segunda-feira, 25 de junho de 2012

It’s an injustice, it is!

Ontem esqueci-me de relatar dois factos importantíssimos que são reflexo do meu amor ao próximo. Assim:
a)      Ao chegar à praia verifiquei que alguém (acabado de chegar) tinha deixado a porta de uma carrinha Volkswagen Passat, preta, aberta. Assim sendo, olhei ao meu redor e vi, mais à frente, uma família que identifiquei como dona do carro.
Agarrei nas coisas todas (conforme referido em baixo: sacos, toalhas, bolas, baldes, raquetes  e Barbies) e corri uma maratona (de forma extremamente lenta, tendo em conta a carga absurda que carregava) até junto dos senhores. Acontece que, derivado à minha lentidão só os alcancei quando eles estavam a plantar o seu próprio chapéu-de-sol, junto ao mar. Claro que os senhores se assustaram muito ao ver um ser esbaforido a irromper pela sua (deles) sombra dentro. Apesar do susto, quando lhes expliquei que estava ali para os ajudar (que era mesmo uma espécie de Jesus Cristo), acalmaram-se de imediato. Expliquei toda a situação da Passat e o senhor agradeceu-me profusamente. Abalou, de imediato, para o parque de estacionamento e eu fui tratar das minhas coisas. Passados dez minutos (1km para lá, 1 km para cá) vejo o senhor a regressar, completamente transpirado com os 30 graus que se faziam sentir e, dirigindo-se a mim (pensava eu que para me agradecer a salvação da sai viatura) disse-me que o carro dele era, de facto, uma carrinha Volkswagen Passat preta. No entanto, o carro que se encontrava com a porta aberta, era uma carrinha Volkswagen Golf preta, que não lhe pertencia… O senhor, esticado na toalha à minha esquerda, passou o resto do dia a deitar-me olhares de ódio…

b) Ao avistar uma família que se debatia com sérias dificuldades para encher as braçadeiras da sua criança (tanto o pai como a mãe se encontravam já com um tom azul/arroxeado por causa do esforço despendido), intervim, muito solícita, e informei-os que, para conseguirem encher as braçadeiras convenientemente, tinham de morder o pipo (achava eu que toda a gente sabia disso...). Sim… esta que vos escreve, fez gestos com as mãos para chamar a atenção sobre si própria, dirigiu-se ao pai dessa família e, perante o olhar horrorizado da mãe, proferiu alto a seguinte frase:
    - Olhe, olhe... Tem de morder o pipo!
   A senhora, deitada na toalha, à minha direita (catalogando-me de imediato como mulher extremamente tarada e pronta a levar-lhe o seu homem, ao sugerir-lhe, à vista de todos, a prática de actos obscenos), passou o resto do dia a deitar-me olhares de ódio...
  
  Claro que acabei por passar o dia a olhar em frente, aproveitando, assim, para mirar, compenetrada, o horizonte...



6 comentários:

  1. não se pode dizer que tenha a sido propício a fazer novas amizades,ahahahah

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  2. Ai, ai...sempre a fazer amigos!
    Ahahahahahah

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    1. Com este andamento, não tarda que bato o recorde de número de amigos no FB :DDD

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