quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Juntem-se aqui à Tia Palmier para o chazinho das cinco!



Vá, sentem-se aqui à minha volta, em rodinha, pode ser mesmo no chão, não há problema, para, um a um, vos dar a todos um grande beijinho nas bochechas, daqueles repenicados, e desejar-vos um 2016, mesmo, mesmo fixe e com tudo aquilo que desejam :) 




Estou a entrar a barra com as serpentinas, os papelinhos e os apitos de desenrolar!

Pessoas, este ano o revellion é no barco pirata!

Moche à Cuca

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

E dois milhões depois a pessoa vai à Praia da Dona Ana

Que era assim.


Uma praia de mar azul turquesa, transparente, em que se via o fundo e se podia nadar até à rocha do juiz, com a areia grossa, uma areia de seixos minúsculos, redondinhos, que não se pegava às pernas, mas que não dava para fazer bolinhos. Uma praia que já foi considerada das mais bonitas do mundo. E dois milhões de euros depois está assim:



Uma praia que em vez de areia, tem uma argamassa em que se pode andar à vontade de sapatos, porque não nos afundamos nem um centímetro. Com um mar baço e cinzento.



Que lentamente vai levando aquela lama


E a cereja no topo do bolo: um esgoto a debitar directamente para o areal.




Um excelente investimento de dinheiro público...


Ah, os filhos, essas adoráveis criaturas

- Espera, esse champô estava mesmo no fim, eu tenho aqui um frasco novo.
- Não é preciso, mãe, eu já lavei com este:


(a minha espuminha desmaquilhante. Carérrima. Agora um frasco praticamente vazio)

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Esqueçam a Faixa de Bloga, há coisas mais graves a acontecer!

Eu bem ouvi pequena Cutxi a ladrar no corredor, aflita, ansiosa, a chamar-nos. Ao aproximar-me apercebi-me de movimentos lá ao fundo, no meu quarto, barulhos incompreensíveis, o roçagar do edredon, avancei assustada, até que ouvi as unhas de um cão, tic, tic, tic, pelo chão e eis se não quando vejo Canis, a Orca, a correr em grande velocidade na minha direcção, com aquilo que me pareceu um pato na boca. Não era um pato, como é óbvio. Eram as penas do meu edredon. Penas. Penas por todo o lado, pelo chão, pelo ar, penas a entrarem-me para a boca, para o nariz, penas no meu maravilhoso cabelo, eu a ir à despensa buscar uma pá e uma vassoura e a levar uma nuvem de penas comigo, eu a varrer as penas e as penas a levantar voo, eu a espalhar ainda mais as penas, eu a pedir socorro e a minha Maman a aparecer armada com o seu kit de gadjets, que a minha Maman, não sei se já vos disse, é a pessoa dos gadjets.


E pronto, a minha Maman entrou em acção e num minuto a situação estava completamente regularizada!



Mensagem de Palmier Encoberto sobre a actual situação na Faixa de Bloga

A ofensiva militar deu-se ontem por volta das 18h00 em Portugal, e foi sem surpresa que assistimos hoje a uma contra-ofensiva e ao escalar da violência, com mísseis terra-ar e aviões de guerra a bombardear incessantemente a Faixa de Bloga, causando a morte a morte a vários blogs civis. O Conselho de Direitos Humanos da Blogosfera, presidido por Palmier Encoberto, reuniu de emergência  e está a tentar de todas as formas alcançar um acordo que detenha imediatamente a operação em curso e que leve ao fim das hostilidades. No entanto o clima de tensão é ainda perceptível para todos quantos fazem o log-in aos seus blogs.  Não desespereis, Palmier está aqui com o seu capacete azul (que sempre disfarça o cabelo) a tratar do assunto! É aguentar, 'migos!


Já eu, convoquei a minha equipa de design e disse-lhes:

Nem pensar em deixar os meus pobres leitores em suspenso, à espera de Janeiro de 2016, quero uma nova abordagem gráfica do meu blog e quero já! E eles, claro, trabalharam toda a noite para me fazer a vontade!



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Grandes certezas de 2015 nisto dos blogs

Se o mar está calmo, há que agitar as águas.


E que tal esse Algarve, Palmier?

Então... fomos dar um bonito passeio pelo campo...


(e estamos todos neste mesmíssimo estado...)


