terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Back to the past

O raio da enfermidade que me atacou, está a dar as últimas. Pois que estive melhor, pior, melhor, pior, até que ontem, me rendi finalmente aos encantos do antibiótico (que devia ter tomado desde início mas, como sou boa cidadã, fui adiando).

Como estou para aqui atirada (já não aguento ouvir o Panda, o Nikelodeon e o Baby TV devorados por filha - também ela enferma) vou voltar ao passado e contar uma história absolutamente sinistra que aconteceu a Maman et Moi.

Há muitos, muitos anos andava Maman numa fase em que se dedicava à cozinha (por contraposição a outras em que Maman, simplesmente, não cozinhava. Razão pela qual comemos durante um ano -365 dias- frango cozido com arroz, que era o único prato confeccionado por empregada), quando resolveu deslocar-se à praça e comprar... enguias!

Pois que Maman chegou a casa muito feliz, com um saco plástico (ainda me lembro que era cor-de-rosa) cheio daquelas lindas cobras de água que, em breve, se transformariam num extraordinário ensopado de enguias.

Maman arregaçou as mangas e dirigiu-se, confiante, à cozinha. Aí chegada, pousou o seu saquinho na bancada e, eis senão quando, o conteúdo do mesmo se começou a mexer animadamente. Maman elogiou a frescura do peixe e não deixou transparecer o seu terror. Maman abriu a torneira do lava-loiça e entornou, com movimentos sábios, o conteúdo viscoso para dentro do mesmo.

Pois que, nesse exacto momento, Maman perdeu, de imediato, várias enguias. As enguias (animal de extrema inteligência) fintaram Maman e abalaram pelo ralo do lava loiça sem, sequer, se despedirem.

Maman, já ligeiramente despenteada com tal percalço, cerrou de imediato o ralo, retendo, no lava-loiça, todos os viçosos animais que nos restavam. Com o lava-loiça cheio de água, os nossos novos animais de estimação nadavam animados (por pouco não fomos tele-transportadas para o Aquário Vasco da Gama - e digo Aquário Vasco da Gama, porque o Oceanário ainda não existia na altura). 
Ao assistir àquele espectáculo impressionante, supliquei a Maman que me deixasse guardar duas enguias num aquário, para não mais esquecermos aqueles momentos de rara beleza marinha. Maman, acedeu ao meu pedido e depositámos num aquário de vidro transparente duas lindas cobras viscosas que começaram, de imediato, a nadar em círculos, para não mais pararem.
De seguida e já com a fome a apertar, colocava-se a questão:

"Como assassinar as enguias que nos restavam, de forma a permitir a Maman confeccionar o ambicionado repasto?

Maman já se encontrava ligeiramente corada com a azáfama. Maman não queria admitir que não sabia como proceder ao assassinato da espécie píscicula que nos habitava o lava-loiça.

Maman, dotada de terríveis poderes que adquiriu ao estudar as técnicas de tortura mais avançadas, resolveu, então, abrir a torneira de água quente para a derramar gentilmente sobre o corpo das cobras aquáticas. As cobras, ao sentirem o toque macio daquela água, emitiram sons e esgueiraram-se em aflição para o lava-loiça do lado, dando azo a que mais duas ou três escapassem (com queimaduras de terceiro grau, é certo) pelo ralo abaixo.

Já desnorteada com a situação, Maman encarnou o mais terrível torturador da igreja católica dos tempos da inquisição e colocou uma panela cheia de água ao lume. Assim que a água começou a borbulhar, Maman possuída pelo Demo, agarrou nas enguias, uma a uma, e atirou-as (as que conseguiu - muitas contorceram-se e caíram para o chão da cozinha escondendo-se debaixo da mesa e armários) para a panela fervilhante.
As enguias sucumbiram a esta nova técnica e Maman conseguiu, finalmente, derrotar as ditas.

Claro que, depois desta cena, saímos para almoçar fora e nunca (NUNCA) mais deglutimos ou deglutiremos esses bonitos animais, nesta nossa vida.

P.S. mais tarde soubemos que se matam as enguias com serradura. Não que isso nos interessasse, pois não queremos nada com esses seres... 

