Babes, antes de mais, e para contrariar esta onda de críticas, deixem-me começar por vos dizer que eu vos percebo. Eu também sou mulher e, portanto, percebo muito bem estas coisas. Uma pessoa irrita-se e, às vezes, descontrola-se, fala muito, gesticula, grita, não se cinge ao assunto, começa a misturar tudo, acontece até que, muitas vezes, vai ao baú buscar umas coisas que já aconteceram lá atrás, em mil nove e troca ao passo e, no fim de contas, a pessoa já não se lembra de mais nada para dizer, agarra na almofada e, zás, toca de ir dormir para o sofá, deixa-o ali especado, sozinho, pumba, tomá lá para não seres parvo! E ali ficamos nós, no sofá da sala, sem pregar olho, a imaginá-lo de rastos, na penumbra, com uma lágrima ao canto do olho, triste e pesaroso com a nossa saída de Diva. Mas depois, Pedro e Paulo, depois toda a gente sabe que as coisas não são bem assim, na verdade ele está a dormir refastelado na nossa caminha, enquanto nós estamos ali, vira para a direita, vira para esquerda, barriga para o ar, mas sempre todas tortas no sofá. E, para além disso, a coisa não dura muito tempo, é que, logo de madrugada as dúvidas começam a assolar-nos e, mal nasce o sol, que as janelas nem sequer têm persianas, acordamos para a vida e pensamos que não queremos nada estar para ali atiradas. Sentimos de imediato que, para além do torcicolo, temos uns grandes papos nos olhos, umas olheiras gigantescas e estamos muito feias. E então Pedro e Paulo, vemo-nos obrigadas a agarrar na almofada com uma mão e no nosso arrufo com a outra e a voltar para a cama, e esse regresso à cama, Paulo e Pedro, é deveras humilhante. Ali estamos nós, às seis da manhã, pé ante pé, a esguirarmo-nos pelo quarto, a calcular mal as distâncias, a dar um pontapé com o dedo mindinho na cómoda lá do fundo, a levantar uma pontinha do lençol e, como quem não quer a coisa, a rastejar para dentro da cama. E pronto Pedro e Paulo, para a próxima, quando a coisa começar a descambar, esqueçam lá as saídas de Diva e as vichyssoises da Primeira-República e, em vez de pegarem na almofada, façam como eu e pensem no que vão vestir no dia seguinte, sempre é mais inócuo e é assunto que pacifica a mente...
Tumbas, direitinho para o feiceboso do Mirone :)
ResponderEliminarEstá para lá de espectacular!!
ResponderEliminarPois é, Palmier: seria essa efectivamente a solução por si preconizada, mas desconfio que a não vão levar muito em consideração.
ResponderEliminarAs motivações são muito díspares das suas apresentadas. Desde logo amor...só se for à conta bem avultada; depois a preocupação com o bem estar dos filhos, bem se vê a prodigalidade de carinho de como tratam os filhos da Nação.
Ná, desconfio que não lhe vão dar a devida atenção. Lamento desiludi-la, mas estou mais em acreditar que nem a sua carta se vão dar ao incómodo de ler, quanto mais ponderar.
Na antiguidade feliz foi Adão. Não teve sogra nem camião.
ResponderEliminarNem se preocupava com a política da governação.
Nem com uma eventual transição.
E menos com a constituição.
Comia como um comilão.
Entoucinhava como um glutão.
E sua única preocupação.
Mas nem essa lhe turvava a razão.
Ao Criador já passara procuração.
Que desde que não fosse do coração.
Donde quisesse, dele tirasse um mulherão.
Na actualidade feliz é o Barão.
Que sem a ninguém passar cartão.
Metamorfoseia o governo em desgovernação.
A todos, sem piedade escamoteia o tostão.
Mete no dinheiro o ladrão.
E na cadeia o pobretão.
E ainda lhe resta o tesão.
Para dizer sem compaixão.
Vai trabalhar, malandrão.
Ou à caridade estender a mão.
Se bem que aprofundando a questão.
ResponderEliminarMeio feliz é o Corvão.
Que prestes a ir para o fundão.
diz não ter motivação.
P'ra ver as séries da Televisão.
Muito bem Palmier.
ResponderEliminarVoltei, voltei
ResponderEliminarVoltei de lá
Ainda ontem caí fora
Mas agora já estou cá ... Grande a sabedoria pimba !
Eu acho que eles já aceitaram a terapia de casal. Pelo menos já se vão encontrar, o que já não é mau. baby steps, baby steps.
ResponderEliminarOlha, estão a dizer que o PP é como "O vento mudou"... Afinal não voltou !!!
ResponderEliminarVenho em primeira mão antes que alguém mais expedito se me adiante, propor ao Estado Português o reconhecimento público da Palmier como cidadã de mérito e credora da gratidão Nacional, a única pessoa neste atribulado país que teve a presença de espírito necessária para nos desenvencilhar da rede em que todo o país se enredava, quando, com fino tacto e raro discernimento, enviou a carta em epígrafe aos dois desmiolados.
ResponderEliminarPaulo Portas aceita e vai continuar no Governo como vice PM e Ministro das Finanças.
Muito bem! Apoiado!
ResponderEliminarSe bem que não tivesse publicado o meu comentário, nem por isso lhe reconheço menor valor e muito pelo contrário.
Onde tenho de assinar?
Um Português reconhecido.
Deixei algum comentário por publicar?
EliminarAh! Lá fui eu que pensei enviar mas eram mais horas de dormir do que andar para aqui a fazer asneira e pensei que o enviara; desculpe.
EliminarMas parece que a crise da Diva surtiu efeito, o respectivo vai cobri-la de jóias e flores, e leva-la a jantar fora.
ResponderEliminarE quando as pazes nos favorecem mesmo quando nao merecemos? A arte da manipulação...
ResponderEliminarTambém! Se bem que eles prefiram chamar-lhe sinceridade, e nisso são uns artistas.
EliminarNão há em parte nehuma do mundo sinceridade igual à do político quando mente. Se se conseguir fingir-se tê-la, o negócio está feito.