segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A relíquia

Pessoas, pessoas, estou a escrever-vos ao mesmo tempo que me encontro desmaiada no meu sofá. É que nem vão acreditar no que me sucedeu. Atentem, atentem! Uma maravilha, foi o que foi! Reparem bem:
- Eu-sou-agora-a-feliz-possuidora-de-um-comentário-de-Tolan-no-meu-blog! 
De Tolan, pessoas! Perceberam bem a magnitude do acontecimento? Tolan escreveu "ahahahah". "ahahahah", pessoas! Não foi um mero "ahah". Não! Foi mesmo "ahahahah". É que isto, pessoas, são emoções a mais para um ridículo Palmier!
Enquanto podia estar a escrever coisas maravilhosas, ou a deixar de fumar com a sua Plaft, Tolan abdicou de um momento do seu tempo para me escrever "ahahahah". E, reparem, e fê-lo às 13h45 do dia de hoje. Uma hora em que, com certeza, teria mil coisas notáveis para escrever! E, pronto, queria que partilhassem comigo este momento de felicidade...
O meu próprio comentário de Tolan... 
Agora... olha... vou ter de emoldurar o meu próprio blog...

Momento de AMOR

Tendo em conta a quantidade de relações perfeitas, paixão infinita, afeição ilimitada e penetrantes declarações de amor espalhadas pelo blogo-mundo, também eu devo dedicar um momento do meu tempo para exaltar o meu casamento. Não me posso deixar para trás e, portanto, vou exibir um amor mais profundo que os vossos... um amor melhor e mais valioso... um amor muito mais romântico. Assim sendo, vou abrir uma excepção aos rígidos princípios que determinei para uma protecção adequada da minha vida privada, para vos deixar aqui os ardentes sms que me foram enviados pelo meu querido consorte, nos últimos dias. Nós somos, sem qualquer espécie de dúvida, "O" exemplo a seguir. Eu e o meu cônjuge, estamos em perfeita sintonia. Somos uma espécie de  ying & yang... de fish & chips. É que, vejam, ele aparenta ser uma espécie de piloto-aviador, e eu... bem... eu sou a torre de controle...

domingo, 16 de setembro de 2012

Escusam de me agradecer...

Ainda no seguimento da minha rúbrica "Estilo, digo eu! - versão reciclagem", regresso para vos brindar com mais novidades da colecção Outono-Inverno 2012/2013. O primeiro princípio que devem ter presente (e que eu sei que vão adorar) é o de que tudo, TUDO, deve ser encarado como uma Zara. O mundo é uma Zara gigantesca, com excelentes investimentos a brotar de todos os lados. Assim, quando forem passear para a Natureza, não devem encarar tal facto como uma coisa necessariamente má (que eu sei que vocês, mal se afastam cerca de 10 km de uma qualquer Zara, entram em estado de carência). Devem, portanto, ter em conta esta máxima e, de certeza, que se vão sentir muito mais tranquilas e sem aquelas tremuras e suores frios do costume. Ora então, vamos lá.
Estão vocês muito bem no vosso passeio quando, de repente, vislumbram artigos de interesse à vossa frente. Quando isso acontecer, devem agir imediatamente, antes que outras fashionistas, mais experientes, saltem de trás de um arbusto e vos levem as vossas plumas

Devem, portanto, avançar com rapidez mas de forma discreta. Assim que chegarem junto das plumas, devem olhá-las com algum desprezo e pegar-lhes, apenas, com a ponta dos dedos, para que as outras fashionistas não reparem no vosso súbito interesse e tentem, de imediato, furtar-vos a vossa Natureza de eleição. Se isso acontecer, vocês estão, certamente, cientes das regras gerais das compras compulsivas: Vocês viram-nas primeiro! Elas são vossas!

Sacam de imediato da vossa tesoura de poda (devem andar sempre com uma) e, zás, cortam o tufo todo de plumas (mesmo que depois vos sobrem plumas, ou mesmo que não as usem, não devem poupar a Natureza. Ela está ali é para servir os nossos intuitos consumistas)

De seguida, vão buscar a agulha de cozer o peru de Natal e unem os ramos de plumas uns aos outros. 


