Palmier... sempre a marcar pontos!

Nem no Carnaval Palmier dá tréguas e, de uma só penada, pica todos os segmentos do blogomundo. Assim, para os freaks dos pratos Gourmet, temos o Chef José Avillez, numa linha mais intelectual-snob-chic, temos Fernando Pessoa. Eu? Eu estou mascarada de fashionista... como, aliás, em todos os outros dias do ano...  

Preparem-se para pôr esses neurónios a mexer!

Como já deu para reparar pelo atraso no post de hoje, estou muitíssimo atarefada e, como bem sabem, não gosto de vir para aqui postar só por postar. Quando posto, gosto de postar em grande, gosto de postar sobre assuntos interessantes, temas polémicos que mereceram a minha melhor reflexão, coisas estimulantes que sei que vos vão fazer pensar, raciocinar e meditar. Prefiro não publicar nada a escrever sobre qualquer coisa só porque tem de ser. Assim sendo, e por uma questão de coerência, julgo que é chegado o momento de, finalmente, vos falar sobre um tema arrebatador: a minha lesão no nariz! Sim, sim... eu sei que isto é muito forte para uma quinta-feira, mas, a verdade, é que isto é para aí a minha vigésima sinusite nos últimos cinco anos. Sempre a mesma narina, a esquerda, e sempre pela mesma razão: uma gripe. Estava tudo a correr bem e, de repente, senti um grande entupimento no nariz, os ouvidos a fazer eco e a voz nasalada. Ainda pensei que fosse uma mera rinite mas, depois de analisar todos os sintomas, percebi que não, que era mesmo uma sinusite. Quando fiz o diagnóstico, ainda olhei em volta para ver se via um cão grande, um cão azul-turquesa, que pudesse dar um bocadinho de emoção a esta história, mas, infelizmente, não havia cão nenhum, pelo que me dirigi à farmácia, cabisbaixa, e comprei Nasomar, Nasomet e Neo-Sinefrina, aplicação tópica, de 12 em 12 horas, instruções que cumpri religiosamente. Ainda não estou completamente boa, mas já estou melhorzinha… obrigada.

Deixo-vos com uma fotografia extremamente estimulante dos meus últimos dias, que, tenho a certeza, é do vosso maior interesse!

Esqueci-me de dizer que, para além de grande e belo, é inteligente... MUITO INTELIGENTE!

Reparem bem naquilo que fez ao tablet de Maman, assim que tomou conhecimento dos "negócios" que se estão a desenrolar no blogomundo... 

O espaço que se segue é da inteira responsabilidade dos intervenientes.

A pedido da minha Maman, apresento-vos uma excelente oportunidade! A oportunidade das vossas vidas! Apenas com um comentário (um singelo comentário) e este cão pode ser vosso! É verdade! A minha Maman, generosa como só ela sabe ser, oferece-vos este lindo e grande cão. Um cão comprovadamente grande, um cão que não levanta quaisquer dúvidas no que concerne à sua rara beleza e colossal dimensão. Um amooooooooor de cão, um cão com um porte extremamente aristocrático, que promete animação 24/24 horas e happenings de cinco em cinco minutos! Com este cão não terão um único momento de tédio, porque este é um cão que mudará, garantidamente, as vossas vidas para todo o sempre! Boa sorteeeeee!

 (Para isso, basta que,  no vosso comentário, declarem expressamente que subscrevem a cláusula referida em baixo.)

