sábado, 28 de maio de 2016

A propósito desse novo sacrilégio que é estudar com os filhos

A pessoa recebe este comentário anónimo:

"Depois levamos com meninos que não sabem lidar nem gerir frustrações."

Pelo bonito termo "levar com", a pessoa percebe que é alguém ligado a uma escola, mas tem esperança que este comentário tenha sido escrito por uma auxiliar de acção educativa,  pelo porteiro, pelo responsável da tesouraria, pelo senhor do bar, sei lá, por qualquer pessoa dentro da escola menos por um professor, uma vez que não é suposto um professor ter de levar com os alunos, mas não, a pessoa é rapidamente esclarecida pelo comentário seguinte:

"Por acaso é mesmo numa escola, como professora, mas com um grande defeito, é numa escola pública. Aliás, não sei para que se cansa tanto a estudar com ele, uma vez que as notas já estão garantidas à partida a partir do momento que paga por elas num colégio privado. "

E a pessoa não consegue deixar de ficar com muita pena dos alunos desta "professora".


60 comentários:

  1. Vergonha alheia...pelo comentário da colega.
    Enfim...

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    1. Se for para ter professores como a tua anónima é preferível ter os filhos em escolas privadas (e não é, seguramente, pela "garantia" de boas notas).

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    2. E nas privadas não haverá professores assim? Já ouvi cada coisa dita por crianças, pais e professores sobre outros professores que fiquei ligeiramente "traumatizada".
      Pela minha experiência é preciso ter sorte. Sorte primeiro com o(a) professor(a), depois com quem os rodeia incluindo colegas, superiores e colégio/escola, etc.
      A verdadeira diferença, a meu ver, é que um pai que tenha um filho numa privada tem, por norma, mais facilidade em trocá-lo de escola assim que alguma coisa corre mal.

      O que eu sei é que quanto mais ouço e vejo determinadas situações mais dou graças a todos os santos pela professora que o meu filho tem (ensino público).

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  2. Nota: de referir que leciono há 21 anos, 5 dos quais em regime de acumulação num colégio privado.
    (Continuo envergonhada...)

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  3. Confirma-se que o "eu estudo com os meus filhos até ao doutoramento" é o novo "eu dei de mamar até eles terem sete anos"...

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    1. Eu pensei que fosse "pôr os filhos na escola pública é o novo dei de mamar até aos dez anos"...

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    2. Palmy, então não agradeces o elogio? O Pipoco a sugerir que o teu filho está prestes a doutorar-se com 12 anos e tu nem uma nem duas?

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    3. Nós somos assim, muito inteligentes. Todos doutorados entre os doze e os quinze. É uma coisa de família. Já nem damos importância... :D

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    4. Daí a importância de o ajudares a preparar os testes, é para lhe passares O Segredo.

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  4. Oi, como disse?
    Então as boas notas estão garantidas nas escolas privadas? Mas é uma regra recente ou já era assim há 30 anos?
    E ninguém me disse nada? Quer dizer que podia ter andado até ao 9.º ano na rambóia que as notas teriam sido boas na mesma?! Não me conformo!!!

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    1. Já viste isto, Mirone?! Fomos enganadas!

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    2. Estou capaz de processar os meus pais.
      Se soubesse obrigava-os a por-me em escolas privadas até, sei lá, ao doutoramento que não fiz (e de certeza que a culpa foi de ter estudado em universidades públicas).

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    3. De certeza, MI! Eu própria aproveitei logo a minha frequência numa escola privada durante o liceu para adiantar o doutoramento! Foi um bocado caro, mas enfim,,, Foste um bocado parva em desperdiçar essa oportunidade.

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  5. Já não se diz Auxiliar de Ação Educativa, agora é Assistente Operacional. É só uma atualização de nomenclatura. Nada de importante. A senhora em causa, "à partida a partir do momento" em que "martela" assim o léxico e a construção frásica já conseguiu nota máxima. Infelizmente, porque há bons e maus profissionais em todos os ramos de atividade. Escusava de se expor desse modo.
    Boa noite.

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  6. Mas, focando-me no título, a Palmier percebe que o sacrilégio não é estudar com os filhos, não percebe?

