Eu estou a gostar muito, apesar da do Tolstoi me irritar profundamente. Mas eu sou suspeita... tenho um estranho fascínio pela Rússia desta época :) mas sim, acho que, mesmo sem este fascínio, que é um livro que se lê muito bem :)
Ana KRenina é belíssimo, mas lá está o sr, era depressivo. Noto-lhe algumas similaridades no tipo de escrita com o Eça, mais nas descrições exaustivas, não na ironia.
Pois... mas uma coisa é a obra, a outra a pessoa. E, pelo menos nesta descrição (que tem por base a correspondência trocada entre ambos), quando passou à sua fase mística, era absolutamente intratável. Pela forma como é descrito, oscilando entre a depressão e a euforia, acho mesmo que devia ser bipolar.
Palmier... Esqueça lá isso. Nem vou dizer o que li na capa do livro, agora abri isto e o post não me estava a parecer o mesmo que li a bocado... Vamos apagar este momento das memóris. Mto cansaço, enfim...
Palmy desculpe a insistência,mas ja tentei comprar o verniz,naquela tal loja que me indicou,mas não o consegui encontrar :/ será que me podia indicar o nome ou a referência?obrigada e desculpe estar a chateá-la com estes assuntos nas suas férias! :)
Estou no Livro I da edição da Dom Quixote do Guerra e Paz. São 4 livros o romance inteiro. Ainda só vou a meio e já me apetece matar o Tolstoi.... ;)))) Mas sim, depois do Anna Karenina, só podia voltar a Tolstoi para esta empreitada.
Pior que a descrição do Ramalhete (culpa disso que nunca consegui ler o raio do livro. disso e de ser obrigatório na escola. livros a ser obrigada, não obrigada)?
Essa parte da guerra se me maçar, mando o livro às urtigas!! Só gosto da paz e dos bailes da alta roda de Moscovo e Petersburgo. Sou muito fina eu. Toda eu sou Jet Set até no enredo literário. Adorei os Maias. Houve uma altura em que pendia muito para livros descritivos, tipo Zola.
Mas eu adoro Eça... o raio do PNL da altura (nem sei se isso existia, anos 90) fez com que fosse o único que não consegui ler (apesar de saber a história toda, as personagens e afins - benditos apontamentos da Europa-América)... :(
O meu marido é bipolar. Não é fácil, tem os seus desafios, mas ao menos tem acesso a diagnóstico e medicação, bem como acompanhamento psicológico. No tempo de Lev não havia nada disso, e nem consigo imaginar o sofrimento que terá suportado. Desconheço os desafios por que passou a mulher, mas se calhar optou por ficar, tal como se calhar ficaria se ele sofresse de tuberculose, por exemplo. A mim nunca apeteceu espancar o meu marido. E acho que se tivesse um cancro, e tivesse de passar pelo desafio de o apoiar durante a doença, também passaria por momentos muito maus, que não me fariam ter vontade de o espancar. E a Palmier? Espancaria o seu marido por ter uma doença complicada que o fizesse ter comportamentos mais difíceis?
Claro que não! Na verdade nem sei se seria bipolar, só verifiquei que oscilava entre fases de euforia e de depressão (como aliás muitos artistas quando terminam uma obra). E, pelo menos neste livro, e à luz da nossa época, tratava a mulher, digamos assim, "menos bem" (característica que também julgo ser vulgar nas pessoas bipolares - tratar menos bem aqueles que lhe são próximos).
O post foi escrito em dois momentos. Primeiro a parte de me apetecer espancar o Tolstoi, porque colocava a mulher perante dilemas morais impossíveis de resolver. Depois, li mais umas boas páginas e, de repente, fiz-lhe o "diagnóstico". Quase como desculpando o comportamento anterior... por isso não, não tenho qualquer vontade de bater numa pessoa bipolar :)
E quando digo "menos bem" não me estou a referir a qualquer tipo de violência física, mas sim a uma espécie de violência psicológica, em que a deitava constantemente abaixo quando, na verdade, era muito dependente dela.