Cláusula Única 

(Impossibilidade de Responsabilização e/ou Devolução)

A doadora declara, e o donatário desde já aceita, que:

a) A doadora não poderá ser responsabilizada pela destruição perpetrada pelo lindo cão, seja de telemóveis, tablets, almofadas, colchões, pernas de cadeiras e cadeiras em geral, mesas, portas e janelas, casacos compridos, casacos médios, casacos curtos, cardigans, ou qualquer tipo de casaco, roupões, meias, pijamas, camisas de noite ou négligés, chapéus, chapéus-de-chuva, chapéus-de-sol, chapéus de qualquer tipo, sapatos, botas, sandálias, ou qualquer tipo de calçado, medicação variada e cestos de pão;

b) A doadora não poderá ser responsabilizada pelo roubo ou furto perpetrado pelo lindo cão, seja o o roubo ou furto referente a alimentação variada primorosamente arrumada na bancada da cozinha, seja de pequenos-almoços, brunches, almoços completos, snacks, jantares, jantares de Natal ou até mesmo jantares dos vizinhos;

c) A doadora não poderá ser responsabilizada por actos contrários à moral e ordem pública perpetrados pelo lindo cão, nomeadamente actos de desnudamento de empregadas domésticas, através do roubo por esticão das suas vestes.

Mais, o donatário declara ter conhecimento que lindo cão não poderá, em qualquer circunstância, ser devolvido à proveniência, uma vez que o lindo cão não será aceite de volta sob qualquer pretexto.

♥♥♥

Está tãooooooooooo contente! :D

O agradecimento especial AQUI

Obrigada :)

Oh pah... façam-me um graaaaande favor!

Eu não percebo nada disto... mas... o meu filho, o conhecido Folha de Papel (ou, neste caso particular, o famoso Dmobs), tem um canal (acho que é assim que se chama...) no Youtube, para onde faz o upload de filmes do jogo que ele joga (Minecraft), acompanhado de um relato super profissional feito pelo próprio (juro que é muitA cómico, tendo em conta que ele tem 10 anos e que é totalmente autodidacta). Acontece que o relato é dirigido a um público alargado, a uma multidão... que, na verdade, se resume a dois amigos da escola :D 

Por isso, o que vos queria pedir, é que, aqueles de vocês que tiverem conta no Youtube e que percebam destas coisas, lhe façam um like... vá lá, please... dêem lá um like ao meu menino, que eu depois conto a reacção dele ao estrelato cibernético :D

Que não seja por isso!

Uma vez que a blogosfera entendeu por bem invadir-me, simultaneamente e de forma concertada, o segmento canino, eu, como forma de retaliação, tratei de desencantar não uma... mas mais duas Pequenas Cutxis! E agora, hein? Sempre quero ver como é que vão fazer frente a uma manobra desta magnitude...

Quanto a vocês, não sei...

Mas, eu cá, que levo as críticas muito a sério, tenho feito de tudo para que a minha escrita seja mais criativa...

Há aqui qualquer coisa que me está a escapar...

Ora... se nós somos os dois de Direito, por que raio terei sido eu a eleita (sem que me tenha candidatado a tal cargo) como responsável máxima pelo acompanhamento do estudo de matemática e ciências?!

Logo eu...

Que não sei ler poesia, que vou por ali fora, parece que engoli um foguete, que não páro para respirar, que não faço as pausas nos sítios certos, que parece que estou a correr os 100 metros barreiras, que chego ao fim cansada, tal é a voragem da leitura... logo eu, como ia dizendo, me havia de emocionar com o rascunho destas rimas que encontrei entre velhos papéis e que a minha avó terá escrito ao meu avô quando fizeram cinquenta anos de casados.

No fim da nossa vida

Cinquenta anos são passados,

Quem me havia de dizer

que as mesmas rosas eu tinha

para voltar a te oferecer.

São velhinhas, sem valor,

só para mim podem ser,

recordação de um Amor

que te jurei a valer.

Aceita-as com carinho,

e não as deixes perder,

têm de seguir caminho

Com o primeiro que morrer.

Em campa de saudade,

quando um o outro for ver,

há-de encontrar em verdade

uma roseira a nascer.

E se for eu a primeira

esta terra a abandonar,

hás de ver nessa roseira

uma coisa de pasmar.

Suas rosas sem secar

de orvalho sempre a verter,

serão meus olhos a chorar

com pena de te não ver.

Mas se fores tu o primeiro,

nas noites escuras de luar,

a brisa que a roseira despertar

serei eu, Amor, a te beijar.

