Aqui onde estou há muitas famílias árabes. Marido, mulher, filhos (muitos) e outras pessoas que orbitam em volta da família, mas que não consigo perceber qual a relação familiar com o núcleo principal. Com o pouco que há para fazer, vou-me entretendo a observar e, digo-vos... se, em ambiente de cidade, já nos vamos habituando a ver as mulheres árabes com os seus lenços e abayas (esta aprendi com a Sexinho), em ambiente de praia a coisa atinge proporções verdadeiramente aflitivas. Se as pequeninas ainda podem ir para a piscina de fato-de-banho, as pré-adolescentes já têm de andar cobertas com o equivalente ao nosso fato de surf (aqueles de manga curta e pelos joelhos), mas em largueirão, e as adultas (as mais modernas! Porque as mais ortodoxas - que também as há - nem se aproximam da piscina) com um fato preto de lycra (equivalente aos fatos de pesca submarina, mas em largo) que lhes cobre desde o cabelo até aos pés, ficando apenas a carinha de fora. Os meninos andam na maior... de calções em matchy-matchy com os respectivos pais...
Ora eu não sei como é que elas se sentem no meio de pessoas de biquini, mas presumo que o choque que é para mim ver famílias inteiras a tomar banho vestidas integralmente de preto, deve ser para elas verem as ocidentais todas descascadas e em biquini...
A verdade é que está cultura é poderosamente hegemónica e capaz de lançar um enorme manto castrador à sua volta... é que se ontem não hesitei em apresentar-me na piscina de biquini, hoje estou de fato-de-banho...
E amanhã de fato de surf...e se as férias durarem muito nem te aproximas da piscina.
ResponderEliminarEstou a brincar Palmier, compreendo perfeitamente o teu sentimento.
No mínimo! :DDDD
EliminarÉ estranhíssimo...
Brincadeiras à parte. Se nos países deles sou obrigada a usar lenço e/ou abay e se respeito a crença e a cultura. Pois que no ocidente nos respeitem. A mim aflige-me ver as mulheres assim na praia e na piscina mesmo quando sei que é por vontade prórpia. Pois que se aflijam por me ver em bikini...
ResponderEliminarIsso é o lado racional a falar... também penso da mesma maneira. A verdade é que ontem, com o biquini, momentos houve em que me parecia que estava com um mega-decote e uma ultra mini-saia numa festa de vestido comprido... por isso digo que é uma cultura poderosa.
EliminarNisso tens razão :)
EliminarFazem-nos sentir expostas... acho que é isso...
EliminarPercebes agora isto?
Eliminarhttp://www.osexoeaidade.com/search?q=guaxinim
Perfeitamente! :DDDDD
EliminarPois…
Eliminare logo à noite estás de burka :\
ResponderEliminaré uma cultura à parte que para nós (ocidentais) será difícil de perceber!
É aflitivo...
EliminarEm Portugal nunca passei por essa experiência. Mas há uns anos atrás, em viagem pela Jordânia e Síria, eram absolutamente assassinos os olhares que recebia quando estava na rua (de saia e t-shirt de alças). E incomodava-me muito mais a expressão e o olhar das mulheres do que dos homens, que olhavam para mim como se fosse uma p**a por andar assim vestida (e para elas era mesmo...)
ResponderEliminarMas nos países muçulmanos já vamos preparadas psicologicamente para isso... agora na Europa... eles conseguem, mesmo em menor número, irradiar esse sentimento...
EliminarEsses largos chamam-se burquinis
ResponderEliminar:DD
(verdade)
Burquini .... tão bom. :D
EliminarSão assustadores! :D
EliminarAhhhh ha uns anos atras entrei numa piscina na Austria, era Inverno, estava tudo nu, dos 8 meses aos 80, claro que quem sentiu mal fomos nos...
ResponderEliminarAhahahahhahahahahahahahahahahahahahahahaahhahahahahahahahaahahahhahahahahh
EliminarA situação é igual mas no extremo oposto! :DDDDD
Mas nós somos receptivos. Falo por mim, ficaria cheia de vontade de experimentar. E não os olharia com desprezo, mas sim achando-os até bastante descontraídos.
EliminarTem piada que já me senti deslocada num almoço com turcos, tanto eu como a minha cunhada, por sermos as únicas com a cabeça descoberta. Ninguém os imaginaria tão tradicionalistas em relação à religião,,,
ResponderEliminarLá está...
