Eis que uma das operadoras de comunicações móveis me quer oferecer uma pen de acesso à Internet. Essa operadora tem mesmo vontade que eu tenha uma dessas pens. Lá na operadora todos falam de mim e em como gostariam que eu tivesse aquela pen. É mesmo uma pen especial que deve estar lá à entrada do call center, com um laço cor-de-rosa e com o meu nome a piscar em néon (ou leds… que é mais moderno). Todas as manhãs, quando os senhores pegam ao serviço, há lá um chefe que os relembra (através de um megafone) de me telefonarem a falar da pen. E eles, excitadíssimos, telefonam-me TODAS as semanas (às vezes mais do que uma vez por semana) a apregoar as maravilhas daquela pen. Perante o tom de voz, eu chego a acreditar que me vão comunicar que sou a vencedora única do Euromilhões. Mas, depois, não… é a pen. E reparem, é uma OFERTA muito generosa porque, na realidade, eu SÓ teria de pagar 30 € pela pen e fazer carregamentos no valor de 10 €, a cada 3 meses. E isso, como devem perceber, é um acto muito generoso da parte da operadora. Diria mesmo que é um acto de prodigalidade tão extremo que, se se tratasse de um cidadão comum, poderia mesmo vir a ser interditado por manifesta incapacidade de administrar os seus bens.
Os senhores ficam verdadeiramente surpreendidos perante esta minha recusa (oiço um Ohhhh geral de todos os funcionários do call center. Chego mesmo a discernir alguns gritos de horror, bem como o choro compulsivo daqueles mais sensíveis) e perguntam, incrédulos, se eu tenho a certeza… é que, nas lojas, as pens chegam mesmo a custar (pasmem) 60 €.
Mas não queridos senhores dos call centers da operadora… eu não quero a pen… eu cá, só frequento locais com wireless, tá?
Mainada!
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