P.S.2 Maman, quando confrontada com esta memória, ficou indignada com o facto de ter deixado de fora o momento em que tentou decapitar várias enguias e as mesmas continuaram (já sem cabeça) a menear os seus corpos (e do outro lado suas cabeças) como se os mesmos se mantivessem unidos. Fica, portanto, a correcção...

Tratamento de rosto?

Fui agora à farmácia e, eis senão quando me deparo com um objecto que julgava ser um Corta-Unhas mas que, tendo em conta a sua função - tratamento de rosto (?), tem, claramente, outro objectivo.
Será para quê? Para extrair verrugas da cara das bruxas?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Sou a melhor aluna!

Não há qualquer espécie de dúvida. Eu sou a melhor aluna da aula do meu filho. Faço trabalhos absolutamente espectaculares. Desta feita, sobre plantas. Só é pena ser megalómana e não saber bem como transportar tamanha obra de arte para a escola. Também é pena que... vá... não me aceitem no 3º ano... 

Coisas que detesto

Não aguento ouvir as pessoas referirem-se ao Facebook como "O Face". Será que é porque dá muito trabalho dizer a palavra inteira? F-A-C-E-B-O-O-K! Será que é para parecerem super íntimos das novas plataformas cibernáuticas? Será que é por não conhecerem a palavra na sua totalidade?
Juro que não percebo. Mas, a verdade é que me causa uma urticária imediata. Acende-se uma luz vermelha de alarme no fundo do meu cérebro e o equipamento de alarme (igual ao das lojas) à porta do meu sistema nervoso activa-se, em uivos frenéticos e a pessoa  passa imediatamente a ser catalogada como "pessoa dada a diminutivos". Sei de imediato que há um risco alto dessa pessoa poder também referir-se a nós como "fofa", ou "quiduxa"... Surge, de imediato no meu espírito, todo um conjunto de vocabulário que me aterroriza...
É uma embirração como outra qualquer mas a verdade é que não gostava que me tratassem por Palmi. Ou, pior ainda, por Palmi Berto...
Imaginem-se muito tranquilinhos em casa e, de repente, pensavam (assim com diminutivos só para não cansarem as vossas reais cabeças):

"Ahhh e tal, vou só ali dar uma olhadela ao Palmi Berto para ver como param as modas naquele Blo".

Era um pensamento estúpido, certo? Certo! 

E era um pensamento estúpido porque:

a) Se estivessem descansados em casa, nunca iriam interromper o vosso momento idílico para vir a este Blogue ler coisas tão maçadoras como as minhas taras com diminutivos e,

b) Se pensassem isso (o que apenas por hipótese académica se coloca), pensariam com todas as letras, formando as palavras até ao fim. 

Certo? Certo!

Por uma questão de coerência e princípio, imagino que os senhores do Facebook lá na casinha americana onde eles trabalham imenso (fazem 24/24h, sempre a ver se os seus utilizadores não "postam" seres desnudados e estão sempre prontos para os banir) também não devem gostar de ouvir tratar o seu Facebook com tamanha familiaridade...

É porque, se passassemos a engolir metade das palavras que dizemos, seria impossível percebermo-nos mutuamente. Ora vejamos, não dizemos:

- Vou ali ao ca, beber um refri e comer um bo.

Ou,

- Vou comer um gela de choco e bauni porque gosto muito de coisas fri!

Assim, e se não deixamos as outras palavras a meio, façam-me esse favor e, quando estiverem junto desta Rainha da Pop, refiram-se ao "Face" como o Facebook, ok? Só para não correrem riscos desnecessários, tá?

Pequena cadela cutxi-cutxi é deveras apreciadora das cantorias de José Cid


P.S. Passarei a levar pequena cadela cutxi-cutxi à temporada da Gulbenkian com o objectivo de diversificar o seu gosto musical.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Será que morri e vim parar a um manicómio?

Depois do Tozé Seguro solicitar uma dança da chuva, o nosso Presidente está MUITO surpreendido com a taxa de desemprego (?) e fala da sua experiência MUITO (?) acumulada!? (haveria a hipótese de ser POUCO acumulada?)