EliminarEu detesto essa cultura. Mas é que detesto mesmo, seja por vontade própria ou não, a verdade é que limitam a mulher em muitas das suas liberdades.
ResponderEliminarSeria incapaz de viver numa das arábias, é que nem numa das "ocidentalizadas", irrita-me profundamente eu ter de usar abaya lá e eles estarem-se nas tintas para os costumes ocidentais, irrita-me a perseguição aos católicos, irrita-me o ar de sujo dos homens, irrita-me o ar lascivo com que me olham, ainda que esteja de saia comprida e t-shirt XXL, enfim, acho que deu para perceber a ideia...
A verdade é que, ao contrário dos povos ocidentais, a sensação que tenho, é que exteriormente, são impermiáveis às outras culturas...
EliminarMas, pela experiência que tenho , não são. Só são apra o que lhe interessa. Muitos deles em casa têm e bebem alcóol. Isto para só dar um exemplo... porque sei estórias que não lembram a ninguém. São muito cumpridores em relação aos preceitos impostos às mulheres e gostam muito de dar lições de moral aos ocidentais... mas dentro de portas...ui... Palmier...
EliminarSim... por isso é que disse "exteriormente"... porque das coisas que tenho ouvido, dentro de casa e entre elas, também impera a ocidentalização... ;)
Eliminar(e era impermeáveis... :)
Ai Picante, como entendo. É triste admiti-lo, porque nunca me senti como racista ou mentecapta em relação a nenhuma cultura, mas um homem que casa com uma mulher, formada em Direito, e obriga-a a ficar no carro e a ser servida pelos empregados quando vai ao restaurante, ou a não se aproximar das janelas DENTRO da sua própria casa, ou a PERMANECER na cozinha o dia todo, mesmo que não esteja a cozinhar, para mim só tem uma reacção: nojo. Ah, e este "miúdo" tem 23 anos. E é indiano. Muçulmano da Índia.
EliminarPor vezes basta sentirem-se à vontade com alguém de fora para mostrarem como são. O meu pai tinha um amigo árabe que quando estava sozinho com ele comia carne de porco e enfrascava bebidas alcoólicas que não era brincadeira. Depois dizia-lhe para não contar nada à familia dele. Lembro-me que o meu pai o começou a achar um tanto hipócrita por causa disso mas só soube disso muitos anos mais tarde.
EliminarA mulher andava de burka mesmo quando só estávamos raparigas/mulheres num quarto. Não sei se era por eu e a minha mãe sermos ocidentais mas nunca a vi sem a dita e quando íamos a casa deles tínhamos o hábito de vestir as coisinhas mais largonas e mais tapadas que tivéssemos. Pensando nisso agora, elas nunca fizeram o esforço de as retirar quando vinham à nossa casa. Lá está, sempre nós a adaptar-mo-nos a eles.
Ps: O país em questão era na Suiça mas nem assim.
Vivi em londres perto de uma comunidade muculmana e quando cheguei aqui fiquei chocada. Tenho alguns conhecidos muculmanos e colegas de trabalho. Ja tive tanta briga. As diferencas sao msm enormes. Por ex . No trabalho os meus coleggas asiaticos acham que eu tenho menos valor so porque sou mulher. Gostava de dizer que respeito a cultura deles ms nao è verdade. Desprezo os. A maioria *(nao todos) sao prepotentes e as mulheres ... traram nos mulheres europeas como se fossemos impuras. Eu ja me fartei de tentar entender agora è posiçao de defesa e ataque. So quem ve e vive isto de perto sabe como è
ResponderEliminarConforme disse à MI, mais abaixo, acredito que uma vivência mais próxima crie mecanismos mais agressivos para lidar com esta estranha realidade...
EliminarE as mulheres muçulmanas que sofram de "calores" como eu? Deve ser um martírio com os burquinis ao sol. É por isso que as mulheres mais velhas nem para a piscina vão.
ResponderEliminarPê
Coitadas... mesmo!
EliminarPalmier, não são nada coitadas, carambas!
EliminarÉ uma posição que elas defendem com unhas e dentes e não te esqueças que uma árabe aquilo que mais quer é manter a pele branca e imaculada!
Coitadas era para a caloraça que devem passar! É que aquilo deve fazer efeito estufa!
EliminarÉ sauna. Talvez por isso digam que elas são bem jeitosas :) ao calor que passam devem assar a gordura toda e depois só sobra a pele.
