Ou melhor... Tenho de ser mais precisa pois, caso contrário, vocês ficam na expectativa de um post muitA maluco quando, na realidade, eu só vos vou falar sobre o deitar. Neste caso específico sobre o deitar filhos. Ora vejamos:
Deitar filhos, implica todo um ritual. Começo por os chamar inúmeras vezes (mais ou menos 423 vezes). Obtenho inúmeras vezes a mesma resposta e que é, adivinhem... "Espera aí!". Esperar aí é, efectivamente, uma coisa que eu faço bastantes vezes em cada 24 horas. Julgo até que, se contabilizar, esperar aí é a coisa que mais faço durante o dia. Aliás, se vir bem as coisas, esperar aí é, talvez, a minha profissão. Sim... quando me perguntarem qual é o meu trabalho, eu posso bem começar a responder que sou uma "Espera aí". Podia ser uma espera ali, uma espera aqui, uma espera acolá... mas não! Sou uma "Espera aí".
Continuando...
Há que fazer xixi, lavar dentes e vestir o pijama, posto o que filha se dirige para a cama, enquanto filho regressa à sala, pois encontra-se viciado em Dancin'Days (agarrado, mesmo). Claro que nada disto é tão rápido como pode parecer... tudo isto demora muitoooooooooooooooooooooooooo tempo.
Continuando...
Para que filha adormeça rapidinho, rapidinho eu deito-me na cama a seu lado e ali ficamos (normalmente 10 minutos) até ela estar a dormir profundamente. Claro que isto é muito bonito em teoria. Quando o silêncio impera e a tranquilidade nos descontrai. Nada disto aconteceu hoje... Hoje, mal nos deitámos, Cánis e Pequena Cutxi resolveram ladrar na sala. Mas ladrar muito... e alto também... Foram expulsos lá para fora e, enquanto Cánis, ladrando forte e profundo, se atirava aos vidros das portas da sala com o objectivo de os quebrar, Pequena Cutxi optou por ir ladrar, de forma irritante e fininha, mesmo por baixo da janela do quarto de filha. Claro que por esta altura, a minha cabeça já se tinha transformado num vulcão raivoso... a deitar lava... efervescente... Tendo em conta a situação, alguém abriu de novo a porta e Cánis e Pequena Cutxi voltaram a entrar. E a ladrar. E a deitar objectos ao chão... Aí, levantei-me e fui à sala. Entrei de rompante, agarrei em pequena Cutxi e tranquei-a no parque (sim... ela tem um parque... como os bebés) e afastei Cánis para o outro lado. Claro que fiz tudo isto ao mesmo tempo que ia espalhando lava à minha volta. Os olhos faiscando como um verdadero cyborg em busca do seu alvo. Todos me olharam como se eu fosse o abominável homem das neves (descontrolado devido às altas temperaturas) a comportar-me de forma incompreensível. Ninguém pareceu compreender o meu estado apopléctico quando, no final de um dia que começou às 8h00 a pessoa, a "espera aí", quer meter a malta toda na cama e atirar-se para o sofá a descansar.
Bem... continuando...
Com os canídeos controlados, regresso à cama para, finalmente, adormecer filha. É nesse momento que um ultra-leve (mas daqueles com motor bem potente) começa a sobrevoar a casa. Sim... eu julgava que aquelas coisas não voavam durante a noite. Estava, claramente, enganada! Aquilo voa no escuro e os céus preferidos são aqueles que fazem uma linha recta perfeita com a casa de papai. E, nesta altura a pessoa já pensa em tudo... Nestas alturas de desespero, a cabeça da pessoa tem pensamentos cruéis... Nestas alturas a pessoa sente-se, inclusivamente tentada a lançar foguetes... lançá-los numa linha recta perfeita para os lindos céus que se encontram sobre a casa de papai...
O universo conspira contra o teu descanso! No meu caso é bem mais simples, porque o meu filho adormece a dar-me a mão (apesar da minha mãe me ter prevenido contra isso, porque eu já lhe fiz o mesmo!). O que acontece é que, normalmente, quem adormece primeiro sou eu!
ResponderEliminarIsto é um enredo fabulástico para um livro tipo "Uma Aventura" !!! ... "Proezas depois das 8", "Façanhas Nocturnas"... :D :D
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