sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Ah, a Autoridade Tributária, essa nossa amiga...

Hei-de perguntar aqui aos funcionários que têm os vencimentos penhorados pelas Finanças, e que não são assim tão poucos, os que têm filhos, rendas, água e luz para pagar e que, de um dia para o outro, passam a receber quinhentos e trinta euros por mês sem apelo nem agravo, que o resto vai para a nossa amiga AT, paga e não pia é o lema, o que pensam sobre isso dos perdões fiscais às Galpes desta vida...


19 comentários:

  1. Pipocante Irrelevante Delirante7 de outubro de 2016 às 11:16

    São contra?

    (não sei, não tenho opinião, mas ouvi dizer que é uma boa medida, que o BE está contra mas vai votar a favor porque... por falar nisso, aquilo do MAAT já se paga ou como é? Isto falando de coisas importantes)

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    1. Não! São super a favor! Até estão a pensar em fazer uma colecta para ajudar os mais necessitados...

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  2. Também gosto quando há outros credores ao barulho, mas se chega a AT ... é tudo deles! Uns porreiros estes gajos!

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  3. Ainda não entendi. Perdoaram a galp? Ou vão fazer uma medida para que seja possível as empresas pagarem o que devem ao estado? Ou foram as duas???

    (Quem acha que é fácil pagar impostos que as empresas têm... uiui. Houve alturas em que tive de decidir ou pagar à SS ou pagar as minhas empregadas... decidi ficar a dever à SS e fazer um plano de pagamento e pagar aos funcionários naquele mês... há meses e alturas terríveis... antes ou pagava-se tudo ou não havia outra forma sem ser levar com penhoras... sinceramente prefiro ir pagando a ficar com contas penhoradas que n resolve o problema, so atrapalha)

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    1. Perdoam-se os juros (se se pagar de uma só vez), não o imposto em dívida. E perdoa-se parte dos juros se se pagar em prestações. Quanto à Galp, e pelo que percebi, não está em causa um perdão de juros pela dívida relativa à Contribuição Extraordinária - que é a grande dívida de que se fala - mas sim outras dívidas fiscais da Galp e de outras (grandes) empresas que estejam em conflito com o Estado. Ainda assim, pergunto: que raio de justiça fiscal é esta, que cobra juros altíssimos a um trabalhador por conta de outrem, com salários absolutamente necessários para viver, descontando-lhe directamente a dívida no vencimento e perdoa esses mesmos juros, indiscriminadamente, a quem os pode pagar?

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    2. * descontando-lhe a dívida + juros no vencimento...

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    3. Pipocante Irrelevante Delirante7 de outubro de 2016 às 12:15

      É a justiça fiscal de quem precisa urgentemente de dinheiro.

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    4. Mas o governo anterior fez uma medida parecida. Quem se voluntariasse ate dia X perdoavam-se os juros... lembro-me perfeitamente disso.

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    5. Se leres o comentário que deixei abaixo, percebes que acho essa medida tão vergonhosa quanto esta. Um mal mais um mal não é igual a um bem.É igual a dois males.

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  4. Pensarão que lhes dava um certo jeito oferecer viagens ao secretário de Estado dos Assuntos Fiscais para este ir ver os jogos de Portugal, mas que o salário de 530€ não lhes permite.

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  5. Devem estar muito felizes, com certeza :P
    O melhor é cometer infracções logo à grande, aos milhões, portanto... parece que quanto maior a dívida, maior a probabilidade de ser perdoada.