Claro que uma pessoa tem de estar traumatizada

Depois de uma luta de mais de um ano para deixar crescer o cabelo, uma luta que incluíu a fase do cabelo bola, do corte inexistente, a de Beatriz Costa e sei lá mais que fases horrorosas a que estive sujeita, os meus pais dizem-me em separado e em jeito de confidência, segurando-me nas mãos para me darem ânimo, que fico muito melhor com o cabelo curto.

domingo, 27 de dezembro de 2015

A triste situação de Canis

Desde que todos os que lhe atiram bolas partiram, que Canis deixou de poder exercer o seu mister, a razão de ser da sua existência, e que trocou então o seu porte atlético por um pijama polar e se remeteu às fofuras do sofá, às rendas dos lençóis, às tacinhas de granulado e aos bolinhos que furta durante a noite da pequena travessa do quarto do seu dono... desde essa época que, com a tristeza estampada no focinho, acumulou quilos sobre quilos... e, pessoas, é com verdadeira consternação que comunico que Canis se transformou numa verdadeira orca, uma baleia no relvado, uma foca nos prados verdejantes. Depois de ter andado, sem sucesso, a correr a seu lado pelos campos, como forma de o incentivar a retomar a sua actividade física, vou agora sair de casa em marcha de urgência para lhe adquirir ração light, uns ténis de running, um equipamento de marca desportiva em tigresse, que tenho ouvido dizer que faz maravilhas pela auto-estima de um qualquer ser vivo, e esperar que Pedro, o PT, oiça este meu apelo desesperado. Juntos vamos combater este flagelo e ajudar Canis e reverter esta triste situação!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Julgam, por acaso, que ainda cá tenho um rato?

Pois que um rato, não. Mas tenho uma DISCÍPULA!



É que eu até tinha dois bolos-rei, dava perfeitamente para fazer aquele número da senhora que está à mesa e que perante a queda do peru no chão, diz muito calmamente à empregada: "Maria, leve este para dentro e traga o outro", o pior é que usei um bolo-rei como jóia e agora.... PEQUENA CUTXI, apanhando-me distraída, SUBIU PARA UMA CADEIRA E ROEU O BOLO TODO DESTE LADO!  



Palmier também vos deseja um super Natal

E se ainda vos falta algum presente, já sabem! A minha linha de Jóias - Palmnia  - por ser extremamente natalícia, é sempre uma excelente opção! Eu sei que sou suspeita, mas este colar, por exemplo, é perfeito para usar nos próximos dias! 



terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Ah, que agradável...

Fiz aquela coisa que nos mandam fazer nos blogs, fui ao Continente Online (Uau!), encomendei os brinquedos que era para encomendar, pus a morada, cartão de crédito, escolhi a data e a hora da entrega (hoje, entre as 9h00 e as 13h00) e fiquei comodamente à espera, fui ver o Star Wars no Sábado, e até me ri à socapa daquelas pessoas, coitadas, que andavam ali esgadanhadas a comprar presentes de Natal. Agora telefonei para casa, que não, que não tinham entregue nada, como assim, nada?!, Não, nada..., engoli em seco, fui novamente à página do Continente Online, deparo-me com uma coisa extremamente estranha, todos os brinquedos continuam lá, carinhosamente acondicionados no carrinho de compras, à espera de serem pagos, e eu olho para aquilo ligeiramente alarmada, vou ao histórico de encomendas e eis que não tenho histórico de encomendas, sou basicamente uma pessoa sem histórico, vou a correr ao banco online, que eu sou uma pessoa super online, e não me aparece qualquer débito do Continente, e olhem, aqui estou eu, Palmier Encoberto, uma pessoa sem presentes de Natal. Não é tão agradável? 



The birds - versão Fontes Pereira de Melo


Oh pá... a sério... era um bando de gaivotas à boleia numa camioneta de caixa aberta!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Da vida real

Tinha aquela pessoa como uma pessoa séria, de confiança. De absoluta confiança. Havia um sinal aqui, outro ali, tudo coisas que afastei displicentemente com uma mão, como quem enxota uma mosca, afinal não passavam de pormenores insignificantes e, lá está, todos temos os nossos defeitos. Depois, sem que perceba bem porquê, a pintura começou a esborratar-se, e a páginas tantas deparo-me com uma pincelada que atravessa de uma ponta à outra o muro da amizade, uma pincelada daquelas que nos deixam perplexos e para a qual tentamos, sem sucesso, encontrar uma explicação, mas, lá está, todos temos direto de errar, e então a pessoa vai buscar um paninho e um frasco de terebentina e limpa aquilo tudo com muito jeitinho, claro que o muro não ficou imaculado mas a coisa até passaria desapercebida não fosse o caso de, passados uns dias, me ter deparado com uma nova incursão e de dar com o meu lado do muro todo grafitado, uma coisa já com requintes de malvadez, e nessa altura a pessoa senta-se e começa a juntar as peças, e fá-lo com as mãos a tremer, a pensar, mas como é que não vi isto, e isto, e isto, até que chega o dia em que dá com o seu muro coberto de uma tinta pastosa, um alcatrão preto e fumegante, irrecuperável. E quando olhamos em frente percebemos que não há nada a fazer, que afinal, por mais estranho que pareça, a pessoa que julgávamos que ali estava já não é a pessoa que de facto ali está, e depois, bem, depois a pessoa pega na sua desilusão, embrulha-a muito bem embrulhadinha para a arrumar na caixinha de desilusões que vai colecionando, afinal é só mais uma, a pessoa já se vai habituando, pega nas suas coisas, fecha aquela porta com muito cuidado, deita fora a chave, sabe bem que não vai querer voltar a entrar, mete-se no carro e o sol estava a pôr-se, estava uma luz branca tão bonita, a luz do fim do dia mais pequeno do ano, a partir daqui é sempre a crescer, e o carro não passava, e eu ali a fazer a manobra, mesmo triste e indignada, a andar para frente, depois para trás, a virar o volante para um lado, depois para outro, sem sair do mesmo sítio, e vejo uma desconhecida a subir a rua na minha direcção, a pousar os sacos do supermercado no chão para me ajudar, e ficou ali a dar-me indicações, chegue mais para a esquerda, e agora para a direita, e a pôr as mãos na cabeça quando achou que eu ia raspar o carro na parede, e rimo-nos as duas com o esforço, eu lá dentro e ela lá fora, às tantas e depois de muitas tentativas lá consegui passar, agradeci-lhe, fizemos adeus e fomos cada uma à sua vida. E é isto. Foi mesmo simpática a desconhecida sorridente, muito mais simpática que a outra pessoa, a tal que eu achava que conhecia tão bem.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

