quinta-feira, 26 de maio de 2016

Faltam dez dias

E podia ser para ir de férias para a Polinésia, para uma novidade extraordinária aqui no blog, um concurso para oferecer um casamento ou assim, para ser finalmente coroada rainha do blogomundo, mas não, faltam dez dias para o fim das provas globais e eu estou mais farta de estudar que os meus filhos.

44 comentários:

  1. não entendo do que te queixas, isso não é formação de borla? nem os livros tiveste de comprar, usas os dos teus filhos :b

    (podias organizar aqui um concurso tipo: «ei, você, leitor fofinho, acha que sabe mais do que eu?»)

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    1. Vê lá se queres falar do peso/massa, do magmatismo, mapas azimutais, recitar as capitais dos países africanos ou asiáticos, a linda gramática da língua portuguesa em geral, é só escolheres que eu sou barra a tudo! :DDDDDDDDDD

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    2. ai, diabos, que já estou com o nervoso miudinho! bota aí que eu respondo a tudo, pá!

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    3. (mas agora não, que tenho de ir ingerir calorias :b)

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    4. Agora não posso, que tenho que estudar a constituição do mundo material, as substâncias e misturas, as propriedades físico-químicas dos materiais, a separação das substâncias de uma mistura, as fontes de energia e as transferências de energia!

      (Buáaaaaaaaaa!)

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    5. exacto, porque - teoria dos contrários - agora estás gorda... /???/

      :b

      boa sorte :)

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    6. Se não tenho tempo para ingerir calorias fico ainda mais magra! :DDDDDDDDDD

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    7. mas queres discutir os graus dos adjectivos agora?! :b

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  2. ... e vão duas, Palmier!!

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  3. Realmente isso não há condições, podias fazer um concursosito para umas férias na Polinésia era bem mais fixe :)

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  4. Eu no meu part-time também tenho ajudado os nossos adolescentes refugiados com os seus estudos (incluindo matemática, um horror!) e ando ansiosa para que entrem em férias de verão :)

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    1. Era o que me apetecia!

      (mas esta parte das globais é mesmo puxada...)

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  6. Como a entendo!
    Estou sempre a fazer essas contas, e costumo dizer que quando terminam as aulas, entro de férias... é um descanso.
    Tal como a Palmier, desde que tenho os meus filhos em idade escolar, farto-me de estudar.


    CM

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  7. Mas... e a autonomia dos miúdos? E a aprendizagem pelo erro? A auto-gestão, auto-monitorização? E a independência e sentido de responsabilidade? E os hábitos de estudos autónomos?

    Não quero julgar Palmier até porque não faço ideia de como serei com o meu filho quando ele estiver mais avançado mas mete-me alguma confusão o envolvimento extremo dos pais nos estudos dos filhos. Não é só a colmatar as dúvidas ou os problemas é que fazem quase o percurso por eles.

    Não quero ser como aquela mãe que vi a telefonar para a filha a dizer que tinha estado a estudar para o teste da filha e a dizer-lhe qual achava ser a resposta para ela. E também sinceramente não quero aquela miúda num cargo importante porque tenho quase a certeza que, se é incapaz para estudar para os testes sem os pais também é incapaz de gerir os problemas e os imprevistos da vida.

    Acho que tudo tem o seu equilibrio. Não quero deixar o meu filho à sua sorte mas também não quero estar demasiado envolvida a um ponto onde tenha de passar o tempo a estudar para aquilo que é dele.
    Se ele precisar de mim de vez em quando, para o questionar, para o ajudar, etc é uma coisa mas estudar mesmo como se fosse eu a ter um teste? Acho que nem lhes faz bem honestamente.

    (E não estou mesmo a tentar julgar, de todo, é mais uma auto-reflexão escrita porque facto é que eu espero mesmo não sentir a necessidade de estudar, espero que a escola o prepare e que se vá habituando a estudar sozinho e a aprender sozinho, usando-nos como suporte mas nunca como bengala... falta saber é se tal é possível sem comprometer o futuro)

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    1. Anónima, dos meus dois filhos, um precisa que esteja constantemente em cima, o outro é completamente autónomo. Os miúdos são diferentes, um rapaz, a outra rapariga, a capacidade de concentração é diferente e as idades são diferentes. A pré-adolescência é tramada, os interesses alteram-se e as prioridades também e estudar não é muitas vezes uma delas... se podia não interferir e deixar as notas ir por ali abaixo? Podia. Mas não é essa a minha opção.

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    2. Entendo a anónima. Mas também entendo a Palmier. Eu sempre tive uma mãe super despreocupada. Acho que nunca estudou comigo coisa nenhuma. No entanto, também sei que assim foi porque eu tenho uma mana gémea e ela sempre percebeu que éramos muito responsáveis e que não precisava - digamos assim - de meter o bedelho. Estudávamos sozinhas, fazíamos os deveres, nunca tinha de nos dizer nada. Obviamente que se assim éramos, foi porque ela "nos fez" assim. Independentes. No entanto, nem todas as crianças são assim e percebo perfeitamente que alguns pais têm mesmo de estar em cima dos filhos, de ajudar, de auxiliar, de incentivar. Depende sempre da criança... mas o equilíbrio certamente estará no meio.

