terça-feira, 16 de abril de 2013

Por causa dos blogo-afectos que apoquentam o Tio Pipoco e que a mim me parecem inevitáveis

Eu sei que é estranho, sei que o Tio Pipoco não me deu autorização, que foi à socapa, na calada da noite que um dia que não sei precisar…, glup…, confesso…, me tornei sua amiga. Assim mesmo, à maluca, sem avisar, sem pedir o seu consentimento. Repare bem o Tio Pipoco que me tornei sua amiga sem cuidar de saber se a amizade era recíproca. Mesmo que o Tio Pipoco a não quisesse, depois dessa noite, já não havia volta a dar. Fui eu mesma que decidi, sozinha, sem pensamentos profundos. Aconteceu. Sou sua amiga unilateralmente porque nem sempre a amizade precisa de ser bilateral. E nem mesmo o Tio Pipoco, com toda a sua renitência aos blogo-afectos, consegue evitar que eu lhe tenha amizade, porque há coisas que, simplesmente, não dependem de nós. Não pense o Tio Pipoco que sou uma amiga daquelas que dizem sempre que sim. Não… muito pelo contrário… às vezes, zango-me consigo. Chego mesmo a ficar amuada. Ponho-o de castigo. Decreto que, durante uns tempos, não lhe faço comentários. E, durante uns dias, chego mesmo a cumprir. Depois esqueço-me, porque as minhas zangas normalmente passam depressa. Tal e qual como me acontece com as minhas pessoas da vida real. E estes afectos, Tio pipoco, também aconteceram com outras blogo-pessoas (apesar de com elas me zangar muito menos). Aconteceram com a Sexinho, Com a Vera, a Loira, Com a Pipoca Mais Picante, com o Tolan, com a Plaft (apesar de, praticamente, só a conhecermos através das palavras do Tolan), com a Pedagogia, com a Scarlet, com a Mónica e com mais meia dúzia de blogo-pessoas. Gostar é fácil, gostar sem pedir licença, gostar porque há pessoas por detrás das letras, porque as imaginamos, porque pensamos nelas, porque nos preocupamos quando nos desaparecem do ecrã. Eu, por exemplo, das poucas vezes que me cruzei com uma garrafa de Barca Velha, pensei em si, pensei que o Tio Pipoco é que ia saber apreciar aquele vinho, muito mais do que eu, que, em podendo, lhe entregaria a garrafa embrulhada num papel de fantasia com Lamborghinis roxos. E pronto Tio Pipoco… é isto… gostar só por gostar. É certo que nos podemos desiludir que, se calhar, a pessoa que escreve não é igual à pessoa que respira mas... não é esse um risco que corremos com todas as pessoas com que nos cruzamos? Assim sendo, pergunto-lhe, por que não haveríamos de sentir afecto por aqueles cujos textos lemos com tanto gosto?… :)
(Deixo-lhe um smiley porque, lá está, os amigos perdoam-nos estas falhas)

8 comentários:

  1. BRAVÔ Palmier!
    Foi assim também que fiquei tua amiga...de repente, sem pedir licença e não me importando sequer em saber se era correspondida ou não.
    Gosto de ti porque sim, porque gosto de te ler, porque te reconheço a loucura saudável de alguém que está de bem consigo e com a vida; alguém bem amado e que sabe amar bem.
    Agradeço, do fundo do coração, a correspondência da tua amizade, à minha, e tenho a certeza de que no dia que te conhecer não ficarei desapontada, bem pelo contrário, sei que vou sorrir com os meus botões (fecho éclair ou velcro) e dizer de mim para mim, "eu tinha razão em gostar dela"
    Tua, INCONDICIONAL AMIGA,
    Sexinho

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  2. Por mais estranho que possa parecer...mas somos de facto compelidos a gostar de algumas pessoas que por aqui lemos. A mim é me fácil ler duas ou três linhas de um post, e acontecer o mesmo de quando conheço uma pessoa nova, que é defini-la para mim, fazer as minhas deduções de carácter.
    Quando criei o blog não estava à procura de amizades, nem nunca o esperei fazer, mas é certo que se criam empatias com muitos dos que por aqui andam. Acabei mesmo por me encontrar com mais do que uma pessoa, e por me sentir especialmente próxima de uma comentadora assídua do blog, e que também eu visito regularmente. Corro o risco de dizer que nos tornámos amigas.

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  3. Ai, vocês não me puxem para a emoção pois sou uma pessoa frágil.
    Falando a sério, não tenho a menor dúvida que os afectos existem nos blogs porque quem os escreve fá-lo com emoção, seja ela qual for. E tudo passa para quem lê. Eu não conhecia a Pólo de lado nenhum, a não ser pelas suas palavras e devo confessar que fiquei super feliz quando soube que a Ana tinha nascido. Ao mesmo tempo que me emocionei com o que a Sofia passou recentemente (Às 9). Suspirei quando o Pipoco ameaçou um stand by e fiquei emocionada com cada email que recebia perguntando se eu estava bem, de cada vez que escrevia algo menos espirituoso. Gosto de determinadas pessoas desta comunidade que é a blogosfera, ou pelo menos, daquilo que elas me mostram. E gosto de ti, Palmier, mesmo não te conhecendo. Porque, aquilo que mostras é absolutamente irresístivel. Farto-me de te elogiar e comentar que gostava de escrever assim. Com humor, com desprendimento e...IMAGINAÇÃO. E gosto daquilo que eu ainda consigo perceber para além das tuas palavras. A tua determinação profissional, as tuas características como mãe e mulher. Gosto de conseguir perceber isso sem que o necessites de escrever. É estranho. Tal como no dia-a-dia, também aqui conseguimos gostar de pessoas, assim, só porque sim.
    Há afectos, Sr. Pipoco. Não duvide.

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  4. Oh Palmier, assim não vale que eu tou cheia de hormonas e sou uma 'ssoa que se emociona com facilidade :')

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  5. Eu, sou apenas leitora e seguidora de blogs. Alguns são um verdadeiro prazer para mim e não dispenso uma (ou várias) visita diária.
    Por esses pequenos (e por vezes grandes) prazeres que os blogs e bloguistas que se juntam aqui na Palmier vós agradeço.

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  6. Caramba mulher, não conseguiria escrever melhor que isto aquilo que sinto. Foi assim que me tornei amiga do Tio Pipoco, de ti, da Sexinho, de tantos outros, fico triste quando eles estão tristes, fico contente por eles, lembro-me deles nas pequenas coisas e vejo-me no abastecimento de um passeio de BTT a pedir desesperadamente uma foto para captar aquele momento único e indescritível que é encontrar um Palmier numa caixa cheia de bolos. Os outros pensaram que eu estava louca, a mim fez-me todo o sentido, como me fazem os afectos, nisto dos blogues.

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  7. Cá beijinho Palmier, impossível não sentir afinidades com algumas das personagens, daqui dos blogs. Se as manteremos depois de conhecer os autores já são outros 5 tostões, acho que vou escrever sobre isso.
    (Ele também pensa assim mas tem um certo estilo a manter, se começa a ser fofinho e sensível perde carisma e isso é que não).

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