O ambiente era, como é sempre, religioso

Na cabeceira da mesa o Presidente da Assembleia-Geral revirava os papéis com movimentos lentos, arrastados, de camaleão, as suas mãos preênseis tacteavam as folhas soltas à procura do bloco de notas, tudo isto num silêncio sepulcral, um silêncio que oprimia a Senhora Dona Teresina, sentada à direita do Senhor Doutor, que, apesar de ser completamente surda, olhava muito direita para todos os lados, para não deixar passar em branco alguma palavra inexistente, ao mesmo tempo que, não fosse o diabo tecê-las, abraçava com toda a força a sua enorme pasta de executiva onde transporta apenas uma caneta, a caneta com que vai assinar o Livro de Presenças, o momento alto da assembleia e que marca a divisão do tempo da Senhora Dona Teresina em AA (antes da assinatura) e DA (depois da assinatura), uma vez que o seu estado de espírito é extremamente influenciado por este - para alguns, simples - acto; Antes da assinatura é dominada pela ansiedade e pelo nervosismo, o semblante carregado e as mãos trémulas, depois, no pós-assinatura, aflora-se-lhe um sorriso à face, um sorriso de satisfação, de vitória e de objectivo cumprido, um sorriso que se lhe espraia e alarga até aos olhos quando, depois de todos assinarmos, pede de novo o livro de presenças para, como se questionasse o espelho mágico, poder olhar com deleite a suas letras alinhadas e dizer aliviada: "a minha é a mais bonita!". O problema é que a Senhora Dona Teresina é, como já disse, surda e o Senhor Presidente, devido a um problema nas cordas vocais está praticamente mudo, daí que a reunião tenha sido deveras sui generis, já que poucos à volta daquela mesa, apesar dos pescoços esticados e das orelhas arrebitadas, conseguiram descortinar uma palavra do que foi sussurrado. Apesar disso, no final, eu, que desta feita me tinha mantido transparente aos olhos do Senhor Presidente devido àquele quid pro quo na convocatória, que ele insistia que havia de ser feita ao abrigo do artigo tal, e eu, - uma mulher, vejam só! Qualquer dia até já fumam! Onde é que isto vai parar! Não há-de o mundo estar como está! -, insistia que não, que havia de ser ao abrigo de um outro artigo, fui brindada com a clássica pergunta/afirmação, a deixa preferida da pessoa em causa, que depois de ter poupado as cordas vocais voz nos pontos da ordem do dia com uma sucessão de sussurros, disse:
- Então, Xotôra, está com muito boa cara… e levantando pela primeira vez o tom de voz, por forma a criar um certo impacto, voltou a esgrimir a frase assassina como uma espada a cortar o ar – Está mais gorda, não está?
E a pessoa, que já sabe que vai ouvir aquilo, já está preparada e responde jovial:
- Ainda bem, Xotôr, ainda bem... se estou com boa cara então é boa notícia, não é?
E o Xotôr, mudando de semblante perante a falta de resultado da sua maldadezinha de estimação, regressa ao ataque, desta feita empunhando um revólver imaginário, raivoso e rubicundo, e voltando a subir o tom de voz, esforçando ao máximo as suas cordas vocais enfermas, exclama perante o espanto e o constrangimento de todos:
. Oh Xotôra… mas está mesmo com boa cara… diga lá a verdade... e antes de colocar a sua pertinente questão, mostrou num sorriso de escárnio os seus dentes certinhos, certinhos , daqueles que só uma boa dentadura postiça pode providenciar, olhou em volta por cima dos óculos, assegurando-se que a atenção geral estava concentrada nas suas doutas palavras, e disparou o tiro certeiro:
- Já fez uma operaçãozita, não já?


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

E tu, Palmier, por que lês blogs?