A seguir aparece a Deputada Isabel Moreira que, em plena sessão do Parlamento, pede desculpa por estar um pouco drogada?! (drogas lícitas, claro!?)


Das duas uma, ou eu ainda estou muito doente e com alucinações auditivas ou, caso já esteja de perfeita saúde, julgo ser mais prudente regressar ao leito, não vá dar-se o caso de este ataque de loucura colectiva ser contagioso...

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Apesar de estar extremamente doente...

Não podia deixar de vos contar que, há alguns anos atrás, estava eu e avó na varanda de casa desta quando vislumbramos, ao longe, um casal de homens que caminhava na nossa direcção em clima romântico, de mãos dadas e aos beijos. Avó comentou então:
-"Não percebo esta coisa dos homens sexuais... no meu tempo, não havia nada disto..."

E pronto, era só isto. Agora vou regressar à cama, local onde passei todo o dia de carnaval...

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Peço, desde já, perdão aos apreciadores...

Ás pessoas que estão a chegar aqui via um qualquer fb, devo dizer que o post que procuravam era já bastante antigo. Na verdade aqui há tempos vi, no Chiado, uma Tuna verdadeiramente engraçada que me fez mudar de opinião. No entanto, tendo em conta os vossos comentários altamente inflamados (e agressivos - é esse o espírito académico das tunas?) volto a ser assaltada por dúvidas... 
É que nem toda as pessoas são obrigadas a gostar de Tunas ou sequer a pecebê-las, da mesma forma que vocês não gostam, seguramente, de todos os quadros que foram pintados pelo mundo fora e não tentam sequer entendê-los. É natural. É mesmo assim. Há coisas de que se gosta e outras de que não se gosta tanto, ou não se gosta mesmo nada. Acontece que, à possibilidade de escolha, chama-se liberdade... para quem não se lembrava da palavra...

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Eu sei que não devia...

Estou consciente que não devia fazer referência ao nome dos outros. Estou absolutamente consciente das minhas próprias fragilidades, mas ohhhh páááh... não posso deixar de felicitar a Patrícia MAMONA por ter dado estes três saltos, tão bem dados!


E, já que estou a infringir esta minha regra tão sagrada de não fazer referência ao nome dos outros, aproveito para dizer que, em tempos, labutaram no meu local de trabalho e em simultâneo, duas senhoras Guineenses que respondiam aos seguintes nome de baptismo:
- Mama e...;
- Teta!

É que este facto proporcionou-nos momentos absolutamente espectaculares como o que passo a relatar:

Pergunta: Alguém viu a Mama?
Resposta: Sim, sim, estava agora mesmo lá em baixo com a Teta!

Eu sei que não devia...

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Hoje vi

Para além de botas, sapatos e peluches, hoje avistei... tchan, tchan, tchan... mochilas!








Fui impedida, pela velocidade a que circulava, de fotografar um terceiro exemplar que se encontrava ao abandono ali para os lados das Amoreiras... 

Antes e depois (II)


Pequena cadela cutxi-cutxi enquanto jovem janada




Pequena cadela cutxi-cutxi, rapariga séria, depois da cura de desintoxicação


Tadinhos pah!

Oh pah! Não confundam mais os senhores da troika... Quer dizer, eles vêem cá de propósito para verificar se nós andamos, efectivamente, a trabalhar e, enquanto isso, o nosso presidente aproveita para nos mandar... procriar!?

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Actividades de Tempos Livres

Filha queria muito ir para o HOTEL para onde determinada amiga da escola costuma ir (achava, aliás, que a amiga vivia no dito HOTEL). Expliquei-lhe que, sem saber o nome era muito difícil descobrirmos qual era. Ela ficou muito concentrada a pensar e, um minuto depois, acrescentou convicta:

-"ATL! Chama-se ATL!"


P.S. Ahhhhh isto é que são férias!