    (estou com tempo, está a dar a final da Champions e os meus amigos tiveram todos que estudar com os filhos)

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    1. Percebo que o problema estará certamente no grau de envolvimento dos pais. Se estivemos a falar de pais que tiram férias para estudar pelos filhos, estaremos com toda a certeza com um problema. Se estivermos a falar de pais que apoiam os filhos no estudo - e isso dependerá da necessidade de cada criança e cabe a cada pai saberá até que ponto deve ou não apoiar - então não vejo qual é o problema.

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    2. Exactamente.

      (caramba, assim não temos uma discussão daquelas à antiga, com argumentários rijos...)

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    3. Então estamos de acordo?!

      (Oh que pena :D)

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  7. É sempre a mesma coisa... Não conhecem minimamente a tua relação com o teu filho, não sabem como é ou deixa de ser o teu filho, como é a sua escola, qual é a sua realidade escolar, como é que estudas com ele, como é que ele lida com a escola e o estudo... Não sabem porra nenhuma... Ah... Mas bitaites... O que a malta gosta de mandar um bom bitaite.

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    1. Nê, essa parte nem me choca por aí além, este tipo de extrapolação faz parte da dinâmica dos blogs (felizmente neste é pouco habitual), o que me choca é uma professora afirmar, aparentemente com convicção, que nas escolas privadas se compram notas. Se há escolas que vendem notas, eu nunca contactei com nenhuma...

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    2. Mas há.
      Mas também há professores no público que dão as notas só para não se chatear. Há de tudo, tanto no privado como público. (E uma professora negar isto... Ou é inexperiência, ou falta de capacidade de percepção, ou, simplesmente, desonestidade.)

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  8. (Anónima, se quiser participar no seu próprio post, terá de rever os termos. De outra forma não público o comentário)

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  9. "Pelo bonito termo "levar com", a pessoa percebe que é alguém ligado a uma escola, mas tem esperança que este comentário tenha sido escrito por uma auxiliar de acção educativa, pelo porteiro, pelo senhor do bar" ...
    Obrigada Palmier, por me lembrar de alguns motivos pelos quais não simpatizo muito com a bloga. "A pessoa" acaba por simpatizar com as pessoas mas, enfim, lá está o tal muro.

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    1. Não tenho a certeza de ter percebido, Lady Kina... é evidente que não acho que o termo "levar com" só possa ser da autoria de uma auxiliar ou do senhor do café, o que acho é que é inqualificável ser da autoria de uma professora. Uma professora não deve ter de levar com os alunos. Apenas isso...

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  10. ah, caramba, fosse a conversa in loco, e o que eu gostaria de aprofundar o tema com a sra. professora anónima. haveríamos de começar pelo resultado da sua própria avaliação.

    (mas discutir na blogosfera com "anónimas" é tarefa inglória.)

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    1. Ah, Flor, parece que já acabaram com isso da avaliação...

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  11. Tenho lido por aqui alguns comentários por causa de ajudares o teu filho com os deveres, não sei onde está o problema, eu não tenho muitos estudo, só estudei até ao 12º, mas na primária e os meus pais pouco sabiam, pois eles próprios pouco foram à escola, era-mos 4 filhos e principalmente o meu pai com o pouco tempo que tinha, fazia questão de nos ajudar. Não foi isso que não nos preparou para a vida, bem pelo contrário, ele ajudava, não fazia!! que é bem diferente e ficamos bem preparados para a vida. Não tivemos nada de mão beijada.

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  12. Palmy do meu corazón, está-me cá a parecer que tens um blogue dos Emportantes.
    Sim, que isto de ter blogues importantes, requer ter alguém que tenha um qualquer idio invejoso à sua dona.
    Olha, tu nunca dês a tua morada a estas senhoras, ok?
    ah, e só um aparte, nem todas a "professoras" são umas parvalhóides, está beeeem???

    a empadinha (mas onde estava eu quando me lembrei de assinar a pensar nas empadas...)

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    1. :DDDDDDDDDDDDD

      Fogo, ainda me levavam os livros da escola, para eu não estragar os meus filhos com ajudas! :DDDDDDDDDD

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  13. E depois, temos sim meninos que os pais não percebem o que está mal com eles e com a escola. Não perceber a diferença de estudar com eles e estudar por eles, vindo de uma suposta professora é lamentável. Sinceramente tenho dúvidas que realmente seja, mais me parece daqueles seres que dizem... porcaria, e necessitam de assumir um cargo para legitimarem uma opinião de... porcaria. Vergonha alheia, muita!

