domingo, 31 de março de 2013

Por que é que o campo das outras é melhor que o meu?

É que não consigo perceber... fiz uma blogo-ronda e deparei-me com crianças vestidas de pequenas czarinas a passear pelo campo. Saias tufadas e merceditas no meio da erva alta. Imagens belas e românticas de como deveria ser uma verdadeira interacção do Homem com a Natureza.
Já nós... fomos totalmente armadilhados. Calças, meias por cima das calças, botas por cima das meias e voltámos... tcharan!... com carraças! Não. Não estou a falar de pequena Cutxi, estou mesmo a falar de filhos! Ontem deparei-me com duas (DUAS!) carraças. Uma por cada filho. A sério pessoas... entrei em transe. Esquadrinhei cada milímetro quadrado do corpo de ambos. Mudei a roupa toda, fechei a usada hermeticamente, peguei numa caçadeira e sentei-me hirta e vigilante numa cadeira de madeira desconfortável para não correr o risco de adormecer e ser atacada por uma carraça mais aventureira. Quando filhos foram para a cama, disse-lhes para me chamarem no caso de sentirem alguma comichão. Levaram à letra. Chamaram-me durante toda a noite. Toda! Eu já não acreditava... sabia que não era nada, mas era mais forte que eu... mãeeeeeeee, tenho uma comichão no braço, mãeeeeeeee, tenho uma comichão no pé, mãeeeeeeeee tenho uma comichão no pescoço, na barriga, na cabeça, na perna, no ombro... a sério pessoas... não preguei olho. Por um lado tinha de vigiar o potencial ataque de um exército de carraças, por outro tinha de verificar as comichões...
A sério... foi com um verdadeiro alívio que abandonei a Natureza. Agora que já aqui estou na cidade (nunca o cheiro a escapes me soube tão bem) e com fundados receios de ter uma praga de carraças em casa, guardei as malas na arrecadação para posterior desinfecção.
E, depois de toda esta azáfama, depois de chegar totalmente arrasada do meu fim-de-semana de relax campestre, sentei-me aqui no sofá (sempre com um olho alerta para qualquer ponto escuro em movimento que possa entrar no meu campo de visão) a sentir a injustiça e a perguntar-me: 
- Porquê?! Por que é que o campo delas é muito melhor que o meu?

15 comentários:

  1. Calma Palmier! Elas também têm carraças... só que não nos contam! :p

    ResponderEliminar
  2. Adorei as fotografias que aqui foste partilhando. Um fim de semana diferente sem duvida.

    Bom regresso.

    ResponderEliminar
  3. Será que mandam desinfestar o campo antes de irem??

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Aquilo não é campo...é um cenário... ;)

      Eliminar
    2. Deve ir um servo à frente a desinfestar tudo à passagem da dupla real! :DDDD

      Eliminar
  4. O que eu me ri com as pequenas czarinas! :D :D :D

    ResponderEliminar
  5. E por acaso reparaste que a pequena czarina nunca pisou o chão campestre?

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Pois é... espertalhona, sabe muito mais de carraças do que eu! :DDD

      Eliminar
  6. Estar atenta se os míudos ficam com febre pois a "febre da carraça" é muito chata. Alerta durante uma semana.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Obrigada :)
      Eu acho que elas não chegaram a picar. Não estavam presas (como acontece com os cães)... espero que não tenha passado de um susto...

      Eliminar