sábado, 30 de junho de 2012

Em pinturas

Filha andava há IMENSO tempo a pedir-me para pintar as unhas. Hoje acabei por aceder ao pedido, autorizando (apenas) a pintura das unhas dos pés.
Filho, que assistiu à operação, queria pintar as dele de verde (sportiiiiiiiiing). Expliquei-lhe que estas, eram cenas de miúda e que menino, aqui, não entrava. Para dar mais ênfase à coisa, disse-lhe para imaginar o que os seus amigos iriam dizer lá na escola, se o vissem de unhas pintadas.
Esta foi a resposta que me deu:
-Oh mãe... Nunca iria ficar com as unhas pintadas! Era só para ver... Claro que, depois, tu limpavas com aquela coisa de tirar verniz (e, puxando pela cabeça para se lembrar do nome da acetona, conclui)... o GLÚTEN!

Tenho uma gruppie cá em casa

Filha:
- Mãe, sabes o que é que eu sonhei hoje?
Eu:
- Não...
Filha (com olhinhos de urso de peluche):
- Sonhei que estava a jogar futebol com o Cristiano Ronaldo... ele escolhia-me sempre para a sua equipa... e, no intervalo do jogo, fazíamos puzzles das princesas...

Com uma actividade tão apelativa como esta última, creio que o meu ingresso no clã das Ronaldas está cada vez mais próximo... Julgo mesmo que é inexorável...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sabes que precisas de acompanhamento psicológico em regime de internamento quando:

O teu filho te responde torto e tu saltas para a frente dele como um canguru possuído pelo espírito das estepes australianas e, de dedo em riste, dizes:
- Não respondes à mãe! Ouviste?
E, perante a (por ti ordenada) ausência de resposta, acrescentas:
- Responde!

A mim, não me enganam!

Francamente... Estes meios de comunicação social adoram deturpar as notícias...
Está na cara que estes populares não estavam a atacar e insultar o Ministro Álvaro... Eles queriam era os pastéis de nata quentinhos que o homem levava dentro do carro!


P.S. Também não devemos descartar um acesso de desejo absolutamente fulminante entre os dois cavalheiros...  

P.S.2 Cada vez estou mais estarrecida com esta imagem... é que é extremamente ousado praticar assim o sexy, em cima do capot do carro do senhor ministro... ainda para mais, em andamento!

Cuidado!

O assunto que vou abordar deve ser encarado com gravidade. É uma situação perigosa na qual deverão evitar cair a todo o custo. É um aviso sério. Esta que vos escreve caiu em tentação e, agora, encontra-se totalmente “agarrada”. Sim… ontem, ao regressar a casa, esta pessoa desviou-se da sua rota para, contra a sua própria vontade, ir adquirir quantidades massivas desta substância. A razão gritava não… mas o corpo… o corpo gritava mais alto e dizia sim, sim, sim (quase como na famosa cena da Meg Ryan à mesa de um restaurante). A verdade é que fui incapaz de me contrariar.
Tudo começou há umas semanas atrás, quando sobrou uma embalagem num acontecimento festivo. Fui instada (provavelmente por pessoas com um conhecimento superior ao meu ou, pensando bem, se calhar, até se tratavam de verdadeiros deelers…) a levar a embalagem para casa. Na altura, não liguei e deixei a embalagem por ali… Acontece que, há uma semana atrás, dei de caras com a dita e… resolvi experimentar. Logo eu, tão avessa a este tipo de substância. Desde então, tem sido o descalabro. Consumi a primeira embalagem com uma voracidade nunca antes vista. O modus operandi repetiu-se durante três dias (o número de dias que durou a embalagem). Deitava uma quantidade socialmente aceitável para um pequeno recipiente mas, como uma qualquer junkie deste mundo, devorava o dobro às escondidas… directamente da embalagem e enchendo a boca como se me encontrasse privada de alimentos há meses. Enganando-me a mim própria, disse que era só uma embalagem… que não tinha mal. Que, quando aquela acabasse, não voltaria a repetir a estimulante experiência. Erro crasso. Ontem lá fui eu… adquiri mais duas… e estamos nisto. Estou em crer que necessito de ingressar numa clínica de reabilitação. O que já não é mau. Aceitar que temos um problema, é meio caminho para o resolver.
Assim, porque sou vossa amiga e não quero que desgracem as vossas vidas como eu desgracei a minha (toda a ginástica deste Inverno desperdiçada assim, sem dó nem piedade...), vos aviso:
- Nunca, por nunca, experimentem as pipocas do Pingo Doce! Estas sim… as mais doces e viciantes de todas…


Adenda: Por exemplo... neste exacto momento, estou a ressacar...