Ladies and gentleman, please welcome the Vader Brothers

Clap, clap, clap




P.S. Tinha um fatinho de princesa que foi liminar e terminantemente recusado por filha. Snif, snif…

Acho que os deputados deviam ir mascarados de milionários!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

É carnaval... (provavelmente ninguém leva a mal)

Hoje aproveitei a hora de almoço para ir a correr ao Jumbo (Pão-de-Açucar) comprar as fatiotas para o carnaval da escola. 
Chegada ao supermercado, revirei os expositores todos para verificar que os fatos são absolutamente SINISTROS. No entanto, o que mais me chocou, não foi propriamente a falta de gosto associada às indumentárias carnavalescas, o que me chocou verdadeiramente foi a música com que as gentes do supermercado resolveram brindar os seus clientes. Pois que a música que se fazia ouvir (altíssimo, altíssimo e em som arranhado de feira) era o "Queres ketchup Maria". Ainda estive para ir ao corredor dos derivados de tomate... Seria alguma promoção?

P.S. Aposto que no Continente devem por o "Quero cheirar teu bacalhau". Fruto, certamente de uma outra qualquer promoção... 

Pillow Shape

Como proceder no caso de:
a)Acordar de manhã com o cabelo em Pillow Shape;
b) Envidar todos os esforços (nomeadamente água, escova de enrolar e laca) para o controlar;
c) Verificar que não se obteve qualquer sucesso (verificar, aliás, que todos os esforços contribuíram para piorar a situação);
d) Chegar atrasada ao trabalho devido à vã tentativa de subjugar cabelo;
e) E, ainda assim, captar alguns olhares de soslaio na direcção da nossa própria nuca…

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Falando em vomitado (e encerrando o tema de uma vez por todas)

Uma noite, ainda era eu uma linda criatura adolescente, fui sair com umas amigas. Pois que nessa altura havia o estranho hábito de se beber bebidas alcoólicas, a modos que, em excesso. Assim sendo, bebemos de acordo com o hábito.
No fim da noite, encontrámos uns amigos dos pais de uma das amigas que, vendo-nos por ali, se prontificaram a levar-nos a casa (íamos todas dormir a casa dessa amiga). Felizes com a boleia, entrámos para o banco de trás do carro, disfarçando o nosso triste estado.
Durante o percurso, a amiga a casa de quem íamos dormir, começou a sentir-se mal disposta. No entanto, e dado que estávamos na presença de potenciais delatores, nada dissemos. A amiga foi mudando de cor até atingir aquele tom verdinho lagartixa. Chegada a esse ponto (sem retorno) a amiga, sem quaisquer comentários, barulhos ou agitações, abriu muito discretamente a sua malinha e aí depositou o conteúdo do seu estômago.
Os potenciais delatores não deram pelo sucedido e chegados à porta da casa da amiga, pararam o carro para que saíssemos. Coisa que fizemos de imediato e, confesso, com muito alívio.
Acontece que, potenciais delatores, mantiveram-se no carro, à porta do prédio, a olhar para nós à espera que abríssemos a porta e entrássemos em segurança. Sem saberem que chave se encontrava dentro de malinha que albergava conteúdo de estômago de amiga... 
E sim... ela teve mesmo de abrir a porta...

Informação absolutamente inútil

Quando me encontro em estado de privação de sono, a minha veia consumista emerge à superfície de forma absolutamente inusitada. Ainda estou para perceber por que raio acabei de adquirir um Galo de Barcelos (daqueles que fazem previsão meteorológica)??!

Acredito que possa ter sido ligeiramente influenciada pelo momento apoteótico que presenciei, ao ver umas turistas brasileiras movimentarem-se de forma rápida, lançando os seus braços e mãos em direcção aos referidos galináceos, gritando em êxtase:
 “Olha, nossa, que legau, é a Gálinha de Portugau”.

O meu cérebro obnubilado não processou convenientemente a informação e agiu como se se encontrasse no primeiro dia de saldos de uma qualquer Zara deste mundo e, à cautela e antes que esgotassem, deu ordem às (minhas) mãos para agarrar com vigor e energia o último dos referidos Galos (Galinhas?) de Barcelos (Portugal?)...

Tendo em consideração que é uma peça bastante bonita e sei que haverá inúmeros interessados, vendo-o(a), agora, ao melhor preço...

Alguém?







