quinta-feira, 23 de março de 2017

Agora a sério, preciso mesmo de vos perguntar isto

Vocês gostam mesmo daqueles menus degustação/surpresa dos restaurantes das estrelas, aquelas viagens gastronómicas com tremoços explosivos que não são tremoços, ou azeitonas que não são azeitonas, que são apenas esferas de consistência estranha com uma água lá dentro, ou de um cubo branco que nós, lançados na onda do parece que é mas não é, levamos sem medo à boca para descobrir que afinal aquele cubo a fingir que é fat de oinc é mesmo fat de oinc, ou de reduções de todas as carnes e enchidos a um caldinho, ou de procurar os cones de sushi dentro de vasos de flores, ou de espuma de tangerina fumada nas cinzas da última erupção do do vulcão Etna, ou, o que eu realmente suspeito: têm vergonha de dizer que não gostam?


83 comentários:

  1. Depende... De quando em vez é sempre interessante (há excepção do cubo de fat de oinc oinc), o problema são os exageros e, nada mas nada que justifique isto
    https://www.youtube.com/watch?v=o215MfrAEcs
    E sim, há um crescente snobismo referente à comida.

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    1. Olha, foi exactamente assim que me senti. A lamber papel de parede! :DDDDDDDDDDDDDDDD

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    1. Oh pá... a sério... eu acho que eles se devem rir à gargalhada na cozinha!

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    2. isto foi só p'ra dar um "oi" ao onónimo, não vá sentir-me a falta
      :DDDDDDDDD

      mas dispenso bem esses cenários, mantenho com a comida uma relação pouco artística, digamos assim...

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    3. Yap. Também eu!

      (coitadinho, o Onónimo já cá veio à tua procura e eu atrasei-me a aprovar os comentários. Agora está ali para baixo, triste e sozinho!)

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  3. Se me convidarem claro que, cínica como sou, digo que era tudo uma maravilha. Mas na verdade não gosto. Prefiro sardinhas assadas e azeitonas verdadeiras(sou mesmo povo).

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    1. Porquê recriar uma azeitona?! Porquêeeeeeeeeeeeeee?! Dêem-nos uma azeitona. Ponto! Tão mais fácil e melhor! Povo forever! :DDDDDDDDDDDDD

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    2. Sardinha assada, hummmmm.... E o pãozinho com a gordurinhas da sardinha? Oh god...

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    3. A coisa pior que comi até hoje foi foie gras do verdadeiro. Nem toda o meu cinismo conseguiu fazer com que eu aparentasse gostar. HORRIVEL!!

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    4. A última vez que comi foie gras suspeitava que estava grávida. Depois do jantar, e correspondente enjoo, não tive dúvidas :D

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  4. Sem vergonha: não. Eu é mais comida que consigo perceber o que é e que sabe ao que é.

    Isa

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    1. Também eu! O meu filho bem dizia: sabe a falso! :DDDDDDDDDD

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  5. Pois eu devo ter palato dji pobri porque não gosto dessas coisas muito elaboradas, nem sushi... Gosto de comida simples!

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    1. Juro que estou convencida que a maior parte das pessoas está só deslumbrada com a mise en scene...

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  6. Têm vergonha de dizer que não gostam. Salvo erro, a Xaxia foi a primeira a assumir lá no blogue dela que aquilo é tudo um engodo (salvé Xaxia)! Para mim, é como a Palmier diz: um deslumbramento e uma moda que explora o snobismo do povo que quer (ter a ilusão de) ser parte de. Idem para a moda do sushi.

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  7. Aaaaaii... alguém foi ao Avillez e não gostou...! :D

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    1. Honestamente isto não começou no Avillez. O Avillez foi apenas a confirmação. É um problema que tenho com a generalidade destes menus de degustação... acho que não são bons.

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  8. O que é o cubo fat de oinc? Googlei mas fiquei na mesma.