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    3. Mas para poder tirar uma dúvida, ajudar numa ou outra situação, também temos que saber a matéria... Como já não nos lembramos, temos que estudar para poder ajudar! Pelo menos aqui em casa é assim.

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    4. Sim, para fazer perguntas, de forma a ter a certeza que a matéria está sabida, tenho, pelo menos, de ler o livro.

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    5. Eu percebo Palmier mas talvez tenhamos ideias distintas.

      Voltando ao exemplo da senhora em questão ela falava pelo que percebi para uma filha no 11º ou 12º ano. Em breve estará na universidade e não saberá desenvencilhar-se, procurar matéria, pesquisar, etc sozinha? Claro que eu posso estar a julgar mal e só pelo que vi ali mas pareceu-me que a mãe estava muito mais envolvida do que a filha.
      Estava ao telemovel com os livros e apontamentos (num restaurante) enquanto falava sobre como tinha estado a estudar a matéria e sabia qual era a resposta. Não consigo conceber tal coisa.

      E talvez eu mude radicalmente de ideias mas para já a minha opinião é que mais vale ter más notas para perceber que as atitudes têm consequências do que ter um filho sempre dependente de mim e incapaz de criar recursos e formas de resolver os problemas dele sozinho.

      Creio que é realmente uma situação onde nunca saberemos a 100% a melhor forma de agir.
      Claro está que não faço ideia de como será no futuro. Para já o meu filho tem um tempo estipulado para estudar, estuda sozinho, chama-me quando precisa (eu para já ainda não tive de estudar apesar de ter comprado livros de apoio como de gramática, história de Portugal e afins para o apoiar caso haja necessidade) mas quando ele vem até mim com 1 dúvida eu tento levá-lo a pensar, a procurar formas de responder ele próprio às dúvidas dele. Nem que isso o leve a pesquisar na internet ou num dicionário ou num livro qualquer cá de casa. Até lhe posso dizer que talvez seja boa ideia ir ver naquele livro ou naquele local mas faço-o sempre procurar primeiro sozinho, dando-me o resultado no final. Caso a solução encontrada não seja correcta tento guiá-lo então até à melhor forma de encontrar uma solução.

      De facto, acredito que as necessidades também variem de miúdo para miúdo mas mais do que boas notas eu quero mesmo é prepará-lo para o futuro e para que desenvolva recursos agora que lhe farão muita falta na vida, em contexto laboral, tal como a capacidade de resolução de problemas, criatividade, independência, autonomia, proactividade, etc...a meu ver isso não se desenvolve quando os pais se envolvem em demasia no percurso escolar, são superprotetores ou evitam todas as experiências de fracasso.

      E não estou a tentar dizer que é o caso ou não. É só porque efectivamente é algo que me deixa com muitas dúvidas. Todos nós queremos o melhor para os nossos filhos e por vezes na prática a teoria pode não ser bem assim.
      Não lhe quero cortar as oportunidades e serei a primeira a procurar ajudá-lo a colmatar lacunas ou dificuldades mas não pretendo envolver-me excessivamente.

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    6. No entanto, até percebo que a partir de uma certa idade e escolaridade provavelmente é mais difícil estarmos a par de tudo. Mas facto é que para mim não sei se considero assim tão importante estar.

      Eu lembro-me do meu pai me explicar matemática do 12º ano (matemática A) e o método dele era muito no estilo "desenrasca-te" (literalmente ;) ) ou seja, ia-me dando pistas, dizia-me para estudar melhor aquela ou a outra parte, mandava-me retroceder nos exercicios e perceber a lógica. Depois quando eu lhe indicava a minha lógica ele ou me mandava estudar mais ou se fossem pormenores ele avançava na lógica passo-a-passo até eu ser capaz de resolver tudo.

      Eu tenho a ideia de repetir isto porque para mim isto ajuda a ensinar a criança a "ajudar-se".
      Ensinar-lhe recursos para pesquisar e aprender mas não aprender com ele, não andar a ler livros ou a estudar exaustivamente os cadernos, apontamentos e livros para saber a matéria na ponta na língua. Até porque muito facilmente com pequenas pesquisas conseguimos aprender. Basta dizer-lhes que não sabemos no momento mas para irem pesquisar e se eles forem, o próprio processo é uma aprendizagem. E enquanto eles pesquisam nós também pesquisamos e depois é só perceber se vai ao encontro.

      Porque senão também caímos na questão de, p.ex, só aplicamos as regras rígidas de alguns professores e pelo menos na matemática, por vezes os nossos filhos conseguem encontrar soluções bem mais fáceis e válidas de resolução.