Ler um blog é mais ou menos como olhar de fora para dentro através de uma janela com as cortinas abertas, uma janela com as luzes todas acesas numa noite escura, uma janela através da qual podemos ver o inesperado: uma aventura nos mares revoltos, pessoas em guerra consigo próprias, com o mundo ou até mesmo com o universo, a grandiosidade do “eu” embrulhada em floreados e rococós, o espelho das nossas opiniões ou o inverso das mesmas, a estupidez só porque sim, porque todos somos filhos de Deus, um catálogo de compras que se folheia sem vontade, o divertimento com as palermices alheias, a surpresa por alguém conseguir pôr em palavras tudo aquilo que tínhamos desarrumado nas nossas cabeças, quase como que olhando uma pintura disséssemos, “ora, isto também eu fazia”, mas, claro, não fizemos, a contenda daqueles que enredados nas cordas com que, qual Houdinis, se auto-amarraram, se esqueceram da fórmula para se libertarem, e a pessoa fica ali parada a olhar, curiosa de saber como é que eles se vão safar, numa espécie de zapping sem fim. Num blog podemos sentir a alegria e a tristeza de quem o escreve, o júbilo e o desânimo, a garra e o esmorecer da vontade, às vezes vemos coisas de que não gostamos, daquelas que nos fazem baixar os olhos, estugar o passo, e continuar a andar até ao fim da rua sem olhar para trás, de outras vezes demoramo-nos numa determinada janela, vamos buscar um banquinho e ali ficamos, no passeio, cotovelos no parapeito e nariz no vidro, a assistir à trama, um blog é uma janela a que podemos bater para deixar uma palavra, apesar de, por vezes, nos fecharem as cortinas com maus modos. Alguns blogs são casas com pessoas lá dentro, outros há que parecendo casas de verdade não passam afinal de cenários de novela, e um blog, independentemente da sua natureza, exerce em mim o fascínio de me ser permitido olhar directamente e sem culpa através de uma janela indiscreta.


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Ok, ok, Já percebi que nesta época de Natal vocês ficam extremamente sensíveis...

E que não se comovem com um  simples galo na cabeça, não é? Precisam uma coisa um bocadinho mais dramática, certo? Por mim tudo bem... em sendo preciso atirar-me da escada abaixo para que se interessem pela minha situação, é que nem hesito. Já sabem que estou disposta a tudo pelo meu blog!





(olha, se não é desta que me contratam para fazer publicidade ao tal Hospital - departamento de ortopedia -, não sei não) 




Qual Casamento Mais Doce, qual quê.

O que eu quero mesmo é ganhar aquele peru!


(para fazer companhia ao meu galo!)



segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Porque ao contrário de alguns...

Que não se interessam minimamente pela minha saúde, a I., vendo-me branca como a cal, mandou imediatamente entrar em acção uma equipa especializada de makeup artists, por forma a que me pudesse apresentar no meu melhor no momento do contacto com os extra-terrestres.  


(mas tudo bem, não se preocupem comigo...  eu nem sequer reparo nisso...)
 

Desculpa lá, Palmier, mas essa cena na cabeça é exactamente o quê?!

Podia ser uma noiva ao estilo moderno... 


Mas não, preferi antes andar à trolitada com a porta do porta-bagagem. É que estava a chover, sabem... e o chapéu-de-chuva estava lá atrás, e uma pessoa fica deveras rápida, que a pessoa não pode apanhar chuva, ai o cabelo (que a pessoa tem uma reputação a manter), ai o casaco, ai os sapatos, e ainda aquilo estava a abrir e já eu estava a lançar-me, qual guarda-redes a defender um penalti... e depois, cabum!.... g'anda galo! E pronto, aqui estou eu no local de trabalho, pronta a receber quem quiser falar comigo!




domingo, 13 de dezembro de 2015

Ora bem...

A minha filha vai ser "uma criança de Paris" na festa de Natal da escola e eu tenho de tratar do outfit. A minha singela pergunta é: 

- O que raio veste "uma criança de Paris"?! 

(A boina está fora de questão porque ela odeeeeeeeeeia boinas)

sábado, 12 de dezembro de 2015

E então, como quer secar?

- Simples, só assim com o secador, sem grandes penteados...


Opá... eu tenho o cabelo liso!

(O que vale é que ainda estou sob o efeito do comprimido...)


Deve ter sido por causa daquele comprimido para secar o pingo do nariz, que dá uma paulada que Deus nos livre, que não estou a stressar no cabeleireiro

E então fecho os olhos, e ele está ali com o pincel, tap, tap, tap, no meu cabelo, e pela primeira vez na vida percebo por que razão os cães gostam tanto que se lhes dê palmadinhas na cabeça.


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Palmier também quer partilhar convosco dicas top para decorações de Natal

Porque nesta altura em que damos imensas festas e jantares nenhum recanto deve ser descurado.