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    1. Um cubo de gordura de porco. Arghhhhhhhhhh! :D

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    2. De onde eu venho, isso chama-se toucinho. A minha mãe usava para fazer com as favas. Há muito tempo que deixou de fazer as favas dessa maneira porque se queixa que agora já não se encontra toucinho "do bom", "como ele era antigamente". Se calhar, em vez de ir ao talho, devia procurar nos restaurantes Michelin...?

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    3. Acho que sim, que eles devem ter para a troca :D

      (odeio... :D)

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  9. A gente cá da construção somos mais de prego e vinho da casa ou francesinha e cerveja sem álcool, pernil, chispe e feijoada. Nem sei de que fala a cara Palmier quando começa a escrever em línguas.

    Sushi é como Jazz. Dá vontade de dançar.

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  10. Não percebi nada deste post :D É chinês para mim... Mas não gosto de sushi e degustação não é para mim que sou uma esquisitinha do pior.

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  11. Sinceramente, sinceramente... Há umas espumas cujo sabor gosto, mas aquilo são só espumas, o sabor vai-se num instante. Também há umas reduções bem saborosas, mas como saõ reduções servem-se também em doses reduzidas, uns pinguinhos muito gostosos que fazem diferença porque fazem, mas depois, puff, como as espumas, vão-se sem que tenhamos percebido o que foi aquilo que comemos...
    Gosto de saber o que estou a comer sem ter de ler no nome pomposo que vem na carta, não quero ler que a redução balsâmica de framboesa perfumadas com trufas pretas com mel de cana e for de sal, gosto de sentir uma acidez frutada da framboesa e o sabor a terra da trufa porque o senti. Gostar, mesmo gostar, são sabores que me enchem a boca, aqueles que me permitem perceber que sim, que cada sabor é detectado por uma zona específica da língua.
    Gosto da carne que sabe a carne, do peixe que sabe a peixe, legumes que sabem a legumes... As espumas, reduções e molhos que os acompanham saberão ao que sabem, uns muito bons, outros nem por isso. mas serão sempre espumas, reduções e molhos.
    Se quiserem chamar pataniscas de manga a um pedaço de fruta frito numa espécie polme, pois que chamem, até pode ser saborosíssimo, para mim será um pedaço de fruta frito numa espécie de polme, pataniscas, para mim, serão outra coisa.
    Ontem à noite estava a triturar a sopa de legumes e começou a levantar-se uma espuma. Por acaso dei comigo a pensar que se estivesse num restaurante desses agarrava numa colher,recolhia a espuma e dispunha-a ao lado de uma uva e uma ova, um fio de azeite e enfeitava com um bracinho de salicórnia ao vapor, depois chama-lhe Doce Intrusão em Início de Primavera.

    Olha, morreremos um pouquinho menos ignorantes.

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    1. Aahahahahahaahahahahahahaahahah!!!! Muuuito bom:)))

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  12. Pois eu gosto, não de tudo claro, mas há recriações muitíssimo saborosas! Já experimentei vários restaurantes michelin, nem tudo foi maravilhoso, mas também provei das coisas mais saborosas já experimentadas pelo meu palato!
    E também gosto de pratos bem tradicionais e as chamadas "tascas". Há espaço e tempo para tudo!

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    1. Lá está, de todas as experiências que tive - arghhhhhh odeio a ideia de "experiência" - nunca tive a sorte de dar de caras com essas tais coisas mais saborosas alguma vez provadas...

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    2. Só essa palavra "recriação" (ou "interpretações", como está no comentário abaixo) já é coisa para me fazer pés de galinha.

