Depois
de anos de papeladas, de ideias, de ficar em banho-maria por alturas do auge da
crise, de hesitações e de dúvidas, de certezas absolutas, de trocar paredes e
casas de banho de sítio, de aumentar aqui e diminuir ali, de engenheiros,
arquitectos e empreiteiros, de orçamentos, planos de execução e revisão de
acabamentos, parece que a obra daquela que vai ser a minha futura casa
está prestes a avançar e, brrrrrrrrrrr, se por um lado é bom materializar uma ideia,
por outro é dar a coisa como definitivamente encerrada. É que havia qualquer
coisa de poético na ideia de ter uma casa imaginária, uma casa com possibilidades
infinitas, uma casa flexível e maleável como a plasticina, uma casa que podia ser tudo e não era nada, uma casa
que se transformava com um simples piscar de olhos, uma casa que se tecia de
dia e se desfazia à noite, uma casa em permanente metamorfose, uma espécie de
carruagem da Gata Borralheira. Tão depressa era uma tipóia como uma abóbora…
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero
Adorei.
ResponderEliminarCreio que a carruagem que tão depressa era uma abóbora como uma tipoia era a da Gata Borralheira.
ResponderEliminarE também me lembro dessa cantiga...
Troco sempre as histórias! Já alterei :)))))
EliminarLembro-me tão bem dessa cantiga... Cantei-a tantas vezes quando era pequeno. Boas recordações, menos a parte da rua dos Bobós número zero. Acho que os meus pais já conheciam a minha tendência para mente conspurcada para me cantarem esse pedaço!
ResponderEliminarTanta arrumação, Dios mio, que jeito me dava!
ResponderEliminarO closet é piqueno. Revê isso. :)
ResponderEliminarO closet?! Para as minhas vestes, está pensado um templo no exterior, com uma cúpula de vidro e no centro, num altar, a minha colecção de Louboutins!
EliminarAh, bom! Ah, bom! Assim é outra história! Depois queremos fotos: Palmier, de robe de chambre, atravessando o jardim até à cúpula para escolher o outfit do dia e acender uma velinha pelos Louboutins! :P
Eliminar:DDDDDDDDDD
EliminarA casa que se tecia de dia e se desfazia de noite... Tem Palmier wtitten all over it :) ;) ;) ;)
ResponderEliminar.. felicidades mil para o projecto, que só pode ser fantástico.
;) :) ;)
Aí cá nervos. Depois de 7 anos de obras, agora sou mais adepta do chave na mão. Mas dada por quem me adivinhe os quereres...muitas felicidades. Uma casa à medida ê das coisas boas, mesmo boas, da vida.
ResponderEliminarE os cómodos da Diva Cutxi? Não vejo nas plantas a ala dela assinalada com um osso... :D
ResponderEliminar:DDDDDDDDD
EliminarPequena Cutxi ainda está a terminar o seu próprio projecto... preferiu ir viver sozinha... :DDDDDDDDDDD
Essa era a música d'A Pandilha!
ResponderEliminarTens um wrapping room? Não? So beginner?
ResponderEliminarUma sala de embrulhos?! Por Deus Mónica! Querem lá ver que tenho de alterar o projecto?!
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