Ah, é verdade... já quase me esquecia!
Tenho uma amiga que mora em Alcântara. 
Pensei que gostassem de saber.


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Foi uma noite absolutamente terrível, acordei pelas três da manhã, senti o nariz de pequena Cutxi bastante húmido e disse logo: "Eh lá! Isto não é nada normal!"

Mas, claro, não me atrapalhei! Tratei logo de lhe aspergir o nariz com gotas nasais, afinal eu sou uma pessoa informada, sou uma pessoa que acompanha blogs de Delegados de Informação Médica, uma profissão em franca ascensão no blogomundo!



E vocês, também fazem como eu?


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Mas se quiseres ter apenas um bom blog...

Então a regra é quebrar as regras, deixar uma pitada de ti em cada post, não te preocupes em escolher ingredientes mágicos nem palavras extraordinariamente bonitas, as melhores receitas conseguem-se sempre com os sabores mais simples, mas se tu estiveres lá, nas palavras que deixas no blog, quem está do outro lado reconhecer-te-á sempre, independentemente da forma como empratas os teus posts, e os teus leitores continuarão a ser teus leitores mesmo que a mão te falhe aqui e ali, e se depois de carregares no botão de "publicar" te sentires como naquele momento em que desligas o forno e vês que o soufflé não chegou sequer a crescer, não esmoreças, vai ao drive in, compra um hambúrguer, põe-lhe um pickle em cima, e ri-te com quem está do outro lado, vais ver que falarão desse jantar durante muito tempo. Se, por fim, tiveres de roubar ideias para um post, não hesites, veste o teu fato de Ninja, amarra uma fita à cabeça, leva um saco daqueles pretos ao ombro e enche-o daquilo que vês à tua volta, torna-o teu, podes fazê-lo sempre, desde que cumpras uma única condição: que garantas que o resultado é melhor que o original. 



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Pequena Cutxi podia perfeitamente ter um blog daqueles de amor e felicidade...

Reparem bem que até quando faço perguntas de Geografia ela me adora.



Problema resolvido

Com pãozinho torrado com (Planta sabor a) manteiga! Os ratos adoooooram!


(Ok... posso acrescentar que olhei para a ratoeira e como vi que um dos ferrinhos tinha disparado e não vi o pão torrado em lado nenhum, achei que o rato nos tinha enganado novamente... vai daí lancei a minha mãozinha para a rearmar e eis que quando viro aquilo, cruzes, credo, gritos e mais gritos, arrepios pela espinha abaixo, vejo a cauda do ratinho (tão pequenino, 'tadinho) a sair de um buraco do outro lado. Só espero que a restante família não se apresente para o funeral!)


segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Todo o drama em quatro actos

Acto I

Pequena Cutxi a cheirar num sítio específico da casa, demasiado específico, um cantinho na cozinha, entre a máquina de lavar e a de secar roupa, mas a cheirar a sério, à Poltergeist, a cheirar, a cheirar, e eu a mandá-la sair e ela a dar a volta e a voltar a correr para aquele sítio exacto, sempre ali, a cheirar e a resfolgar que mais parecia um cavalo, um cão embruxado, possuído pelo Demo, a cheirar, a cheirar, de tal forma que os meus filhos começaram a ficar assustados, mas oh mãe, o que é que ela tem? Porque é que não sai dali?...

Acto II

A minha empregada chama-me pela manhã, com os olhos esbugalhados, abre o armário das bolachas (das bolachas, pessoas, o armário das bolachas! Das bo-la-chas!) e de indicador em riste aponta para umas migalhas escuras que pareciam pequenos grãos de arroz selvagem, e pergunta-me: Sabe o que é isto?! E eu olhei com muita atenção, afinal ela estava a fazer-me um teste e eu tinha de passar com boa nota, tinha de saber a resposta para aquela pergunta extremamente urgente. E então olhei uma vez mais com toda a atenção, aproximei-me, limpei os óculos e depois de longos segundos de esperança, tive de responder desalentada que não, que não fazia a mínima ideia do que aquilo era. E então ela fez a grande revelação: Caganitas de rato. São ca-ga-ni-tas de rato! Foi esse o momento em que se fez luz, o meu ah-ah moment, em que cruzei a informação prestada pela minha empregada com o cheirar aziago de pequena Cutxi, e com o histerismo da conclusão pus a hipótese de fazer uma pausa na situação e aproveitar para finalmente cantar de forma literal o "there’s a rat in my kitchen  what i’m gonna do, there’s a rat in my kitchen…" enquanto me imaginava a rodopiar por entre os tachos e panelas ao melhor estilo de Julie Andrews nas montanhas, mas acalmei-me e disse antes horrorizada: temos de tirar tudo do armário! E assim fizemos, fechei a porta da cozinha e abri a porta que dá para o pátio, por onde, aliás, o rato deve ter entrado, não fosse dar-se o caso do dito saltar do armário para cima das nossas cabeças e correr para a sala, e então a minha empregada à frente, a tremer de medo, armada com uma vassoura, começou a esvaziar o armário, pacote de bolachas a pacote de bolachas, um armário péssimo, daqueles de canto, que não se chega lá ao fundo, e eu, escondida atrás dela com a luz do telefone ligada para podermos ver lá para o dentro, agarradinhas uma à outra, tirámos tudo, e tudo, e tudo, sempre a ver quando é que largávamos as duas a fugir dali aos gritos e... nada.