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    3. Ahahahhahahahhahahhaahahahahhahahahahahahahahahahahahahaahhahaha
      Acho que também sofro do mesmo preconceito! :DDDDDDDDDDDDDD

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    4. E a "desconstrução"? Arghhhh... que raiva! O criativo Chef "inspira-se" num alimento qualquer que estava tão bem no seu estado puro e "desconstrói-o", para sair dali uma mixórdia qualquer, que não contestando o sabor, torna aquilo numa coisa estranha, que até faz confusão ver no prato e ali ficamos nós a tentar adivinhar onde está o pedaço do tal alimento que tão bem conhecemos em nossas casas, mas ali não encontramos em parte alguma, por mais que miremos o prato de alto a baixo.
      Tenho a certeza de que a Palmier, agora uma engenheira civil assumida, admira especialmente este conceito de "desconstrução" aplicado á gastronomia.

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    5. Também acho que alguns nomes serão demasiado pomposos até ridículos, não deixam de ser modas... mas são recriações, desconstruções o que forem, porque não são o estado "normal". Alguns nomes que podem causar "pés de galinha" a pessoas mais sensíveis, mas essas recriações não deixam de precisar de muito talento e trabalho... vá lá, tenham mentes mais abertas ;)

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  13. Eu gosto de comida em geral e estou sempre aberta a experimentar outras cozinhas, ou interpretações diferentes.

    Acho que há de tudo. Comida boa e não boa, só para inglês ver =)
    Desses que fala nunca fui por falta de oportunidade (€€€€€€) mas o ano passado fui pelo restaurante week ao Myriad e nota-se perfeitamente e justifica-se os preços e o chefe e etc. É maravilhoso. =)

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  14. Eu afirmo e assumo que gosto de uma bela feijoada, de cozido à portuguesa e de azeitonas vintage :D
    Toda essa encenação à volta da comida, deixa-me sempre a pensar se não estou a deglutir os ornamentos.

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  15. Pipocante Irrelevante Delirante23 de março de 2017 às 11:49

    Felizmente, o local mais estranho a que um amigo me tenha (gastronomicamente) levado, foi a um vegetariano nepalês. Sim, ainda é mais difícil aguentar um caril de feijão verde sem recurso a bebidas alcoólicas.
    Pertantos, não sofro desse mal, da fusão e derivados.
    Gosto mesmo é de comida a sério.

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  16. Pipocante Irrelevante Delirante23 de março de 2017 às 11:52

    Ainda opto pela explosão de sabores de uma feijoada à transmontana.
    Cubos, só knorr, quando tenho preguiça de fazer os temperos.

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  17. Pois eu acho espectacular uma azeitona explodir na boca. E normalmente aprecio esses twists que inventam. Não invalida que não goste de encher o bandulho de comida tradicional. Mas nada impede de ter uma experiência diferente de quando em vez.

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  18. Manda-os todos para o Reino Unido onde as cenouras sabem a papel mastigado, a alface está verde e fresca mais de 30 dias seguidos (medo) e onde os ovos são mais pálidos que o susto. Vais ver a alegria de comer ingredientes concretos e identificáveis num prato. :D

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  19. Partilho a tua dúvida, e desconfio que na maioria das vezes, seja uma boa dose de vergonha por gastar dezenas (centenas?) de euros e perder três ou quatro horas sentados à mesa do restaurante, quando chega o último prato já o primeiro está a acabar a digestão, e fica mal dizer que não valeu a pena. Mas vá, o que conta é a "experiência" :D

    Eu cá gosto da minha comidinha o menos manipulada possível. Simples e autêntica, com ingredientes de qualidade que dispensem grandes camuflagens.

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  20. Nada substitui o poder de uma bela feijoada ou favada.
    Isso é como carne de soja. Se é de soja, tenho pena mas não é carne.

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  21. Eu nãp gosto e assumo que não gosto. Nem de sushi gosto, muito seco ou muito salgado.
    São modas.
    Não é à toa que o meu restaurante preferido em Lisboa é de comidinha a sério:)

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    1. Há-de ser uma tasca, só aí é que falam em comidinha.

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    2. Olhe que não é tasca nenhuma.
      É um óptimo restaurante que infelimente, não é acessível a todas as carteiras. A comida é incrível, bem como o atendimento. E felizmente não está na lista dos" must go before you die", nem muito conhecido. Ainda assim há que fazer reserva.