Fiz este ano 16 anos de casada, namorei com o meu marido 4 anos, temos 20 anos passados em comum. No ano passado, ele e o meu filho , sofreram um acidente grave de viação. Ao fim de 4 meses de internamento, o meu marido regressa a casa com imensas limitações, perdeu (passageiramente, a nivel de motricidade tudo foi sendo recuperado) grande parte da sua autonomia, por exemplo, não se podia sequer levantar e deitar sozinho, não se conseguia vestir e a higiene era feita deitado. Todo e qualquer apoio foi por mim prestado, estive sem trabalhar durante todo esse tempo, fiz o melhor que pude e desculpei muita "má resposta", sem qualquer tipo de arrependimento faria tudo de novo; mas do alto dos meus 38 anos, tive alturas em que me senti muito mal tratada e que sinceramente pensava "Se fosses um gaiato, levavas uma palmada."
Pois o meu irmão é bipolar há 30 anos e sinceramente vontade de lhe bater é algo que tenho com frequência. Daí a fazê-lo... Obviamente nunca o fiz. Ele também tem vontade concerteza e nunca o fez também. Mas a violência verbal, a agressividade tem sido uma constante. Também é engraçadissimo, super inteligente e amigo do seu amigo. A relação com os nossos pais e comigo é que é verdadeiramente difícil. Já com as mulheres e namoradas aguentam o possível e depois vão à vida delas.
Desejo calma, amor e tranquilidade à anónima das 23:00h.
É bom???
ResponderEliminarMas estás a gostar? Lê-se bem?
ResponderEliminarEu estou a gostar muito, apesar da do Tolstoi me irritar profundamente. Mas eu sou suspeita... tenho um estranho fascínio pela Rússia desta época :) mas sim, acho que, mesmo sem este fascínio, que é um livro que se lê muito bem :)
ResponderEliminarObrigada. Quero ler mais biografias por isso te fiz a pergunta. Bjs e boas férias.
EliminarAna
Esse fascínio também eu tenho. E a "Anna Karenina" e a "Guerra e Paz" são daqueles... bem, se não me "calo", não paro...
EliminarAna KRenina é belíssimo, mas lá está o sr, era depressivo. Noto-lhe algumas similaridades no tipo de escrita com o Eça, mais nas descrições exaustivas, não na ironia.
ResponderEliminarPois... mas uma coisa é a obra, a outra a pessoa. E, pelo menos nesta descrição (que tem por base a correspondência trocada entre ambos), quando passou à sua fase mística, era absolutamente intratável. Pela forma como é descrito, oscilando entre a depressão e a euforia, acho mesmo que devia ser bipolar.
EliminarPalmier... Esqueça lá isso. Nem vou dizer o que li na capa do livro, agora abri isto e o post não me estava a parecer o mesmo que li a bocado... Vamos apagar este momento das memóris. Mto cansaço, enfim...
EliminarQuando são as férias? : DDDDDDDDDDDD
EliminarMeu querido, mês de Agos... Setembro!!
Eliminarhttp://www.brainpickings.org/2014/09/30/leo-tolstoy-reading-list/
Palmy desculpe a insistência,mas ja tentei comprar o verniz,naquela tal loja que me indicou,mas não o consegui encontrar :/ será que me podia indicar o nome ou a referência?obrigada e desculpe estar a chateá-la com estes assuntos nas suas férias! :)
ResponderEliminarSó diz mesmo Essence colour & go, e é um cor-de-rosa clarinho... tenho comprado sempre naquelas lojas, tipo farmácia, que existem nos Continente.
EliminarObrigada mais uma vez =)
ResponderEliminarEstou no Livro I da edição da Dom Quixote do Guerra e Paz.
ResponderEliminarSão 4 livros o romance inteiro.
Ainda só vou a meio e já me apetece matar o Tolstoi.... ;))))
Mas sim, depois do Anna Karenina, só podia voltar a Tolstoi para esta empreitada.
A descrição pormenorizada da guerra é ligeiramente penosa... :D
EliminarPior que a descrição do Ramalhete (culpa disso que nunca consegui ler o raio do livro. disso e de ser obrigatório na escola. livros a ser obrigada, não obrigada)?
EliminarÉ um dos meus livros favoritos :)
EliminarEssa parte da guerra se me maçar, mando o livro às urtigas!!
