    1. :DDDDDDDDDDDDD

      Talvez fosse melhor levarmos a D. Andronika à DECO :D

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    2. O PT dá ares daquela nova espécie, muito em voga, o empreendedor... :)

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    3. Se a D. Andrónika ficar á espera da ajuda da DECO para obter explicações sobre cobranças malucas e afins e assim garantir entrada de capital para vestir a família, por exemplo, penso acabará por adoptar o apelido de Tarzanis...

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  18. É uma chatice pagar dívidas, eu também não gosto nada...
    Mas o problema maior, é que se não houver acordo, todos vão pagar por tabela e nós seremos só os primeiros.
    Como acham que não ganham o referendo, parece que o governo já o quer cancelar...

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  19. É isso mesmo Palmy! A melhor descrição sobre o que se passa na Grécia! Ahahah

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  20. Agora pare e lembre-se quando voce se zangou com toda a gente, ate estragou coisas e causou danos irreparaveis e mesmo assim outros e a Dona Andronika lhe perdoou tudo, fizeram-se amigos de novo e ate lhe disse que quanto a dividas estavam conversados. Mas voce Frau Ingrid ja n s elembra porque agora vive bem...

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  21. Calma, vai tudo correr bem. Já aguentamos a falência de vários bancos, as ppp, as privatizações... Somos gente de fibra.

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  22. Eu também acho dificl ter a distância suficiente para julgar a situacao. Acho que foi o Fernando Pessoa que disse que nao e' por acaso que Lisboa e Atenas estao a mesma latitude (quando defendia que somos mais helenicos que Latinos, com o qual eu concordo).

    Desculpem a falta de acentos.

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