Posto isto (não, não desmaiem de felicidade) poderão ter momentos de absoluto deleite com uma peça de vestuário simplesmente maravilhosa. Reparem:




Melhor que isto, só se forem à praça (deverão ser  cautelosas porque, aqui, a concorrência pelas maravilhosas peças de design é feroz) e conseguirem obter, por exemplo, uma abóbora em forma de espermatozoide.


Nesse momento, não devem hesitar! Deverão passar por cima de tudo e todos para serem as primeiras a deitar-lhe a mão. Esse é o momento em têm de mostrar toda a vossa raça, toda a vossa fibra, têm de mostrar do que são feitas e, aí, vale tudo, mesmo tudo, porque, lá está, estarão perante o acessório perfeito, para a vossa indumentária


E pronto. Sei que, da próxima vez que for à Natureza os campos já não vão estar tão verdes e bonitos porque vocês, em sabendo destas coisas, vão entrar por ali dentro e, numa espécie de sofreguidão dos saldos, dão cabo daquilo tudo num ápice. Mas, pronto... a moda está acima de tudo e eu sinto que tenho de partilhar a sabedoria... 

P.S. Já me esquecia de mencionar... Não se deverão deter pela alergia causada pelas plumas. Temos de ultrapassar essas insignificâncias... 

Entro nas escadas do prédio e...

... encontro a vizinha do 2º andar, que me pergunta:
- O que é que fez ao cabelo, que está tão girouuuuuuuu!
Ora eu fiz, de imediato, um rewind ao meu dia, para eu própria perceber o que me tinha provocado uma aparência tão magnífica. Acontece que recuei até à minha saída da cama hoje de manhã e verifiquei que (glup):
- Bem... Acho que não me penteei... foi isso que fiz...
E pronto, é assim que fico a saber que, depois de anos de luta com o secador, de horas perdidas (dias mesmo) em volta do penteado perfeito, ... desgrenhada é que estou gira...

Primeiro Balcão

sábado, 15 de setembro de 2012

Se eu fosse Pedro...


Se eu fosse Pedro, estava um bocadinho aborrecida. Estava um bocadinho aborrecida por ter sido burra. Ser burra é, já de si, uma coisa aborrecida. Ser burra à frente de muita gente, é coisa ainda mais aborrecida. Ser burra à frente de um país, é... humilhante. Não sei bem o que terá passado pela cabeça de Pedro para fazer uma declaração tão chocante, tão significativa e que joga com a vida de tantas pessoas, de forma tão leviana, atabalhoada, sem qualquer explicação e... antes de um jogo da bola. Assim, num estilo, toca a despachar. Terá Pedro pensado que ninguém dava por nada?! Que Pedro ia cantar "A Nini" e que nós ficávamos todos a gritar golo e que, de seguida, nos dava uma amnésia colectiva?! Que passava de fininho?! É que eu ponho-me na cabeça de Pedro, e não consigo encontrar resposta. Não consigo, pronto. Sou uma pessoa limitada.
Apesar disso, não desisto de ser Pedro logo à primeira dificuldade. Continuo a tentar ser Pedro. A ser Pedro no seu estado humilhado... e a ver as pessoas na rua. A ver as pessoas que me acharam burro a protestar contra mim, contra a minha burrice. E pergunto-me:
- O que estará Pedro a fazer? 
Depois, imagino o séquito, os conselheiros, os analistas, os que ajudaram Pedro a preparar aquela declaração. Imagino-os a desvalorizar, a minimizar, a dizerem que tudo foi pacífico, que não é como na Grécia, que o povo tem memória curta, que, não tarda nada, já se esqueceram, que aqueles que sobram, frente à Assembleia da Répiblica, são os organizados, os comunistas, os sindicalistas e que esses, claro, não contam. Imagino Pedro a concordar. Concordar, sempre é melhor do que reconhecer o erro. Sobretudo, quando estamos rodeados de pessoas que querem que estejamos certos. E, depois de imaginar tudo isto, pergunto-me:
-Se eu fosse Pedro, arriscaria um pedido de desculpas, um "realmente, demonstrei que sou um bocadinho impreparado e não tinha pensado lá muito bem no assunto", um tomem lá o meu braço e torçam-no até doer? 
É que isto, não é novo. Este, é aquele momento, facilmente determinável no tempo, em que o político, porque é mais fácil desvalorizar do que recuar, porque, se recuar, está a admitir a sua falta de preparação, prefere fechar os olhos. Este é o momento em que a Alma se separa do corpo. É o momento em que o Pedro está a virar as costas à realidade e a dar início a um longo e penoso precurso autista... E, este é, portanto, o dia em que, todos nós, perdemos o Pedro. Este, é o dia em que o Pedro, bem podia chamar-se José... José Sócrates...

