segunda-feira, 14 de maio de 2012

Grave ofensa

Uma pessoa (na verdade, é este o meu nome: Uma -nome próprio; Pessoa - apelido e razão de ser da veia poética), veste-se maravilhosamente. Uma pessoa, atrasa-se sempre pela manhã devido à escolha do modelito. Uma pessoa conjuga cores como uma Lolita Lempika. Uma pessoa vibra com a moda. Uma pessoa é mundialmente conhecida pelo seu bom gosto. Uma referência internacional, mesmo. Uma pessoa lança tendências, dia sim, dia sim. E, depois, uma pessoa vê-se confrontada com situações como esta...
Chegada do almoço e queixando-se ligeiramente do calor, uma pessoa ouve o seguinte comentário:
- Também... Estás aí de cachecol!
Ora, senhores! Por favor... Isto é uma echarpe! Uma echarpe, senhores! 


Há que ser rigoroso com a linguagem!

8 comentários:

  1. Bolas, realmente nem mesmo uma echarpe se aconselha nestes dias!!!
    Quanto a rigor linguístico, tenho a dizer que já uma vez fui altamente gozada por chamar "casaquinho de malha" a um...cardigan.

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  2. ...bem, para mim isso é um cachecol, podes-lhe chamar o que quiseres... rigor linguístico tem um preço, assim como o teu admirável bom gosto (tendência a quanto obrigas), confirmo, esse cachecol fica bem aí no azul.. :D

    ..mas voltando à linguagem, o que está aqui em causa é o rigor linguístico, a razão do ponto, o porquê da vírgula, enfim explica-me lá então qual a diferença entre o cachecol e a encharpe.. :|

    ..é que eu quero ter argumentação para quando começar a chamar encarpes a todos os cachecóis que tenho pendurados ali na escada. :DD

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    1. Ora bem. Remontando ao século VIII AC, há referências ao uso de cachecóis na Íliada, de Homero, seguidamente, alguns estudos sugerem que o uso do cachecol se disseminou uns anos mais tarde.... :)))
      Os cachecóis são de lã. Já as echarpes são, normalmente, de um tecido mais fino tipo algodão, seda ou linho. Espero que os teus sejam de lã... seria algo estranho se fossem assim mais para o vaporoso...:DDD

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    2. ...bem, a maior parte são de lã mas também tenho uns em algodão efectivamente mais finos, são os de andar de mota, mas não não são vaporosos...coisa de gajo mesmo :DD

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    3. Mota???? Isso é um meio de transporte muito perigoso! Mais ainda com cachecois... ou, no teu caso, com Echarpes (já que são de algodão). Olha o que aconteceu à Isadora Duncan...

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    4. ...olha realmente por aqui aprende-se muito, não tinha qualquer memória do nome, Isadora Duncan, nem conhecia a história, realmente uma morte muito estúpida.

      mas vou-te falar um pouco de motas e encharpes.

      a mota realmente é um meio de transporte perigoso, aliás, em Portugal, qualquer meio de transporte é perigoso, é perigoso andar nas estradas portuguesas. tenho consciência disso razão pela qual não sou dos que facilitam na atenção e cuidados quando ando de mota e também não sou dos que se exibem com maluquices, a vida é muito preciosa... por outro lado, eu não utilizo a mota propriamente como meio de transporte convencional (refiro-me para ir trabalhar ou para ir às compras, por exemplo) utilizo-a nos tempos livres para passear até como meio de lazer (há quem vá para uma esplanada beber umas imperiais eu vou dar uma voltinha de mota) (também bebo umas imperiais, mas sem mota)

      agora vamos às encharpes. vou ser sincero, continuo com uma certa dificuldade em pronunciar o termo, e acho que o pormenor do material que o compõe não justifica esse som meio apanisgado que se utiliza para referir um trapo enrolado ao pescoço - desculpa-me esta rudeza mas acho que vou continuar a chamar cachecóis às minhas encharpes, é daquelas alturas da vida que conscientemente nos fazemos de broncos :DD

      mas referi ali um pormenor que na verdade é o que realmente interessa: enrolado. Na mota tem-se (pelo menos eu tenho) uma grande preocupação com elementos soltos, sejam eles cachecóis, sacos de depósito, cases, top cases, mochilas que por vezes se adaptam aos top cases, casacos abertos, etc., na mota tem de estar tudo muito bem peado

      acidentes do género do que aconteceu à Isadora (curiosamente até foi de carro) não são inéditos, há imensos relatos, alguns, com desfechos tão trágicos como esse.
      Como tudo na vida é uma questão de critério, rigor, e uma coisa que não é muito explorado no nosso quotidiano, tentar evitar acidentes através da prevenção.

      ..por falar nisto, acho que vou dar uma voltinha ao fim da tarde, vou beber uma imperial à costa da caparica :DDD

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    5. É um poço de sabedoria, este blog :))) Mas motas, não gosto nada. Sou uma mariquinhas. Nem com prevenção, nem sem prevenção... Só andei de mota quando era pequena (e sem noção do perigo, obviamente). Ia andar com um tio meu e, nessa altura, gostava. Gostava do cheiro da gasolina (:D). Íamos pela terra desde a Praia do Porto de Mós (em Lagos) até à Praia da Luz. Nessa altura, era um programão. Depois, aos 16 anos quis uma mota. Felizmente que Papai a recusou liminarmente.... Nunca mais voltei a andar...
      Se tivesse tido tempo hoje, também tinha ido à Costa da Caparica... mas de carro :))))

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