E eu, raios... andei ali mesmo baralhada durante o primeiro mês de casa, ai e agora, o que é que eu faço a isto, que está tudo desconjuntado, nada pertence a lado nenhum, mas a pouco e pouco a coisa lá se foi compondo, consegui mudar o verde Sporting do meu filho para um verde barriga de rã, consegui retirar as almofadas emoji do quarto da minha filha e fazê-la esquecer aquela ideia quarto-arco-íris faiscante e agora está tudo numa paleta de azuis tranquilos. E ontem chegaram os candeeiros - um de pé e outro de tecto-, e são tão lindos, mas tão, tão lindos que só me apetece ficar ali sentada a admirá-los, uma nuvens flutuantes que transformaram o quarto dela numa coisa mágica (bem sei que o meu crédito na escolha de candeeiros está pela rua da amargura, mas posso afirmar convictamente que são ma-ra-vi-lho-sos), depois o meu quarto também já está em andamento, a cama, as almofadas e a banqueta já lá estão, o candeeiro está em trânsito e amanhã vão tirar medidas para as cortinas e tapete e, por fim, estava a faltar sala, faltava-me encontrar um sofá lindão para a pôr em andamento, e caramba, revirei as lojas todas para encontrar um sofá como deve ser, confortável e bonito e só vos digo que estava prestes a declarar essa tarefa impossível e a contentar-me com a sala transladada da casa antiga. Foi na última loja, quando já estava a deitar fumaça e a achar que as lojas estavam todas malucas, com coisas sinistras, que o encontrei: azul meia-noite, de veludo, capitonné. Aguardo a sua chegada lá para o início de Fevereiro.