Cherry-Bomb

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O post das 23 horas... e coiso...

A porteira do meu prédio tem sérias dificuldades em dominar a língua portuguesa. Ela bem tenta subjugá-la mas, a língua, esquiva como tudo, escapa-se-lhe pela boca fora. 
Como tal, é preciso muita concentração (diria mesmo uma atenção extrema) quando entabulamos um qualquer diálogo com ela. Mesmo os mais simples. Há que fazer uma tradução em simultâneo, ao mesmo tempo que preenchemos os espaços em branco, que ela teima em substituir com a expressão "e coiso". Qualquer frase, termina em "e coiso". Por exemplo:
- Fui às compras, comprei umas cerejas... e coiso...; Os cães do 2º andar deixaram imensos pêlos na passadeira que eu tive de ir aspirar... e coiso... (a história dos pêlos dos cães já deu direito a sessões de tortura tão prolongadas que eu lhe ofereci um aspirador para ver se o assunto se desvanecia. Saiu-me caro, porque continuo a ouvir relatos intermináveis sobre os pêlos dos cães. Quantidade, cor e consistência)...
Hoje, quando cheguei a casa e, apanhada totalmente desprevenida nas escadas, tive de ouvir o relato da doença de uma senhora que, aparentemente, mora aqui no bairro (mas que eu não conheço, nem sei quem é) e que está muito doente. A senhora, relatou-me a porteira, está com ÂNGULOS. Sim... sofre de ÂNGULOS! Claro que eu, que já tirei um mestrado neste tipo de linguagem (diria até um doutoramento... fui até agraciada com um honoris causa...) percebi, de imediato, que a senhora tem gânglios. Assim sendo, disse-lhe: Ah... uns gânglios! E ela respondeu-me: Isso! Uns ÂNGULOS! E lá continuou a discorrer sobre os perigos dos ÂNGULOS na vida de uma pessoa.
Nisto, filhos ouviram-me na escada e vieram abrir a porta. Claro que pequena Cutxi (de seu nome de baptismo Pandora) veio imediatamente a correr, com o seu body cor-de-rosa. Porteira (fingindo gostar muito de pequena Cutxi) disse, de imediato:
- Olha a PANTERA (em vez de Pandora)... agora é que é mesmo uma Pantera! Com um BODE (em vez de body) cor-de-rosa... e coiso!
Ora filhos, que não estão assim tão à vontade com este tipo de linguagem, corrigiram de imediato o nome de pequena Cutxi, ao mesmo tempo que diziam que ela não tinha nenhum BODE.
Porteira, confusa com as palavras de filhos, olhava de mim para o body e do body para mim, à espera que eu confirmasse aquela realidade tão evidente, ao mesmo tempo que dizia:
- ATÃO não tem um BODE!? Um BODE Cor-de-rosa... e coiso!
Filhos insistiam no seu ponto de vista e diziam:
- O BODE é um animal com chifres! Ela não é nenhum BODE! Nem temos nenhum BODE cá em casa!
Porteira, baralhada com tudo aquilo, preparava-se para insistir, quando eu invoquei a clássica  panela ao lume e me precipitei, em voo, para o interior da habitação, trancando, de imediato, a porta a sete chaves.
Presumo que, amanhã, haja mais desenvolvimentos... e coiso...




Maman procura catapulta

Uma vez que Cánis só a deixa sossegada no curto espaço de tempo que medeia entre o atirar a bolinha e o vir trazer a bolinha.

Vistas floridas

Numa sala de espera perto de si...

Senhora de idade sentada numa poltrona, levanta-se a custo.
Criança que andava ali à volta a cirandar, demonstrando algum interesse nos movimentos da senhora, dirige-se de imediato à poltrona e cheira-a ruidosamente. Mãe da criança, prevendo o pior, pergunta-lhe com aspereza o que está a fazer. Criança responde alto:
- Estou a cheirar... Cheira mal! Cheira a puns!

Ponto positivo: A criança não era minha.

Gostava tanto...

... que fizessem estes óculos em tamanho de criança...


para ficarem bem na minha micro-cara... 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

terça-feira, 26 de junho de 2012

Como é que se resiste a isto?