Eliminar(Já agora, elas não têm aquele tom de pele "azeitona" )
Talvez as ajude a emagrecer…
Eliminar:DD
Eu por acaso tenho a ideia de que esses homens são uns rebarbados. Quando vêm uma mulher em biquini até devem salivar. Ou pior.
ResponderEliminarNão sei quais são os olhares piores... se os deles, se os delas...
EliminarPara mim sempre foram elas.
EliminarQuando na Arábia Saudita um árabe colega do MQT foi proibido, repito, proibido pela mulher, sim pela mulher, que o agarrou por um braço, repito, que o agarrou por um braço, para que ele não cumprimentasse o MQT que estava ao meu lado e eu, ó impura, estava de abaya mas cara a descoberto…afinal quem manda em quem?
da minha experiência lá, in loco, mandam elas muito mais do que eles, que para elas são uns cordeirinhos mansos.
Mas isto é a minha experiência na Arábia Saudita (tenho tanta, mas tanta, TANTA, pena que todos sejam medidos pela mesma bitola…que quando dizemos Árabe pensemos Arábia Saudita e não, India, Paquistão, Irão, Afeganistão, etc, porque é daí sim que vem o perigo, não de onde a propaganda nos diz vir. Os únicos olhares libidinosos, gulosos e despudorados que senti quando em terras do Reino da Arábia Saudita foram sempre dos indianos, filipinos e paquistaneses, nunca por nunca de um árabe para quem uma mulher é uma rainha (são filhos de mulheres e são as mulheres que lhes dão os filhos, não há bem mais precioso).
Esta porcaria desta conversa, cristãos vs muçulmanos (o que eu queria mesmo é que separassem os muçulmanos por países) dava pano para mangas mas não m´apetece...
Percebo... há sempre gente boa e má em todos os lados... o que eu imagino dos outros comentários neste post, nomeadamente dos árabes que vivem na Europa, é que, quando saem dos seus países, e para evitar serem "contagiados" por outras culturas e modos de vida, devem endurecer ainda mais as regras por que se regem... e dá o resultado que dá...
EliminarExactamente!
EliminarMas é que é isso mesmo!
(opah tu és tão esperta caté tenho medo que te roubem; vou-te fazer um seguro!)
É um dos aspectos que me faz ter vontade de voltar para Portugal, onde nunca tinha visto ninguém de lenço quanto mais de burka!!!
ResponderEliminarPor aqui, é o prato do dia. O que nos vale é não ter praia aqui ao lado (fica a 1hora) e o tempo ser cócó porque nos poucos dias de calor faz-me uma aflição ver aquelas mulheres todas tapadas e de preto! E o cheiro, Deus? :/
Ainda assim, nesta situação toda, o que me surpreendeu verdadeiramente foi exactamente o pensamento das mulheres árabes em relação às ocidentais. Mesmo na "capital da Europa", essas mulheres acham-se no direito de fazer pervalecer a sua cultura à força. E recebemos, as ocidentais, olhares assassinos constantemente. Aliás, há até o líder dum partido famoso aqui a dizer "se os naturais do país estão mal, que se mudem. Este país é nosso". E é assustador perceber que sim, que qualquer dia o país é mesmo deles. Aquele maluco da Suécia, ou Finlândia, ou lá de onde era, tinha "alguma razão de ser" - apesar de, obviamente, ter usado todos os meios errados. Mas no seu manifesto realçava que daqui a 50 anos, a Europa será maioritariamente árabe. E isso sim é assustador. Porque nós podemos ser flexíveis com eles. Mas eles não são flexíveis connosco. Nem aqui, em minoria. Quanto mais em maioria.
Até tenho vergonha de o admitir, mas passei a sentir-me racista, desde que mudei para cá.
Sim... acredito que uma experiência mais perto e mais permanente possa dar origem a esse tipo de reacção. Não será por acaso que cristãos e muçulmanos se confrontam há séculos...
EliminarMi sou o anonimo de 13:33 voce vive em londres? Concordo com TUDO aquilo que disse ... efim ...alguem que me entende
ResponderEliminarEu já atrofiei nas ferias do ano passado, quando tive em Viena no mm hotel um jovem q andava toda tapada. A tomar o pequeno almoço so usava uma das mãos p o talher pq a outra ia levantando o véu para meter a comida na boca...o q aquilo me fazia confusão!! Numa piscina, acho q ia p o quarto e n ia mais lá :)
ResponderEliminar