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  14. Estudei sempre em colégios privados e nunca experienciei tal facilitismo, embora confesse que nunca deixei os meus pais estudarem comigo, por ser, desde muito nova, uma velha rezingona :D.

    Estas generalizações não servem a ninguém, nem há lógica no que foi dito.

    Se o menino da Palmier está num colégio, nunca a professora da escola teria de levar com ele.

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    1. Nem eu Anónima, nunca me deram nenhuma nota que eu não merecesse...

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  15. Então Palmier... É só um anónimo a dizer tontarias. Não vale o gasto de energia.

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  16. Se tivesse que analisar esta anónima e o seu comentário, eu diria que a Palmier foi colocada numa daquelas situações onde o justo paga pelo pecador. Não sou professora nem mãe, (o que me dá uma vantagem tremenda nas discussões sobre educação), mas sei que existem pais que fazem os trabalhos pelos miúdos, (e nem disfarçam porque aparece aquele meio palmo de gente com uma quase tese nas mãos feita pela mamã), que lhes telefonam durante as aulas, que ao contrário do que se passava no meu tempo é o professor que é admoestado pelas más notas e não o aluno. Que há colégios onde as direcções apertam com os professores por causa das notas, (felizmente não são todas).
    Por cada óptimo profissional que felizmente existe, há outro que escolheu a área da Educação sabe lá Deus porquê, que se protege atrás do erróneo conceito que as escolas não são para educar, que a educação é feita em casa. (A educação deve ser continuada em todos os lugares). Há pessoal que só se sente bem a debitar matéria. Esses deveriam ir escrever artigos para a wikipédia, só.
    Eu que divago, concluo: é um privilégio para qualquer miúdo ter pais que se interessam e os ajudam no estudo. É algo que ficará na memória dos petizes por toda a vida, e falo por experiência.

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  17. Como mãe de professora de um colégio privado, que estuda com os alunos, fica depois do tempo e só transita quem garante bons resultados, também lamento pelas crianças que têm que "levar" com professores que não têm aptidão para tal, e que não são pagos por pais abastados. São pagos por todos nós, aqueles que lhes entregam os filhos com esperança que lhes fortaleçam a educação.

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  18. Estou a ver que tenho que ir falar com a professora do meu. Porque quando ele não se esforça e não estuda, nota-se na nota que tem nas fichas.
    Ou será que as notas que se compram pagam-se á parte da mensalidade? Tenho que me ir informar disso, que isto de ajudar o miúdo a estudar estraga os planos todos. Uma pessoa já não pode ir ver montras, ir fazer tempo no café, ver reallity shows...

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  19. Os dados estatísticos demonstram que, no privado, há uma discrepância entre as notas atribuídas (final de período) e as notas de exames (as notas de final de período são superiores às notas de exame). Contra factos não há argumentos!

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    1. Pois, devem ser estudos deste "novo tempo"...

      (anónima, quando escolhi a escola dos meus filhos preocupei-me em saber os resultados, por exemplo, nos exames finais do fim de cada ciclo... e os resultados são excelentes. se há escolas particulares que aldrabam resultados, então talvez fosse boa ideia o Estado intervir... agora, que se parta do princípio que todas as escolas privadas aldrabam os resultados acho no mínimo ridículo. É tão ridículo como dizer que todas as escolas públicas são más...)

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    2. Não foi minha intenção afirmar que "todas as escolas privadas aldrabam os resultados"! O que se passa na realidade é que os professores do privado têm menos (e aqui não sei bem que termo utilizar) "receio" em atribuir notas que depois poderão distanciar-se bastante das notas de exame. Isto porque não terão o director ou o ministério a chamar-lhes à atenção. Como exemplo (passou-se comigo enquanto estudante do ensino secundário público), tinha média de testes de 19 numa determinada disciplina, nota final atribuída - 18, justificação da professora: receio que baixasse a nota no exame nacional e depois tinha de justificar o facto de me ter atribuído nota superior à de exame. Tive 19,2 no exame nacional e fiquei com 18 de nota final. Se a professora me tivesse atribuído o 19 que merecia, tinha ficado com 19 de nota final. É só um pequeno exemplo que se passou há mais de 10 anos... E agora com a nova avaliação de desempenho docente nem quero imaginar...