Hoje filha estava diabólica. Esse estado não é nada normal em filha. Filha é quase sempre muito (MUITO) dócil e tranquila. No entanto, como qualquer regra comporta a sua excepção, filha hoje tirou o dia para mostrar o seu mau génio. Embirrativa, teimosa, choramingona... Um daqueles dias.
Quando lhe disse para ir lavar os dentes, pôs-se a engonhar, foi fazer outras coisas, a fingir que não ouvia... às tantas, foi-se-me a paciência. Disse-lhe que se estava a portar mal e, como castigo, não lhe lia a história antes de dormir (bem sei que, para ela, esse é um dos piores castigos que lhe posso dar). Mudou de imediato de atitude e genuinamente arrependida, iniciou o seu pedido de desculpas:
- Desculpa imenso, mãe. Desculpa imenso, por favor...
Ora eu já tinha dito que não ia ler e, como tal, (dizem os livros) não era suposto voltar atrás.
Expliquei-lhe que desculpava mas que ainda estava um bocadinho triste com ela. Que amanhã ia poder portar-se muito bem e que, aí sim, eu ia ler a história. Mas hoje, não. Hoje tinha-se portado mal com a Mia (empregada), comigo, com o mano e até com a Pandora (vulgo pequena Cutxi)... 
Filha ouviu-me com muita atenção e, tentando defender-se, disse-me:
- Mas mãe... também dei muitos abraços à Mia, ao mano, a ti, à Pandora... 
E, de seguida, querendo dar mais ênfase àquilo que fez de bom, concluiu:
- ... e até a mim própria!

Papai e o seu little pet

Depois de ter estado fora uns dias, papai regressou à sua habitação (aquela situada em local ermo e sem quaisquer vizinhos por perto) na companhia de seu irmão. Na noite da chegada e porque estavam cansados, resolveram deitar-se cedo. Papai recolheu aos seus aposentos no piso superior e o seu irmão ficou num quarto térreo (que dá para os sumptuosos relvados de papai). O irmão deitou-se no seu leito, aconchegou a roupa de cama ao seu corpo e, sentindo-se pronto para passar uma reconfortante noite de sono, deixou-se descontrair. Acontece que, mal apagou a luz, barulhos estranhos ecoaram do exterior. Irmão ficou algo apreensivo, diria mesmo, assustado e, como tal, manteve-se deitado… à espera…. Acontece que os sons continuavam e irmão, combatendo os seus mais íntimos terrores, acercou-se da janela (com muito cuidado para não ser visto), tentando, assim, vislumbrar o que se passava no exterior. No entanto, o exterior não se deixava ver. Lá fora, a noite, estava escura como breu. Irmão pressentia o movimento, mas não enxergava a sua origem. Depois de algumas tentativas infrutíferas, irmão desistiu da sua busca e, fechando a porta do quarto à chave, deitou-se na cama ansiando que a manhã chegasse. As horas foram longas e de angustia, até que os primeiros raios de sol despontaram no horizonte. Irmão, exausto de uma noite insone, saltou imediatamente da cama e, a medo, abriu a porta do quarto. Pé ante pé, avançou pela sala em direcção à vidraça. Aí chegado (e disfarçado pelas cortinas), espreitou o exterior. Foi nesse momento que percebeu. Todos os seus músculos se contraíram ao verificar o que se passava lá fora. Em choque, deu 5 passos atrás! Refugiou-se na cozinha e aí se deixou ficar, horas a fio, à espera de papai (papai é pessoa que não tem hora para acordar).
Já o sol ia alto no céu, quando irmão ouviu os passos de papai nas escadas. Irmão ganhou, então, toda a coragem que lhe tinha escapado durante a noite e, dirigindo-se a papai, perguntou indignado e com uma agressividade crescente na voz:
- Tu tens um novo animal de estimação?!
Papai olhou-o estupefacto e preparou-se, de imediato, para começar a passar receitas de medicamentos capazes de combater a esquizofrenia. No entanto, irmão insistia na pergunta:
- Diz-me! Tu tens um novo animal de estimação?!
Papai, apercebendo-se que não ia resolver esta grave questão nervosa com facilidade, iniciou uma longa conversa no sentido de perceber quais as apoquentações que afligiam, de forma tão radical, o seu irmão. No entanto, o irmão não se deu por vencido. Agarrou na mão de papai e conduziu-o à porta da sala para que papai lhe explicasse aquilo que os seus olhos não conseguiam compreender.
Papai, condescendente, deixou-se levar mas, ao acercar-se da janela, qual não é o seu espanto, quando ao olhar para o exterior vê… tcharan… um enorme (bota enorme nisso) porco cor-de-rosa, vagueando pelo seu jardim.
Papai ponderou estar, ele próprio, com visões. Pensou mesmo que poderia tratar-se de uma alucinação colectiva. Uma espécie de milagre de Fátima, mas no Algarve. Teve receio de ser, ele próprio, um pastorinho.
No entanto, o porco nada tinha de belo ou etéreo. Era muito real. Grunhia amiúde e, como tal, papai e seu irmão reconheceram que apesar de bastante alternativa, aquela era uma situação real. Papai e seu irmão ficaram enclausurados em casa, mirando o exterior, tentando engendrar um plano para dali tirar o selvagem animal.
Ambos sabiam que o jardim se encontrava vedado com uma rede e que não havia saída por aquele lado. Presumiram, e bem, que o porco tivesse conseguido entrar por baixo da rede, mas, nesta altura dos acontecimentos, era humanamente impossível fazê-lo sair da mesma forma.
Depois de muito meditarem, papai e seu irmão armaram-se de vassouras e esfregonas e, fazendo um carreirinho ladeado por cadeiras entre a porta da rua e a porta do jardim, abriram esta última, chamando o porco com assobios e beijinhos. O porco, ao sentir-se acarinhado com todo aquele amor, avançou, confiante, sobre a dupla de manos. Acontece que, ao invés de sair pela porta da rua, o selvagem e perigoso suíno, no último momento, resolveu subir as escadas e ficou, no patamar superior, mirando aqueles tristes seres humanos armados de material de limpeza até aos dentes, ao mesmo que tempo que babava espuma branca e raspava as suas imundas patas nos tapetes Persa de papai. Depois de muito discutirem, papai e irmão ligaram uma mangueira junto à porta da rua e o porco (provavelmente sem beber água há vários dias) lançou-se, rebolando, escada a baixo, em direcção à água. Ora papai e seu irmão fugiram de imediato, contentes com a sua astúcia. Não previram, no entanto, que, depois de saciar a sua sede, o porco se deslocasse furioso na direcção do carro de papai. Papai aí perdeu finalmente as estribeiras e gritou (coisa nunca antes vista):
- Aiiiiiiiiiii que ele me vai comer os pneus do carro (como já tive oportunidade de referir, papai é pessoa que tem bastante afecto pelas suas viaturas)!!!
No entanto, o porco depois de lamber e babar os pneus, decidiu-se antes, e como forma de despedida, por depositar uma quantidade significativa de xixi-cocó junto à viatura de papai, abalando de seguida e para todo o sempre daquela estranha casa…
E foi assim que no dia em que ganhou um animal de estimação, papai perdeu, de imediato, o seu animal de estimação…

