E então a pessoa encomenda este candeeiro lindo e maneirinho para a sala de jantar (sim, que o meu mood board é a selva. Já agora, agradecia que passassem a chamar-me Jane) e depois o senhor da transportadora liga-me a dizer que estava à minha porta com a encomenda, mas que não estava ninguém em casa, e eu, ah tem razão, olhe faça-me um favor, entregue aí nessa mercearia pequenina mesmo à frente, que os senhores são muito simpáticos e já me têm recebido coisas, ah muito bem, não desligue (som de passos), bom dia, a senhora aqui da frente pergunta se podem receber esta encomenda que ela não está em casa (cinco segundos de silêncio), pronto, os senhores ficaram com a encomenda, está entregue, muito bom dia.
Depois a pessoa anda na sua vida, não se lembra mais do candeeiro, e quando chega a casa vê os senhores da mercearia à porta da dita, a acenar com um olhar perdido e ansioso, e a pessoa lembra-se do candeeiro e vai toda contente, ah, é verdade! Está aí a minha encomenda, não é? E eles que sim, sim, está, está! E então a pessoa entra na mercearia, leva as mão à cabeça e percebe por que razão os senhores estão na rua...
É que tendo em conta o tamanho do caixote, já não cabiam lá dentro...
(Fogo, vocês são mesmo surpreendentes! É mesmo verdade que não gostam?! Ora olhem lá bem!)