Eu cá, que escrevo num blog, tenho só uma questão:

Em vez de darmos às mãozinhas... podemos antes dar aos pezinhos?

O poder da mente

A pessoa compra uma máscara hidratante porque, nesta altura do ano, com o frio e com a chuva, a pessoa fica com a pele da cara super seca e a repuxar. Pois que a pessoa aplica a dita máscara com todo o desvelo, cuidado e atenção, a pessoa olha para o espelho e vê bem que a sua pele está mais bela, mais hidratada e com um brilho especial... a pessoa não se dá mais de dezanove anos... caramba, a máscara da pessoa é mesmo boa! Ontem a pessoa olhou melhor para o boião, e a pessoa percebeu que o creme que andava muito feliz a aplicar na cara, era, não a máscara hidratante recém adquirida, mas sim um creme antiquíssimo, uma relíquia... que já tinha passado de prazo há mais de um ano...

Sinceramente?

Sinceramente, acho absolutamente incrível que ninguém tenha vindo ao lançamento do meu novo livro! Mas pronto, tudo bem, já estou habituada a ser mal tratada... já percebi que para umas vale tudo e para outras... NADA! Mas esqueçam lá isso... isso de me terem deixado ali plantada, sozinha, com um ramo de beterrabas na mão... não há problema nenhum... no Verão estarei à vossa espera... na praia... com uma balança!

Quando nos dizem para escolher os estofos...

A pessoa começa a criar imagens na sua mente, a pensar numa coisa assim em bom, num carro com estofos em tigresse, ou em zebra, uma coisa grrrrrau, de fazer parar o trânsito. Afinal, vai-se a ver, trazem o catálogo, e não passa de um napa desenxabida. Só vos digo... uma desilusão isto de comprar um carro...

O quê?! Agora toda a blogolândia é detentora de um canídeo?!

Então tomem lá! Eu cá, que tenho de ser mais do que os outros, tenho um cão... e um gato!

Um horror... um horror... é que nem imaginam o horror!

Oh pah, oh pah... não sei o que raio aconteceu... mas... mas... pedi à minha equipa de produção para me trazer uns sapatos de correcção do pé chato para fazermos uma sessão publicitária top a uma loja de calçado ortopédico, uma coisa em grande, com figurantes e tudo, uma coisa em plena Av. da Liberdade, e eles... eles enganaram-se e trouxeram-me isto!? A sério pessoas... não sei o que faça... eu bem sei que que sou uma trendsetter, que vocês calçam qualquer coisa que eu determine, que, se eu vos apareço com a pantufa tigresse vocês nem questionam e acorrem imediatamente às lojas em busca da pantufa tigresse, que, no fundo, é um bocado indiferente mas, caramba...a pessoa tem compromissos profissionais e fica incomodada com estas coisas!

(só ainda não os despedi a todos porque lá me conseguiram arranjar um bocado de céu azul num dia cinzento como o de hoje...)

Estou feita...

Quando a minha mãe se casou, a minha avó, mãe do meu pai, chamou-a à parte e em jeito de confidência, agraciou-a com uma longa lista de conselhos, uma espécie de enciclopédia de "como manter um marido". Entre esses conselhos, figurava um muito especial:

"Quando ele for viajar, tens de ser tu a arrumar-lhe a mala!"

Perante o ar incrédulo da minha mãe, a minha avó levantou o véu sobre a razão de ser daquele sábio conselho guardado de geração em geração:

"É que assim, se ele algum dia te quiser deixar, não vai ser capaz de arrumar as suas coisas!"

E eu imagino as centenas de homens da longa linhagem Palmier, homens que desde o século XII tentaram sem sucesso deixar as suas mulheres, homens que, determinados que estavam a abandonar o lar, chegaram aos seus closets (desde o século XII que temos closets) decididos a deixar toda uma vida para trás, homens que se depararam com suas roupas impecavelmente penduradas de um lado, e a mala de viagem do outro, homens que tropeçaram naquele obstáculo inultrapassável, homens que soçobraram perante aquele mistério insondável de como arrumar as suas vestimentas dentro daquele objecto, homens que, cabisbaixos e derrotados pela argúcia das suas mulheres, deram meia volta e não tiveram outra hipótese senão desistir dos seus intentos, homens que se atiraram para o sofá, vencidos, e aí ficaram, catatónicos, à espera das bodas de ouro...