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Alguém me pode explicar o que é isto?




Será petróleo? É que anda nisto há dois dias...

É que nem me consigo concentrar #2

Quem é este senhor que discorre sobre o mundo da bola, com um traje totalmente LILÁS?


Acabei de ser extremamente elogiada por filha

- Mãe, sabes que eu te adoro?
Eu, babando:
- Eu também te adoro... Infinito!
Filha remata a questão, dizendo:
- Eu cá adoro-te como à Pandora (vulgo pequena Cutxi)!

It’s an injustice, it is!

Ontem esqueci-me de relatar dois factos importantíssimos que são reflexo do meu amor ao próximo. Assim:
a)      Ao chegar à praia verifiquei que alguém (acabado de chegar) tinha deixado a porta de uma carrinha Volkswagen Passat, preta, aberta. Assim sendo, olhei ao meu redor e vi, mais à frente, uma família que identifiquei como dona do carro.
Agarrei nas coisas todas (conforme referido em baixo: sacos, toalhas, bolas, baldes, raquetes  e Barbies) e corri uma maratona (de forma extremamente lenta, tendo em conta a carga absurda que carregava) até junto dos senhores. Acontece que, derivado à minha lentidão só os alcancei quando eles estavam a plantar o seu próprio chapéu-de-sol, junto ao mar. Claro que os senhores se assustaram muito ao ver um ser esbaforido a irromper pela sua (deles) sombra dentro. Apesar do susto, quando lhes expliquei que estava ali para os ajudar (que era mesmo uma espécie de Jesus Cristo), acalmaram-se de imediato. Expliquei toda a situação da Passat e o senhor agradeceu-me profusamente. Abalou, de imediato, para o parque de estacionamento e eu fui tratar das minhas coisas. Passados dez minutos (1km para lá, 1 km para cá) vejo o senhor a regressar, completamente transpirado com os 30 graus que se faziam sentir e, dirigindo-se a mim (pensava eu que para me agradecer a salvação da sai viatura) disse-me que o carro dele era, de facto, uma carrinha Volkswagen Passat preta. No entanto, o carro que se encontrava com a porta aberta, era uma carrinha Volkswagen Golf preta, que não lhe pertencia… O senhor, esticado na toalha à minha esquerda, passou o resto do dia a deitar-me olhares de ódio…