      E mesmo em relação a alguns exercicios como as perguntas a fazer para saber se eles sabem a solução: eles podem fazer uma lista de perguntas, escrevem a solução e posteriormente nós lemos as perguntas e confirmamos se eles sabem a solução. Podemos até pedir-lhes que nos expliquem a nós a matéria, uma vez que se sabe que o escrever, ensinar, aplicar na prática, ver (tudo o que é mais prático) promove muito mais a aprendizagem do que somente ler.

      Enfim é um mundo de dúvidas :)

      (Já agora, boa sorte para os exames dos vossos filhos :) )

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    7. Anónima, eu percebo tudo o que disse e concordo, agora neste período específico a matéria é mesmo muita - é a matéria do ano inteiro, de todas as disciplinas, com muito poucas exclusões - e eu própria fico baralhada a tentar organizar o tempo que ele (uma vez que a minha filha está no terceiro ano e não tem esta carga de estudo) deve dedicar a cada disciplina. Ora, se eu fico baralhada, acredito que o meu filho, com doze anos, ainda fique mais. E neste momento é mesmo preciso rentabilizar esse tempo. Mas quando digo que estudo com ele, refiro-me a pegar nos livros e fazer perguntas para verificar se ele sabe a matéria. A parte de saber efectivamente a matéria é com ele.

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    8. (anónima, o post acima nada tem a ver com este seu comentário que, como disse, concordo na generalidade :)

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    9. Pois eu também compreendo que ainda estou numa fase em que é muita teoria e pouca prática. Não quero cuspir para o ar e daqui a 1 ano ou 2 sentir necessidade de estudar com ele.

      Até porque também compreendo a necessidade de realmente gerir os horários de estudo e afins que refere.

      Bom, bom era existir um livro que nos compilasse a informação de como ser o melhor pai/mãe possível para o nosso filho, tendo em conta as suas características, motivações, etc. Numa espécie de meta-análise educacional misturada com estudo de caso ;)

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    10. Ps: mesmo que o post tivesse a ver comigo (ó, seria importante! ;) ) eu não teria de ficar ofendida pois cada um de nós tem a sua visão e a sua vida.
      O que é válido na minha pode não ser para si e vice-versa.

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  8. É uma fase complicada. A minha mãe nunca se meteu nessas coisas, porque eu e a minha irmã sempre nos incentivamos uma à outra... mas oh se é uma fase dura... eu nem dormia de noite, com a cabeça a fervilhar!

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  9. Se é assim aos 12, nem é bom pensar como será daqui para a frente...
    Depois levamos com meninos que não sabem lidar nem gerir frustrações.

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    1. A soberba deste comentário mostra bem que os seus pais não só não interferiram no seu estudo como também não interferiram na sua educação. "Levamos com"?! Onde é que vai "levar com"? Espero bem que não seja numa escola, como professora...

      (Não saber por exemplo que não somos donos da verdade absoluta, que talvez os outros também saibam o que fazem, é meio caminho para o desastre...)

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    2. Por acaso é mesmo numa escola, como professora, mas com um grande defeito, é numa escola pública. Aliás, não sei para que se cansa tanto a estudar com ele, uma vez que as notas já estão garantidas à partida a partir do momento que paga por elas num colégio privado.

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    3. Eu, enquanto mãe que tem o filho na escola pública quero só dizer que realmente mau é perceber que há professores muito maus a leccionar. Enquanto outros, excelentes, provavelmente se encontram no desemprego. Isso sim é uma tragédia no meu ponto de vista.

      Alguém que considere que "leva com" alunos é inacreditável tratar-se de um professor. Se não se ama o que se faz, neste caso, é mesmo melhor não o fazer.

      Felizmente a professora do meu filho é a prova viva que não é a escola/instituição onde se encontram mas sim as pessoas que leccionam e envolvidas em todo o projecto educativo que fazem a diferença na qualidade de ensino.
      Eu não troco a escola onde o meu filho anda por nenhuma privada ao redor mas também não irei aqui supor que todas as notas são dadas "só porque sim" ou que nas públicas não há notas dadas em certas situações. Infelizmente fraude existe em todos os locais, bons e maus profissionais idem.

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  10. Deixe lá, eu tenho dos seus filhos, que quando tiverem que enfrentar a vida real não o vão saber fazer sozinhos.

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    1. Claro, claro, toda a gente sabe que só os das escolas públicas é que singram nesta vida...

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  11. Ó anonima professora, veja lá isso do ressabiamento, a sério, fica-lhe mal. É que vir aqui dizer aos pais que se preocupam com o futuro dos filhos, ajudando-os a ir mais longe, que estão a errar... hum... não lhe dá lá muita credibilidade profissional. Também aconselha os pais a não irem às reuniões? Afinal, as crianças necessitam de desenvolver a sua maturidade emocional.

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  12. A minha criança do 5º Ano escreve na mão o número de dias que faltam até acabarem os testes
    O ensino tornou-se uma tragédia (para todas as partes)
    :'''''((((

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