E eu, sempre que vejo consorte a arrumar as suas coisas, oiço os sábios conselhos da minha avó Judith a ecoarem-me nos ouvidos... é que, caramba, no dia em que ele me quiser deixar, não tenho qualquer hipótese...

Anacronismo ou hipster-auto?

Quantificador numeral multiplicativo ou fraccionário

Julgam que estamos a estudar matemática?

(Pois que estamos a estudar português...)

Ainda (e sempre) o meu casaco...

Estava aqui a pensar que, como já ando vestida de Teddy Bear, se calhar bastava-me levar uma clutch em forma de coração...

...

A começar a ler o Quarteto de Alexandria, calhamaço com 905 páginas, a pessoa depara-se com a seguinte frase:

A pessoa fica muitA nervosa por só estar na posse do primeiro livro e comenta para o lado "o primeiro de uma série?!", ao que consorte responde muito convicto "então... é um quarteto... e esse é o mais pequeno..."

(entretanto já estou mais descansada... afinal está cá tudo... :)

Preciso da vossa ajuda!

Já escolhi o outfit para ir jantar fora amanhã à noite! 

Acham que consorte, quando me vir entrar no restaurante, cai no chão fulminado pela seta do cupido? 

Estou suficientemente romântica?! 

Digam-me tudo!

Palmier pergunta, Palmier responde #1

Palmier, diz-nos, com que idade é que os nossos lindos filhos, aqueles a quem vestimos lindas golas de renda, nos renegam? Ora, a resposta é muito simples. Renegam-nos aos dez anos e nove meses. Aos 129 meses de idade, os nossos lindos filhos estão prontos para ser uns sem-mãe. Nessa idade, ter uma mãe é uma afronta, uma vergonha, uma humilhação. Uma raridade. Presumo que, lá entre eles, se assumam como verdadeiros pop-ups e que aquele que fizer uma suave referência a uma eventual mãe, seja visto como uma aberração. 

E como sabes tudo isso, Palmier?

Bem… quando vocês tiverem de ajudar o vosso filho a preparar um trabalho de inglês oral do quinto ano, também saberão… pois que o trabalho, em power point,  era de tema livre, pois que o meu filho entendeu por bem fazê-lo sobre a minha empresa, que escrevemos a história, referimos o produto, as especificidades, a localização… e, no fim, como graça, pusemos uma fotografia minha (e atenção que não era uma fotografia com a cabeça na betoneira… era uma fotografia normal, institucional, comigo a mostrar o produto, com uma legenda a dizer: “say hello to my mom”), uma brincadeira que continuava no último slide, quando ele dizia que o trabalho tinha sido patrocinado pela empresa e aconselhava os colegas a serem clientes, mas frisava bem que não lhes daria qualquer desconto. No Domingo, quando fizemos o trabalho, achámos todos muita graça, rimo-nos com aquele final cómico e guardámos o trabalho numa pen, para ele o levar para a escola e apresentar hoje, quarta-feira, dia 12 de Fevereiro do ano da graça de 2014.

Ontem, já passava das 23h00 fui chamada por sua excelência (que já devia estar a dormir), para me comunicar que eu tinha de ir retirar da apresentação o slide com a minha fotografia. Disse-lhe que aquilo não eram horas e que, se não o queria, devia ter dito mais cedo. Hoje de manhã, às 7h00, ouvi-o andar atrás do pai com a pen, que precisava de ajuda para mudar o trabalho. Foi enxotado da mesma forma… que aquilo não eram horas, que tinham de se despachar, que o trabalho estava óptimo e que ia correr muito bem.

Como às quartas-feiras ele acaba as aulas mais cedo, fui buscá-lo… encontrei a professora de inglês:

- Então, a apresentação correu bem? Estava gira, não estava?