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    3. Fiquei curiosa! Partilhe lá esse belo segredo... :)

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  22. Hoje em dia vive-se de "experiências". As pessoas têm vidas tão vazias e monótonas (ou desgastantes e frustrantes ou... ou... )que sentem uma enorme necessidade de proporcionar a si mesmas "experiências" periodicamente. Para se sentirem vivas. Para terem a sensação ilusória de viverem realidades novas e sensacionais a cada passo. É assim em tudo, não é só com a comida.

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    1. Este comentário foi dos mais acertados que já li por aí. Acho que é isso mesmo, as pessoas não experienciam por si próprias, no dia-a-dia, precisam de comandos que as accionem... Pagam workshops e restaurantes para terem "experiências"! Como se se decretasse: hoje, das 6 às 8, vou ter uma "experiência"! E o resto do tempo, vegetam entre a casa e o trabalho...

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  23. Comparo muito a alta-cozinha à alta-costura: servem ambas para os seus criadores mostrarem e apresentarem todo o esplendor da sua criatividade. Que a têm e muita e boa. Mas, da mesma forma que a maioria da roupa que se vê nos desfiles não é vestível, é apenas para as fotografias, para as câmaras e para o estilista acrescentar uma criações ao seu portfólio (depois, nas lojas, têm para venda a linha comercial), também os pratos gourmet não são para "comer", no sentido de alimentar: são para "degustar", ou seja para reconhecimento da grandeza criativa dos Chefs, que, envaidecidos, se tornaram autênticas estrelas pop.

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    1. É uma perspectiva que não considero totalmente errada, mas da mesma forma que há vestidos de alta costura que só não compro porque não tenho capacidade monetária para tal, também há comida da qual gosto e muito e de vez em quando ainda vou tento oportunidade de experimentar... ou provar, não vá a palavra experiência provocar urticária em alguém!

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  24. O sushi ou é seco ou muito salgado? O sushi não deverá ser temperado, não nos restaurantes japoneses mais puristas, onde não há recurso a queijo-creme, etc. Uma coisa será não gostar, outra é descrever algo que não se aplica à comida referida.

    E porque é que sempre que alguém diz que não gosta de sushi refere que é uma moda?

    Respondendo ao que a Palmier pergunta: essas recriações irritam-me, mas há menus de degustação interessantes. É preciso é não ficarmos fascinados e achar que os chefes são uns "puros".

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    1. Eu gosto de sushi (quando é bom, não é aquela mistura chinês-sushi rasca) e acho que é uma moda. Como tantas outras.

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    2. Lamento rebentar-lhe a bolha, mas quando experimentei foi no Japão e anos.

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    3. Mas moda como assim? Sushi é a gastronomia do Japão, não é a moda dos cupcakes, ou das hamburguerias, etc. Por exemplo, agora todos os restaurantes têm qualquer coisa com bolo do caco, manhoso, mas bolo do caco. Uns dirão que é moda, mas para mim nascida e criada na madeira (mas residente em Lisboa) fico mesmo chateada quando dizem que o como por ser moda, quando é o meu pão há uma vida (o mesmo para a batata doce e para os meus queridos abacates madeirenses). Logo, quem já apreciava sushi antes de cá chegar, já esteve no Japão e gosta da gastronomia deles, é quase uma ofensa chamar de moda. E isto aplica-se a quase tudo o que é típico de um país ou região, não é moda, é tradicional. Agora que há quem consuma por achar que é "chique" isso já é outra conversa.