b) Ao avistar uma família que se debatia com sérias dificuldades para encher as braçadeiras da sua criança (tanto o pai como a mãe se encontravam já com um tom azul/arroxeado por causa do esforço despendido), intervim, muito solícita, e informei-os que, para conseguirem encher as braçadeiras convenientemente, tinham de morder o pipo (achava eu que toda a gente sabia disso...). Sim… esta que vos escreve, fez gestos com as mãos para chamar a atenção sobre si própria, dirigiu-se ao pai dessa família e, perante o olhar horrorizado da mãe, proferiu alto a seguinte frase:
    - Olhe, olhe... Tem de morder o pipo!
   A senhora, deitada na toalha, à minha direita (catalogando-me de imediato como mulher extremamente tarada e pronta a levar-lhe o seu homem, ao sugerir-lhe, à vista de todos, a prática de actos obscenos), passou o resto do dia a deitar-me olhares de ódio...
  
  Claro que acabei por passar o dia a olhar em frente, aproveitando, assim, para mirar, compenetrada, o horizonte...



domingo, 24 de junho de 2012

"Uma Aventura na Praia" (Quase podia ser o novo livro de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada)

Ir para a praia sozinha com dois filhos (marido continua ausente, à caça de clientes, em países tropicais. Trabalho extenuante, portanto) é uma aventura. O dia de hoje, foi assim:

I) Tive de arrastar sacos, toalhas, bolas, baldes, raquetes  e Barbies (imprescindíveis para um bom dia de praia) do carro até ao areal;

II) Tive de montar e cravar o chapéu-de-sol na areia, de forma que aquilo não voasse (claro que acabou por voar);

III) Tive de besuntar, incessantemente, toda uma família de protector solar. Sendo que:
     a) Não havia ninguém para me pôr protector nas costas, nem para olhar pelas ditas (resultado à vista na fotografia abaixo);
     b)  Como falo chinês, não consegui fazer passar a mensagem que, enquanto se põe protector, não é suposto brincar ao croquete;

VI) Tendo em conta os evidentes problemas de comunicação que derivam do facto de eu falar chinês, também não consegui que filhos entendessem que, numa praia apinhada de gente, era suposto que AMBOS se mantivessem junto a mim. Assim sendo, cada um ia para seu lado. Um ia para a água, o outro ia para o chapéu. Um decidia ir deitar um papel no lixo (junto à esplanada), o outro decidia que era a altura exacta de dar uns toques na bola à beira mar. Um queria tomar banho, o outro tinha frio. Eu queria dar um mergulho, ambos queriam ir à casa-de-banho, etc., etc...

V) Fomos almoçar e, ao entregar o cartão para pagar o repasto, a senhora aponta para um papel a avisar que estavam sem Visa. Claro que não tinha outro cartão e que, na carteira, não tinha dinheiro suficiente. Tive, portanto, de atacar uma pacata família que se encontrava nas imediações (cuja filha anda na escola de filho) pedindo, assim do nada, para nos pagarem o almoço. Coisa gira, portanto...

No fim deste magnífico dia, só vi uma vantagem em deslocar-me sozinha ao areal. Tendo em conta a ausência de marido, não tivemos de sacudir a areia presa ao nosso corpo, antes de entrarmos para o carro. Não... . Depois disto, nem pensar! Entrámos mesmo assim. À maluca! E depois... depois foi ver a areia pelos bancos. Areia pelo chão do carro. Areia no porta-bagagem. Areia por todo o lado. Ponderei até trazer um balde (mas daqueles mesmo grandes, tipo contentor do lixo) cheio de areia, para que filhos pudessem fazer bolinhos no percurso para casa. E a que sobrasse... bem a que sobrasse, podia despejar junto da manete das mudanças, pedais, capot... Só para ver qual era o efeito...

Huston, we have a problem...