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    3. Então a questão estará na forma como as escolas privadas são (ou não) avaliadas e julgo que essa função cabe ao Ministério da Educação. Por que razão não se age em conformidade? Se uma escola dá uma nota média aos alunos de 18 durante três anos seguidos e esses mesmo alunos têm no exame nacional uma média de dez, não há consequências?

      (Se bem que agora, com a inexistência de exames mais difícil será avaliar o desempenho de cada escola...)

      (custa-me muito ouvir que se compram notas, como se fosse uma coisa instituída, como se pagasse um fee mensal por dezoitos e dezanoves... é que os meus filhos fartam-se de trabalhar)

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    4. No colégio dos meus filhos, um dos mais conhecidos de Lisboa, realmente há discrepância entre as notas da turma e os exames... por exemplo no ano passado no exame nacional do 4º ano as notas dos miúdos (da turma do meu) foram todas superiores às notas dos testes ao longo do ano!!
      Esta é realmente uma discussão inglória, é tão mais fácil dizer que os pais pagam logo as crianças têm boas notas... eu andei num colégio até ao 9ºano e trabalhei que me fartei, os meus filhos andam num colégio e trabalham que se fartam (não se preocupem que também brincam muito!), nos colégios das minhas amigas próximas os miúdos fartam-se de trabalhar... e portanto quando oiço esta conversa não consigo não os defender, porque tenho a experiência.
      Agora já se sabe que Portugal é um país onde quem tem menos olha para quem tem mais não com admiração e com vontade de lá chegar, mas o contrário. Em Portugal não se quer acabar com os pobres, quer-se é acabar com os “ricos” esses malandros que são todos uns grandes aldrabões e ladrões de certeza!

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    5. Também há escolas públicas com notas duvidosas, vá ver a quantidade de alunos que algumas escolas do interior do país colocam em medicina. E lá, possivelmente como nos colégios, isso pode (ou não, não cabe a mim ver isso) dever-se ao facto de: as turmas serem menores, logo os professores podem dedicar-se a melhor aos alunos, por exemplo. E no caso de alguns colégios, que eu conheço, de se um professor faltar, ser dada outra aula. E a aula que faltou ser reposta, coisa que não acontece no público, ou não acontecia no meu tempo. A matéria era dada, mas na aula seguinta, junto com a dessa aula. Os alunos estão mais motivados, porque não há a rebaldaria que há nas públicas (na maioria), os alunos têm explicação lá dentro quando querem.

      Mas isso deve ser inspeccionado, como as escolas públicas que quase acabam com as vagas de medicina!!

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    6. "E no caso de alguns colégios, que eu conheço, de se um professor faltar, ser dada outra aula. E a aula que faltou ser reposta, coisa que não acontece no público, ou não acontecia no meu tempo"

      Eu sempre tive aulas repostas... no ensino público. E se houvesse algum professor de outra disciplina disponível vinha-nos dar a matérias (tive umas quantas aulas de preparação para os testes assim) e quando era possível o professor que faltava deixava a aula pronta com um professor da mesma área que nos vinha dar a aula.
      Aliás tive uma professora de Biologia e Geologia que nos dizia que fazia os testes mais dificeis que os exames nacionais para nos preparar para os mesmos. Facto é que foi facílimo tirar uma nota excelente no Exame Nacional, o pior mesmo era recuperar a média dos 2 anos com testes dificílimos.
      Não éramos propriamente do interior mas também não do centro de Lisboa. No total da minha turma (de 28 alunos) entraram 6 em Medicina (por opção porque havia quem tivesse notas para entrar mas não optou por isso); na turma "paralela" entraram creio que uns 4 ou 5 também para medicina.

      Tenho no entanto a dizer que no caso de 1 pessoa da minha turma muitas notas foram muito ajudadas pelos conhecimentos certos. E era uma tremenda injustiça para todos nós. E o que nos era dito era para não nos metemos nisso porque a pessoa em questão tinha as costas quentes. E fomos avisados pelos professores. Houve até professores estranhamente afastados de leccionarem a nossa turma quando se recusaram a dar notas à pessoa por não a considerarem merecedora dessas notas altas e facto é que a pessoa em questão se viu grega para ter boas notas nos exames [andou 3 anos com explicações a todas as disciplinas e a ser preparada para os exames extra-aulas, além de andar a estudar espanhol para ir para Espanha]. O mais triste disto tudo é que a pessoa em questão tinha o sono de entrar em eng. civil mas os pais cismaram que teria entrar em medicina.