Eu sabia...


Que isto, não ia dar bom resultado...


1h30 da manhã...

Oiço um enorme barulho. Saio do meu quarto e deparo-me com as luzes todas acesas. Maman encontra-se em frenesim, em cima de uma cadeira, pendurada num roupeiro. Filho, sentado na cama, assiste à cena tranquilamente. Pergunto (a medo):
- O que estás a fazer?
- Estou à procura de um aquecedor para a cama (vulgo, cobertor eléctrico).
Eu: Um aquecedor para a cama?!
Maman: Sim... ele diz que tem frio!
Convém esclarecer que, apesar de filho ter dois (dois!) edredons na cama, se encontrava tapado, apenas, pelo lençol.
Eu: Oh mãeeeeeeeee.... se tem frio, o melhor é tapar-se, não?
Maman, triste pelo desprezo que dediquei à sua maravilhosa ideia, foi-se embora a revirar os olhos... e eu, eu agradeço aos céus ter-me levantado. É que, caso contrário, amanhã de manhã, tinha, para o pequeno-almoço, filho estufado...


sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Estilo, digo eu!

Se vens para o campo, deves adoptar um look mais casual e desportivo. Uma ideia que resulta sempre muito bem, é a de te apropriares dos elementos à tua volta, fundindo-te com eles e, inevitavelmente, com o ambiente. Uma espécie de cozinha de fusão do vestuário. Deixo-vos um exemplo de referência. O resto, depende da vossa imaginação...

Só uma coisinha...

Acabo de ter uma reunião com uma senhora, cujo decote era de tal forma acentuado, que tive um fundado temor que as maminhas ganhassem vida própria (ou, até mesmo personalidade jurídica) e, de um momento para o outro, arreganhassem o dente, saltassem dali e me dessem uma dentada. É que aquilo, eram umas maminhas agressivas. A sério pessoas, é que não estamos a falar de umas maminhas Beagle, nem umas maminhas Labrador, nem mesmo de umas maminhas Pastor Alemão. Não! Estamos mesmo a falar dumas maminhas Doberman. Umas maminhas Doberman, à solta, sem trela nem açaime. Eu cá e à cautela, mandei logo trazerem-me um daqueles fatos almofadados para treinar animais perigosos.
Se eu fosse cão (macho), juro que esta senhora me teria parecido um apetitoso técnico da Zon e, tenho a certeza, que me teria comportado exactamente DESTA forma...

Cá estou eu para vos ajudar!

Nos dias que correm e com o desemprego que para aí anda, todos os cuidados são poucos. Assim sendo, deverão ser extremamente prudentes e, quando forem fazer xixis, beber cafés, tirar fotocópias, almoçar, lanchar ou qualquer outra actividade que implique ausentarem-se da vossa secretária, devem deixar bem explícito que vosso posto de trabalho está ocupado...
Vão por mim, que eu sei destas coisas!

Afinal...

... depois da entrevista de Passos Coelho à RTP, achei preferível vir para a Vogue Fashion Night Out, assim...
 

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Pedro Passos Coelho...

I mustache you a question...
... are you drunk?

Tio Pipoco, tio Pipoco! Terríveis notícias!

Como o tio Pipoco bem sabe, eu sou, reconhecidamente, a cheerleader das Pipoquetes (actividade certificada pela ISO 9020). Assim sendo e no exercício das minhas funções, devo:
a)    Recrutar, numa base diária, mais e mais Pipoquetes para se juntarem às nossas fileiras e;
b)    Estar a par de tudo o que se diz sobre Pipoco, O Mais Salgado, no mundo virtual.
Apesar das responsabilidades que advêm desta minha actividade e que recaem apenas e só sobre os meus fracos ombros, serem muito exigentes, levo as minhas funções muito, muito a sério, pipocando desenfreadamente e numa base diária o blogo-mundo. Essa pipocagem é feita dirigindo questões muito específicas ao Google. Uma delas (a mais recorrente) é:
- Internet minha, Internet minha, há alguém mais brilhante e profundo que Tio Pipoco quando escrevinha?