E isto foi com protector 50+...


sábado, 23 de junho de 2012

Não sei mesmo...

...porque é que adoro filmes que se passam em aviões (que se vão necessariamente despenhar), em barcos (que se vão necessariamente afundar), ou com epidemias (que nos vão necessariamente matar)...
Cá estou eu... a ver o Quarentena 2 - Estado de alerta (avião + epidemia) no TVC1... 


Update: É só para dizer que desisti. Até eu, que sou pessoa habituada a devorar este tipo de lixo televisivo, tenho os meus critérios!

Menino não entra #1

Quanto às meninas, só as que pintam as unhas é que podem continuar a ler. As outras, esqueçam, que isto não lhes interessa nada.

É que hoje descobri isto:


E o que é isto? Perguntam vocês excitadíssimas! E eu,  muito feliz com o vosso interesse, explico:
- É acetona. 
Vocês deverão, neste momento, fazer: Ahhhh... e perguntar com um ar semi enfadado: Sim... e o que é que isso interessa?
Eu, então, salto de trás da minha banquinha das televendas com um ar muito profissional e faço um brilharete ao responder que é uma acetona especial. É um frasco que, para além da acetona, tem lá dentro uma esponja com um buraco no meio. Nós só temos de lá pôr o nosso dedinho. Rodar. Et voilá! O verniz foi à vida! Oh pah... é que achei uma ideia mesmo simples e inteligente!

Em uníssono (horrorizados)

Mãeeeeeeeeeee... O que é que aconteceu àquela noiva? É demasiado pequena!

Estive a contar...

... e, tenho 28 camisas brancas.
Se, por um lado isso é muito positivo (porque posso, a qualquer momento, deixar de lavar roupa durante 28 dias. Nos meses de Fevereiro, posso, mesmo fazê-lo durante um mês inteiro), por outro, parece-me uma situação algo preocupante... a carecer de tratamento, mesmo...

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Papai, o socialite

Aqui há uns anos, pelas 2h00 da manhã de uma noite de Inverno, papai estava muito tranquilo na sua residência (situada no meio do campo, em local ermo e sem quaisquer vizinhos) quando, de repente, lhe entra um grupo de ninjas (que o corrector ortográfico quer, à força, corrigir para ninfas), armado com paus, pelo quarto dentro.
Papai levantou-se de imediato para receber os inesperados convivas. Ora, os convivas, muito agitados, falavam bastante alto (coisa absolutamente desnecessária considerando que estavam a meio da noite, em pleno campo e papai os conseguia ouvir perfeitamente) e diziam querer os bens pessoais de mon papá. Papai, homem desprendido de materialidades, foi, de imediato, buscar a sua carteira daí tirando notas que ofereceu aos senhores-ninja, esperando que os mesmos abandonassem o local, satisfeitos com o saque.
No entanto, os convivas não pretendiam ausentar-se de imediato. Pelo contrário, os convivas solicitaram uma ronda pela casa. Papai acedeu e levou-os num belo passeio por todas as assoalhadas, explicando, tal qual guia turístico, a proveniência de todas as peças. Chegados ao rés-do-chão, papai, já cansado de tamanhas andanças àquela hora tardia, perguntou-lhes se não queriam beber qualquer coisa. Os convivas acederam de imediato e comentaram, entre eles, que nunca tinham sido tão bem recebidos em anteriores assaltos. Que este sim, era um trabalho de qualidade. Papai (tal qual Paula Bobone) sorriu, satisfeito com a sua arte de bem receber e serviu whisky on the rocks para todos. Foi assim que iniciaram um frutuoso diálogo, sendo que os ninja se queixaram sobre as amarguras de uma vida de assaltantes. Que as coisas estavam más. Que já não eram como antes. Que havia os alarmes (alguns até ligados a centrais, imagine-se), as grades e que as pessoas não facilitavam nada a entrada sub-reptícia nas suas habitações… enfim… que havia muito stress envolvido e que a vida estava difícil para todos. Papai, apercebendo-se do estado de clara debilidade psicológica dos seus visitantes, aproveitou de imediato para os deitar no seu divã e, acendendo o seu cachimbo, receitou-lhes antidepressivos com fartura. No final da consulta, já sem saber como entreter os amigáveis ninja, papai sugeriu que vissem um filme (era no tempo das cassettes VHS). De assaltos, é claro. Os ninjas ficaram bastante satisfeitos e aderiram de imediato à ideia, pelo que se sentaram, bem comportados, frente à televisão.  
Posto isto, os convivas pediram a papai a chave do seu carro mais veloz. Ora aqui papai teve de dizer que não. Isso é que estava fora de questão (papai é pessoa que aprecia bastante as suas viaturas). No entanto, e apesar da relação de amizade que já ali se estabelecera, os ninjas viram-se obrigados a brandir os seus paus. Assim sendo papai compreensivo, porém cabisbaixo, entregou-lhes a chave da máquina. Já na posse da dita, os ninjas pediram muitas desculpas (muitas, muitas, mesmo!) mas viam-se obrigados a fechar o seu (deles) assaltado (que entretanto já se elevara à categoria de seu -deles- médico psiquiatra) na casa de banho do piso superior.
Assim o fizeram. Papai conseguiu abandonar a sua habitação pelo telhado saltando, como uma verdadeira ninfa (gosto sempre de agradar ao corrector ortográfico, não vá dar-se o caso de ele amuar e eu passar a escrever com imensos erros, fazendo com que vocês se apercebam que, na realidade, sou absolutamente ignorante), de telha em telha, até aterrar, já ao nascer do sol, cheio de estilo, no seu fofo relvado.