Acto III

Bem, se calhar já cá não está, veio só para uma refeição mais substancial e depois foi à sua vida, afinal a porta para o pátio está sempre aberta para que a Cutxi possa ir lá fora, vamos esperar para ver se aparecem mais vestígios. E eis que no dia seguinte... :


Acto IV
Tenho oficialmente um rato em casa:


Mas, claro, não tenho um rato qualquer, tenho um rato espertíssimo, vou lá todos os dias, bato à porta do armário, que não quero cá encontros imediatos de terceiro grau, ponho um bocadinho de bolacha, para ver se ele a come, e sim, todos os dias o bocadinho de bolacha desaparece como que por magia; entrar para a ratoeira e comer o veneno é que não, que ele é um rato que só aprecia Bolacha Maria. E agora, apesar de já ter criado uma certa afeição pelo meu próprio rato, um certo amor até, afinal já lá vão quatro dias que sou a feliz possuidora de um dos ratos mais espertos de Lisboa, pergunto: Como, pessoas, como raio é que me vejo livre dele?!


domingo, 6 de dezembro de 2015

Dúvidas que me inquietam

O que é que se passa com os assa-castanhas?! É impressão minha ou este ano deitam o triplo da fumaça?!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

MANIFESTO ANTI-RAIVOSOS

BASTA PUM BASTA!
UMAS CRIATURAS RAIVOSAS QUE NÃO ACREDITAM NESTE GOVERNO SÃO UMAS CRIATURAS QUE NUNCA FORAM! UM COIO D'ENDINHEIRADOS, DE MIMADOS, QUE USAM ÓCULOS ESCUROS DE MARCA PRADA, DAQUELES ENOOOOORMES, À DIVA, MESMO DE NOITE! E POR ISSO MESMO NÃO CONSEGUEM VER NADA, NEM MESMO QUE PERDERAM AS ELEIÇÕES, SÃO UNS IGNORANTES! EXTREMAMENTE ABERRANTES!
ABAIXO AS CRIATURAS!
MORRAM AS CRIATURAS, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!

UMAS CRIATURAS QUE NÃO ACREDITAM QUE HÁ DINHEIRO PARA ISTO TUDO, QUE DIZEM QUE GASTAR MAIS NÃO É A SOLUÇÃO, SÃO UMAS CRIATURAS BURRAS QUE NÃO PERCEBEM NADA DE FINANÇAS, NEM DE ECONOMIA, NEM DE MATEMÁTICA, NEM MESMO DE ARITMÉTICAS! E QUE NÃO SÃO POÉTICAS!
SÃO CRIATURAS QUE NÃO PERCEBEM NADA DE NADA!
SÃO, CLARO, RAIVOSAS!
E PARVAS!
E RESSABIADAS!

AS CRIATURAS SABERÃO OLHAR PARA O SEU EXTRACTO BANCÁRIO, SABERÃO DE OIROS, DE PRATAS E DE JÓIAS, SABERÃO PÔR UMA MESA COM COPOS DE CRISTAL E TOALHAS DE LINHO BORDADAS, UMAS DESLUMBRADAS!, SABERÃO TUDO MENOS DIZER MAL DO NOSSO GOVERNO QUE É A ÚNICA COISA QUE ELLLLLAS FAZEM. AS CABRAS!

AS CRIATURAS PERCEBEM TANTO DE POLÍTICA QUE ATÉ DIZEM QUE O ORÇAMENTO, DE TANTO SE LHE ACRESCENTAR, VAI REBENTAR! ESTALA-SE-LHES O VERNIZ, DÁ-SE-LHES A AZIA, É UM MAL GERAL! TRATEM-LHES DO FUNERAL!
AS CRIATURAS ESTÃO ABESPINHADAS!
IRADAS!
E FULAS!
AS CRIATURAS SÃO, CLARO, RAIVOSAS!
ESTÃO DESESPERADAS!
E SÃO INVEJOSAS!
MORRAM AS CRIATURAS, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!

OUSAM DIZER QUE SÃO DO CONTRA QUANDO NÓS JÁ LHES DISSEMOS QUE É PARA CALAR, PARA PARAR, PARA AGUENTAR. MAS NÃO, SÃO RATOS TEIMOSOS E CONTINUAM COM AS CRISPAÇÕES! OS CABRÕES! RIEM-SE DE COISAS SÉRIAS, DA HOLA E DA REVISTA CARAS, AS CRIATURAS SÃO FÚTEIS! E CLARAMENTE INÚTEIS!
É QUE ISTO É UMA AFRONTA!
UMA INFÂMIA!
UM OPRÓBRIO!
MORRAM AS CRIATURAS, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!

