quinta-feira, 19 de março de 2015

E quando as reuniões nunca mais acabam, o que fazes, Palmier?

Aquelas que se prolongam indefinidamente? Aquelas em que já está tudo falado e esclarecido e até parece que estão mesmo, mesmo, a terminar, aquelas em que a pessoa até já está a pegar nas suas coisinhas porque não há mais nada a dizer e, de repente, nesse exacto momento, alguém faz uma pergunta sem nexo reacendendo a reunião, e a reunião fica outra vez crepitante e cheia de labaredas bem amarelinhas? 


Eh pah... levanto-me e digo "Olhe, já estou farta! Vamos ficar por aqui, sim?"



38 comentários:

  1. É o que apetece dizer...
    Eu quando as reuniões se prolongam e as pessoas falam e falam , eu deixo de ouvir e começo a ficar agoniada.

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  2. Ah GRANDE mulher! Um dia também quero ser como tu!

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    1. Experimenta uma vez. Vais ver que a partir daí não queres outra coisa :D

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    1. É natural que ainda não tenhas ouvido falar, Izzie. Na verdade trata-se de um método muito inovador. Fui eu que o inventei e ainda não deu tempo para fazer escola. Mas que é muito eficaz, lá isso é. E eficaz não apenas no momento como para reuniões futuras com os mesmos intervenientes.

      (a sério que acho que as pessoas estão convencidas que "reunir" é um fim em si mesmo. E não devem ter mais nada para fazer...)

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    2. Fiquei a pensar nisto... só para dizer que não dou murros na mesa nem corro as pessoas ao pontapé. Digo-lhes que já estou farta, (normalmente até com um sorriso, coisa que eventualmente não transpareceu no post) porque efectivamente estou. Porque, infelizmente, há muita gente que não deve ter muito que fazer e que não faz a menor ideia de como terminar uma reunião. Talvez devesse haver uma cadeira na faculdade que ensinasse essas coisas.

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    3. Eu começo a reunir os papéis todos, levanto-me e digo qualquer coisa como " depois aprofundamos o que eventualmente tenha ficado por esclarecer" ou uma qualquer outra expressão vaga. Mas não surte efeito rapidamente.
      O teu método Palmier parece-me muito mais eficaz.

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    5. Há formas e formas de dizer as coisas. Acho que, daquilo que me "conheces" aqui do blog, sabes (ou pelo menos espero que isso transpareça) que não sou uma pessoa mal educada e que me divirta a desrespeitar os outros.
      Por acaso a situação que de hoje, e que durou das 9h30 às 11h00 (acho que, ainda assim, fui bastante permissiva), passou-se com uma empresa que queria por força vender-nos um serviço que, desde o minuto 1, dei a entender que não precisava. Não deixei no entanto de ouvir a proposta. Julgo que, 150 minutos depois, a afirmação "já estou farta" é perfeitamente adequada.
      Quanto ao respeito, posso garantir-te que, quem trabalha comigo (e que me conhece bem), não deixaria de me respeitar se eu lhes dissesse que já estava "farta" de um qualquer assunto (de um assunto... não de uma pessoa), da mesma forma que eu não deixaria de as respeitar se me dissessem a mesma coisa. É que a par do respeito, julgo estar correcta se disser que me têm estima e amizade (e vice-versa).

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    7. Bom, depois de ler ali mais para baixo uma troca de galhardetes, permitida e secundada pela dona da casa, só me resta vir aqui fazer um formal pedido de desculpas, por esta minha soberba de achar que despedir alguém por estar farta de o ouvir ser... Vá... Descabido e inadequado em ambiente profissional. Realmente, onde tinha eu a cabeça? Eu, uma tola funcionária do estado, nascida e criada na média burguesia, em incomodar gente com mais pedigree, know how, enfim, postura e compostura? Que têm essas pessoas, de facto, que aturar pruridos de uma funcionária média, com os seus escrúpulos tolos, que nem lhe permitem ser desagradável com o recibo verde da zon, o corrector de seguros ou o gestor de conta, quanto mais com quem cm ela trabalha? Quem pensa que é, esta parvalhona que trata com o mesmo respeito e consideração o continuo ou o senhor professor doutor que lhe caem no rol diário de fregueses? Com que autoridade ousa esta fulaneca, que não manda grande coisa, que é avaliada, escrutinada - desde logo pelos seus fregueses- que teve de aceder ao seu posto por concurso e provas, vir incomodar ceo, cfo, empresários, executivos, gente que veste nas avenidas certas da cidade? Onde vai parar este mundo, deus meu, quando as mentes superiores iluminadas dos ungidos desta vida têm de lidar com possidónios destes?

