Depois de anos a avisar as pessoas para não serem fiadoras de ninguém (e de as ver com os ordenados penhorados a pagar as casas, os carros e os sofás dos outros), hoje, quando acordei, percebi que todos os meus conselhos foram em vão. Na verdade, somos todos fiadores. Portugal é constituído por 10 milhões de fiadores. Fiadores de um Estado que se endividou sem poder, que gastou sem se preocupar, e que agora que chegou a hora de pagar, diz que lamenta mas não tem como o fazer. Assim sendo, vem-nos pedir a nós, fiadores, que honremos a dívida, sem nos dar o benefício da excussão prévia e sem termos qualquer direito de regresso à posteriori. Nós... que não acelerámos no carro, que não nos refastelámos na casa, que não nos rebolámos no sofá... que ficámos de fora, a olhar lá para dentro através da janela, a ver o desvario que para ali ia. Que nos perguntávamos de onde vinha tanta opulência.
E, agora, a solução é simples, descontam-nos a dívida no vencimento. A única diferença é a forma. Em vez de descontarem por via da penhora, descontam por via do IRS.
É pior que a penhora. Nem sequer podemos apresentar oposição.
ResponderEliminarÉ pior que a penhora. Nem sequer podemos apresentar oposição.
ResponderEliminar...(... a chorar de raiva...)...
ResponderEliminarÉ verdade. É verdade.
ResponderEliminarÁ uns tempos ouvi esta frase "Temos que ser uns para os outros e os outros para os uns", uns gozam e os outros pagam,faz parte do novo sistema simplex, e o mais simples é que os uns vão á carteira dos outros sem a abrirem e num passo mágico o dinheiro desaparece, plum!!!! Como o nosso rei D. Sebastião numa manhã de novoeiro, para nunca mais voltar... fim triste este :(
ResponderEliminarAgora é que expuseste bem a coisa...
ResponderEliminarAinda estou em choque...
ResponderEliminarSinto-me encurralada... Enganada e prisioneira...
E viva a economia paralela!!!!!
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