Como recompensa pelo impecável tratamento a que tiveram direito, os ninjas deixaram o veloz veículo, absolutamente imaculado (o interior fora inclusivamente lavado), junto a um posto local da GNR, depois de o terem feito participar num emocionante assalto.
Papai não apresentou queixa à polícia porque a relação médico/paciente deve ser preservada.

Pequena Cutxi Status Update

Pequena Cutxi desde ontem que não se mexia. Quietinha, quietinha que até partia o coração. Só os olhos seguiam os nossos movimentos. Ora eu já estava num nervo tal que, logo pela madrugada, peguei nela e abalei para o veterinário. Lá chegados, despiram-lhe o "body" (de protecção da cicatriz) para a observar e, pequena Cutxi, a anti-fashionista, renasceu das cinzas. Saltou, pulou e rebolou como se nada lhe tivesse acontecido.
Com este feitio tão hippie e anti-consumista, posso bem concluir que pequena Cutxi deve ter sido trocada na maternidade.
Não... não pode ser minha filha...



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Quintas impressões sobre o jogo da bola

Filho: Sabias que o Pepe era brasileiro?
Eu: Era?
Filho: Sim. Foi nacionalizado!

Quartas impressões sobre o jogo da bola

Filho gritando para a televisão:
- Não passes para esses que estão super marcados!
Filha pergunta de imediato, muito baralhada:
- Eles estão no supermercado?

Terceiras Impressões sobre o jogo da bola

Eu barafustando com o jogador checo do cabelo longo:
- olha-me aquele Jesus Cristo a bater no Ronaldo!
Filho repreende-me dizendo:
- Deixa-o mãe... Deve ser católico...

Isto está bom, está...

Toca o telefone. Atendo e, do outro lado, reconheço a voz do veterinário:
- Boa tarde. Fala, XXXX (veterinário), do Hospital Veterinário. Posso falar com a Sra. D. Pandora?
Respondo-lhe calmamente (mas com bastante ênfase numa das palavras):
- Presumo que queira falar com a DONA da Pandora…
A sério… deve ter estado toda a manhã a tratar a cadela pelo meu nome…


É incontornável...

... tenho, efectivamente, nome de cão.
Fui deixar pequena Cutxi no veterinário. A senhora da recepção dá-me um papel para assinar, dizendo:
- Tem de assinar este termo de responsabilidade para podermos dar a anestesia à xxx (claro está que, em vez do nome de pequena Cutxi, disse o meu...).
Facebookei a coisa, achando que ia animar a malta logo pela manhã...



Pela indignação do comentário, estava, claramente, enganada...

Ontem à noite

Filho estava a ver televisão quando, de repente, desata aos gritos. Vou a correr à sala ver o que se passa e ele diz-me:
- Que nojoooooooooo... estavam duas mulheres a dar beijos na bocaaaaaaaaaaa uma à outra! (não... não estava a ver o Sexy Hot! Era mesmo um canal generalista)
Depois, remata, muito sério:
- Acho que são cenas lésMicas e assim...

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Cánis (o cão de Maman) deixou de ser um romântico...

... agora, em vez de flores, traz-lhe pássaros mortos...



Eu sei que sou pessoa que aprecia (bastante) fazer compras...

... mas... peças de automóvel não estão propriamente no topo das minhas prioridades...

I've been thinking inside the box...

