terça-feira, 2 de outubro de 2012

O prazer da zanga matinal

Gosto de me zangar logo pela manhã. É bom e alivia os níveis de stress. Hoje já consegui descompor duas pessoas e fiquei bastante agradada. Passarei a utilizar esta técnica mais vezes. Uma foi logo antes do pequeno-almoço e até senti um apetite redobrado (o que se calhar nem é assim tão bom… mas pronto). Mas, gostei de fazer ameaças. De deixar uns avisos maléficos no ar e de ver os resultados. A pessoa maltratada apresentou-se à minha frente nem chegou a uma hora das sevícias orais a que a sujeitei, com ar de hamster arrependido, a deitar, a rebolar e a andar na roda à velocidade do meu chicote. Todas as dificuldades alegadas uma hora antes, se esfumaram como uma nuvem de Verão. Puf. Pediu muitas desculpas e eu, magnânima perdoei e disse:
- Vá lá, vá lá… para a próxima pense duas vezes… é que as coisas estão difíceis, sabe… e, se nós não estivermos contentes com os nossos fornecedores, sabe o que acontece, não sabe?
E pronto, gosto de utilizar as actuais circunstâncias para pôr os profissionais a reflectir. De dar uso à crise. De acenar com a crise. De atirar a crise ao ar e de a apanhar com destreza. De mostrar que ela está mesmo aqui, sentada na cadeira ao meu lado. Que é minha colega de trabalho. Que a trato por tu. Olha… Já que a temos, que nos sirva para alguma coisa…
De seguida e já embalada pela experiência, atendi uma senhora de um banco que queria poupar uns euros em papel à instituição bancária que a contratou e teve a lata de fingir que me estava a oferecer uma coisa maravilhosa e grátis, em substituição dos extractos em papel: O Net-Banking (a que, qualquer pessoa normal, já aderiu há, pelo menos, 10 anos)!
Reparem, na real lata dos criativos do marketing dos  bancos! Em vez de dizerem que o banco é amigo da Natureza, que não quer praticar o dói-dói  às árvores e que, por isso, deixa de enviar os extractos em papel… não! Dizem, como se fossemos uns participantes de um concurso televisivo, que acabámos de ganhar uma coisa que já temos, o Net-Banking… como se isso fosse uma maravilhosa Bota Botilde… sem referir, claro, que acabámos de perder o extracto em papel…
É evidente que tive de chamar a senhora à razão… ainda para mais porque ela me disse que a chamada estava a ser gravada e, assim, eu tive a certeza que as minhas palavras iam ficar registadas para a posteridade…
Sim... escusam de me dizer... estou ciente que, daqui a muitos anos, ainda se farão doutoramentos em markting com esta gravação...

5 comentários:

  1. Eu também gosto de me zangar logo de manhã. Especialmente antes de acordar, ahahah

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  2. Essa de usar a crise para descompor os profissionais parece-me a lábia dos meus chefes... só não arrisco dizer que a Palmier é na verdade a senhora minha chefa porque esta última tem zero sentido de humor.

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    1. Não era um colaborador... era um fornecedor... que estava a gozar connosco... :)))

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    2. Já clarifiquei no texto. Que não quero que pensem mal de mim! :DDD

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  3. Crise Maria, tu aí ao lado "assentada" e não ajudaste Palmier a descompor a Senhora no nétebanquing...tschhhhh... afinal não serves mesmo para nada !!!! :D:D:D

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