      Os restantes tiveram as notas todas por mérito e dedicação (e entraram por vocação).

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  20. Acredito que sim Palmier, e ainda bem que teve esse cuidado, pois muitas vezes os pais querem a boa nota, independentemente do mérito.

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  21. Leccionar é uma das profissões mais stressante que há. Não me parece que o facto da dona do tal comentário ter usado essa expressão me diga que seja uma má, ou boa professora. Vejamos, quando uma mãe faz certos comentários sobre os seus filhos qu até pode ofender quem lê, não quer dizer que não seja boa bem ou não goste de set mãe ou dos seus filhos. É uma certa forma de distânciamento. A crítica no tal comentário não é dirigido à criança, mas sim, aos pais. E digamos, para quem trabalha com crianças, não há nada mais empecilho que os pais - e é assim, faz parte. Acho, simplesmente, que a Palmier perdeu a noção da dimensão da coisa, que é cousa nenhuma.
    A condescêndencia patente no seu (Palmier) comentário é passiva de maior ofensa, e diz mais de si, que o seu sentimento de virgem ofendida que a fez escrevet esse post. Não se faça de vítima, não lhe fica bem.

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    1. Uau! "Forma de distanciamento", "não há nada mais empecilho que os pais"... estou cada vez mais bem impressionada...

      (eu não estou ofendida nem sou vítima de nada, estou apenas chocada com o posicionamento de alguns professores...)

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    2. Leccionar é stressante!? Pois claro é cá um stress, que dirão os empresários os advogados e assistentes sociais, médicos e outros que mais...
      Leccionar é stessante quando as crianças e jovens não desenvolveram competências sociais e isso não é culpa dos professores mas sim dos pais que não sabem ou que não querem saber.
      Há professores com grande falta de competências sociais... Isso é que é deveras stressante.

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    3. A educação é um acto continuum, não pára quando a criança entra na sala de aula e quem o tenta fazer não deveria ser professor ou não deveria ser professor de crianças.

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    4. Mas sim é muito stressante. Disso não tenho dúvidas.
      Se for para menosprezar também se pode dizer que os patrões não fazem nada, os advogados só querem ganhar o deles e as assistentes sociais não se interessam por ninguém e os médicos? Esses andam a "chular o Estado" e e e e e... quem quser menosprezar uma profissão arranja sempre forma.

      Lidar com crianças em desenvolvimento, muitas delas com carências afectivas, educacionais e estruturais? Não tenho dúvida que será stressante.

      As crianças adquirem competências sociais com...pessoas...em interacção com...outros. Logo as crianças ao chegarem a uma escola estão praticamente a começar do zero no que diz respeito às regras sociais e às questões de socialização. Então aquelas que nem foram à pré-escola então nem se fala.

      Fala do que não sabe maria do rosário. Não mesmo.
      E eu não sou professora mas sei o suficiente de pedagogia para ter a certeza que qualquer um pode ser um professor, da mesma forma que qualquer um pode ser médico, padeiro, elecricista, advogado, empresário e assistente social. MAS para se ser um bom professor, competente e em condições é um trabalho que vai muito além de debitar matéria e conhecimentos teóricos de uma forma estruturada. Não diminua o que desconhece se não quiser que lhe façam o mesmo.

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    5. Quem lhe disse que desconheço, e estou cheia de medo que me façam o mesmo depois da sua resposta, comentários como o seu não me atingem, já que a primeira pessoa a quem tenho que dar conta é muito muito exigente com o meu desempenho como mãe ser social e profissional, e essa pessoa sou eu que tenho defeitos e stress como todas as pessoas mas que tento aplicar as minhas competências socais da melhor forma e me castigo de cada vez que me falta a paciência para lidar com pessoas como o/a anónimo. Posso até dizer-lhe que o meu filho ficou em casa até à pré com uma avó incansável que lhe lia histórias, passeava para interagisse com outras crianças, fazia colagens pinturas sem se importar se a casa se sujava ou se ele se sujava, até pisar uvas pisou, se sabia escrever o nome? Por acaso até sabia mas isso não era o mais importante, importante era que sabia que não devia morder, bater nas outras crianças e que devia ser educado em todas as situações sem deixar de expressar a sua maneira de pensar.
      As crianças de que fala são entregues a pessoas que não têm competências sociais que acham que a merda dos filhos e netos cheira a rosas e por isso todos temos e devemos cheirar o seu perfume. Vou calar-me porque estou a perder a paciência e o meu ser social não se está a manifestar de acordo com a educação (e não instrução) que recebi dos meus pais e avós e pasme-se até da criada (ai jesus) quero dizer secretária do lar da minha avó que quando a coisa não corria como ela achava bem não fazia cerimónia e limpava-me o pó com menos violência que aplicava aos tapetes bem entendido. Adeus tenho que ir sentar-me à espera do "Karma" que este ser me atribui.