Update

É só para avisar que dormi de casaco polar e botas fofinhas "derivado" à quantidade de vezes que tive de me levantar e deslocar para a casa de banho, a galope, com filha no dorso.
Nunca tinha tido uma noite se S. Valentim com tanto movimento...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Ultra Green Valentine's (2ª parte)

E pronto. Já estou de volta. Depois de ter estado a mudar pijama e toda a roupa da cama de filha devido a vírus maléfico que obrigou pobre criança a lançar para o exterior toda uma fruta, prato principal e sopa (intactos e por ordem inversa à ingestão).
Ele há lá coisa mais Rrrrrromântica...

Green Valentine's



Bouquet de espinafres + alho francês

Obrigada querido marido! Adorei! E assim é muito bom porque, quando murcharem, podemos aproveitar para fazer uma sopinha!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

antes e depois

Hoje cheguei a casa e deparei-me com a seguinte situação:


Kitty e Miffy antes das drogas




Kitty e Miffy depois das drogas


Verifiquei portanto que, para além da Amy e da Whitney, também a Kitty e a Miffy sucumbiram ao poder dos narcóticos...

Eu, macaco de imitação, me confesso

1.Serve o presente para comunicar que, há uma semana atrás, foram-me inadvertidamente transmitidas informações sobre local e condições de aquisição de “botas”. Este fim-de-semana a minha pessoa foi levada (contra a sua vontade, é certo) ao referido local. A minha pessoa, não pode explicar o que aconteceu, mas sabe que saiu do local com botas iguais. A minha pessoa julga ter sido possuída pelo espírito do plágio. A minha pessoa pede humildemente perdão e dispõe-se a andar com botas sobresselentes na mala, para trocar em caso de encontro fortuito com botas gémeas.
2.Mais grave ainda (há que pôr tudo às claras!) é saber que a minha pessoa é reincidente… a minha pessoa viu filho de outra pessoa com botas giras com atacadores cor-de-laranja. A minha pessoa pediu informações sobre botas giras e, posteriormente, dedicou-se a adquirir (também contra a sua própria vontade e certamente empurrada por forças do mal) botas giras de atacadores cor-de-laranja para filho.Filho de outra pessoa anda na escola com filho desta pessoa. Pelo que, também filho, terá de levar na mochila uma muda de sapatos sobresselentes, para o caso do amigo decidir envergar as suas botas gémeas de atacadores cor-de-laranja.

Sim, eu sei que muito triste ver uma mãe conduzir um filho para o obscuro mundo da imitação. Assim, para futuro e de molde a evitar estas desagradáveis situações, a minha pessoa solicita o obséquio de manterem secretas todas as informações respeitantes à compra de calçado.
Agradecida.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ás escuras

De há 15 dias a esta parte que tenho um fantasma a residir no meu roupeiro andante (mais comummente conhecido em Portugal como walking closet). É um fantasma muito peculiar, da Idade Média e com fortes poderes electro-magnéticos. Sim, o ser do outro mundo decidiu que eu haveria de me trajar diariamente à luz da vela.
A aparição começou por fundir os focos do tecto. Pop, pop, um num dia, o outro no outro. Eu, que desconhecia que o Ser lá tinha fixado residência permanente, fui buscar o escadote para trocar as lâmpadas (sim, porque homens dedicados à bricolage é coisa do passado. Hoje em dia, a pobre esposa extremosa tem de estar habilitada a dominar o berbequim e, se necessário, o martelo pneumático). Troquei as ditas lâmpadas (tarefa que, ás escuras, implica aprofundados conhecimentos de electricidade) mas a coisa não correu tão maravilhosamente quanto esperava. A luz tremelicou durante dois dias e, lá está, ambas as lâmpadas voltaram a falecer. Desisti dos focos e fui buscar um candeeiro de pé à sala. Durou um dia. A avantesma curto-circuitou a forte e poderosa lâmpada do dito candeeiro. Fui buscar nova lâmpada (já só dispunha de uma de 40W) e troquei-a. Closet ficou à média luz durante mais três dias. Posto este período, candeeiro desmaiou e acabou por deixar este mundo para todo o sempre. Já em estado de escassez de candeeiros, fui furtar uma mini-luz da Kitty ao quarto de filha. O óbito de mini-luz de Kitty foi declarado hoje.
Perante esta situação pergunto: Deverei contactar um electricista ou um padre?

