Oh céus... percebi agora que não tenho qualquer fotografia grávida, vestido branco, olhar doce e mãos em concha a aconchegar a barriga.

A sério! Estou aterrorizada! E agora? O que é que eu faço quando os meus filhos me pedirem para lhes mostrar as suas próprias fotografias da mãe grávida, vestido branco, olhar doce e mãos em concha a aconchegar a barriga?! Digam-me! É que eu estou em crer que, quando eles descobrirem a inexistência de tal daguerreótipo, vão ficar profundamente traumatizados! Poderão mesmo alegar que foram vítimas de maus tratos psicológicos! Julgo até que de acordo com o artigo 13º, conjugado com o artigo 26º da CRP esta situação pode ser considerada inconstitucional e levar à impugnação da maternidade. Trata-se de um caso flagrante de quebra do princípio da igualdade e discriminação de duas crianças inocentes! E depois, hã? Como? Como é que vou conseguir provar que eles são mesmo meus filhos se não tenho as fotografias de vestido branco, a olhar doce e mãos em concha a aconchegar a barriga? E não me venham cá com testes de ADN que, sem a fotografia da mãe grávida, vestido branco, olhar doce e mãos em concha a aconchegar a barriga, não há tribunal que me dê razão! Sem a fotografia da mãe grávida, vestido branco, olhar doce e mãos em concha a aconchegar a barriga, esses testes ridículos não valem nada, ouviram? Nada!