- O XXXXXX não fez a apresentação…

- Como assim?! Não fez a apresentação?! 

- Não... disse-me que tinha deixado cair a pen da varanda (?) e que se tinha estragado… até lhe escrevi um recado na caderneta…

E pronto, é assim que uma mãe, sem qualquer aviso, notificação ou preparação prévia, toma conhecimento que chegou o momento de tomar a poção mágica para se tornar transparente… (ou isso, ou então mando forrar a aula dele com montes de fotografias minhas...tamanho XXL...)

O portão da garagem

Pois que até há uns dias atrás o portão da garagem era de ferro, pesadíssimo, antiquíssimo, era preciso sair do carro, fazer um aquecimento aos músculos, preparar os braços e arrastar aquele mono gigantesco, para poder entrar com o carro. Agora o portão é novo, reluzente, automático, com um comando preto cromado, um comando com um design tão sumptuoso que mais parece ter sido pensado para um país em vias de desenvolvimento, chiquíssimo portanto… a pessoa chega ao trabalho, pega no comando, clic, e é um descanso, estar calmamente sentada dentro do carro a ouvir música, protegida da chuva, a ver o portão a subir… ah… que bem que se está no campo… claro que, neste cenário bucólico, a pessoa não percebe por que razão, de repente, aparecem pessoas a correr de braços no ar, pessoas vindas de todos os lados, pessoas que fazem cara feia e gritam, com esgares de aflição, “cuidado com o homem!”, a pessoa não percebe que se passam coisas no interior da garagem, a pessoa não percebe que o técnico de manutenção veio fazer os últimos ajustes e que está do lado de dentro, encavalitado lá em cima de tudo, no cume de um escadote. Escadote, esse… que está apoiado no portão da garagem.

Na caixa do supermercado

Na caixa do lado estava uma senhora com um daqueles mega-carrinhos, cheios até cima.  No momento em que a senhora começou a pôr as compras no tapete rolante, apareceu um senhor esbaforido, com uma caixinha de sopa na mão.

- Posso passar à frente? É só para pagar esta (momento em que elevou a caixinha e a agitou no ar) sopa...

Agora a senhora está ali a um canto… a tentar ver-se livre da cabeleira de caldo verde que o senhor lhe entornou pela cabeça abaixo…

Assunto: Vigilância - Marca Blogosférica

Direito Pré-Existente			Sinal Detectado
SALGADO			SAL
Marca: Pipoco			Marca: Cachorro
Titular:		PIPOCO MAIS SALGADO	Titular:	ÀS NOVE NUM DETERMINADO BLOG
Classe:		Snob-Chic AAA+	Classe:	Diário de bordo

Exmos. Senhores,

Uma vez que foi detectada a referência a um novo sinal blogosférico que pode prestar-se a ser confundido com uma prestigiada marca blogosférica pré-existente (conforme se pode constatar no quadro supra) o Instituto Blogosférico da Propriedade Industrial, sempre atento a estas situações e no estrito cumprimento dos seus deveres, vem, por este meio, alertar V. Exas. para a irregularidade da situação, e comunicar que a Presidente do Instituto, figura reconhecida internacionalmente pelo seu equilíbrio, ponderação, capacidade e modéstia, se encontra na posse de todos os elementos relevantes e pronta a decidir sobre o mérito da presente questão. Assim sendo, e como forma de salvaguardar o direito pré-existente de "Pipoco Mais Salgado", bem como as blogo-expectativas jurídicas mais recentes de “Às Nove Num Determinado Blog”, e evitar a confusão entre os dois sinais, determina-se a alteração, com efeitos retroactivos, do sinal distintivo "Sal". Desta forma, fica desde já definido que, a partir deste exacto momento, o Cachorro Sal, deverá passar a ser tratado por Cloreto de Sódio.

Mais se informa que a decisão não é passível de recurso.

Com os melhores cumprimentos,  

A Presidente do Instituto Blogosférico da Propriedade Industrial

(Palmier Encoberto)

Ainda o meu casaco...