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  22. Pipoco, de volta à picardia?

    mas confesso que soube criar um facto a partir do nada, teve esse mértito.

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  23. Eu, como mãe que acompanha os filhos nos estudos, vou ali açoitar-me e já venho.
    Tenho uma criança que tem um QI elevado, e que no primeiro ciclo fez 2 anos num só.
    Chegado ao 2.º ciclo, teve de haver uma grande ajuda da minha parte, no que a organização diz respeito, uma vez que ele faz tudo encima de um joelho. É aluno para ter 5 a todas as disciplinas, o grande problema é que não gere adequadamente os tempos nem acha que deva estudar em casa. Estudo é na escola, e ponto. Mas este é o ponto de vista da criança, que por sinal não corresponde ao da mãe.
    Apesar de eu saber que ele não teria que pegar nos livros para tirar 4 a todas as disciplinas e 5 a algumas, sei que pode fazer melhor e também sei que tenho que lhe incutir hábitos de estudo porque no terceiro ciclo tudo se torna mais exigente e, apesar de ser inteligente, se não houver método, não terá resultados. Não compreendo como há pessoas que não entendem que as crianças têm que ser acompanhadas, e mesmo aquelas crianças que são organizadas, devem ter sempre alguém ao lado para as apoiar sempre que precisem. E tal como a Palmier, farto-me de estudar, até porque sei que os meus filhos me fazem constantemente perguntas sobre a matéria, e para que os possa ajudar em alguma dúvida, tenho que estar minimamente informada.
    A maior parte das crianças que têm os pais que as acompanham activamente nos estudos, são por norma, crianças, com melhores resultados... e confiantes.

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  24. Que tristeza... essa senhora não devia ser professora!

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  25. A minha filha mais velha fez o primeiro ciclo numa escola pública, com a mesma professora. Acabou o quarto ano há dois anos (ainda havia exames).Nesse ano, a professora faltou, pelo menos um dia, todas as semanas. As notas dos testes eram muito boas, todas. Os alunos foram todos "corridos" a cincos. Nos exames, não houve UM que conseguisse tirar 5. Nem a português, nem a matemática. Ao chegar ao quinto ano descobriram que parte da matéria (toda a que não fazia parte dos exames, mas fazia parte do programa) tinha ficado por dar. Os alunos provenientes de outras escolas, TODOS tinham dado a matéria que àqueles faltava. Percebemos depois que o grau de exigência nos testes era baixinho, baixinho - o que permitia à professora inflacionar a nota. Isto, numa escola pública, com uma professora que não tinha o seu lugar dependente de concurso e à qual ninguém pediu que subisse as notas aos meninos.
    Fiquei a aguardar, desde então, as notas dos exames nacionais para saber AO CERTO em que ponto estavam as minhas filhas, não aos olhos dos seus professores mas a nível geral. Seria este ano, quando a primeira acaba o sexto e a segunda o quarto, mas tiraram-me isso afinal. (parece que é melhor para todos se não se puder comparar de forma justa e equitativa, todas as escolas.
    (Eu acho que um aluno mal preparado, tenha que idade tiver, beneficia mais em saber que está mal preparado - e tem que trabalhar melhor para subir de nível, do que em acreditar que está muito bem, sim senhor!)

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  26. Eu sou professora e ter de levar com pais distantes e ausentes é que custa... Enfim, opiniões!

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  27. Há professores que nunca deviam ser professores..porque não gostam, não têm perfil...e diria até qualificações para o serem. Se ela pode dizer mal do privados eu também posso dizer que muitos professores do 2º ciclo entraram nos politécnicos com média de 10 e sairam com média de 10, e no estágio tiveram 11 e é o que se vê... aprenderam 10 de 0 a 20. Não é isso que dizem aos miúdos? De 0 a 100, só aprendeste 51...caladinhos eram uns poetas.

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