INVENTAM COISAS, ESTÃO A MATUTAR, A CONGEMINAR E A ALDRABAR, QUEREM OS NOSSOS POLEIROS, OS ALCOVITEIROS! SÃO CAPAZES DE TUDO PARA NOS EXPULSAR, PARA NOS EMBALSAMAR! VEJAM SÓ A IGNOMÍNIA!
SÃO CRIATURAS MENTIROSAS!
E TOLAS!
E RECALCADAS!
SANGREM JÁ AÍ PELOS COTOVELOS! SEM APELOS!
ESVAIAM-SE NUMA POÇA DE SANGUE!
MORRAM AS CRIATURAS, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!


PORTUGAL QUE COM TODAS ESTAS CRIATURAS CONSEGUIU A CLASSIFICAÇÃO DO PAÍS MAIS ATRASADO DA EUROPA, DE TODO O MUNDO E ATÉ DAS GALÁXIAS MAIS LONGÍNQUAS, O PAÍS MAIS CONSERVADOR! O EXÍLIO DAS CRIATURAS TRADICIONAIS E RETRÓGRADAS! O ENTULHO DAS DESVANTAGENS E DOS SOBEJOS! PORTUGAL INTEIRO HÁ-DE ABRIR OS OLHOS UM DIA - SE É QUE A SUA CEGUEIRA NÃO É INCURÁVEL E ENTÃO GRITARÁ COMMIGO, A MEU LADO: COSTA, AMIGO, O POVO ESTÁ CONTIGO!
MORRAM AS CRIATURAS, MORRAM! Mão.jpg (2277 bytes)PIM!

Palmier de Encoberto

POETISA BLOGUÍSTICA
EXTREMAMENTE FUTURÍSTICA
e
TUDO…
e
TUDO…
e
TUDO…



quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

É que já estou a imaginar a capa da Hola - Edição especial de Natal...


(peço desculpa mas o paint não consegue corresponder à qualidade que se exigiria para uma produção fotográfica como esta. Mas fica a ideia, é o que importa! :D)

Temos finalmente um governo Cor-de-Rosa! Yay!



(espero que lá dentro possamos ver Fernanda rodopiando ao colo de António, enquanto, em segundo plano, a filha do casal prepara uma salada mediterrânica em cima do piano onde o filho toca apaixonadamente. Tudo isto, como é óbvio, com o Castelo de São Jorge em pano de fundo)


(agora a sério... se eu estou em estado de choque... imagino a Catarina Martins!)



quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Já que ninguém foi suficientemente corajoso para abordar o assunto...

O assunto que, de há uns dias para cá, paira como uma nuvem sobre a blogosfera, venho eu própria enfrentar o grande elefante na sala. Então, diziam vocês que o meu cabelo o quê...?! Nada, não é? Agora ninguém responde! Não se ouve nem um pio, certo? Foi preciso vir uma blogger de referência, claramente em minha defesa, fazer um corte igualzinho ao meu, para vos calar de uma vez por todas, não é?! Uma blogger de referência que, num gesto de solidariedade nunca antes visto, deu a mão a uma colega caída em desgraça, sentou-se resoluta no cabeleireiro e disse sem hesitar: é um corte à Palmier, faxavor!




 É bom que, depois de todas as ofensas de que fui alvo, agora tenham a dignidade de engolir o pó da derrota!


segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Se calhar é sempre assim e eu é que não estava atenta

Mas faz-me confusão a entrada em cena desta nova maioria da Assembleia de República, quase como se estivessem a ocupar a casa de uma velha tia acabada de morrer e deitassem pela janela fora a mobília toda, arrancassem os cortinados, rasgassem as fotografias de família e as telas penduradas nas paredes, sem cuidar de ver se aquele canapé de veludo amarelo, se estofado com um outro tecido, não ficava bem bonito, ou se aquela pintura, com uma moldura diferente, não é afinal uma boa pintura, numa urgência de destruir para construir tudo de novo, sem que, nesse processo, se aproveite nada do que já existe.

(é que, se calhar, os exames do quarto ano fazem mais pela igualdade do ensino que a falta deles. É que, mais do que pressionar os pobres alunos, coitadinhos, que têm de cansar suas belas cabeças a estudar, os exames pressionam as escolas e os professores por forma a garantir um nível de ensino e exigência mais uniforme... mas parece que avaliar é coisa de tia velha. E morta. E enterrada.)



domingo, 29 de novembro de 2015

Mummy-Bloggers e Daddy-Blogger (atenção ao singular), preciso da vossa ajuda!

Como, por Deus, se refreia o gosto pelo treino ininterrupto da flauta por parte das nossas adoradas princesas?!

Ou é suposto deleitarmo-nos com a melodia?