Acabaram de me perguntar se é feito de lã de vidro...

Raios!

Uma pessoa tem um penteado preparado para fazer um post a dizer que ficou retida pela tempestade, que foi levada por um furacão, que andou a rodopiar num tornado e, vai-se a ver... está um bonito dia de sol...

A minha filha adora ver as fotografias do nosso casamento

Há bocado, e enquanto passava as páginas com muita atenção, perguntou:

- Oh mãe... mas, afinal, em que parte é que tu ofereces as flores ao pai?!

P.S. Agora, e apesar de já lhe ter explicado que ainda não tinha nascido, está a chorar porque não aparece nas fotografias...

Eu cá, à cautela, vesti-me de pescador...

É que nunca se sabe se hoje não vai ser preciso pegar nos remos...

(e, como bem sabem, eu faço questão de me apresentar em todas as situações num matchy-matchy absolutamente perfeito!)

O mudo Badini quando falava era um poema...

... já eu, com licença, fiquei muitas vezes na dúvida se estava de facto ler um livro, se estava a ler uma pintura*. Nunca me tinha acontecido tal coisa.

*e não foi por causa das ilustrações.

Pensamento da manhã #2

Querida Cutxi

Eu bem sei que temos negligenciado as nossas idas ao SPA e, sobretudo, ao cabeleireiro, que andamos a falhar na organização de workshops, que não temos feito sessões fotográficas top onde podes exibir toda a tua fofura, que os nossos kits amorosos têm andado escondidos por debaixo dos sobretudos e dos cachecóis, que não temos partilhado mirtilos ao pequeno-almoço e que há por aí cães novatos a tentar subir no blogo-mundo, cães que anseiam alcançar o teu lugar no pódio, o teu protagonismo incontestável... mas... querida Cutxi... nada deves temer...

És o melhor cão do universo. 

Também queria mandar os meus quadros para a Christie's (mas em mala Louis Vuitton, como é óbvio)!

Assim sendo, agradeço que algum de vocês faça de Blogo-Primeiro-Ministro e se agarre às minhas obras com avidez, que as embale à pressa em papel vegetal e, olhando de esguelha com receio de estar a ser observado, enfie a minha arte, à candonga, no fundo de um malote Louis Vuitton, oculta por baixo do pijama. De seguida um de vocês pode fazer de Blogo-Líder-da-Oposição e aparece aqui com cara de vítima, com uma lágrima ao canto do olho, a dizer que parece impossível, que Palmier é uma artista de renome mundial, que, apesar de ninguém saber da existência das ditas oras de arte e de nunca ninguém as ter visto, as obras desta artista são, sem dúvida alguma, a salvação do blogo-mundo, que virão charters de bloggers só para as admirar! Quer é cultura, caramba! Façam-se museus para as albergar! E pronto... os restantes podem aparecer só para lançar a confusão. Uns contra a venda: "aquilo é uma arte extraordinária, o Blogo-Mundo tem de preservar a sua cultura, a identidade do blogo-povo!", outros a favor da venda: "arte?! Aquilo são só riscos... olha (som de estalo de língua) arte daquela também eu fazia!"! E prontoS... é isto. Aguardo o vosso dramatizing!

Sempre quero ver se a alienação da Colecção Palmier cria alguma agitação no blogo-mundo...

(às vezes, mas só mesmo às vezes, acho que devia voltar a ser artista...)

Agora a sério… será que sou um velho do Restelo?

Sou só eu que acho estas festas de crianças de dois, três e quatro anos, com um tema que implica que uma equipa de profissionais altamente especializados se afanem a redecorar toda uma casa, com convites de design, cheias de lollypops, cakepops, cupcakes, estrelas, garrafas de vidro com palhinhas às risquinhas, purpurinas, balões e goody-bags personalizados, um verdadeiro atentado ao bom senso? É que... oh pah... oh pah... preciso mesmo de saber se sou só eu que sempre que vejo aquelas fotografias de bolos matchy-matchy até ao enjoo, fico chocada com o exagero. Para quê?! Para que raio serve aquilo tudo? E fico aqui a pensar… quando estas crianças fizerem dezoito (ou até mesmo dez) anos, como… como (?!) é que vão ser as festas?

