domingo, 24 de junho de 2012

"Uma Aventura na Praia" (Quase podia ser o novo livro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada)

Ir para a praia sozinha com dois filhos (marido continua ausente, à caça de clientes, em países tropicais. Trabalho extenuante, portanto) é uma aventura. O dia de hoje, foi assim:

I) Tive de arrastar sacos, toalhas, bolas, baldes, raquetes  e Barbies (imprescindíveis para um bom dia de praia) do carro até ao areal;

II) Tive de montar e cravar o chapéu-de-sol na areia, de forma que aquilo não voasse (claro que acabou por voar);

III) Tive de besuntar, incessantemente, toda uma família de protector solar. Sendo que:
     a) Não havia ninguém para me pôr protector nas costas, nem para olhar pelas ditas (resultado à vista na fotografia abaixo);
     b)  Como falo chinês, não consegui fazer passar a mensagem que, enquanto se põe protector, não é suposto brincar ao croquete;

VI) Tendo em conta os evidentes problemas de comunicação que derivam do facto de eu falar chinês, também não consegui que filhos entendessem que, numa praia apinhada de gente, era suposto que AMBOS se mantivessem junto a mim. Assim sendo, cada um ia para seu lado. Um ia para a água, o outro ia para o chapéu. Um decidia ir deitar um papel no lixo (junto à esplanada), o outro decidia que era a altura exacta de dar uns toques na bola à beira mar. Um queria tomar banho, o outro tinha frio. Eu queria dar um mergulho, ambos queriam ir à casa-de-banho, etc., etc...

V) Fomos almoçar e, ao entregar o cartão para pagar o repasto, a senhora aponta para um papel a avisar que estavam sem Visa. Claro que não tinha outro cartão e que, na carteira, não tinha dinheiro suficiente. Tive, portanto, de atacar uma pacata família que se encontrava nas imediações (cuja filha anda na escola de filho) pedindo, assim do nada, para nos pagarem o almoço. Coisa gira, portanto...

No fim deste magnífico dia, só vi uma vantagem em deslocar-me sozinha ao areal. Tendo em conta a ausência de marido, não tivemos de sacudir a areia presa ao nosso corpo, antes de entrarmos para o carro. Não... . Depois disto, nem pensar! Entrámos mesmo assim. À maluca! E depois... depois foi ver a areia pelos bancos. Areia pelo chão do carro. Areia no porta-bagagem. Areia por todo o lado. Ponderei até trazer um balde (mas daqueles mesmo grandes, tipo contentor do lixo) cheio de areia, para que filhos pudessem fazer bolinhos no percurso para casa. E a que sobrasse... bem a que sobrasse, podia despejar junto da manete das mudanças, pedais, capot... Só para ver qual era o efeito...

2 comentários:

  1. Ahahahahah
    Aqui também se vive o drama da areia por todo lado mas já fiz o favor de explicar que esta areia nãoé para sacudir deitar fora uma vez que é uma areia caríssima!
    Aliás, é tão cara que faço questão de levar toda a que conseguir para casa!

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  2. Sim! Tu enfrasca essa areia toda! Isso com um rótulo catita ainda vai render uma quantia elevada de euros :DDD

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