(a questão do xilofone deixo para outro dia... também não vos quero cansar com tantas dúvidas)

E por aí, Palmier?


Por aqui estamos de meias...

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

As chaves

Ontem fui finalmente pôr o carro à revisão, já devia ter ido há mais de um mês, todas as manhãs a luzinha do painel lá estava, insidiosa, a avisar-me que estava com quase mil quilómetros a mais do que devia, claro que havia dias em que tinha sorte, aqueles em que o volante tapava a luz do aviso e eu não tinha de a ver, mas já não aguentava a pressão e fui finalmente levá-lo à oficina. Fui muito bem atendida por um senhor que me pediu a chave do carro, a chave que me causa inúmeros ataques nervosos, uma chave que não tem de ser posta na ignição, uma chave que desde que esteja nas imediações do carro o põe a funcionar, uma grande inovação feita a pensar nos homens, mas que para as mulheres é um verdadeiro Inferno, tenho de procurar a chave na carteira para abrir a porta do carro, depois tenho de a procurar para fechar a porta, e depois está sempre perdida, sei que está por ali mas nunca sei exactamente onde. Mas, como ia dizendo, o senhor pediu-me a chave marota e pô-la numa maquineta que, como que por magia, desvendou todas as necessidades da viatura, uma chave que, fiquei a saber, está cheia de informações, uma chave tão inteligente e sabedora que está sempre ali à coca, a absorver informações automobilísticas e a dar ordens. Pois que, feita a leitura, o senhor disse-me que a chave mandava mudar o óleo e outra coisa que não me lembro, mas que, magnânima, dizia que eu não tinha de pagar nada, que tinha um contrato de assistência, e eu devo ter feito uma cara extremamente feliz, porque ele me perguntou se eu sabia disso, e eu disse que sim, que sabia muito bem do tal contrato de assistência, não fosse ele dizer-me que era engano e furtar-me o meu adorado contrato que não fazia a mínima ideia que existia, apesar de achar que ambos sabemos que eu não sabia, e antes que ele mudasse de ideias e obedecendo cegamente às ordens da chave, deixei o carro na oficina para ir a correr a casa buscar o carro do meu consorte, que conduzi pela primeira vez sozinha numa estreia absoluta a nível mundial, que ele é um esquisitinho com os carros e as sujidades e os riscos, mas lá ganhei coragem e fui cheia de medo, a olhar para todos os lados, com todos os cuidados e mais alguns, não fosse o Diabo tecê-las. O pior foi quando estacionei e me vi a braços com uma luta inglória com a chave do carro dele, uma chave caprichosa, claramente não tão inteligente como a minha, uma chave que tem de estar bem encaixada na ignição e que não quer de lá sair nem por nada, e eu puxava, rodava e empurrava e a chave nicles, quase arranquei o tablier para conseguir resgatar a chave, e dizia de mim, para mim, pensa, Palmier, pensa, a chave tem de sair, caramba, quão difícil pode ser isto de tirar uma chave da ignição, ainda ponderei telefonar ao meu consorte para averiguar a questão da chave calcinada, mas sei que ele ia hiperventilar, que ia dizer que eu lhe estava a arruinar a viatura, por isso desisti, optei por chamar um transeunte que passava nas imediações, e fiz aquela minha cara de quem precisa de ajuda, aquela cara com sobrancelhas para baixo, ombros descaídos, braços estendidos e palma das mãos viradas para fora, a imagem de uma pessoa derrotada, veja lá isto que me está a acontecer… não consigo tirar a chave da ignição... e o transeunte olhou-me de soslaio e disse prontamente com voz seca e sem ponta de piedade: tem as mudanças no N, tem de pôr no P... e assim era, a chave saiu logo, sem refilar.

Ao fim da tarde fui buscar o meu carro à oficina. Esperei quase uma hora que mo entregassem. Tinham lá muitas chaves inteligentes, mas parece que a minha estava com paradeiro desconhecido…



quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Oh Deuses...

Lá terá de ser... é que, para acompanhar este blogo-andamento, uma coisa galopante e em crescendo, já ao nível da Oprah Winfrey, vejo-me obrigada, para não me deixar ficar para trás e assegurar o meu lugar, a lançar, em tempo recorde, o passatempo "O Divórcio mais Encoberto", com a oferta de detective privado, remoção de tatuagem com o nome da/o ex, workshop de divisão de bens, curso intensivo de wrestling para o que der e vier, equipa de advogados, consultas de psiquiatria com direito a inúmeras receitas médicas, certidões várias e Cartório Notarial!



Para ganharem este (também ele) incrível prémio, basta que me enviem histórias medonhas, de casamentos tenebrosos, com sangue, lágrimas e traições e que me convençam que merecem mesmo, mesmo, mesmo, que vos ofereça este divórcio! Vá, mãos à obra! Não é todos os dias que se tem uma oportunidade como esta! 



quarta-feira, 25 de novembro de 2015