domingo, 19 de agosto de 2012

Cheguei agora do jantar e nem sei bem como vos contar o que nos sucedeu

Eis que chegados ao restaurante fizemos o nosso pedido. Maman pediu um peixe indiferenciado e bastante em conta*, sendo que o empregado nos informou que não tinha tal peixe. Nisto, o chefe de mesas, que se encontrava mais atrás, avançou a passos largos na nossa direcção, corrigindo a informação dada pelo empregado de mesa.
Afinal, ainda havia uma posta do tal peixe indiferenciado e bastante em conta. Era, aparentemente, a posta do rabo (do peixe, claro).
Mal prestou tal esclarecimento, o chefe de mesas iniciou, de imediato, o percurso inverso, voltando, assim, para o local onde se encontrava antes. Acontece que, ao mesmo tempo que se afastava, o empregado de mesa explicava-lhe, com volume crescente na voz (na mesma proporção da distância que se criava entre ambos):
- Mas estes SENHORES NÃO...
E, no momento em que o empregado de mesa concluía a sua explicação, fez-se um silêncio momentâneo, pelo que as palavras (gritadas) que ecoaram pelo restaurante foram as seguintes:
-... COMEM RABO!?
E foi assim que todos os clientes, perfeitamente coordenados entre si (como se fizessem parte de um reputado esquema de natação sincronizada), giraram as suas cabeças para perceber quem... quem... é que se dirigia a um restaurante para COMER RABO!?
E, ali ficámos nós, pequeninos, pequeninos, a escorregar pelas cadeiras abaixo, procurando refúgio debaixo da mesa mas, ainda assim, na mira de toda aquela gente, que nos lançava olhares de desprezo. De repugnância, mesmo... 
Claro que, tendo em conta a humilhação sofrida, ingerimos a a nossa refeição sorumbáticos e a uma velocidade estonteante.
Ao sair, ainda ouvimos murmúrios que, julgo poder reproduzir com alguma segurança. Aquelas pessoas apontavam e diziam:
- São aqueles... são os come-rabos...
E pronto... queria apenas obter a vossa compaixão... é que é bastante triste ser publicamente apelidada de come-rabos (ainda para mais quando todos sabemos que este ano não há rabos de jeito no Algarve).

* Tio Pipoco, na verdade era cherne. Mas gosto de fingir que me alimento de peixes bastante básicos (sardinhas e assim...) para as pessoas se identificarem comigo. É boa ideia, não e?

16 comentários:

  1. Ahahahahah
    Papa-rabos!
    Não ligues, qualquer dia já ninguém se lembra; diz que há por aí muitos; ahahahahahah

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    1. Vou, então, aproveitar o disfarce. Vou-me imiscuir na multidão de papa-rabos, para passar despercebida! :DDD

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  2. !!!!! .... O que não há mais por aí é quem perca a cabeça por um bom rabo....de cherne, claro. :D: D

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  3. ps- não tenho a certeza de Pipocão Salgadinho, esse Errol Flyn blogosférico ler mesmo isto... e quanto aos peixes, eu não queria fazer o trocadilho inevitável do sargo ou do linguado (I´m being a apoiler I know, na verdade, isto sou só eu que sou invejosa porque não consto daquela lista e tenho um fraco pelo Ruben Patrick, alimentando a utópica fantasia de ele me fazer um filho, mas não contes a ninguém, it´s our secret)

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    1. Seguramente que não. Quem lê é, apenas, o mordomo de tio Pipoco. É quem faz a triagem... :DDD Mas olha... talvez com Ruben Patrick possamos ter sorte, Parece ser bastante mais... acessível? :DDD

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  4. mas se era Maman que ia comer-rabo, que injustiça a fama de comedores de rabo ter sido atribuída a toda a família...hahaha

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    1. Pois foi... terrível! É assim que as coisas acontecem... :DDD

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  5. enquanto lia pensava que era rabo de bacalhau, mto boa e esclarecedora a nota no fim (¨,)

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    1. Ahahhahahahahhaha de bacalhau só conheço caras :DDD Aliás tinha um amigo que sonhava ter um aquário repleto de caras de bacalhau! :DDD

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  6. Pois eu cá é dos rabos que gosto mais, seja de cherne, de bacalhau, de pescada, seja do que for!! Salvo seja...

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  7. Aii que gente esquisita esta que não come rabos aahahaha

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  8. E eis que me encontro, em plena hora de expediente, a chorar a rir. Não se faz! :D

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    1. Ahahhahahaahahaha tu vê lá! Se te perguntarem porque estás a rir, não contes!

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