P.S. Uma vez que me encontro impossibilitada de coordenar modelitos, se se cruzarem na rua com uma pessoa extremamente mal vestida, essa pessoa serei eu mesma. Ainda assim, podem falar-me...

Estou tão aflita...


Querida e leal Suricata agraciou-me com esta dádiva. Será que tenho de botar discurso?


sábado, 11 de fevereiro de 2012

Voltei a ver...

A sério... Voltei (a primeira vez foi há cerca de um mês atrás) a encontrar um homem a passear uma ave. Desta feita faziam compras nas lojas da Av. da Liberdade e isso pareceu-me vagamente estranho... Mas daí talvez não... Talvez a ave estivesse mesmo necessitada de uma mala Prada...

Filha com ave (hoje)


Filho com ave (há um mês atrás)


De seguida, volto (novamente) a avistar esta cena deprimente:




E pronto... Acho que vou ter mesmo de criar uma associação para a protecção do calçado abandonado...

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Missão: Humilhação pública (II)

Filhos têm uma missão na vida. Sim, filhos são os 007 da humilhação pública. Segundo as directrizes dos serviços secretos de humilhação, o alvo primordial das suas missões é Maman (ou seja, moi même…). Já não bastava a tirada de filho na loja de tecidos, pois que, hoje de manhã, filha decidiu que não se podia deixar ultrapassar. O Sucedido:
Encontrámos pessoa que não avistávamos há muito tempo. Pessoa olhou para mim e para filha e proferiu a seguinte frase:
- Ehhhh pah… Que grande pulo que a tua filha deu!
Filha respondeu de imediato:
- Eu não! Só se foi a minha mãe…  
Momento em que inalou o ar com mais vigor e acrescentou:
- Mas não me cheira…
Obrigada querida filha. Sei que agora todos vão pensar que tenho esse lindo hábito…

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Está quase, está quase!

Filho quis ver os Queen no youtube. Deparou-se com o Freddie Mercury e queria que eu lhe dissesse que idade é que ele tinha naquela altura. Disse que devia ter uns 30 e tal. Queria a idade exacta. Atirei uns 32 (assim ao calhas mas com muita segurança). 
Filho: "32?! Mas tu tens 36 e ainda não tens bigode!?"
Certo... não te preocupes que deve estar quase, quase a eclodir... 



quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Porque é que elas são assim e como é que eu ainda acredito?

A Porteira do meu prédio (já referida aqui e aqui), como qualquer Porteira que se preze, não distingue a realidade da ficção. No outro dia, apanhou-me a sair de casa e disse-me que a vizinha do 4º andar (a da cueca desaparecida) estava muito mal, no hospital, com uma HEMORRAGIA. Que tinha sido levada pelo INEM (se eu não tinha dado por nada?). Que era uma HEMORRAGIA interna e que não se sabia sequer quando (e se) regressaria a casa. Tive pena da pobre vizinha (apesar da grave questão da cueca) e pensei nela durante vários dias.  Hoje encontrei vizinha do 4º andar na escada. Apresentava-se leve e fresca e perguntei-lhe (a medo... Desde a questão da cueca que as nossas relações ficaram algo abaladas) se estava melhor. Disse-lhe que sabia (estúpida! estúpida!) que ela tinha estado internada no hospital com uma hemorragia e que, se precisasse de alguma coisa... Ela olhou para mim com os olhos arregalados, como se eu  tivesse sido momentaneamente tomada por um ser bi-polar em fase maníaca e respondeu-me que tinha, de facto, ido ao hospital mas, apenas e só, para fazer umas análises. Que estava a tomar ferro e que era, apenas, uma ANEMIA... 
Prevejo, portanto, que, a partir de agora, em vez de cuecas, chovam pedras no meu pátio... menires mesmo...