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    4. Sushi é a gastronomia do Japão. Disse bem: do Japão. Não é nossa. Por isso, cá, é uma moda e, como todas as modas, tem a sua fase "chique". O mesmo é válido para o bolo do caco: é o "seu" pão porque a anónima é natural da Madeira. Não é o caso dos continentais. Em Portugal Continental é uma moda, por mais que isso a aborreça. Eu também não gostaria de ver o Pão de Mafra tratado com nada menos do que uma reverência absoluta, mas tenho que aceitar que isso sou eu, que o venero por ser o "meu" pão. Para outros, sobretudo estrangeiros que não foram foram habituados a comer pão, será muito bom, sim, mas corresponderá sempre a uma fase da vida deles. Uma moda.
      Como em tudo, há excepções, claro.

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  25. Cozinha molecular não aprecio muito, lá está, prefiro uma azeitona a uma gelatina de não sei que que supostamente sabe a azeitona. Dito isto, acho que há muitos restaurantes ditos de autor que vendem comida a sério. A apresentação é mais elaborada, as doses não são gigantescas mas a comida está lá. Em relação às doses, há outra questão, os menus destes restaurantes (mesmo sem ser degustação) estão pensados para entrada + prato + sobremesa (quanto muito sem sobremesa), alguns ainda colocam no início um amuse bouche ou mimo do chefe, como lhe queiram chamar. Não são sítios para pedir o prato e café, o mais provável é ficar com fome aquilo está montado para ser uma refeição completa. Em Lisboa conheço poucos mas se um dia vier ao Porto terei todo o gosto em recomendar uns quantos ;)

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    1. A quantidade não está em questão, das vezes que experimentei fiquei cheíssima (foram alguns doze "momentos", como lhes chamam ;D). O problema foi mesmo não gostar daquela sucessão... :)

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    2. Exactamente como diz a Raquel... nem tudo são recriações e cozinha molecular... por exemplo o chefe Rui Paula (que é uma personagem por quem até nem nutro grande simpatia) utiliza muito o ingredientes "autênticos", da zona onde está inserido, característico do local e sazonal...

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  26. irrita-me o pedantismo e novo-riquismo que cada vez mais associo a este tipo de cozinha. existem no entanto coisas diferentes e agradáveis de experimentar. dito isto, o meu prato favorito continua a ser cozido à portuguesa. à séria. nada de empadas do dito, ou afins.

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  27. Quando provar logo lhe digo, Palmier :D

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  28. Sim, eu gosto. Adoro experimentar e conhecer abordagens diferentes. Não gosto de sushi por exemplo mas já comi várias vezes para experimentar. Adoro comida indiana e mexicana. Mas do que gosto mesmo, além da portuguesa, é da comida francesa, para mim é imbatível.

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  29. Eu gosto da surpresa... Da umas migas bem feitas!

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  30. Aprecio observar este tipo de experiências gastronómicas na tv. Dou valor à criatividade dos chefs, ao empratamento, etc, mas sempre houve uma resistência da minha parte a deslocar-me a um desses restaurantes para vivenciar a experiência, por três grandes motivos:
    1) Embora não seja cliente dos "enfarta-brutos", gosto de me sentir saciada. Aquelas micro doses... humm...
    2) Não tenho pachorra para passar horas num restaurante. Eu cá quero chegar, comer e ir embora. Fazerem-me esperar pelo quer que seja é meio caminho andado para o desamor e a azia.
    3) Sou forreta. Em Portugal não faltam restaurantes simpáticos, com ementas simpáticas e bem executadas, que não ultrapassam os 20€ por comensal. E esses a mim bastam-me.


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    1. São micro-doses mas são muitas... eu as últimas já não consegui comer. Mas também prefiro mil vezes os restaurantes com comida normal, em que cada um escolhe um prato e pronto. Há qualquer coisa em volta da alimentação, uma sobre-valorização num grau tal, que me ultrapassa completamente.

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    2. Exacto, Ana Chagas. É o que eu dizia ali em cima da alta-costura. Para desfiles, sim, é uma criatividade bonita de se apreciar. Para consumir... huummm...