Pensando bem... Acho que posso, perfeitamente, ir para Ascot...

 

 

Dia da festa de fim de ano da escola de filha

Esforço homérico para chegarmos a horas. Já no carro, filha pergunta lá de trás se (como de costume) vamos chegar atrasadas:
Eu (orgulhosa com tamanho feito) respondo que não, que, hoje, chegamos a horas!
Tendo em conta o meu desgraçado historial, filha diz:
- Yeahhhhh!!!! Confettis!!!

terça-feira, 19 de junho de 2012

Errata

Filho, ao comentar o jogo Suécia-França, engana-se e diz Suécia- FranCIA. Corrige de imediato o seu erro, acrescentando:
"Desculpa... foi um COLAPSUS linguae..."

A minha alma está parva


A Manuela Ferreira Leite rejuvenesceu 50 anos!

Audição de fim do ano, da orquestra da escola de filho

Meninos apresentam-se para tocar, cheios de tatuagens (trazidas para a escola por um deles), em modo heavy-metal/Raúl Meireles...

Tenho uma nódoa

Sinto-me diminuída...


Estou tão feliz!

Já vos disse que Aníbal é o meu ícone, a minha musa inspiradora, a minha Olívia Palermo, no que concerne ao reconhecimento das novas tendências da moda mundial?

Revirei as lojas todas até conseguir arranjar um parecido. Assim sim! Anibal rules!

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pára tudo!

Acabei de receber esta mensagem:



Sendo certo que teria muito gosto em ficar por aqui a entreter-vos, lamento informar que terei de abandonar todos os meus afazeres para, a pedido de inúmeros Smurfs, ir para a horta regar melancias.

E porque somos umas radicais...

... gostamos de quebrar todas as regras.

Julgo que a minha expressão petrificada não terá sido a melhor forma de lidar com a situação…

O que devemos fazer quando alguém, com quem não temos propriamente intimidade, nos participa, por entre lágrimas súbitas, que o marido perdeu toda a sua potencialidade (palavra utilizada)?

sábado, 16 de junho de 2012

Como reverter uma situação

Ao receber este presente de um menino da sua aula, filha revê, imediatamente, a sua apreciação mental sobre o mesmo, ao perguntar incrédula:
- Foste tu que escolheste?
Menino passou, automaticamente, a ostentar o cognome de "O Desejado"

Hoje é dia da festa de filha (adiada por causa dos feriados)

Filha, ao avistar este carro, exclama excitadíssima:
- Olha! Olha! Também vão para a minha festa!

Afinal ouvi mal...

Pareceu-me ouvir o Tó-Zé Seguro, na Assembleia da República, a dizer:
- Três testes de Stress.
Mas, depois, pela dificuldade que demonstrou ao proferir tal frase, percebi que não. Que estava a dizer:
- Três tristes tigres.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Size matters

Ontem fui a uma loja comprar uma t-shirt para filha, acompanhada pela própria. Como estava confusa com os tamanhos das t-shirts, pedi ajuda à menina da loja, dizendo-lhe (ao mesmo tempo que apontava para filha):
- Tem de me ajudar porque não sei bem qual é o tamanho dela.
Filha, indignada, aproximou-se de mim e, rodando para eu a ver de todos os ângulos, disse-me chocada com a minha ignorância:
- Oh mãe… não sabes!? Olha! Sou deste tamanho!

KEEP CALM & AND WALK THE CHANDELIERS

E as coisas bonitas que eu vejo (para vocês) logo de manhã?

Quando eu era artista #2

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Afinal ainda faltava o teste de inglês...

...Para o qual não estudámos nada, uma vez que eu não estava a par da coisa...
Hoje, filho informou-me que o teste tinha corrido muito bem e que só tinha errado uma coisa (assim o espero). Perguntei-lhe, então, o que tinha feito mal. Respondeu-me o seguinte:
- Foi a palavra cabelo... não me lembrava como se dizia e, então, escrevi CABLET... 

Agora já sabem... Se quiserem um corte de cabelo, daqueles mesmo à maneira, deverão solicitar um CABLET-CUT!


Adenda: A expressão também poderá ser utilizada para a crise da dívida pública. 

Constatação

Quando os sapatos são estupidamente baixos, tornam-se estupidamente desconfortáveis…
Pareço um cavalo (o que não é estranho…), a bater com os cascos no chão. A sério…  é mais fácil caminhar sobre calçada portuguesa com stilettos de 12 centímetros…