É que eu lembro-me bem que, quando era pequena, o que menos me interessava numa festa, era mesmo o lanche… e o extraordinário é que, mesmo com aqueles bolos cobertos de doce de ovos amarelo fluorescente a dizer “parabéns” as festas eram mesmo fixes. A mim bastava-me ter um pau na mão, qual espada, e gritar "venham todos atrás de mim!". Tirando aquela vez em que a Ana resolveu desafiar a minha autoridade de aniversariante, pegando também ela num pau, e me dividiu a festa ao meio, correu sempre tudo muito bem.


(e deu-se mesmo o caso de termos sobrevivido sem traumas)

Pessoas, digam olá ao nosso mais recente Palmieron!

Não tarda, está a comer bagas goji, a vestir camisolas de folhos e a usar filtros de corações nas fotografias!

Cortesia da Açoteia (a nossa investigadora de imprensa internacional) 

Obrigada! :)

No comments...

Domingo é o único dia da semana em que me dedico à culinária. Ao jantar, dirijo-me à cozinha e, com a mestria de um chef, faço um extraordinário prato gourmet: ovos mexidos com salsichas. Um dia destes, tiro uma daquelas fotografias com filtros e dizeres e pranto aqui juntamente com a receita. Posso até acrescentar uns mirtilos e umas sementes de goji para dar um ar mais sofisticado à coisa. Mas, como ia dizendo, no Domingo repeti a experiência gourmet mas a coisa sofreu um ligeiro twist. Apesar da minha vasta experiência na conjugação de ingredientes e no manuseamento da baixela, quando ia tirar os ovos da frigideira aquilo pesou-me na mão e eu achei por bem apoiar a frigideira (saída do fogão e quente p'ra burro), directamente no prato. Ora, nesse exacto momento aconteceu uma estranha e inesperada coincidência... o prato rachou de um lado ao outro. Ora, toda a gente sabe que as regras de HACCP não permitem a utilização de loiça rachada, pelo que peguei imediatamente no prato e, zás, caixote do lixo com ele. Acontece que o prato, apesar de rachado não estava partido, e era um bocado grande... e ficou ali atravessado no caixote, nem para baixo nem para cima e eu, depois de analisar a questão de forma extremamente científica, tirei-o do caixote e, vá de bater com ele para que se partisse em dois e coubesse efectivamente dentro do  caixote. Foi nesse exacto momento que consorte entrou na cozinha e assistiu ao extermínio do prato. Pum, pum, pum, crash. Depois do jantar, pusemos as crianças na cama, tudo normal (achava eu), consorte enfiou-se no escritório de porta fechada com aquelas óperas aos gritos, tudo normal (achava eu), e eu fiquei na sala, tudo normal (achava eu), às tantas ele passa e informa-me que vai dormir, tudo normal (achava eu), ontem de manhã acordei, pequenos almoços, correria para a escola, até logo, até logo, tudo normal (achava eu), fui trabalhar, tudo normal, voltei para casa, tudo normal, consorte chegou a casa, entrou, mirou-me ao longe, disse-me um olá sumido, jantou calado e de olhos baixos como que a evitar um confronto (?), crianças na cama... vem sentar-se no sofá ao meu lado, pega-me na mão a medo e diz:

- Vá... diz lá... o que é que se passa? 

- Hã?! O que é que se passa?!... não se passa nada!?

- Então porque é que ontem estavas para ali a partir a loiça toda?

Pensamento da manhã #1

Será que, derivado à última moda, também vou ter de arruinar as minhas fotografias com estes filtros e estes dizeres espectaculares?! 

O novo Anna Karenina?

A passar em frente ao Arsenal da Marinha

Consorte: olhem.. ali foi onde entrou o coche do D. Carlos...

Filho muito espantado:

- O Porche do D. Carlos?!