EliminarSó gosto da paz e dos bailes da alta roda de Moscovo e Petersburgo. Sou muito fina eu.
Toda eu sou Jet Set até no enredo literário.
Adorei os Maias. Houve uma altura em que pendia muito para livros descritivos, tipo Zola.
Mas eu adoro Eça... o raio do PNL da altura (nem sei se isso existia, anos 90) fez com que fosse o único que não consegui ler (apesar de saber a história toda, as personagens e afins - benditos apontamentos da Europa-América)... :(
EliminarJá referiu nos comentários, bipolar. É esta a designação correcta actualmente. Maniaco-depressivo já não se diz.
ResponderEliminarApenas por ser politicamente mais correcto... a verdade é que a doença bipolar se caracteriza por fases maníacas seguidas de fases depressivas...
EliminarO meu marido é bipolar. Não é fácil, tem os seus desafios, mas ao menos tem acesso a diagnóstico e medicação, bem como acompanhamento psicológico. No tempo de Lev não havia nada disso, e nem consigo imaginar o sofrimento que terá suportado. Desconheço os desafios por que passou a mulher, mas se calhar optou por ficar, tal como se calhar ficaria se ele sofresse de tuberculose, por exemplo.
ResponderEliminarA mim nunca apeteceu espancar o meu marido. E acho que se tivesse um cancro, e tivesse de passar pelo desafio de o apoiar durante a doença, também passaria por momentos muito maus, que não me fariam ter vontade de o espancar. E a Palmier? Espancaria o seu marido por ter uma doença complicada que o fizesse ter comportamentos mais difíceis?
Claro que não! Na verdade nem sei se seria bipolar, só verifiquei que oscilava entre fases de euforia e de depressão (como aliás muitos artistas quando terminam uma obra). E, pelo menos neste livro, e à luz da nossa época, tratava a mulher, digamos assim, "menos bem" (característica que também julgo ser vulgar nas pessoas bipolares - tratar menos bem aqueles que lhe são próximos).
EliminarO post foi escrito em dois momentos. Primeiro a parte de me apetecer espancar o Tolstoi, porque colocava a mulher perante dilemas morais impossíveis de resolver. Depois, li mais umas boas páginas e, de repente, fiz-lhe o "diagnóstico". Quase como desculpando o comportamento anterior... por isso não, não tenho qualquer vontade de bater numa pessoa bipolar :)
E quando digo "menos bem" não me estou a referir a qualquer tipo de violência física, mas sim a uma espécie de violência psicológica, em que a deitava constantemente abaixo quando, na verdade, era muito dependente dela.
EliminarFiz este ano 16 anos de casada, namorei com o meu marido 4 anos, temos 20 anos passados em comum.
EliminarNo ano passado, ele e o meu filho , sofreram um acidente grave de viação. Ao fim de 4 meses de internamento, o meu marido regressa a casa com imensas limitações, perdeu (passageiramente, a nivel de motricidade tudo foi sendo recuperado) grande parte da sua autonomia, por exemplo, não se podia sequer levantar e deitar sozinho, não se conseguia vestir e a higiene era feita deitado. Todo e qualquer apoio foi por mim prestado, estive sem trabalhar durante todo esse tempo, fiz o melhor que pude e desculpei muita "má resposta", sem qualquer tipo de arrependimento faria tudo de novo; mas do alto dos meus 38 anos, tive alturas em que me senti muito mal tratada e que sinceramente pensava "Se fosses um gaiato, levavas uma palmada."
Pois o meu irmão é bipolar há 30 anos e sinceramente vontade de lhe bater é algo que tenho com frequência. Daí a fazê-lo... Obviamente nunca o fiz.
EliminarEle também tem vontade concerteza e nunca o fez também. Mas a violência verbal, a agressividade tem sido uma constante.
Também é engraçadissimo, super inteligente e amigo do seu amigo.
A relação com os nossos pais e comigo é que é verdadeiramente difícil. Já com as mulheres e namoradas aguentam o possível e depois vão à vida delas.
Desejo calma, amor e tranquilidade à anónima das 23:00h.