Quando, de repente, sou confrontada com esta resposta absolutamente aterradora:


Sim, Tio Pipoco, a internet, em vez de me responder, com voz profunda e penetrante, como é habitual:
- "Não. O tio Pipoco é o mais brilhante e profundo de todos!" Responde-me com alguma ligeireza e precipitação que, no topo da lista de procuras se encontra, não Pipoco, O Mais Salgado, mas sim Pipoco, O Sertanejo! Sertanejo, tio Pipoco! E isto, tio Pipoco, é terrível! É que se fosse um Pipoco Nova Iorquino, um Pipoco Parisiense ou, até mesmo um Pipoco Alpino, nós, as Pipoquetes, ainda conseguiríamos respirar. Agora, um Pipoco Sertanejo é algo com que não conseguimos, pura e simplesmente, lidar. Estão a ser momentos muito difíceis estes…

E agora pergunto, tio Pipoco, deverei fazer face a esta situação, dirigindo-me, de imediato, para o Brasil, levando comigo uma maçã envenenada?

Ainda bem que eu sou prudente...

E não vos falei sobre o primeiro dia de aulas de filha. Caso contrário, hoje teria de vos contar que, dois dias volvidos e uma garganta inflamada depois, filha estava à porta, vestida, com a mochila às costas e de sapatos calçados, exigindo, contra todas as minhas recomendações, ser conduzida à escola…

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Continuando a rúbrica: "Estilo, digo eu"

Querem ir à Vogue Fashion Night Out, mas estão tristes porque o Vítor Gaspar vos levou os euros todos e, agora, vão passar pela suprema humilhação de andar a subir e a descer o Chiado sem poderem fazer uma única aquisição? Façam como eu! Levem já os sacos de casa, para fingir que compraram imeeeeeeeensas coisas!

Só mais uma coisinha, pequeno Pedro...

Deixaram-me isto no carro e eu, querida e fofa, guardei para ti. É que, sinceramente, parece-me que precisas de mandar chamar o Prof. Adama o quanto antes... para ver se ele reverte a magia do afastamento total entre ti e os "outros" e pratica a magia da aproximação rápida. Despacha-te lá, que é bom que isso esteja tudo tratado antes de Sábado... 


P.S. (ou, no teu caso, PSD): Se quiseres, também podes experimentar as outras magias. Como só tens de pagar no fim, podes estar descansado que, por essa altura já tens o nosso dinheiro todo.

Como sou um camaleão, acabei de criar uma nova linha editorial: "Estilo, digo eu!"

Tendo em conta os tempos que correm e incentivada por Víctor Gaspar, decidi-me por uma nova abordagem à vida e dedicar-me, agora, a ensinar-vos a reciclar. Assim, e sempre que blogs de sucesso vos aconselharem a gastar os vossos magros rendimentos em coisas da moda, vocês deverão consultar antes os meus preciosos conselhos, de forma a evitarem gastos desnecessários. 
Hoje, e para começar, vou falar-vos sobre golas. Aquelas golas que se compram soltas e se aplicam numa t-shirt velha para lhe dar um intenso glamour. Ora então, quando quiserem uma golinha dessas (não sei para que raio a quererão mas, infelizmente, vocês querem sempre tudo o que vêm), deverão começar por aqui:

Primeiro passo: Aproveitar os naperons dos croquetes (Depois das vossas festas, em que se entopem com fritos - que vocês são gente muito pouco saudável-, guardam os naperons)



Segundo passo: Dobram o naperon em quatro e, com uma tesoura, cortam um círculo ao centro.


Terceiro passo: Admiram a vossa obra (porque, como nunca têm jeito nenhum para trabalhos manuais, ficam muito espantados com o resultado)


Quarto passo: Aplicam o naperon nas vossas t-shirts manhosas e, apesar de ficar ridículo, ficam muito contentes

Quinto passo: Podem variar o formato que ficarão igualmente ridículas.

E pronto. Era isto. Qualquer coisinha que necessitem, já sabem. Não hesitem em contactar-me que estou cá é para ajudar...



terça-feira, 11 de setembro de 2012

Então e tu, pequeno Cavaco, o que fazes?

Estou aqui nos jardins de Belém, camuflado nuns arbustos. Movimento-me furtivamente e disparo a minha fisga ao acaso. Disseram-me que tinha de apanhar um coelho... para termos uma conversinha... sinceramente, não faço a menor ideia do que hei-de fazer...