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    8. Quanto a este primeiro comentário, Izzie, nem sequer vou tecer qualquer consideração. Acho que o total despropósito fala por si.

      Quanto ao segundo, como é óbvio, não o vou publicar. Mas foi bom tê-lo recebido. Assim fico com uma ideia mais abrangente sobre o carácter da pessoa que está desse lado.

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    9. Oi? Que se passou ali???

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    10. Mesmo. Tanto nervosismo, abóbora!

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    11. Palmier... Passo só para dizer que nunca em minha vida pensei que o respeito pelo livre arbítrio fosse tão difícil de compreender...

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  4. O que tem de ser tem muita força. :DDDD

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  5. Isso acontece com alguma frequência fez muito bem!

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  6. Doce Palmier,
    Parece-me muito eficaz. Eu levanto-me. Normalmente resulta. Quando se torna necessário, dirijo-me à porta e abro-a, enquanto estendo a mão. Nem sempre sorrio. Não me lembro de alguma vez ter admitido, em voz alta, que estava farto.
    Boa tarde,
    Outro Ente.

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    1. Mas quantas vezes estamos efectivamente fartos e a deitar fumo pelos cabelos?! Se calhar, se assumirmos, os estica-reuniões começam a ser menos invasivos. :)

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  7. Eu também gosto muito da estratégia do Obelix quando o bardo se propõe cantar: tenho de ir pois tenho um gelado ao lume.

    Palms, agora a despropósito, vi isto hoje e acho que tens de investir num agente de direitos de autor:
    http://www.paperchase.co.uk/milk-family-love-15.html

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  8. Outro dia contava a uma colega minha que o meu filho ficava muito aflito quando eu o punha de castigo. Que era menino para acordar com pesadelos duas noites seguidas. Essa minha colega respondeu-me que se calhar mais valia eu conversar com ele e explicar-lhe as coisas em vez de o pôr de castigo. (Ahã!... Olha que carai que nunca se me tinha ocorrido isso de conversar com a criança antes de optar por a pôr de castigo...) Enfim, só para partilhar. Castigo-o porquê? Porque sim, porque às vezes tem mesmo de ser. E às vezes sim, também em trabalho digo "Vamos ficar por aqui.". Porque sim, porque às vezes tem mesmo de ser.

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    1. O pior é que não é só às vezes, os estica-reuniões são muitos e muito insistentes! Caramba querem impingir por força coisas que a pessoa percebe desde o minuto 1 que não precisa, repetem a mesma lenga-lenga vezes sem conta. Oh pah... um INFERNO!

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    2. Yap. Quando tem de ser.... Tem de ser!

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  9. Realmente... Ó Palmier, é que nem parece teu. És um bocado bruta para as pessoas, não és? Coitadas das pessoas que têm de aturar a tua extrema má educação. E és uma pessoa desagradável também. Bastante desagradável.
    Aconselho-te a frequentares uns cursos de assertividade com eficácia. Ou aquilo do happy. vais ver que ficas logo muito melhor. Para a próxima vez dizes "desculpe mas eu agora não tenho tempo que tenho outra runião, ahahahah" Não te esqueças do "ahahaha", é muito importante dizer ahahaah depois de runião.
    Não precisas de me agradecer, segue só os meus doutos conselhos. Tu consegues! Força! Eu gosto de dar conselhos.

    (eu já disse não tenho paciência a um superior hierárquico, e não foi assim muito grave, um dia talvez faça um post sobre isso...)

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  10. O que eu gostava de ter tomates p dizer isso. Mas a mim o q me chateia mm são as reuniões em q, desculpa o vernáculo, se discute o olho do cu. Está uma pessoa ali, a perder tempo de trabalho, e eles falam, falam, mas n dizem nada.
    Então se a reunião é na sequência de um qq problema, a primeira hora é só p se sacudir água do capote.
    Uma vez tive de mudar p um tom agressivo e encerrar uma ladainha dessas e dizer "eu n quero saber de quem é a culpa, preciso é do problema resolvido", atė pq eu n era chefe de ninguém ali, por isso...
    Ma estou farta é bonito hehe

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  11. Bem, isso chamam-se reuniões à portuguesa. E então quando começam com meia hora de atraso, é coisa para me deixar logo com o coração a palpitar. É ver o tempo a passar, a filha para ir buscar, qualquer coisa para terminar e eu já a ouvir em modo Charlie Brown.

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  12. Tchiiii o q práqui vai. Isto são efeitos do eclipse n são?
    Acho q com comparar desrespeito com um "ficamos por aqui q já estou farta, sim" dito com um sorriso bos lábios, é capaz de ser um pouco excessivo, não?

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