segunda-feira, 2 de abril de 2012

Trauma

Ontem o dia foi dedicado à Isla Mágica (uma linda feira popular, portanto). Razão de ser da ida a Sevilha. Programa idílico pensado para as crianças. Assim sendo, andámos em todos os divertimentos.
Fogooooooooooo páhhhhhhhh, caraças, caraças, porra, caraças, fogo, porra, porra, porra... devia estar mas é maluca quando vacilei e disse que sim à montanha russa (mesmo que estejamos a falar da mais pequena...). Numa destas não me voltam a apanhar. Enquanto tiver o poder de decisão, isso é garantidinho.
Fiquei, no entanto, com um grande temor... Vi um senhor idoso numa cadeira de rodas que era arrastado de divertimento em divertimento pela sua própria família... Estou em crer que que assisti a um caso de assassínio grupal e que os homicidas o premeditaram com todos os detalhes e requintes de malvadez. Primeiro levaram o velhinho para o carrossel (para parecer uma coisa inocente), depois para os cavalinhos ou Lamas ou lá o que era, depois para o comboio fantasma e depois (sempre em crescendo) a montanha russa, o sobe e desce (que eleva as pessoas a mais de 50 metros de altura, para depois as largar em queda livre) e depois... depois não quis ver mais, porque já me estava a imaginar num tribunal sevilhano, onde compareceria, vestida de preto, como principal testemunha do assassinato do velhinho, aparecendo inúmeras vezes na televisão tendo em conta a coragem e teor das minhas palavras proferidas contra o gang do paraplégico, dando entrevistas para a Caras, Lux e mesmo para a Hola, aproveitando a minha influência em Espanha para visitar a Sara Norte, sendo eleita pelos serviços secretos espanhóis como especialista em terrorismo de feiras  populares e posteriormente, recrutada pela própria princesa Letizia para acompanhar as visitas de Estado a parques temáticos (como podem constatar, quando começo a confabular, tenho muitas dificuldades em parar)...
Bem... Voltando à montanha russa da Isla Mágica e depois dos gritos de terror que inadvertidamente brotaram da minha traqueia (e da faringe, e da laringe e mesmo dos alvéolos) enquanto percorríamos aquele percurso (por duas vezes, senhores, duas vezes! Porque aquilo não para! Quando a pessoa pensa que se viu livre do terror, tipo... ok, é agora, chegou ao fim, vai parar! Erro crasso! Aquela merda arranca outra vez a todo o vapor levando-nos de pernas para o ar pelos carris a chiar por todos os lados por uma segunda vez!), temo, agora, repreender filhos sobre qualquer assunto que seja, pois vislumbro terríveis e obscuras represálias sobre a minha pessoas a terem lugar nas feiras populares do futuro...

4 comentários:

  1. Sempre me livrei de cair numa esparrela dessas. Xiça! Acho que nem chegava a tempo à wc mais próxima:)

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  2. Então continua a fugir. Nunca vás à Isla Mágica que tem forças terríveis que nos levam a cometer loucuras :)))

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  3. Oh eu sou muito dada a essas coisas, montanhas russas e derivados.
    Mas nunca tenho companhia! É raríssimo arranjar uma vitima que me acompanhe enquanto me divirto.

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    1. Oh páh! Ainda bem que dizes! Passarás a ir connosco nas viagens aos parques temáticos! :))))

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