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Querido Álvaro,

É só para dizer que não sou imigrante e tenho muito orgulho em não ser imigrante, mas se fosse imigrante, tinha muito orgulho em ser imigrante. E digo a toda a gente que sou portuguesa e, se não fosse, dizia a toda a gente que não era portuguesa. E se não fosse portuguesa e vivesse em Portugal era emigrante e ia ter muito orgulho em ser emigrante. Mas, se não fosse portuguesa e não vivesse em Portugal, já não sei bem o que era, mas ia ter muito orgulho na mesma. Tá fixe assim, Álvaro?


P.S.1. No comments para o "Porra-Men"
P.S.2. Só mais uma coisa ó Álvaro... Achei que estavas um bocado piegas...

Podem tratar-me por Sua Alteza, tá?

Filho está indeciso quanto ao nome a dar aos seus futuros filhos e meus futuros netos. Ainda não se decidiu entre D. Henrique de Borgonha e D. Afonso VI de Leão e Castela. Seja como for, vou finalmente cumprir o meu antigo sonho de integrar a família real e tratar a Letizia por prima.


Quéquéisto?

No que respeita ao avistamento de peluches a que, ultimamente, tenho estado sujeita, quando me desloco pelas ruas, não estou apta a dar-vos qualquer tipo de esclarecimento.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Love your shoes

Nos últimos tempos, não sei se é da crise, mas tenho-me deparado com imensos sapatos abandonados.

Abandonar um fiel sapato é um acto cruel. Um sapato que fez tudo por si, sempre pronto a ir à rua, levou-o onde quis, afeiçoou-se ao seu pé, deu-lhe a sua vida, o seu afecto. E quando o pobre sapato envelhece? Abandona-se ao relento, sem dó nem piedade? 


Shame on you. Não seja esse tipo de dono!




domingo, 5 de fevereiro de 2012

National Geographic

Filhos foram convidados para a festa de aniversário de um amigo. O convite estendeu-se a pequena cadela cutxi-cutxi. Segundo a mãe do aniversariante, também iam estar alguns cães, pelo que pequena cadela cutxi-cutxi ia, seguramente, apreciar o momento de socialização.
Acontece que mãe de amigo se esqueceu de frisar que, com “alguns” cães, ela queria, na realidade, referir-se a uma matilha.
Quando chegámos, verificámo então que, por entre os convivas, circulava uma matilha de, para aí, dez cães iguais que interagiam entre si de modo algo sui generis.
Para começar, pequena cadela cutxi-cutxi, ficou apavorada com a calorosa recepção efectuada por matilha, pelo que passou o resto da festa ao meu colo, em modo pochette... Claro que a matilha me ia derrubando por várias vezes na ânsia de cheirar o rabo de pequena cadela cutxi-cutxi. Claro que, quando fechava a porta do recinto onde nos encontrávamos a matilha aparecia vinda por debaixo da rede. Claro que quando tentava dar água a pequena cadela cutxi-cutxi a matilha atirava-nos para o lado para beber, ela própria, a totalidade da água. Claro que matilha se amontoou à minha volta e fiquei submerssa no meio dos animais e impossibilitada de comunicar com um único ser humano durante as três horas de duração desta festa. Todo o meu casaco é uma sopa de baba. As minhas calças são uma bola de pêlo, tive direito a um peeling químico com a quantidade de lambidelas que levei... enfim... um programa de luxo...
Mas tudo isto são peanuts. Na verdade, a razão que me levou a escrever este texto, nada tem que ver com tão insignificantes acontecimentos. A verdadeira questão colocou-se no despautério da matilha. A matilha não tinha qualquer pudor e, portanto, insistia em perpetrar simulação de actos sexuais à vista das crianças que perguntavam, inocentemente, aos pais, o que é que os cães estavam a fazer. Assim... em cima uns dos outros... com as respectivas línguas de fora e em movimentos ondulantes... 
Foi um mix de national geographic com canal codificado menos próprio. Juro que, às tantas, pensei que fosse aparecer o Sir David Attenborough, de trás de um arbusto, a explicar todos os detalhes sobre o acasalamento canino... 





sábado, 4 de fevereiro de 2012

Era uma vez um dia de praia

Quando era pequena, assim com uns doze ou treze anos, tinha um amigo (que ainda tenho) que adorava (e que ainda adoro). Esse amigo, que tinha mais 4 ou 5 anos que eu e era o meu ídolo.
No Verão, íamos de férias para o Algarve e aí passávamos três meses. Três meses é muito tempo e, portanto, dava para muitas cenas.

