Por falar em situações que envolvem fogo, cozinha e bebés... eu própria sou testemunha viva de uma dessas situações que ocorrem com muita regularidade nas cozinhas portuguesas. A coisa deu-se em casa da minha Maman era eu uma bonita e estilosa recém-nascida... acontece que, enquanto Maman me dava calmamente biberão no quarto (espero bem que o biberão fosse da Avent, daqueles com sistema anti-cólicas muito jeitoso e avançado!), tocaram à campainha para verificar uma possível fuga de gás. O técnico credenciado irrompeu pela cozinha detectando o que lhe pareceu ser um ligeiro cheiro a gás e, perante tão nefastas circunstâncias, apurou o seu nariz de perdigueiro, farejou o ar e com uma expressão entendida que só um técnico credenciado consegue fazer, dirigiu-se à empregada e sentenciou: “parece mesmo gás!” E então, o técnico credenciado, ansioso por demonstrar cabalmente a profundidade dos seus conhecimentos, acendeu um isqueiro que veio a confirmar todas as suas suspeitas. Cabuuuuum! Era efectivamente gás! As chamas que irromperam daquela inteligente e estudada ignição rapidamente se propagaram a uns alguidares de plástico que secavam na bancada da loiça, que se propagaram aos armários que estavam por cima, que chegaram ao tecto, e desceram pela parede para aterrarem na toalha que se encontrava estendida sobre a mesa, do outro lado da cozinha, sendo que o técnico credenciado que olhava boquiaberto e com algum orgulho a sua obra pirotécnica, ficou preso entre as chamas e a janela, sem qualquer possibilidade de fuga. A minha Maman, alertada para o banal acontecimento pelo broaaaaaaaá das chamas e pelos gritos da empregada, pegou em mim ao colo e saiu porta fora deixando para trás o técnico credenciado que hesitava entre dançar pedidos de ajuda ao estilo do genérico do 007-Goldeneye por detrás do inferno de labaredas em que se tinha transformado a cozinha e atirar-se pela janela do segundo andar. Chegando à rua, Maman tocou a todas as campainhas gritando através do intercomunicador: Fogo! Saiam todos!, posto o que se dirigiu a um prédio do outro lado da rua, tocando às campainhas e pedindo que a deixassem telefonar para os bombeiros. Claro que Maman não contava com a presença da sua vizinha de cima, que tendo evacuado à velocidade da luz, perseguia Maman gritando como uma hiena e de forma absolutamente histérica “Ai a minha rica caaaaaaaaaasiiiiiiiiinhaaaaaaaaaa! Aiiiiiiiiiii, aiiiiiiiiiiiiii, a minha rica casiiiiiiiiinhaaaaaaaaaaaaaaaaaaa! O que é que foi fazer à minha rica casiiiiiiiiiiiinhaaaaaaaaaaaa?"”, claro que, nestas circunstâncias em vez de abrirem a porta de suas casas a Maman, os vizinhos, com medo de serem assaltados por uma destruidora profissional de casiiiiiiiinhaaaaaaaaaaas, rodavam a chave na fechadura e barricavam-se nas suas habitações. Só depois de Maman esbofetear a sua vizinha de cima conseguiu alcançar um telefone e falar para os bombeiros. Claro que, no entretanto, uma outra vizinha, muito mais corajosa, já tinha pegado numa manta, apagado o fogo, resgatado o técnico credenciado e quando os bombeiros chegaram, só trataram de inundar a parte da casa que tinha resistido ao fogo deixando a rica casiiiiiiinhaaaaaaaa de Maman totalmente destruída…
E pronto... como podes ver Plaft, tens muita sorte! O Tolan só tratou de seguir à risca os procedimentos de um técnico credenciado, procedimentos que levaram anos e anos a ser definidos e que obedecem com rigor ao determinado na ISO 9002 para estas situações...
E pronto... como podes ver Plaft, tens muita sorte! O Tolan só tratou de seguir à risca os procedimentos de um técnico credenciado, procedimentos que levaram anos e anos a ser definidos e que obedecem com rigor ao determinado na ISO 9002 para estas situações...
Uau, e era um técnico credenciado. Que faria se não fosse :/
ResponderEliminaroh, oh! No mínimo tinha implodido o prédio! :D
EliminarBem, este relato dava outro filme do SyFy, com zombies ululantes ( represetados pela vizinha de cima), barricadas, crianças em perigo e caped crusaders, que salvam o mundo... e como habitualmente as autoridades só chegam quando está tudo acabado e para estragar o pouco que resta... Grande Palmier," o que me ri com isto".... a sério
ResponderEliminar:DDDD
EliminarPara quando o livro das aventuras de Maman?
ResponderEliminarE ainda não contei eu a história do carro pendurado no poste de electricidade... :DDDD
EliminarEstá quase. Depende do treino intensivo a que o Canis tem sido submetido na arte de predador. Ainda falta levá-lo a África caçar leões, mas da maneira de como ele se mostra aluno aplicado é só mais um tempinho de nada.
ResponderEliminar:DDDD aí é que as defensoras dos animais me matavam! :DDDD
EliminarPor acaso o meu vizinho, outro que espalha iluminismo que é um regalo vê-lo, há quatro meses incendiou o apartamento dele. Parece que a empregada não limpava lá muito bem umas manchas ao lado do fogão e ele teve a brilhante ideia de tirar aquilo, e nada melhor para lhes dar sumiço de vez que encharcar a cozinha de diluente sintético.
ResponderEliminarDepois lembrou-se das torradas. Resultado: como se de iluminismo estava ao nível do credenciado do gás, de habilidade era bem mais lesto e só sofreu queimaduras de segundo grau.
Ahahhahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahahah
Eliminar(coitado...)
Entre o Tolan e a Palmier, sinto-me uma pirómana! Nunca o fogo me pareceu tão bem. Ahahahahahahahahah (posso rir, certo? ahahah
ResponderEliminar:DDDDDD eu cá ri-me! :DDDD
EliminarMaman corrige falha grave: o técnico não levava isqueiro, pediu fósforos à empregada que se recusou a dar-lhe.
ResponderEliminarDepois o técnico, insistiu com voz alta e alterada, dizendo: " julga que eu não sei o que estou a fazer?"
Oh pah... esqueci-me desse detalhe...
EliminarSou fã confessa dos teus pais. :D
ResponderEliminarOK. Dois Pai-Nossos e três Avé-Marias e está perdoada.
Eliminar:DDD
EliminarEstou com Lulu: para quando o livro? "Aventures et Mésaventures d'un Palmier"
ResponderEliminarParece que só falta disponibilidade à MagraFrida para o prefaciar.
Eliminar:DDDDD mas tem de ser daqueles grandes, de capa dura, da Taschen! :DDDD
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