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  6. Palmier, gosto muito de ler o que escreve, não obstante, no que à política diz respeito, raramente comungar das suas ideias. Ora, este post é precisamente uma dessas ocasiões de discordância. Salvo erro de interpretação, a sua opinião sobre o presente governo é, por norma, e digamos assim, desfavorável,- enquanto, em relação ao governo anterior é a oposta. Diria, assim, e de grosso modo, que estou perante alguém de ideologia à direita. E por isso digo e pergunto: A execução fiscal funciona em 2016 da mesma forma que funcionava à, pelo menos, 5 anos atrás. Primeiro executa-se depois logo se vê. Aliás, a execução não fiscal não funciona de forma muito diversa. Em 2014 existiu um perdão fiscal. Portanto, os trabalhadores que invoca - não necesariamemte os mesmos,obviamente- foram prejudicados, enquanto as grandes empresas foram, neste contexto, beneficiadas. O lema de Passos Coelho sempre,foi confessadamente,o de atrair investimento (vistos gold etc) e do cortar nos que ganhavam razoavelmente (sobretaxas, funcionários públicos etc). Posto isto, respondo à sua pergunta: ": que raio de justiça fiscal é esta, que cobra juros altíssimos a um trabalhador por conta de outrem, com salários absolutamente necessários para viver, descontando-lhe directamente a dívida no vencimento e perdoa esses mesmos juros, indiscriminadamente, a quem os pode pagar?" com outra pergunta, qual seja: O que é que a ideologia que defende, fez, ou faria de diferente e mais adequado? (Nota póstuma que talvez devesse ter sido prévia: sou apartidária e estas questões não constituem qualquer critica ou censura ao seu pensamento mas tão só o desejo de debate. Se entender que o dito debate não é oportuno, não publique. Continuarei a passar por cá :) )

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    1. Olá Anónima,
      Digamos que me posiciono no centro-direita, mas o facto de me posicionar no centro-direita, não quer dizer que esteja de acordo com tudo o que emana dos partidos dessa área política. Ou seja, não é pelo facto da coligação PSD/CDS ter aprovado um perdão fiscal (julgo que o último foi o RERT - que acho uma vergonha - e que permitiu que, por uma taxa reduzida, dinheiro mau, dinheiro que aparentemente não terá pago os devidos impostos quando foi parar às mãos dos seus destinatários, se transformasse de repente em dinheiro bom) que eu vou concordar com isso. Não concordo por princípio. Ponto. Não concordo nem à Esquerda, nem à Direita. E curiosamente os partidos de esquerda radical - Bloco e PCP - também não concordaram na altura. E disseram-no de forma bastante veemente. Curiosamente também, agora, apesar de dizerem que não concordam, não os vejo especialmente chocados com o perdão de juros a empresas que os podem pagar. Ou seja, se percebo que se possa facilitar a vida - permitindo o pagamento em prestações - a cidadãos ou pequenas empresas que se vêm atoladas em dívidas e que não têm forma de as pagar (conforme disse no post, sei bem dos dramas que vivem algumas famílias) não consigo compreender a que título, empresas que escolheram não pagar os seus impostos, e é importante aqui frisar isto - escolheram! - ficando com o dinheiro em caixa para fazerem o que bem entendem, chutando a obrigação para daqui a uns anos, à espera que apareça um qualquer perdão fiscal que os isente de pagar juros - juros esses que são pagos por qualquer cidadão.
      É que, com isto, somos todos nós, cidadãos, que somos prejudicados. É o esforço de todos nós que é posto em causa. E isso é coisa que não devíamos admitir. Sejamos de Esquerda ou de Direita.

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    2. (curioso que, tendo a Anónima começado por dizer que normalmente não concordava com as minhas ideias de Direita - que corrigi para centro direita - e que este era mais um dos casos em que não concordava comigo, tenha acabado de ouvir o Francisco Louçã na SIC Notícias a dizer exactamente a mesma coisa que deixei no comentário acima...)

      (deve ter sido a primeira vez que estive em sintonia com o Louçã...)

      (tenho de ir tomar uma aspirina...)

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    3. O louçã está só no partido errado. Ele tem bastante conhecimento de economia. Tanto que a sua teoria económica é estudada pelos alunos do iseg numa cadeira qlq e não é por dizer disparates xD

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    4. Estamos a falar de política, não de economia...

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  7. Fugindo ao tema, peço encarecidamente que faça cerco à Flor e que não a deixe fugir.
    Tomar o mesmo destino que Vendredi não pode ser, jamais! Fora de questão.
    Reuna as tropas, General Palmier.

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  8. Palmier, sei que a pergunta de livros para os filhos foi feita há loooong táime.
    Mas agora que chegou a minha altura, dou conselhos por haverem sido bem sucedidos.
    O meu filho com 12 anos está a ler "O conde de Monte Cristo", que eu adoro até hoje. Mais importante é ele estar a devorar. A minha filha de 8 está a ler Coração (Amicis). Também um livro que adorei. Ambos "os 2" estão no meu coração. Quiçá os queira introduzir aos seus filhos.

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