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    3. A sobre-valorização da comida é mesmo uma realidade! E não é só quando falamos de menus de degustação, de restaurante michelin e cozinha molecular. A comida é muito importante na nossa cultura, por cá tudo se passa à volta de uma mesa, seja no belcanto ou na tasca da esquina!

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    4. BG, vejo, pelos diversos comentários que é uma defensora e apreciadora deste tipo de cozinha. Já eu, das várias experiências que tive, não sou. Não gostei - e não acho que tenha sido por ter uma mente "fechada", aliás, se fosse o caso, teria resistido à "experiência". Acho sinceramente que há uma total loucura em volta da comida, se pensarmos bem vamos ver que os chefs pegam em ingredientes espectaculares, óptimos, fresquíssimos, para os "desconstruírem" e fazerem alimentos que saibam aos ingredientes espectaculares, óptimos e fresquíssimos que tinham no início 8e que, na minha modesta opinião são piores). E se isto não é um contra-senso, então não sei o que é um contra-senso... e continuo a achar que se valoriza demais a comida, independentemente da vida se fazer (ou não) à volta da mesa.

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    5. Não estava a discordar sobre a valorização da comida, estava efetivamente a dizer que era uma realidade... mas que não tem a ver apenas com a comida cara porque o que eu já vi fazerem por comida! Bem... (e não estou a falar de pessoas com fome e que passam fome, obviamente)

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  31. venho pela presente, na qualidade de eterno aspirante à coisa, manifestar o meu absoluto desagrado e indisposição digestiva com o uso pejorativo do termo "novo rico". novo ou velho, rico é rico.
    com a esquerda radical não se sai disto. parece que ficaram bsod-encravados na porra (perdão) do gatsby logo a seguir ao manifesto comunista.

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    1. :DDDDDDDDDDDDDDD

      Nada como atirar camisas de seda pelos ares!

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    2. só D. Pipoco nos compreende cara Palmier.

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    3. :DDDDDDDDDDDDDDDDDD

      (Mas ele agora está lá preso na árvore, coitadinho, estou tão preocupada!)

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  32. O único restaurante do Avillez de que gosto realmente é o café Lisboa, tem um excelente bife e uns belos croquetes mas realmente nunca cheguei a provar as azeitonas explosivas.
    Os melhores menus de degustação que comi foram no antigo Olivier e, a um outro nível quase "que será que estou a comer" no el bulli.
    Continuo a preferir o café de S Bento.

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    1. No Café Lisboa gosto dos pastéis de massa tenra :D, nos diversos Olivier nunca provei qualquer menu de degustação - e tão depressa não me dedico a esses menus - e a última vez que fui ao Café de São Bento, no início do verão passado, fiquei numa mesa ao lado de um russo que estava indignadíssimo com o bife, que aquilo não era coisa que se apresentasse, esteve o tempo todo a maldizer o jantar :D e a verdade, não sei se fui contagiada, é que achei que o bife já tinha tido melhores dias. :D

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    2. Pois eu acho que a única diferença que encontro no café de S Bento, aí nos últimos 20 anos, é o preço e o tamanho dos bifes. Variam na razão inversamente proporcional.

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    3. Era disso mesmo que o russo se queixava. Estava indignado porque o bife era minúsculo:D

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  33. Agrido, de imediato, que me convida para um repasto desses. O Avilez que não fique triste mas a sua comida, que já tive o desprazer de provar, é apenas uma miragem da cozinha tradicional portuguesa.

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  34. Cubo de gordura de porco? Epá que nojo!
    Menus surpresa só experimentei um, num Dim Sum em Oeiras, foi de facto uma surpresa boa e agradável. Por vezes não sabia bem o que estava ali dentro, portanto a expectativa era baixa e talvez por isso tenha gostado.
    Creio que o problema é mesmo a expectativa..

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  35. Palmier, lembrei-me deste seu post enquanto lia esta review. O que me ri a ler isto:)

    https://www.theguardian.com/lifeandstyle/2017/apr/09/le-cinq-paris-restaurant-review-jay-rayner

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