Uma das cenas é memorável.

Amigo tinha um colete de salvação rapinado por alguém de um avião. Amigo queria levar o colete para a praia para o usarmos. Amigo fazia sempre tudo o que queria e eu, ia sempre a reboque. Levámos, portanto o colete para a praia.
O dia estava perfeito. Água quente, calor de morte, ausência de vento, praia apinhada de gente.
Chegámos, amigo vestiu o seu colete e fomos a correr para a água.
Acontece que os coletes dos aviões para além do apito, tubinho para encher, etc... (que as hospedeiras nos mostram antes de um vôo), têm uma bolsinha com um pó misterioso (que serve, sei-o agora, para, em caso do avião se despenhar no mar, os meios de salvamento conseguirem localizar os náufragos perdidos no meio do oceano).
Como ia dizendo, corremos para a água, mergulhámos, muito felizes e, eis senão quando, uma mancha AMARELA FLUORESCENTE (o pó misterioso...) começa a alastrar vinda directamente do colete. Ao princípio achámos divertiíssimo e rimo-nos imenso. Acontece que a mancha não parava de crescer. De pequena (assim à nossa volta), passou para uma mancha média, depois desatou a crescer, a crescer até se tornar gigantesca. Passados uns 10 minutos a mancha, repito, AMARELA FLUORESCENTE ocupava a totalidade do mar que banhava aquela bela praia que, dez minutos antes, era perfeita. O mar transformou-se numa massa opaca AMARELA FLUORESCENTE. E não, não estou a exagerar.
Num ápice, apareceram mães de todo o lado, mães  aos molhos, gritos histéricos, a arrancar crianças do mar, a levá-las para a areia, a analisá-las à lupa, a lavá-las com garrafas de água mineral. As crianças choravam de aflição, ouviam-se palavras como radioactividade, nuclear e sei lá mais o quê.
Saímos de fininho da água, esticámos as nossas toalhinhas e ali ficámos... a observar a azáfama de mães, pais, avós, banheiros, cabos-do-mar... Devo dizer que o tumulto foi de tal forma grave que, a páginas tantas, tememos um linchamento público (se, na altura, já houvesse TVI, tenho a certeza que tínhamos sido notícia de abertura de telejornal)...
No entanto, ninguém desconfiou de nós... angélicas crianças inocentes...
O dia perfeito de há dez minutos atrás, tornou-se num dia diabólico, tornou-se no inferno na terra. Famílias inteiras a derreter, todos juntinhos a transpirar, à sombrinha dos chapéus-de-sol. Filhos a suplicar uma ida ao mar. Mães com a voz a tremer a recusar liminarmente tal pedido. Olhares de incredulidade, mar cada vez mais amarelo. Mais ninguém entrou na água o resto do dia e, durante o resto das férias, ouvimos murmúrios na praia sobre o dia em que o mar ficou AMARELO FLUORESCENTE...




sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Modelitos para os próximos dias

E porque hoje baixou em mim o espírito de uma Fashionista (palavra nojenta, nojenta que devia ser permanentemente banida pela censura), deixo-vos sugestões para o frio dos próximos dias. 







quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Homens deste país,

Quando falarem com senhoras, abstenham-se de ajeitar as calças no entre-pernas. Não é por nada Homens, mas uma senhora não sente qualquer necessidade de acompanhar tal gesto. Tal gesto NÃO passa despercebido. Tal gesto íntimo, quando consumado em público, é profundamente repugnante e faz-nos imaginar as vossas partes pudibundas ali, apertadinhas, pelo gancho das calças. E não. Não é uma imagem bonita, aquela que se forma no nosso cérebro. Assim, homens deste país (e já agora de qualquer outro país onde o estranho hábito ainda persista,) gostaria, apenas, de vos dizer, assim, em jeito de alerta, que é feio, senhores, muito feio!
No caso de não se sentirem com forças. De se sentirem incapazes de controlar tal ímpeto, usem Kilts, senhores, usem Kilts...